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O Sistema Único de Saúde constitui-se em uma rede, um sistema onde todos têm autonomia relativa. Aos gestores públicos, cabe promover uma melhor articulação entre os vários níveis de governo e os diferentes segmentos sociais a fim de garantir respostas adequadas às demandas por saúde da sociedade. Devem se valer, ainda, de seu poder para agenciar e apoiar mudanças de interesse sanitário e que consolidem o próprio SUS. Para isso, é necessário reforçar o sistema de cogestão, favorecendo processos
Tipologia: Notas de estudo
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Versão preliminar Série F. Comunicação e Educação em Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde Programa Nacional de DST e Aids Brasília – DF 2004
2004. Ministério da Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Série F. Comunicação e Educação em Saúde Tiragem: versão preliminar – 2004 – 75 exemplares Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Programa Nacional de DST e Aids Av. W3 Norte, SEPN 511, Bloco C CEP: 70750-543, Brasília – DF E-mail : aids@aids.gov.br Home page : www.aids.gov.br Disque Saúde/Pergunte Aids: 0800 61 1997 Organização: Karen Bruck Marta Azenha Mauro Siqueira Sérgio D’Avila Consultoria: Sara Romera da Silva Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha Catalográfica Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Plano estratégico do Programa Nacional de DST/Aids 2004 - 2007 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e AIDS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 54 p.: il. color. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde)
Gráfico 9 - Proporção de profissionais do sexo que declararam uso consistente de preservativos com clientes por região de pesquisa, segundo o grupo de Brasil, 2002............... 31 Gráfico 10 - Proporção de profissionais do sexo que declararam ter feito o teste anti-HIV por região de pesquisa segundo o grupo de intervenção e controle - Brasil, 2002................. 32 Gráfico 11 - Proporção de UDI acessados que relata uso consistente de preservativo e compartilhamento de seringas - 1999 e 2001............................................ 33 Gráfico 12 - Percentual de conscritos que relatam uso de preservativo em todas as relações sexuais segundo a região de residência - Brasil, 2000................................ 35 Gráfico 13 - Médias dos índices de comportamento sexual de risco (ICSR) s egundo níveis de variáveis selecionadas - Brasil, 2000...................................... 37 Gráfico 14 - Graus médios de conhecimento sobre transmissão do HIV/aids segundo a região de residência - Brasil, 1997 e 2000............................................... 38
Plano Estratégico do Programa (^7) DST/AIDS – 2004 / 2007^ Nacional de
O Sistema Único de Saúde constitui-se em uma rede, um sistema onde todos têm autonomia relativa. Aos gestores públicos, cabe promover uma melhor articulação entre os vários níveis de governo e os diferentes segmentos sociais a fim de garantir respostas adequadas às demandas por saúde da sociedade. Devem se valer, ainda, de seu poder para agenciar e apoiar mudanças de interesse sanitário e que consolidem o próprio SUS. Para isso, é necessário reforçar o sistema de cogestão, favorecendo processos de discussão, negociação e pactuação, construindo respostas às demandas de saúde do modo mais interativo possível. O Plano Estratégico do Programa Nacional de DST e Aids é um esforço neste sentido. A elaboração deste plano tomou como base os critérios do SUS: universalidade, integralidade e eqüidade. Fundamentou-se, também, em critérios claros de eficácia, eficiência, responsabilização pela atenção, vínculo, direitos dos usuários e gestão participativa. Cada um destes critérios estão, de certa forma, expressos nas metas e ações deste plano. Como foram compreendidos estes princípios para a elaboração do plano? 1 - A busca da maior eficácia – entende-se como a capacidade de produzir saúde: de promover, prevenir, curar, reabilitar e aliviar o sofrimento. Refere-se a resultados concretos. Trabalhou-se aqui com a melhoria dos indicadores e com a diminuição do risco e da vulnerabilidade epidemiológica e clínica. Alguns destes dados são facilmente mensuráveis, e poderão ser encontrados neste plano em algumas metas traçadas, como, por exemplo, garantir o acesso ao diagnóstico do HIV a 100% das gestantes brasileiras e o acesso ao tratamento a 100% das gestantes soropositivas. Outras metas não são tão fáceis de mensurar, como, por exemplo, o acesso à prevenção do HIV, aids e outras DST. Mas mesmo assim estarão contemplados com questões bastante objetivas como dobrar o número de preservativos consumidos no País até o ano de 2007. Está claro para o Ministério da Saúde que a meta de garantir maior acesso à prevenção trará maiores ou menores resultados de acordo com a capacidade de percepção de áreas/pessoas mais vulneráveis e expostas a maior risco, o que representa um sinal de alerta para a compreensão das individualidades/particularidades da epidemia de HIV, aids e da ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis. 2 - Aumentar a capacidade dos gestores e das equipes para estabelecer compromissos e contratos com os valores de uso prevalentes em cada agrupamento da sociedade: como saúde e doença são uma mescla de valores de origem técnica (clínica e epidemiológica), subjetivos e sociais (cultura), coube inventar modos de atenção capazes de negociar com essa gama múltipla de objetivos, incorporando estes valores em sua gestão e planejamento. A
Plano Estratégico do Programa Nacional de DST/AIDS – 2004 / 2007 8 descentralização das ações do repasse de recursos, a transferência descentralizada de recursos para as ações da sociedade civil, entre outras, aparecem no plano como uma resposta a este princípio. 3 - A busca da maior eficiência: a melhor racionalidade gerencial e financeira é também um critério importante para a reordenação dos modos de organizar a rede. Neste caso, a expansão da atenção básica e sua qualificação justifica-se, entre outros motivos, porque assegura maior eficiência ao sistema. Capacitações dos diferentes profissionais envolvidos
Plano Estratégico do Programa (^11) DST/AIDS – 2004 / 2007^ Nacional de
O surgimento da epidemia de aids na década de 80 tomou a sociedade de surpresa e, de todos os países atingidos, o Brasil foi um dos que responderam mais rapidamente. A resposta brasileira caracterizou-se não apenas pela sua rapidez, mas também pela ousadia de transformar a luta contra a aids em uma luta pela dignidade, pela cidadania e pela garantia de acesso à prevenção e ao tratamento. A primeira ação institucional contra a epidemia teve suas origens em São Paulo, em 1983, no Departamento de Dermatologia Sanitária, com a criação do CRT. Dois anos depois, em Brasília – e ainda no âmbito da dermatologia – começava a estruturar-se uma proposta para o que viria a ser o Programa Nacional de DST e Aids. Mas o que vai diferenciar o Programa Nacional de DST e Aids é a construção de uma profícua parceria entre Governo e Sociedade Civil. Com a consolidação do Programa, é possível constatar uma impressionante capacidade de colaboração entre os dois setores, ao mesmo tempo que mantém a autonomias e independência de ambos. Os resultados dessa união são evidentes:
Plano Estratégico do Programa (^13) DST/AIDS – 2004 / 2007^ Nacional de Estas marcas estão presentes também neste plano estratégico. Com os aprendizados do passado, lançamos um olhar para o futuro. Os princípios que nortearam o Plano Estratégico do Programa Nacional de DST e Aids:
Plano Estratégico do Programa Nacional de DST/AIDS – 2004 / 2007 14 cidadãos de segunda classe. Os direitos são iguais e o direito de acesso à saúde é universal. Cabe ao Estado garantir este princípio constitucional. Por fim, outro aspecto presente neste plano estratégico é a postura de indignação e prontidão. Estamos cara a cara com uma epidemia mundial, que pode estar mais ou menos controlada, mas que ainda faz milhões de vítimas em todo o mundo e alguns milhares no Brasil. Trata-se de uma urgência. Qualquer arrefecimento pode resultar em conseqüências drásticas. O País conseguiu ser reconhecido pela resposta que construiu até então em relação à aids, mas não estamos “sentados nos louros”. É preciso manter o caráter de prontidão, de urgência, de prioridade nacional. Esperamos que isto esteja contemplado neste documento.
Plano Estratégico do Programa Nacional de DST/AIDS – 2004 / 2007 16
Plano Estratégico do Programa (^17) DST/AIDS – 2004 / 2007^ Nacional de para municípios de menor porte possa indicar em alguns casos crescimento da epidemia).
Plano Estratégico do Programa (^19) DST/AIDS – 2004 / 2007^ Nacional de
Características da população sexualmente ativa com mais de 14 anos Em 2003, aproximadamente 69% dos brasileiros maiores de 14 anos declararam ter tido pelo menos uma relação sexual nos seis meses anteriores à pesquisa. Essa proporção correspondia a aproximadamente 90,9 milhões de pessoas. Em uma pesquisa realizada pelo CEBRAP, em 1998, com a população sexualmente ativa nos últimos 12 meses entre 16 e 65 anos e residente na área urbana, encontrou-se 78,9% de pessoas sexualmente ativas. Esta proporção foi semelhante à encontrada em 2003, onde 77% da população entre 16 e 65 anos residente na área urbana declararam ter tido relações sexuais nos últimos seis meses. Quase 77% das pessoas maiores de 14 anos residentes na Região Sul eram sexualmente ativas. A proporção de homens sexualmente ativos foi 22% maior do que a de mulheres (76,2% e 62,7%, respectivamente) e a maioria das pessoas sexualmente ativas tem entre 30 e 39 anos (91,3%). Em 2003, existiam 113 homens sexualmente ativos para cada 100 mulheres e grande parte das pessoas sexualmente ativas tinha entre 20 e 29 anos. Quanto maior o grau de instrução, menor a proporção de pessoas sexualmente ativas e, da mesma forma, quanto maior a classe econômica, menor a proporção de pessoas sexualmente ativas. As pessoas sexualmente ativas tinham em média 10,2 relações sexuais por mês. Pessoas residentes na Região Sul tinham em média quase duas relações sexuais a mais por mês do que as residentes na Região Nordeste. Os homens têm mais 2,4 relações sexuais em média por mês do que as mulheres, e pessoas entre 20 a 39 anos têm, em média, aproximadamente, 12 relações sexuais por mês. Conhecimento das formas de transmissão e de prevenção O conhecimento das pessoas sexualmente ativas sobre as formas de transmissão do HIV e prevenção da infecção pelo HIV foi mensurado por meio de duas perguntas as quais o entrevistado citava espontaneamente: três maneiras de uma pessoa se infectar com o vírus da aids; e três maneiras de uma pessoa se proteger do vírus da aids. A pesquisa mostra que, de uma maneira geral, os brasileiros sabem como se proteger e como ser infectados pelo HIV. (^1) Entre 26 e 29 de janeiro de 2003, o IBOPE, através de desenho feito pelo Programa Nacional de DST/Aids, realizou uma pesquisa de opinião pública, com amostra representativa da população brasileira sexualmente ativa nos últimos 6 meses, com 14 anos e mais. Foram realizadas 1.882 entrevistas das quais 1.298 foram com pessoas sexualmente ativas. A confiança estipulada é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos.
Plano Estratégico do Programa Nacional de DST/AIDS – 2004 / 2007 20 Formas de transmissão O GRAF. 1 mostra que a maioria das pessoas sexualmente ativas, quase 86% citou a relação sexual como forma de ser infectado pelo HIV. Essa proporção foi quase 65% maior do que a observada de pessoas as quais citou a transfusão de sangue e o dobro das que lembraram que usar seringas não esterilizadas são meios de se infectar pelo HIV. Uma pesquisa divulgada em novembro de 2003, realizada pela BBC^2 , confirma o alto grau de conhecimento da população brasileira sobre aids. Ela mostra que 99% dos brasileiros entrevistados responderam que uma forma de ser infectado pelo HIV é através da relação sexual sem o uso de preservativos e pelo compartilhamento de seringas contaminadas. Um dos fatores que podem contribuir para a não transmissão do HIV da mãe para o bebê é o conhecimento sobre a transmissão vertical. Na pesquisa IBOPE, quase 1,0% das pessoas sexualmente ativas citaram espontaneamente a transmissão vertical como forma de infecção pelo HIV. Mas, ao ser citada a frase “ se uma mulher grávida estiver com o vírus da aids, mas receber um tratamento especial na gravidez e no parto, ela tem muita chance de não 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Relação sexual Transfusão de sangue Seringas usadas Não sabe/Não lembra Fonte: IBOPE, Pesquisa de Opinião Pública 2003. GRÁFICO 1 Proporção de pessoas sexualmente ativas nos últimos seis meses com mais de 14 anos que citaram espontaneamente formas de ser infectado pelo HIV – BRASIL, 2003