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politicas publicas agricolas, Esquemas de Política Agrícola

Políticas públicas e pesquisa para o desenvolvimento

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 10/01/2025

deividi-freitas
deividi-freitas 🇧🇷

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Políticas públicas e pesquisa para o desenvolvimento rural no Brasil
Nome: Norton
A pesquisa agropecuária nasceu como uma proposta de abordagem
setorial, voltada fundamentalmente para beneficiar o nascente setor agrícola,
com uma visão de torná-lo competitivo e ampliar sua capacidade de gerar
divisas e produzir alimentos para uma população crescente e uma sociedade
em início de industrialização e urbanização.
O desenvolvimento rural (o qual pode-se colocar no mesmo grupo de
conceitos associados à localidade – desenvolvimento territorial, local, regional)
passou a ser buscado como um novo paradigma, concorrente (mas, não
excludente) da visão de desenvolvimento baseado em setores econômicos
(agricultura, indústria, comércio) estanques.
No momento atual, duas constatações são fundamentais: a agricultura
brasileira tornou-se uma das principais e mais competitivas do mundo; e a
estrutura de pesquisa pública para a agropecuária tornou-se complexa, ampla
e capilarizada em todo o território nacional. Ao mesmo tempo,
contraditoriamente, ainda se convive com legados históricos de exclusão de
amplos setores da sociedade brasileira.
Para se ter uma ideia dos retornos econômicos e sociais desta
estrutura, tomar-se-á como exemplo o caso da Embrapa. Desde 1996, a
Empresa elabora e publica seu Balanço Social, como forma de mensurar e
divulgar para a sociedade os impactos econômicos e sociais das atividades
desenvolvidas por ela e seus parceiros (especialmente os integrantes do
Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária – SNPA) em cada ano.
Os diversos produtos (sementes, clones, equipamentos, bioprodutos,
vacinas), processos (sistemas de gestão e de manejo, metodologias,
zoneamentos, certificação e rastreamento), informações (avaliação de
cultivares, análises de cenários, redes de segurança, sistemas de automação e
de monitoramento), e serviços (intercâmbios de germoplasma, análises de
quarentena, redes de informação, franquias, controles de qualidade,
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Políticas públicas e pesquisa para o desenvolvimento rural no Brasil

Nome: Norton

A pesquisa agropecuária nasceu como uma proposta de abordagem setorial, voltada fundamentalmente para beneficiar o nascente setor agrícola, com uma visão de torná-lo competitivo e ampliar sua capacidade de gerar divisas e produzir alimentos para uma população crescente e uma sociedade em início de industrialização e urbanização. O desenvolvimento rural (o qual pode-se colocar no mesmo grupo de conceitos associados à localidade – desenvolvimento territorial, local, regional) passou a ser buscado como um novo paradigma, concorrente (mas, não excludente) da visão de desenvolvimento baseado em setores econômicos (agricultura, indústria, comércio) estanques. No momento atual, duas constatações são fundamentais: a agricultura brasileira tornou-se uma das principais e mais competitivas do mundo; e a estrutura de pesquisa pública para a agropecuária tornou-se complexa, ampla e capilarizada em todo o território nacional. Ao mesmo tempo, contraditoriamente, ainda se convive com legados históricos de exclusão de amplos setores da sociedade brasileira. Para se ter uma ideia dos retornos econômicos e sociais desta estrutura, tomar-se-á como exemplo o caso da Embrapa. Desde 1996, a Empresa elabora e publica seu Balanço Social, como forma de mensurar e divulgar para a sociedade os impactos econômicos e sociais das atividades desenvolvidas por ela e seus parceiros (especialmente os integrantes do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária – SNPA) em cada ano. Os diversos produtos (sementes, clones, equipamentos, bioprodutos, vacinas), processos (sistemas de gestão e de manejo, metodologias, zoneamentos, certificação e rastreamento), informações (avaliação de cultivares, análises de cenários, redes de segurança, sistemas de automação e de monitoramento), e serviços (intercâmbios de germoplasma, análises de quarentena, redes de informação, franquias, controles de qualidade,

capacitação, incubação de empresas), dentre outros, tem seus impactos monitorados e mensurados e alguns indicadores são mencionados a seguir. Segundo o Balanço Social, no longo prazo, a cada 10 pontos percentuais de incremento do orçamento da Embrapa observou-se uma queda de 2,2% no preço da cesta básica. De fevereiro de 1976 a julho de 2012, a redução acumulada foi estimada em 79,8% (Embrapa, 2014). Com relação ao aumento da renda dos produtores, com base em uma análise conjunta dos dados dos Censos Agropecuários de 1995/1996 e 2006, constatou-se que: cada aumento de uma unidade na intensidade da pesquisa da Embrapa correspondeu a um aumento médio de renda bruta dos produtores rurais da ordem de 8,8%. Considerou-se nessa análise estabelecimentos agropecuários com renda líquida positiva e que receberam assistência técnica e extensão rural, numa amostra de 86.626 estabelecimentos (Embrapa, 2014). Com relação à contribuição para o crescimento da produtividade da agricultura brasileira, esta foi estimada em 2,2% a.a., no período 1975 a 2006, ressaltando-se que a cada aumento de uma unidade na intensidade da pesquisa da Embrapa implicou em aumento de 10 a 15% no índice de produtividade total dos fatores (PTF). Outro fator que contribuiu fortemente para a evolução da temática do desenvolvimento rural foi a construção social de categorias que refletem identidades sociopolíticas dentro do setor agropecuário, notadamente a categoria da agricultura familiar, ou, mais precisamente, a dos agricultores familiares. Mais recentemente, junto a esta categoria também se agregaram as categoriais de identidade de povos indígenas e comunidades tradicionais, que incluem comunidades indígenas, extrativistas, ribeirinhos, quilombolas, gerais eirós, entre vários outros. Como reflexo desses debates, a questão do desenvolvimento rural e das diferentes categoriais sociais presentes na agricultura e no rural brasileiro passaram a estar mais presentes nas missões das instituições públicas de ciência e tecnologia. Além da geração, as dimensões da promoção, da apropriação e do intercâmbio de conhecimentos e tecnologias para os diversos