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Mas, afinal, qual é o papel do Orientador Educacional no planejamento da escola? ... Instrumentos são as formas de registro, como: Fichas de Observação,.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
1.1 O desafio na construção do planejamento da escola
Para a construção coletiva de um projeto políticopedagógico visando à educação de qualidade é necessário que efetivamente a Escola, “(...) que reúne pessoas que interagem entre si e que opera por meio de estruturas e processos organizativos próprios, a fim de alcançar os objetivos” (LIBÂNEO, 2004, p.100), se organize num espaço onde todos os segmentos estejam engajados e comprometidos com a elaboração de todo o processo pedagógico. Assim, todos os agentes participantes desse processo educacional devem estar envolvidos.
Pensando no trabalho coletivo na escola e o papel do Orientador Educacional, reflita sobre o que diz um ditado chinês...
Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando um pão, ao se encontrarem eles trocam os pães, cada homem vai embora com um. Porém, se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando uma idéia, ao se encontrarem eles trocam as idéias, cada homem vai embora com duas.
Considerando, como Grinspun (1994), que...
a escola é o espaço de ensinar e aprender de forma sistematizada, constitui o acesso às fontes de produção do conhecimento científico e tecnológico e, portanto, é espaço de formação da cidadania. (...) a escola é um lugar de trabalho coletivo(...) (GRINSPUN, 1994, p.108)
numa perspectiva constitucional de democratização da educação, o papel da Orientação Educacional é imprescindível.
De acordo com Vasconcelos (2002, p. 69) as escolas que possuem ensino de qualidade têm um técnico com funções de zelar pela integração do grupo, pelas relações interpessoais, de todos os envolvidos no processo educativo (professores, funcionários, pais ou responsáveis, comunidade), articulando as condições necessárias para a formação integral do aluno.
Para tanto, o projeto pedagógico, conjunto articulado de ações propostas de acordo com objetivos que norteiam a organização do trabalho da escola, deve ser pensado e produzido coletivamente, pois ações isoladas e desarticuladas não contribuem para um trabalho escolar democrático e de qualidade.
Mas, afinal, qual é o papel do Orientador Educacional no planejamento da escola?
Partindo desses princípios, o Orientador Educacional tem papel de grande importância para a elaboração, consolidação e implementação de projeto socioeducacional, principalmente quando se trata de uma unidade pública de educação.
Tendo em vista as diversas possibilidades de construção de um ambiente educacional voltado para o desenvolvimento de relações mais efetivas de aprendizagem dos alunos, o Orientador Educacional, assim como os demais envolvidos no processo educativo, deve ser visto em sua identidade pessoal e profissional: “trata-se de compreendê-lo enquanto indivíduo que possui uma historicidade, com visões de mundo, escalas de valores, sentimentos, emoções, desejos e projetos, com lógicas de comportamentos e hábitos que lhe são próprios” (DAYRELL, 2001, p.140), até porque o estabelecimento de relações compartilhadas entre os atores constitui o significado dialógico do discurso como diz Bakhtin:
as palavras são tecidas a partir de uma multidão de fios ideológicos e servem de trama a todas as relações sociais em todos os domínios (...) marcadas pelo horizonte social de uma época e de um grupo social determinado (BAKHTIN, 1988, pp.41,44).
Você se lembra de alguma vez, em seu período escolar, ter participado da organização da escola por meio de grêmio estudantil, sessão de estudos ou representação de classe?
Será que você poderia lembrar-se de alguma situação na qual o Orientador Educacional tenha participado no decorrer de sua vida escolar?
1.1.1 Seu papel na perspectiva e desafio em face da organização da escola
Partindo do pressuposto de que a organização educacional é vista, na atualidade, como lugar de interação social, dotada de cultura e caracterizada por valores, crenças e ideologias, afirma Lima (2002) que a escola é simultaneamente “locus de reprodução e locus de produção de políticas, orientações e regras (...) porque, finalmente as organizações são sempre as pessoas em interação social, e porque os atores escolares dispõem sempre de margens de autonomia relativa” (LIMA, 2002, p.33).
Olhar a unidade educacional como organização é vê-la contextualizada em suas várias dimensões. Há de atentarse sobre a natureza do trabalho em educação, “na escola, as relações de produção e transmissão de conhecimento se dão entre sujeitos que interagem e se transformam através desta interação” (ALVES e GARCIA, 2006, p.161), bem como com o âmbito da categoria de trabalho não material, esclarecido por Saviani (apud Alves e Garcia, 2006), “ao relacioná-la à produção de idéias, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitudes, ou seja, à produção do saber, que não se separa do produtor” (ALVES e GARCIA, 2006, p.159), o que é distinto da natureza de produção de uma mercadoria, ou seja, um trabalho material.
Nesse prisma, minimamente duas perspectivas são observáveis para o trabalho do Orientador Educacional. Por um lado, os princípios pautam-se, no mercado, pelos ideais capitalistas, e por outro, os princípios podem corroborar para garantia do processo de tomada de decisões coletivas, encarando o direito à educação para todos.
Assim, partindo-se da natureza coletiva do trabalho realizado pelo Orientador Educacional, podem ser identificadas algumas possibilidades desse trabalho na escola:
a) orientação escolar; b) relação família-escola-comunidade; c) orientação psicopedagógica e em relação à saúde do escolar;
Sob a perspectiva da circularidade de relacionamento entre as diversas dimensões do trabalho de Orientação Educacional, o planejamento adquire papel preponderante para organização da prática do Orientador Educacional.
A Orientação Educacional como parte integrante do processo gestor da escola delega ao Orientador Educacional sua participação, assistindo à direção, na elaboração e implementação do Projeto Pedagógico da escola.
É condição sine qua non ao iniciar o planejamento que todos os envolvidos no processo tenham conhecimento dos princípios filosóficos e objetivos que norteiam a política educacional, para poder explicitar os objetivos educacionais gerais e específicos da escola e dos diversos serviços que integram o Plano Escolar e Projeto Pedagógico da escola.
1.2 Planejando ações de trabalho
Na atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB nº 9394/96, o trabalho da Orientação Educacional não é mencionado como obrigatório, mas, ao tratar da formação de profissionais de educação, no artigo 64, o Orientador Educacional é mencionado e deve obter sua formação em nível superior ou pós-graduação. A educação profissional e a preparação para o trabalho são citadas na referida Lei, mas sem mencionar um profissional específico para trabalhá-las. Dessa forma, a abrangência da prática da Orientação Educacional fica garantida predominando aspectos da dimensão pedagógica.
Na prática, o trabalho do Orientador Educacional precisa ser pensado, organizado e planejado. Esse plano é norteador de todo o trabalho a ser desenvolvido na Orientação Educacional.
Ao pensar em planejamento, podemos dizer como Freire (1998): “Se na verdade, o sonho que nos anima é democrático e solidário, não é falando aos outros, de cima para baixo, sobretudo, como se fôssemos os portadores da verdade a ser transmitida aos demais, que aprendemos a escutar, mas é escutando que aprendemos a falar com eles”.
Ao planejar suas ações, o Orientador Educacional deve ter em mente o que é planejamento.
Figura 2: Conceito de planejamento
A Orientação Educacional, por meio de projetos, pesquisas, e planos de ação poderá oferecer ao aluno a possibilidade de desvendar sua própria história cultural/social, propiciando, assim, a formação da cidadania.
Somente uma Orientação Educacional contextualizada, planejada e organizada mostrará à escola seu papel de parceira e aliada, as perspectivas de ação que mantém, os resultados que alcança e a relevância de sua atuação para consecução de objetivos e finalidades educacionais do projeto pedagógico escolar.
Para refletir: Ações sem direcionamento claro e objetivo de nada adiantam, senão para estabelecer um vazio pedagógico.
A Orientação Educacional, diante dessa perspectiva, vai configurando-se a partir de ações coletivas e elaborando seu Plano de Ação. Afinal, planejar significa assumir compromissos.
Assim, por meio de uma prática planejada o Orientador Educacional poderá:
Estratégias e instrumentos Estratégias são recursos utilizados para a consecução de objetivos. Palestras, entrevistas, grupos de estudo, reuniões, observação, orientação individual, entre outras, são profícuas no trabalho desenvolvido pelo Orientador Educacional. Instrumentos são as formas de registro, como: Fichas de Observação, Questionário Informativo, Roteiro de Entrevista, entre outros.
Cronograma O cronograma permite que prioridades possam ser definidas e hierarquizadas, de modo que as atividades do Orientador Educacional sejam equilibradas na distribuição do tempo. Na organização do cronograma, inicialmente, prever atividades que têm data fixa no calendário escolar, em seguida, agendamento de reuniões, grupos de estudos e demais atividades realizadas pelo Orientador Educacional.
Avaliação Objetivos alcançados, resultados, análises. A avaliação deverá ser registrada sistematicamente e será realizada por meio de instrumentos adequados à avaliação das atividades realizadas. Tal avaliação é necessária para tornar o serviço eficaz.
Observações Espaço destinado a informações extras de interesse da Orientação Educacional.
Resumindo:
Figura 3: Passos do Planejamento
Figura 4: Funções do Planejamento
O trabalho do Orientador Educacional tem grande importância, complexidade e é de grande responsabilidade. Para que seja realizado a contento, além de planejar é preciso atentar para os princípios éticos de comportamento na realização das atribuições e competências.
Assim, o Orientador Educacional em sua atuação deve observar os seguintes aspectos referentes:
a) ao sigilo nas informações dos elementos da escola e da comunidade;
b) a problemas éticos relacionados ao estabelecimento de limites entre o seu campo de atuação e de outros profissionais;
c) a aspectos inerentes ao seu posicionamento diante de assuntos conflituosos baseados em pontos de vista divergentes sobre questões de moral, de religião, de diversidades étnicas, valores pessoais, gostos, interesses e identificações (clubes, partidos etc);
d) a aspectos de seu comportamento pessoal e profissional.
Para tanto, o Orientador Educacional deve agir com discrição dentro ou fora do local de trabalho, a fim de que sua imagem seja preservada de comentários desabonadores ou que possam comprometê-lo.
1.3 Organizando o serviço
No intuito de tornar o setor eficiente e organizado, facilitando, desse modo, a tomada de decisões, faz-se necessária a manutenção dos diferentes tipos de informações coletadas e registradas, permanecendo sempre atualizadas.
Entre as informações e documentações de interesse do Orientador Educacional há dados sigilosos (resultados de testes, diagnósticos, anamneses, entre outros) e dados informativos abertos (informações essenciais sobre os membros do processo educativo, fichas cumulativas etc) de modo que o prontuário (pasta onde são armazenados todas as informações e documentos) esteja completo e organizado.
Veja, o Orientador Educacional para planejar seu trabalho e participar do planejamento da Escola precisa ter a mente aberta para inovações. Logo, pensar
um profissional aberto às inovações, é pensar um cidadão que tem que pensar livre.
O Setor de Orientação Educacional deverá manter informações sobre alunos, ex-alunos, professores, funcionários e técnicos. É interessante, também, manter informações de profissionais de interesse para o desenvolvimento do trabalho.
Para funcionamento organizacional e eficiente, é bom que o Setor de Orientação Educacional disponha de uma pasta contendo modelos de instrumentos (questionários e fichas) para agilizar as atividades, bem como textos e informações úteis. Para tanto, seguem sugestões desses instrumentos para que sejam selecionados e adequados, quando necessária sua utilização.
1.3.1 O arquivo
O arquivo, fichários e pastas são indispensáveis para guardar o material sigiloso e informações coletadas pelo Orientador Educacional e demais elementos da equipe de trabalho.
É conveniente que o seu manuseio seja fácil e de utilidade para a Orientação Educacional.
Em geral, arquivam-se nesses fichários:
Após você ter lido sobre o papel do Orientador Educacional e a organização de seu setor de trabalho... Pense e reflita!!!!
Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo para todos, no toldo (a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo que, tecido, se eleva por si: luz balão.
João Cabral de Melo Neto, A Educação pela Pedra)
Você poderá pesquisar outras sugestões em:
GIACAGLIA, Lia R.A. PENTEADO, Wilma, M.A. Orientação Educacional na prática. São Paulo: Pioneira, 1997.
LÜCK, Heloísa. Planejamento em orientação educacional. Petrópolis: Vozes, 1991.
2 CAMPOS DE ATUAÇÃO
“É inerente à criança ser curioso, ser inquieto, ser criativo, isto é, ser criança”. Sara Pain
Os campos de atuação do Orientador Educacional podem ser distribuídos em orientação escolar, relação família-escolacomunidade, orientação psicopedagógica e em relação à saúde, relações humanas, orientação para o lazer, orientação vocacional e para o trabalho e acompanhamento pós-escolar.
Figura 5 – Campos de Atuação
A Orientação Educacional, na sua prática, precisa a todo momento auxiliar os educadores a buscarem soluções pedagógicas e metodológicas, redescobrindo o pa pel da escola na formação do sujeito e na construção do cidadão. Nesse sentido, é na escola que o aluno aprende a conviver com o outro, a aceitar a diversidade cultural, a participar e lutar pelo bem comum, a conviver com dificuldades e contradições, a trabalhar com o diálogo, a defender seus direitos e a dialogar.
Agora já é possível perceber que o trabalho desenvolvido pelo Orientador Educacional não é apenas dialogar..., mas, sim, um acompanhamento permanente, contínuo e técnico do escolar.
Todo o trabalho a ser desenvolvido pelo Orientador Educacional deve ter como base certos princípios norteadores:
Caracterização do grupo de pais:
Elaborar previamente a documentação, com informes dos pais, previne possíveis
atrícula, com dados pertinentes, tais como: renda familiar, situação conômica, membros da família, profissão dos responsáveis, cultura familiar, nível
om base nesse levantamento, os temas a serem abordados nas futuras reuniões terão
utro levantamento importante junto aos pais deve ser sobre “as preocupações” deles em
pós mapear as características, o Orientador Educacional deverá viabilizar as ações
alia a garantia das proposições do plano do Orientador ducacional, o conhecimento dos professores e alunos para fundamentar sua
o grupo da comunidade: discutindo as possíveis colaborações e implicações, esenvolve-se um sentimento de responsabilidade e participação da comunidade com a
se): a multiplicidade de piniões, situações, concepções, exigem do Orientador Educacional a delimitação de
s pautas das reuniões deverão ter boa estruturação, para que haja participação dos pais
ção (horários, festas) e temas associados ao processo de esenvolvimento do aluno na escola e na sociedade (novas tecnologias, sexo, violência,
na sua formação humana, ou seja, o Orientador Educacional eve buscar formar o aluno como pessoa capaz de pensar, de estudar e de desenvolver seu sentido de cidadania.
situações constrangedoras.
O Orientador Educacional deve apropriar-se de questionário informativo, elaborado quando da m e educacional.
C mais relevância e encaminhamentos adequados.
O relação aos filhos e a si próprios: drogas, sexo, emprego, violência etc.
A suscitadas em sua análise.
Também é de grande v E interlocução com os pais.
A atuação junto aos pais deverá ser pautada em três momentos:
I – com d escola.
II – com todo o coletivo de pais da escola (por período, por clas o temas necessariamente abordados em seus encontros com pais.
A e, conseqüentemente, atendimento às expectativas.
Em geral, são temas reais (reformas da escola, uniformes, passeios etc) abordados em conjunto com a dire d hábitos de leitura etc).
III – com todo o coletivo de pais.
2.2 Orientação Educacional e o escolar
O trabalho de Orientação Educacional junto ao escolar objetiva auxiliar os alunos no seu pleno desenvolvimento e d
Outro aspecto a ser observado pelo Orientador Educacional, em relação ao discente, é instrumentalizá-lo para a organização eficiente do trabalho escolar, tornando a aprendizagem mais eficaz, bem como realizar sessões de orientação de estudos, previamente agendadas em calendário, nas quais o Orientador Educacional utilizará estratégias diversificadas (textos, trabalhos em grupo, vídeo, informática, debates, atividades extra-classe etc) que vão ao encontro dos objetivos propostos e às ecessidades e interesses da faixa etária a ser trabalhada.
nfiança e ooperação aluno/aluno, aluno/ orientador, ouvindo-o com paciência e atenção.
ação, seguem, na figura abaixo, itens para reflexão em sessão de orientação e estudo.
n
O Orientador Educacional, também necessita estabelecer um vínculo de co c
Como ilustr d
DICAS DE COMO ESTUDAR
C aso 1:
Ivone, aluna representante da turma 702 da 7ª série, havia tentado o suicídio duas semanas antes da reunião final do Conselho de Classe.