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Uma pesquisa de mercado sobre o aluguel de casacos, identificando os hábitos de viagem e preferências de consumo dos potenciais clientes. A pesquisa revela que a maioria viaja para destinos nacionais e prefere peças básicas e práticas, em oposição a itens fashion. Além disso, a sustentabilidade e a qualidade do produto são fatores importantes na hora de comprar ou alugar roupas. A pesquisa também aborda as práticas de concorrência e as estratégias de preços para o negócio proposto.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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João Pessoa Novembro de 2020
Trabalho de Curso apresentado como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Bacharel em Administração, pelo Centro de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade Federal da Paraíba / UFPB. Professora Orientadora: Fabiana Gama de Medeiros, Dra. João Pessoa Novembro 2020
Trabalho apresentado à banca examinadora como requisito parcial para a Conclusão de Curso do Bacharelado em Administração. Aluno: Camila Deininger de Oliveira Trabalho: Plano de Negócio: Take a Coat Área da pesquisa: Marketing Data de aprovação: 30 de Novembro de 2020 **Banca examinadora:
Orientador: Fabiana Gama de Medeiros
Membro 1: Diana Lúcia Teixeira de Carvalho**
O presente plano de negócio refere-se à abertura de um novo empreendimento na cidade de João Pessoa, Paraíba. A Take a Coat, como é chamado, tem como proposta o aluguel de roupas apropriadas para o frio, tendo como ponto focal o aluguel de casacos. Almejando desbravar novos modelos de negócios e, consecutivamente, de consumo, as empreendedoras Camila e Giovana Deininger perceberam a lacuna existente no mercado quanto à oferta desse produto. Dado que, a região Nordeste, onde o empreendimento será instalado, costuma ter invernos amenos, a disponibilidade deste tipo de produto no comércio local é bem escassa, por ser um produto sazonal e de alto valor aquisitivo, o que torna sua comercialização inviável para essa localidade. A ideia do aluguel de casacos surgiu a partir da necessidade pessoal das empreendedoras, em comprar produtos adequados para viagens a locais de baixa temperatura, e do impacto positivo que novos estilos de consumo causam na preservação do meio ambiente. Através do aluguel, o usuário deste serviço conseguirá usufruir do bem e, ao mesmo tempo, pagar um valor mais acessível por ele, suprindo sua necessidade de forma mais barata e sustentável, já que, após o uso, o produto retornará à loja e ficará disponível para demais consumidores. Neste plano de negócio serão apresentados estudos que embasam a construção do empreendimento proposto, além de todo o planejamento de estruturação da empresa, para que sua realização ocorra de forma planejada e coesa. No documento, são abordados estratégias de marketing, planejamento de gestão de pessoas, operacional e financeiro, além de uma pesquisa de mercado realizada na cidade proposta.
Figura 1 - Layout ...................................................................................................................... 51 Figura 2 - Processo Operacional .............................................................................................. 52 Figura 3 - Fluxograma .............................................................................................................. 53
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1. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO Com as constantes discussões sobre o meio ambiente e o interesse em atividades que causem menor impacto no planeta, o formato tradicional de consumo está passando por um período de transformação. Com isso, o setor de aluguéis de roupas está em alta. Ao pensar em locação de vestuário, logo imaginamos o ramo de festas e eventos, por ser composto de roupas e acessórios de alto valor e usos ocasionais. Porém, outros ítens passam a se encaixar neste formato de consumo. Pensando neste contexto, o empreendimento será uma loja de aluguel de roupas e acessórios de inverno, com foco maior em casacos, inicialmente para o público feminino. A loja será localizada no bairro de Manaíra, em uma sala comercial do edifício Liv Mall, na cidade de João Pessoa, capital paraibana. Por se tratar de uma região de altas temperaturas, mesmo no inverno, este tipo de vestimenta passa a ser um ítem de pouco uso e alto investimento, o que não compensa para o consumidor local, que adquire o produto apenas para uso em viagens. A loja será focada no público feminino, com faixa etária de 20 a 65 anos, da classe média e classe média alta. Funcionará com atendimento convencional de segunda a sábado em horário comercial. Também existirá a opção de atendimentos com horários agendados, onde a cliente passará previamente algumas informações como, por exemplo, tamanho da sua vestimenta, local e data da viagem. Assim, a empresa separa apenas os itens apropriados para o perfil da cliente e temperatura do local de destino. Contudo, o objetivo da empresa é torna-se referência em tendências de moda, inovação, sustentabilidade e atendimento personalizado. 1.1. Missão, Visão e Valores 1.1.1. Missão Proporcionar conforto, beleza e modernidade em roupas de inverno, com qualidade, custo acessível e responsabilidade socioambiental, realizando a melhor experiência para nossos clientes. 1.1.2. Visão Tornar-se referência em soluções de locação de roupas e acessórios de inverno no estado da Paraíba.
13 Por sua vez, Giovana, 31 anos, além de seu trabalho na advocacia, é gerente de compras e relacionamentos do atual empreendimento da dupla. Na Take a Coat ela seguirá com essas atividades, além de participar ativamente no gerenciamento da loja. 1.3. Forma Jurídica Inicialmente a empresa será registrada em nome de uma das sócias, com certificado de Microempreendedor Individual, tendo como atividade principal: Aluguel de vestuários, joias e acessórios – Código da atividade: 77.23-3/00. O registro será no nome de Giovana Deininger de Oliveira e, por se encaixar na categoria de microempreendedor individual, a empresa será coberta pelo regime de tributação do simples nacional. 1.4. Capital Social O capital social da Take a Coat será, inicialmente, no montante de R$30.000,00 (trinta mil reais), proveniente de economias pessoais das sócias. O valor total do investimento será repartido igualmente entre elas, definindo 50% de participação na empresa para cada uma. Porém, o valor investido pode ser alterado de acordo com as necessidades indicadas pelo projeto seguinte.
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2. PESQUISA DE MERCADO Com o intuito de validar a ideia do negócio, foi efetuado uma pesquisa de mercado. Primeiramente foi realizada uma análise do panorama geral do mercado, através de dados secundárias e pesquisas bibliográficas que proporcionaram embasamento para a abertura do empreendimento. Logo após esta análise, foi aplicado um questionário ao público em potencial, extraindo informações mais precisas sobre a estrutura do negócio. 2.1. Análise de Mercado Nesta etapa foi feita uma análise geral do mercado, para em seguida verificar a oportunidade do negócio. Através de pesquisas bibliográficas, estudos de dados secundárias, entrevistas com especialistas da área e conversas com consumidores em potencial, foram explorados temas chaves para a construção do empreendimento que serão abordados a seguir. 2.1.1. Moda e Sustentabilidade Tida como a segunda maior atividade econômica do mundo, a moda vai muito além de produzir roupas e vestir pessoas. Segundo Carvalhal (2016), desde o seu surgimento, a moda e a roupa cumpriram vários papéis na sociedade, como, por exemplo, proteção, adorno e diferenciação de classes sociais. Antes de existir o termo moda, as roupas serviam exclusivamente para a proteção, onde o homem pré histórico usava de peles de animais para agasalhar-se do frio. Já na idade antiga, as roupas cumpriam muito mais o papel de adorno, surgindo, assim, a diferenciação das classes através das vestimentas (POLLINI, 2007). Durante os séculos seguintes, cores, tecidos e modelagens serviram como indicadores do grau social o qual o indivíduo pertencia. A Idade Moderna, por sua vez, trouxe mais requinte e exuberância às vestimentas. As grandes navegações tiveram profunda influência no comércio da época e, com isso, também trouxeram novas referências de materiais e técnicas que podiam ser agregadas ao vestuário. Contudo, apesar desse grande passo, a Idade Contemporânea seguiu, na moda, com uma produção de forma lenta e personalizada, através das maisons de alta costura, tornando-a inacessível para o grande público. Posteriormente, o surgimento do capitalismo revolucionou o modo de produção e a indústria têxtil acompanhou esse movimento. Segundo Pollini (2007), o surgimento do prêt-à-porter , que se beneficiou da produção em larga escala, tornou a moda ainda mais
16 O consumo de água também é outro fator agravante nos impactos ambientais causados pelo mercado da moda, sendo ele um dos maiores consumidores de água do planeta, junto à indústria da alimentação (CARVALHAL, 2016). A irrigação de plantações de algodão e a utilização inapropriada deste recurso, nos setores de acabamentos e beneficiamentos têxteis, são os principais pontos que devem ser realinhados. Para termos uma ideia, o quadro abaixo mostra a média de litros de água necessários para a produção de algumas peças de vestuário. MÉDIA DE LITROS DE ÁGUA NA INDÚSTRIA TRADICIONAL DA MODA: Produtos Litros de Água Calça Jeans 15 mil Sapato de Couro 8 mil Camisa de Algodão 4 mil Quadro 1 - Média de litro de água por produto (Fonte: Carvalhal, 2016) Por fim, também é preocupante a geração de resíduos sólidos da indústria têxtil, como retalhos de tecidos e restos de fios excedentes da produção, os quais nem sempre têm o descarte adequado. Por conseguinte, os resíduos domésticos, como roupas, lençóis, toalhas e demais materiais têxteis utilizados no dia a dia, seguem o mesmo padrão inapropriado de descarte (BERLIM, 2012). 2.1.2. Economia Circular e Novos Modelos de Consumo A lógica da moda é tradicionalmente linear, onde se extrai, produz, consome e descarta. Mas, para manter essa dinâmica, os recursos naturais teriam que ser infinitos, o que na realidade não acontece (CARVALHAL, 2016). Com todo o impacto gerado por esse mercado, discussões sobre a implementação de um conceito de economia circular são crescentes no setor. Este novo modelo surgiu como uma alternativa onde o mercado tem quase que total controle de todo o ciclo de produção, baseando-se no ecossistema natural, onde cada etapa do processo é pensada com cuidado para serem complementares e contínuas, não havendo resíduos e utilizando-se da reciclagem e da ressignificação de materiais (WEETMAN, 2019).
17 Uma constante preocupação do mercado é que, com a adoção da economia circular, o consumidor perceba o valor gerado no produto, um grande desafio principalmente para a indústria da moda, por ser movida pelo desejo. O sistema circular deve ser implementado no início da cadeia produtiva, exemplo disso seria a melhor exploração de fibras que agridam menos o meio ambiente ou sejam derivadas de materiais recicláveis, como o PET. Outra alternativa seria o incentivo à produção de algodão orgânico, que, diferente do algodão convencional, não faz uso de agrotóxicos, além de fomentar o bem estar social, pois geralmente deriva de ONGs e cooperativas, cuja, maioria, advém da agricultura familiar (BERLIM, 2012). É interessante apontar que a Paraíba é um dos maiores produtores de algodão orgânico no Brasil, com a peculiaridade da produção do algodão orgânico colorido, conhecido internacionalmente. Para sustentar a execução da economia circular, o mercado da moda deve mudar sua cadeia produtiva como um todo e os produtos finais devem ter um design pensado para prolongar sua vida útil. Isso significa pensar num produto que seja realmente relevante para as pessoas e a favor da vida, com uma seleção consciente e amorosa do uso da matéria-prima, considerando as que causam menor impacto no meio ambiente. Na hora da produção, corte otimizado, para que haja melhor aproveitamento da matéria-prima e menor perda. Consciência também em toda forma de produção e seleção de fornecedores e onde as peças serão produzidas, considerando os impactos de transporte e distribuição. E pensar no fim da vida do produto. (CARVALHAL, 2016, p.212). Pensando na ponta dessa cadeia produtiva, novos modelos de consumo ganharam destaque e vêm modificando a estrutura tradicional do varejo. Alternativas como compras em brechós, aluguéis de peças de vestuário, guarda-roupa compartilhado, clubes de troca e serviços de customização e upcycling ganham cada vez mais confiança do novo consumidor. A nova geração de consumidores, os millennials, estão abertos às reformulações do mercado, onde o possuir não faz mais sentido e a experiência tem mais valia. Este perfil de consumidores está cada vez mais ligado ao propósito da marca, ao discurso dela e seus reais impactos socioambientais. Esse conjunto de informações gera valor ao produto e desperta o desejo desse público (CUNHA, 2017).
19 respiratórias e assolamento da camada de ozônio (TEÓFILO,2020). O que torna nítido a grande influência que o consumo excessivo causa ao meio ambiente. Em contraponto, o isolamento social fez uma parte significativa da população enxergar que muito do que temos não é realmente necessário, tornando a posse um elemento questionável. Seguindo essa linha, houve o crescimento da oferta e demanda de modelos de consumo colaborativo. Como apontam Botsman e Rogers (2011), a ideia de se beneficiar de um produto sem necessariamente possuí-lo não é nova, porém, a tecnologia está otimizando este novo modelo de negócio, tornando-o mais atrativo. Os efeitos causados pela pandemia apenas aceleraram um processo de reestruturação de consumo, que já havia se desenrolando a anos. Além disso, está cada vez mais evidente, que a sociedade vem alimentando hábitos destrutivos, advindo de um modelo social consumista já fadado ao fracasso. Diante disso, os novos paradigmas corroboram com o modelo de negócio a ser implementado, indicando forte apelo ao consumo consciente. Neste contexto, o aluguel torna-se ideal, pois promove melhor aproveitamento da vida útil do produto e consecutivamente gera menor desperdício. 2.1.4. Mercado de Turismo Com base nestas novas alternativas de consumo, a Take a Coat surge para suprir uma lacuna no mercado local. A oferta de casacos e artigos de inverno não é muito comum na região, visto que o clima não favorece o uso dessas vestimentas, apesar de existir uma real necessidade de consumir o produto em casos de viagens a locais de temperaturas mais frias. O mercado de turismo, que é responsável por grande parcela no desenvolvimento econômico mundial, movimenta diversas atividades, como hospedagens, transporte, bares, restaurantes e atividades recreativas, sofreu uma grande baixa durante a pandemia. De acordo com o estudo, Impacto Econômico do Covid-19, Propostas Para o Turismo Brasileiro, lançado pela FGV Projetos (2020) estima-se que, no Brasil, o setor teve uma perda econômica de R$116,7 bilhões, porém, apesar de sofrer este período de queda, o mesmo mostra-se promissor. A retomada das atividades após a abertura do comércio em alguns estados do país, contribuíram para a circulação de pessoas dentro do território nacional, apontando o turismo local como uma vertente a ser desenvolvida no período pós pandemia. Segundo a pesquisa da
20 FGV Projetos, pressupõe-se que este mercado volte ao seu estado de normalidade no quarto trimestre de 2021. Outro fator que contribui com a elevação no setor é o comportamento da geração Y, que valoriza a qualidade de vida, dando maior valor às experiências, como por exemplo as proporcionadas pelas atividades do ramo turístico. 2.2. Pesquisa de Campo Com o intuito de implementar o negócio proposto e analisar a viabilidade do mesmo, foi realizada uma pesquisa de cunho quantitativo através da aplicação de questionário online, visto que, o cenário atual, onde o distanciamento social causado pela pandemia da Covid- impede a aplicação de um questionário físico. Foi um total de 275 respondentes, que em sua maioria reside na cidade de João Pessoa, Paraíba, e seu entorno. O instrumento de pesquisa, que encontra-se no apêndice A, teve sua aplicação em Julho de 2020, de forma online, e foi construído com a ferramenta Google Forms, que facilitou o acesso remoto dos respondentes e a coleta de dados. Esta abordagem utilizada, busca obter resultado mais objetivo, onde os dados têm natureza estatística, o que possibilita sua quantificação. Após a aplicação do questionário foi efetuada a análise dos dados coletados através de elaboração de tabelas. A pesquisa, composta por 22 questões, abordava temas como consumo e práticas relacionadas ao turismo, a fim de alcançar os seguintes objetivos: 2.2.1. Objetivo Geral ● Verificar a viabilidade da implementação da Take a Coat, loja de aluguel de casacos e acessórios de frio, na cidade de João Pessoa, Paraíba. 2.2.2. Objetivo Específico ● Analisar o perfil de viagem dos potenciais consumidores da loja. ● Analisar se os potenciais consumidores estão abertos ao novo formato de consumo proposto ● Verificar os aspectos de maior relevância para o consumidor na hora de comprar ou alugar peças de vestuário