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PRÉ OPERATÓRIO- Noções básicas, Resumos de Cirurgia Geral

Quais os medicamentos que vc deve suspender? Quais os medicamentos que vc deve Manter? Tricotomia?

Tipologia: Resumos

2023

À venda por 02/01/2023

Letici728
Letici728 🇧🇷

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PRÉ OPERATÓRIO
1. Anamnese e Exame físico
2. Risco ou classificação ASA
3. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDÍACO PARA PROCEDIMENTOS NÃO CARDÍACOS.
- ALTO RISCO (≥ 5%) : Cirurgia vascular de grande porte (aorta e ramos); cirurgia arterial
periférica. Grandes cirurgias de emergência e urgência. Cirurgias prolongadas associadas a
grande perda de sangue ou líquidos para terceiro espaço.
- MÉDIO RISCO OU RISCO INTERMEDIÁRIO (> 1% E < 5%): Cirurgias intraperitoniais ou
intratorácicas. Endarterectomia de carótida e correção endovascular de aneurisma de aorta
abdominal. Cirurgia ortopédica. Cirurgia prostática. Cirurgia de cabeça e pescoço.
- BAIXO RISCO (< 1%): Procedimentos endoscópicos. Procedimentos ambulatoriais. Cirurgia
oftalmológica. Cirurgia plástica. Cirurgia de mama. Herniorrafias
4. EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS: nos últimos 30 dias.
Cirurgia cardíaca ou torácica: Eletrocardiograma (ECG), hemograma e plaquetas,
eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia), glicemia, Tempo de Protrombina
(TP), Tempo de Tromboplastina Parcial (TTP) e Radiografia de Tórax (RXT);
Cirurgia vascular: ECG, hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio
ureico (ou ureia) e glicemia; Cirurgias intraperitoneais: ECG, hemograma e plaquetas,
eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia), glicemia e provas de função
hepática (opcional);
Cirurgias com perda esperada > 2 L de sangue: ECG, hemograma e plaquetas,
eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia), glicemia, TP e TTP;
Cirurgias intracranianas: ECG, hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina,
nitrogênio ureico (ou ureia), glicemia, TP, PTT e tempo de sangramento (aconselhável);
Cirurgia ortopédica (prótese): hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina,
nitrogênio ureico (ou ureia), glicemia, urinocultura e bacterioscopia pelo Gram da
urina (aconselhável);
Ressecção Transuretral da próstata (RTU) ou histerectomia: hemograma e plaquetas,
eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia) e glicemia.
5. MEDICAMENTOS:
Anticoagulantes: (warfarina ou warfarin é a droga principal desta classe) devem
ser suspensos cerca de cinco dias antes de operações eletivas, o warfarin pode
voltar a ser administrado no dia seguinte da operação. Pacientes que apresentam
grande risco tromboembólico (próteses cardíacas mecânicas, história recente de
tromboembolismo ou embolia arterial) devem ser anticoagulados até o momento
mais próximo possível da cirurgia
Agentes antiplaquetários: a aspirina (AAS), devem ser continuadas, se possível,
em pacientes com stent coronário ou em doentes que apresentaram eventos
recentes, tais como IAM (e outras síndromes coronarianas agudas) e acidente
vascular cerebral; Em pacientes que não se encaixam nas recomendações acima, o
AAS deve ser suspenso sete a dez dias antes de um procedimento cirúrgico.
anti-inflamatórios não esteroidais: medicações devem ser suspensas por um
período de um (ibuprofeno, indometacina) a três dias (naproxeno) no
préoperatório.
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PRÉ OPERATÓRIO

  1. Anamnese e Exame físico
  2. Risco ou classificação ASA
  3. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDÍACO PARA PROCEDIMENTOS NÃO CARDÍACOS.
  • ALTO RISCO (≥ 5%) : Cirurgia vascular de grande porte (aorta e ramos); cirurgia arterial periférica. Grandes cirurgias de emergência e urgência. Cirurgias prolongadas associadas a grande perda de sangue ou líquidos para terceiro espaço.
  • MÉDIO RISCO OU RISCO INTERMEDIÁRIO (> 1% E < 5%): Cirurgias intraperitoniais ou intratorácicas. Endarterectomia de carótida e correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal. Cirurgia ortopédica. Cirurgia prostática. Cirurgia de cabeça e pescoço.
  • BAIXO RISCO (< 1%): Procedimentos endoscópicos. Procedimentos ambulatoriais. Cirurgia oftalmológica. Cirurgia plástica. Cirurgia de mama. Herniorrafias
  1. EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS: nos últimos 30 dias.  Cirurgia cardíaca ou torácica : Eletrocardiograma (ECG), hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia), glicemia, Tempo de Protrombina (TP), Tempo de Tromboplastina Parcial (TTP) e Radiografia de Tórax (RXT);  Cirurgia vascular: ECG, hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia) e glicemia; Cirurgias intraperitoneais: ECG, hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia), glicemia e provas de função hepática (opcional);  Cirurgias com perda esperada > 2 L de sangue: ECG, hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia), glicemia, TP e TTP;  Cirurgias intracranianas: ECG, hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia), glicemia, TP, PTT e tempo de sangramento (aconselhável);  Cirurgia ortopédica (prótese): hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia), glicemia, urinocultura e bacterioscopia pelo Gram da urina (aconselhável);  Ressecção Transuretral da próstata (RTU) ou histerectomia : hemograma e plaquetas, eletrólitos, creatinina, nitrogênio ureico (ou ureia) e glicemia.
  2. MEDICAMENTOS:  Anticoagulantes : (warfarina ou warfarin é a droga principal desta classe) devem ser suspensos cerca de cinco dias antes de operações eletivas, o warfarin pode voltar a ser administrado no dia seguinte da operação. Pacientes que apresentam grande risco tromboembólico (próteses cardíacas mecânicas, história recente de tromboembolismo ou embolia arterial) devem ser anticoagulados até o momento mais próximo possível da cirurgia  Agentes antiplaquetários : a aspirina (AAS), devem ser continuadas, se possível, em pacientes com stent coronário ou em doentes que apresentaram eventos recentes, tais como IAM (e outras síndromes coronarianas agudas) e acidente vascular cerebral; Em pacientes que não se encaixam nas recomendações acima, o AAS deve ser suspenso sete a dez dias antes de um procedimento cirúrgico.  anti-inflamatórios não esteroidais : medicações devem ser suspensas por um período de um (ibuprofeno, indometacina) a três dias (naproxeno) no préoperatório.

Medicações anti-hipertensivas: (IECA) suspensão na manhã da cirurgia devido aos riscos de hipotensão; (Os bloqueadores dos canais de cálcio, os betabloqueadores e os agonistas alfa-2 centrais, diuréticos) devem ser mantidos até a manhã da cirurgia.  Medicações para tratamento do diabetes mellitus: antidiabéticos orais e drogas injetáveis não insulina, como os análogos do GLP-1 (liraglutida, exenatide), sua última dose deve ser administrada na noite anterior ao procedimento.

  • em pacientes que utilizam insulina NPH, a dose da noite, na véspera da cirurgia, deve ser de 2/3 da dose habitual e, na manhã cirurgia, metade da dose utilizada rotineiramente. Em doentes que fazem uso de insulina glargina, a dose noturna deve ser reduzida de 30 a 50%. Em cirurgias de curta duração, o controle glicêmico pode ser feito com o uso de escalas de insulina regular Subcutânea (SC) de acordo com glicemia capilar.  Antidepressivos Inibidores Seletivos da Receptação de Serotonina (ISRS): continuar estas medicações por todo o período perioperatório. Exceções incluem neurocirurgias e uso concomitante de terapia de bloqueio duplo plaquetário (na presença de stent coronário, por exemplo). Nesses casos, a droga deve ter sua dose paulatinamente reduzida em semanas no pré-operatório, com um novo antidepressivo iniciado neste período.  Terapia de Reposição Hormonal (TRH): Em cirurgias com alto risco de tromboembolismo, a recomendação é suspender a TRH por quatro a seis semanas no período pré-operatório.  ANTIBIOTICOPROFILAXIA: cerca de 60 minutos antes da incisão cirúrgica Classe I: Cirurgia limpa Classe II: Cirurgia limpa-contami nada‐ Classe III: Cirurgia contaminada Classe IV: Cirurgia infectada (suja) cirurgias classe I, por definição, não precisam de antibioticoprofilaxia… Todavia, existem exceções a esta regra. O uso de material sintético em uma cirurgia limpa indica na maior parte dos casos o emprego do antimicrobiano As cirurgias classes II e III indubitavelmente se beneficiam de profilaxia antimicrobiana. Nos procedimentos gastroduodenais e cirurgias hepatobiliares, a cefazolina também é recomendada.  AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA:
  • Hb < 6 g/dl: transfusão recomendada;
  • Hb 6 a 7 g/dl: transfusão provavelmente recomendada;
  • Hb 7,1 a 8: transfusão pode ser apropriada em pacientes submetidos a cirurgia ortopédica ou cirurgia cardíaca e em pacientes com doença cardiovascular estável;
  • Hb 8,1 a 10 g/dl: transfusão geralmente não indicada, mas pode ser considerada em alguns casos: anemia sintomática, sangramento em curso, síndrome coronariana aguda com isquemia; ● Hb > 10 g/dl: transfusão geralmente não indicada.