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Guias e Dicas
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Prática de Plasmólise: Formatos e Interação Elétrica, Notas de aula de Botânica

A prática de observação da plasmólise em células vegetais, um fenômeno reversível que ocorre em condições hiperosmóticas. A plasmólise pode resultar em figuras arredondadas (convexas) ou côncavas, dependendo do tipo de íon utilizado na solução externa. O documento fornece objetivos, materiais e procedimentos para a realização da prática, incluindo a utilização de bulbos de cebola, folhas de zebrina e elódea, soluções de nitrato de potássio e nitrato de cálcio, e um microscópio óptico.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Rio890
Rio890 🇧🇷

4.8

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PRÁTICA Nº. 4.9
FORMATOS DE PLASMÓLISE
INTRODUÇÃO
A plasmólise é um fenômeno típico das células vegetais expostas a estresses
hiperosmóticos. Nessa condição, a intensa perda de turgor provoca o destacamento do
protoplasto da parede celular, o que é devido principalmente aos efeitos observados no
vacúolo. Embora os efeitos da plamólise sejam intensos e mudanças estruturais tornem-se
necessárias para realizar um ciclo plasmolítico, o fenômeno é reversível e característico das
células vegetais.
Dependendo do tipo de célula, da viscosidade do citoplasma e do componente
osmótico utilizado, dois tipos de plasmólise podem ser obtidos. Quando a plasmólise é
provocada pela imersão dos tecidos em soluções contendo moléculas indissociáveis, a
plasmalema se descola por igual em toda a superfície de contato com a parede celular,
resultando em uma figura arredondada (convexa) no interior da célula. Essa figura
corresponde ao protoplasto, um volume delimitado pela plasmalema e que contém no seu
interior o citoplasma e o núcleo. Entretanto, em plasmólise côncava, o descolamento da
plasmalema é desuniforme, e a membrana plasmática não se separa completamente da
parede celular, formando várias bolsas cavadas. Nessa condição, a adesão da membrana
plasmática à parede ocorre na região dos plasmodesmas.
A observação desses dois tipos de plasmólise é possível com a utilização de sais
específicos em soluções concentradas (hiperosmóticas). Quando solubilizados em água, sais
de KNO3 produzem íons com apenas uma carga (K+ e NO3-) e, portanto, cada íon K+
(monovalente) interage somente com a plasmalema ou com a parede celular. Em contraste,
quando são utilizados sais de Ca(NO3)2, que em solução produzem íons com duas cargas
(Ca2+ e 2 NO3-), o íon Ca2+ (bivalente) consegue interagir tanto com as cargas negativas da
plasmalema quanto com as da parede celular (uma carga positiva para cada superfície),
servindo de ligação eletrostática entre essas duas estruturas celulares, originando, assim,
várias bolsas cavadas com formato côncavo.
OBJETIVOS
Observar o fenômeno da plasmólise, verificando a interação entre a plasmalema e a
parede celular. Identificar as figuras de plasmólise e explicar a sua formação levando-se em
conta os íons utilizados na solução externa. Relacionar o fenômeno da interação elétrica entre as
superfícies subcelulares (plasmalema e parede celular) com a utilização de íons de carga dupla.
Universidade Federal de Juiz de Fora
Departamento de Botânica - ICB
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PRÁTICA Nº. 4. 9

FORMATOS DE PLASMÓLISE

INTRODUÇÃO

A plasmólise é um fenômeno típico das células vegetais expostas a estresses hiperosmóticos. Nessa condição, a intensa perda de turgor provoca o destacamento do protoplasto da parede celular, o que é devido principalmente aos efeitos observados no vacúolo. Embora os efeitos da plamólise sejam intensos e mudanças estruturais tornem-se necessárias para realizar um ciclo plasmolítico, o fenômeno é reversível e característico das células vegetais.

Dependendo do tipo de célula, da viscosidade do citoplasma e do componente osmótico utilizado, dois tipos de plasmólise podem ser obtidos. Quando a plasmólise é provocada pela imersão dos tecidos em soluções contendo moléculas indissociáveis, a plasmalema se descola por igual em toda a superfície de contato com a parede celular, resultando em uma figura arredondada (convexa) no interior da célula. Essa figura corresponde ao protoplasto, um volume delimitado pela plasmalema e que contém no seu interior o citoplasma e o núcleo. Entretanto, em plasmólise côncava, o descolamento da plasmalema é desuniforme, e a membrana plasmática não se separa completamente da parede celular, formando várias bolsas cavadas. Nessa condição, a adesão da membrana plasmática à parede ocorre na região dos plasmodesmas.

A observação desses dois tipos de plasmólise é possível com a utilização de sais específicos em soluções concentradas (hiperosmóticas). Quando solubilizados em água, sais de KNO3 produzem íons com apenas uma carga (K+^ e NO 3 - ) e, portanto, cada íon K+ (monovalente) interage somente com a plasmalema ou com a parede celular. Em contraste, quando são utilizados sais de Ca(NO 3 ) 2 , que em solução produzem íons com duas cargas (Ca2+^ e 2 NO 3 - ), o íon Ca2+^ (bivalente) consegue interagir tanto com as cargas negativas da plasmalema quanto com as da parede celular (uma carga positiva para cada superfície), servindo de ligação eletrostática entre essas duas estruturas celulares, originando, assim, várias bolsas cavadas com formato côncavo.

OBJETIVOS

Observar o fenômeno da plasmólise, verificando a interação entre a plasmalema e a parede celular. Identificar as figuras de plasmólise e explicar a sua formação levando-se em conta os íons utilizados na solução externa. Relacionar o fenômeno da interação elétrica entre as superfícies subcelulares (plasmalema e parede celular) com a utilização de íons de carga dupla.

Universidade Federal de Juiz de Fora Departamento de Botânica - ICB

MATERIAIS

 Bulbos de cebola, folhas de zebrina ( Tradescantia zebrina Heynh., Commelinaceae) ou de elódea ( Elodea canadensis Michx., Hydrocharitaceae)

 Lâmina, lamínula

 Placas de Petri

 Vidro de relógio

 Microscópio óptico

 Nitrato de potássio (KNO 3 ) 0,7M