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PRÉ-NATAL - COMO MANEJAR A GESTANTE, Notas de aula de Obstetrícia

Junte-se a nós em uma jornada de aprofundamento no mundo da Clínica Médica! Este material acadêmico cuidadosamente pesquisado e elaborado mergulha nas complexidades da prática clínica, fornecendo informações detalhadas e insights cruciais.

Tipologia: Notas de aula

2023

Compartilhado em 24/08/2023

sam-s4e-1
sam-s4e-1 🇧🇷

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Pré-natal
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
Sintomas de presunção: náuseas, vômito,
sialorreia, alterações do apetite, aversão a certos
odores que provocam náuseas e vômitos, lipotímia
e tonteiras, polaciúria, nictúria, sonolência e
alterações psíquicas variáveis na dependência de a
gestação ser desejada ou não.
Sinais de presunção: melasma facial, linha nigra,
aumento do volume abdominal.
Sintomas e sinais de probabilidade: sintoma
mais importante é o atraso menstrual, e entre os
sinais podemos individualizar: aumento do volume
uterino, alterações da forma em que o útero se
torna globoso (sinal de Noblé-Budin), diminuição da
consistência do istmo (sinal de Hegar) e diminuição
da consistência do colo (sinal de Goodel), aumento
da vascularização da vagina, do colo e vestíbulo
vulvar (sinal de Jacquemier-Kluge) e sinal de Hunter
(aréola mamária secundária). Os sinais de
probabilidade são mais evidentes a partir de oito
semanas de gestação.
Sinais de certeza: beta-hCG, ausculta fetal,
palpação de partes fetais no abdome materno e US.
O PRÉ-NATAL
Conjunto de medidas de natureza médica, social,
psicológica e de cuidados gerais que visa
proporcionar à mulher gestante o desenvolvimento
saudável da gravidez.
Prevenção e/ou detecção precoce de patologias
maternas e fetais.
No cenário ideal seria iniciada antes da
concepção.
Alguns indicam começar no fim do primeiro
trimestre.
Mínimo 6 consultas;
Consultas de seguimento: avaliar intercorrências
e queixas da gestante, recalcular a idade
gestacional; identificar fatores de risco; reclassificar
a gravidez como de baixo ou alto risco; indicar
planejamento familiar durante a gravidez, quando
pertinente; atualizar o calendário vacinal; informar
sobre o parto; solucionar as dúvidas; detectar
problemas emocionais/sociais e fazer o devido
encaminhamento, quando necessário; avaliar o
estado nutricional e o ganho de peso; avaliar o
estado bucal e as condições de higiene da paciente;
e considerar a licença-maternidade.
No exame físico: PA, FC, peso, altura uterina, BCF,
avaliar presença de contrações, movimento fetal ou
edema.
Registrar informações no cartão de pré-natal.
PRIMEIRA CONSULTA
Identificação.
Idade da gestante.
Considera gestante de risco gestacional agregado
mulheres com menos de 19 anos e maiores de 35.
Situação conjugal da gestante grau de
segurança emocional.
Escolaridade para saber o grau de
entendimento das orientações.
Antecedentes mórbidos pessoais e hábitos;
Condições de nascimento e infância,
desenvolvimento puberal, doenças comuns da
infância, vacinações, alergias, cirurgias (gerais e
pélvicas), transfusões de sangue, anestesias,
tratamentos clínicos prévios à gestação e no
decorrer da gravidez atual, doenças
infectocontagiosas, desvios nutricionais, alergias,
reações medicamentosas, vacinações, uso crônico
de medicamentos prescritos e hábitos nocivos à
saúde.
Antecedentes ginecológicos;
Averiguar o passado ginecológico.
Cirurgias prévias no útero, insuficiência lútea,
perdas gestacionais prévias, insuficiência cervical,
trabalho de parto pré-termo e pré-eclâmpsia, entre
outras.
Características do ciclo menstrual.
Informações sobre o uso de métodos
anticonceptivos e a programação da gravidez.
Parcerias sexuais.
Questionamentos sobre doenças transmitidas
por meio do ato sexual e os tratamentos realizados.
Cirurgias que deixam cicatriz uterina.
Cirurgias nas mamas.
Antecedentes obstétricos;
Data da última menstruação (DUM), número de
gestações e intervalo entre elas, evolução no pré-
natal (aborto, diabetes, parto pré-termo, restrição
de crescimento intraútero ou baixo peso ao nascer,
préeclâmpsia/ eclâmpsia, anomalias congênitas no
recém-nascido, óbito fetal ou neonatal), via do
parto.
Aspectos psicológicos e sociais.
Uso de medicamentos ou exposição a raios X.
Cálculo da idade gestacional e DPP;
Considera a DUM.
Regra de Naegele considera que a gravidez tenha
duração média de 280 dias.
A idade gestacional é calculada somando-se o
número de dias decorridos entre a DUM e a data na
qual se quer avaliar essa idade.
Dividindo-se esse número por 7, obtém-se a
idade gestacional em semanas.
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Pré-natal

DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ

Sintomas de presunção : náuseas, vômito, sialorreia, alterações do apetite, aversão a certos odores que provocam náuseas e vômitos, lipotímia e tonteiras, polaciúria, nictúria, sonolência e alterações psíquicas variáveis na dependência de a gestação ser desejada ou não. Sinais de presunção : melasma facial, linha nigra, aumento do volume abdominal. Sintomas e sinais de probabilidade : sintoma mais importante é o atraso menstrual, e entre os sinais podemos individualizar: aumento do volume uterino, alterações da forma em que o útero se torna globoso (sinal de Noblé-Budin), diminuição da consistência do istmo (sinal de Hegar) e diminuição da consistência do colo (sinal de Goodel), aumento da vascularização da vagina, do colo e vestíbulo vulvar (sinal de Jacquemier-Kluge) e sinal de Hunter (aréola mamária secundária). Os sinais de probabilidade são mais evidentes a partir de oito semanas de gestação. Sinais de certeza : beta-hCG, ausculta fetal, palpação de partes fetais no abdome materno e US. O PRÉ-NATAL Conjunto de medidas de natureza médica, social, psicológica e de cuidados gerais que visa proporcionar à mulher gestante o desenvolvimento saudável da gravidez. Prevenção e/ou detecção precoce de patologias maternas e fetais. No cenário ideal seria iniciada antes da concepção. Alguns indicam começar no fim do primeiro trimestre. Mínimo 6 consultas; Consultas de seguimento: avaliar intercorrências e queixas da gestante, recalcular a idade gestacional; identificar fatores de risco; reclassificar a gravidez como de baixo ou alto risco; indicar planejamento familiar durante a gravidez, quando pertinente; atualizar o calendário vacinal; informar sobre o parto; solucionar as dúvidas; detectar problemas emocionais/sociais e fazer o devido encaminhamento, quando necessário; avaliar o estado nutricional e o ganho de peso; avaliar o estado bucal e as condições de higiene da paciente; e considerar a licença-maternidade. No exame físico: PA, FC, peso, altura uterina, BCF, avaliar presença de contrações, movimento fetal ou edema. Registrar informações no cartão de pré-natal. PRIMEIRA CONSULTA Identificação. Idade da gestante. Considera gestante de risco gestacional agregado mulheres com menos de 19 anos e maiores de 35. Situação conjugal da gestante  grau de segurança emocional. Escolaridade  para saber o grau de entendimento das orientações.  Antecedentes mórbidos pessoais e hábitos; Condições de nascimento e infância, desenvolvimento puberal, doenças comuns da infância, vacinações, alergias, cirurgias (gerais e pélvicas), transfusões de sangue, anestesias, tratamentos clínicos prévios à gestação e no decorrer da gravidez atual, doenças infectocontagiosas, desvios nutricionais, alergias, reações medicamentosas, vacinações, uso crônico de medicamentos prescritos e hábitos nocivos à saúde.  Antecedentes ginecológicos; Averiguar o passado ginecológico. Cirurgias prévias no útero, insuficiência lútea, perdas gestacionais prévias, insuficiência cervical, trabalho de parto pré-termo e pré-eclâmpsia, entre outras. Características do ciclo menstrual. Informações sobre o uso de métodos anticonceptivos e a programação da gravidez. Parcerias sexuais. Questionamentos sobre doenças transmitidas por meio do ato sexual e os tratamentos realizados. Cirurgias que deixam cicatriz uterina. Cirurgias nas mamas.  Antecedentes obstétricos; Data da última menstruação (DUM), número de gestações e intervalo entre elas, evolução no pré- natal (aborto, diabetes, parto pré-termo, restrição de crescimento intraútero ou baixo peso ao nascer, préeclâmpsia/ eclâmpsia, anomalias congênitas no recém-nascido, óbito fetal ou neonatal), via do parto. Aspectos psicológicos e sociais. Uso de medicamentos ou exposição a raios X.  Cálculo da idade gestacional e DPP; Considera a DUM. Regra de Naegele considera que a gravidez tenha duração média de 280 dias. A idade gestacional é calculada somando-se o número de dias decorridos entre a DUM e a data na qual se quer avaliar essa idade. Dividindo-se esse número por 7, obtém-se a idade gestacional em semanas.

DPP, soma-se 7 ao dia da DUM e 9 ao número referente ao mês em que ela ocorreu.  Antecedentes familiares; Hipertensos, diabéticos, com doenças autoimunes, cardiopatas, parentes de primeiro grau que apresentaram pré-eclâmpsia/eclâmpsia, gemelaridade, distócias no parto e doenças infectocontagiosas.  Exame físico; Estado nutricional, peso e altura  IMC. Pulso, PA e avaliar presença de edema.  Exame das mamas; Apresentam importantes modificações, como proliferação das glândulas, aumento do volume, edema, vasodilatação (rede venosa de Haller), aumento da pigmentação da aréola primária, aparecimento da aréola secundária e hipertrofia das glândulas sebáceas do mamilo (tubérculos de Montgomery). Avaliar se os mamilos estão invertidos ou não.  Exame pélvico; Inspeção, verificando anatomia, alterações da coloração, lesões vegetantes e ulcerações.  Exame físico obstétrico; Exame do abdome com inspeção, palpação, mensuração da altura uterina e ausculta dos BCF. Buscar alterações da coloração (linha nigrans), de estrias, cicatrizes, tensão e outras alterações. Mensuração da altura uterina  reflete com relativa exatidão o desenvolvimento fetal intrauterino após a 16ª a 18ª semana de gravidez. BCF normal  entre 110 e 160bpm. Após a 18ª semana pode usar o estetoscópio de Pinnard.  Orientações alimentares e sobre ganho de peso;  Exames subsidiários;  Calendário e número de consultas; Mínimo  1 no primeiro trimestre, 2 no segundo e 3 no terceiro. Ideal  mensal até 32 semanas, quinzenais da 32 a 36ª semanas e semanais até o nascimento. OBSERVAÇÕES SILVAN Exames.  Coombs indireto; Paciente Rh – e parceiro Rh +. Vou solicitar DU. Só solicito Coombs se negativo com DU. Se negativo  repetir mensalmente depois das 20 semanas.  Hemograma; Avaliar anemia. Hb > 11g/dL  normal. Hb > 11 < 8  anemia leve a moderada. Hb < 8  anemia grave. Acompanhar em alto risco.  Glicemia em jejum; Glicemia < 85 sem fator de risco  - Glicemia < 85 com fator de risco  + Fazer teste de tolerância à sobrecarga de glicose entre 24 e 28 semanas. 153  ponto de cote após 2h. ≥ 126 ou glicemia ao acaso > 200  DMg. 85 - 125 com ou sem fator de risco  +  teste de tolerância.  Urina I com urocultura/antibiograma; Urocultura de 30/30 dias para controle de cura até o fim da gestação.  Toxoplasmose; IgM IgG

    • Suscetíveis
    • Com imunidade
    • Provável infecção recente
    • Provável infecção aguda
    •  pedir avidez para saber se crônica ou aguda. Teste de avidez só tem valor se for o mesmo sangue que fez o IgG e o IgM. Espiramicina  não deixa o toxoplasma passar para placenta.  Sífilis; VDLR +  trata casal  se já tratou pedir quantitativo  até 1:8 = cicatriz sorológica.  Hepatite B; HbsAg  se tiver positivo = imunoglobulina para o bebê logo no pós-parto.  Hepatite C; Solicitar para gestante de risco.  HIV; Esquema tríplice para controle da carga viral. C.V ↑  AZT para mãe. Inibir produção de leite.  TSH; < 2 = normal.  Protoparasitológico de fezes; Em pacientes com quadro de anemia. Rh DU A + - A - A - + A+