Baixe Música e Cultura: Porque uma Música Reside em Um Lugar e Não em Outro e outras Notas de estudo em PDF para Música, somente na Docsity!
PLANO DE AULA
Disciplina : MÚSICA Professor: Farlley Derze Séries: 4ª, 5ª, 6ª,7 e 8ª (respectivamente 5º,6º,7º,8º,9º, ano) Unidade: 1º BIMESTRE EIXO OBJETIVOS CONTEÚDOS
FERRAMENTAS DIDÁTICAS INSTRUMENTOS
DE AVALIAÇÃO
ü Percepção ü Comunicação & Expressão ü Desenvolver a capacidade de expressão individual ü Desenvolver o raciocínio, a memória, a atenção e a concentração ü Desenvolver os sentidos e o imaginário como forma de captação do mundo que nos rodeia ü Capacitar a criança e o adolescente ao bom convívio social, desenvolvendo o respeito a si próprio e ao grupo ü Estimular a criação de idéias ü Conhecer elementos da linguagem musical ü Intensidade ü Silêncio ü Duração ü Pulso ü Ritmo ü Dinâmica ü Andamento ü Acentuação ü História ü Notação ü Canto ü Jogos ü Audições de CDs ü Exibição de vídeos: documentários e filmes ü Manipulação de instrumentos ü Prática de conjunto ü Apresentações em sala ü Ficha contendo os indicadores de aprendizagem: ü Audição afetiva ü Senso rítmico ü Concentração ü Sociabilidade ü Linguagem oral e gestual ü Espírito de pesquisa ü Criatividade ü Memória ü Organização ü Percepção
- 1ª aula DIA 22 – A FUNÇÃO SOCIAL DA MÚSICA
- Audição do “Hino Nacional Brasileiro”, “Velha Infância” e “Peixe vivo”. Uma música, muitas vezes é feita para ocasiões especiais. ü Casamento: Marcha Nupcial ü Lazer/diversão: Músicas de sucesso das rádios ü Cerimônias religiosas: Ave Maria, Cânticos de Salmos ü Funeral: Marcha Fúnebre (mais comum em cidades do interior) ü Filmes, novelas, teatro e propaganda: trilhas sonoras relativas a uma determinada situação ü Eventos cívicos em colégios, posses de autoridades, eventos esportivos : Hino Nacional e outros hinos ü Festas folclóricas, alusões ao patrimônio histórico nacional : músicas típicas regionais, canções folclóricas. Enfim, a música é um produto cultural, uma herança cultural, e está contextualizada em uma sociedade e época. ü DIGA NÃO AO PRECONCEITO! Tente explicar por que um tipo de música está presente em um lugar, e não em outro. E só mais uma coisa: corrija alguém que fale “- ESTA MÚSICA É HORRÍVEL, É FEIA” , ensine-a a dizer “- EU NÃO GOSTO DESSA MÚSICA”. Música é um produto cultural, e é preciso conhecer as razões de seu nascimento e desenvolvimento em uma sociedade, antes de criticá-la cegamente. LOCAIS DE EVENTO QUEM TOCA ESTILOS PREDOMINANTES COMPORTAMENTO ü Pavilhão do Parque ü Bandas consagradas ü Axé, rock ü Dançar, cantar ü Teatro Nacional ü Orquestras ü Música clássica ü Sentar, ouvir ü Sesc ü Bandas iniciantes ü Variado ü Sentar, ouvir, cantar
- Leitura rítmica por associação audiovisual, a partir das três opções a seguir : a) b) c) , onde após escutarem uma das opções devem apontar a qual imagem corresponde.
- Apresentação da “pausa” (silêncio) e seu símbolo :
- 2ª aula DIA 29 – MÚSICA, SOM E AMBIENTE
- Exibição do documentário “Música, som e ambiente”, em que são apresentadas várias manifestações culturais, de diversos pontos do planeta, como o povo de Tuva (fronteira com a Mongólia), em que seus habitantes acreditam que o planeta é habitado por espíritos de toda origem, e que imitar sons da natureza e animais faz com que se visualizem como parte do lugar ou coisa que imitam; o povoado das montanhas da Bósnia, onde homens e mulheres nunca se misturam no ato de cantar, pois cantar faz parte do ritual de conquista e namoro; outras culturas mencionadas são os aborígines australianos, japoneses e povos da África Ocidental; o vídeo também aborda a natureza física do som e mostra vibrações captadas por um osciloscópio; apresenta vários tipos instrumentos produzidos pelas culturas mencionadas.
- Teste oral respondido pela turma após a exibição do vídeo: d) A música é feita de: ( ) notas musicas, ( ) sons organizados e) Melodia, ritmo, timbre, harmonia, textura, são termos que existem : ( ) em todas as culturas, ( ) na cultura ocidental f) A música feita numa cultura é mais importante que a música feita em outra cultura? ( ) sim , ( ) não g) Na cultura das montanhas da Bósnia, cantar: ( ) é parte do ritual de namoro, ( ) é uma oportunidade de ganhar dinheiro h) Verdadeiro ou falso: - a música: ( ) é expressão de uma cultura, ( ) pode ter a função de lazer, terapia, religiosa, dentre outras opções i) Prefiro dizer: ( ) que música horrível, feia... ( ) esta música eu não gosto j) O vídeo é apresentado por : ( ) etnomusicólogos, ( ) atores famosos
- 3ª aula DIA 31 – A FORMA MUSICAL
- TRADIÇÃO E TENDÊNCIAS: voltando no tempo, a turma cita um nome representativo no: ü Séc. XXI: Charlie Brown Jr. ü Séc. XX: Beatles, Bezerra da Silva, Blind Guardian ü Séc. XIX: Hino Nacional* ü Séc. XVIII: Beethoven, Mozart ü Séc. XVII: Bach* (o Cânon )
- A FORMA MUSICAL Audição de uma música de cada século citado acima para tentar descobrir o que há de comum entre elas. Descobriu-se que todas possuem a primeira parte, depois uma segunda parte, e volta para a primeira parte para a finalização da música. As músicas populares seguem também esse roteiro “primeira parte-segunda parte-primeira parte” , que é a FORMA MUSICAL. É assim que a música está construída. Agora vamos chamar aquele roteiro de A-B-A. “A” é a primeira parte e “B”, a segunda. Tem um estilo de música popular que tem uma terceira parte, que vamos chamar de “C”. Trata-se do “choro ou chorinho”. A FORMA MUSICAL do choro é sempre A-B-A-C-A. ü Os alunos ouvem exemplos de choro: “Brasileirinho” e “Tico-tico no fubá”, e apontam cada mudança no roteiro, de uma parte para outra. ü Já a música clássica, se for muito grande, ela é dividida em movimentos: SINFONIA (possui quatro movimentos) e CONCERTO (possui três movimentos). Mas em cada movimento é possível exercitar a escuta da FORMA MUSICAL. E de um modo geral, cada movimento possui a forma A-B-A. Ouça em casa a Sinfonia nº 40 de Mozart. Lá estarão quatro movimentos, mas qual é a forma de cada movimento? ü Uma dica para a música clássica: SIN - FO - NI-A ( quatro movimentos) ; CON - CER - TO ( três movimentos)
- Audição de alguns sucessos da MPB, para reconhecimento da FORMA MUSICAL.
- o CÂNON – um dos primeiros tipos de FORMA MUSICAL A turma foi dividida em dois grupos para através do canto da música “Frère Jacques”, com letra original em francês, experimentassem na prática o efeito da forma Cânon. É uma forma em que um grupo de pessoas canta “com atraso” a parte que já foi cantada por outro grupo. Não estamos falando de primeira parte ou segunda parte, “A” ou “B”. Trata-se de um jogo de repetição, uma espécie de eco combinado. ü Comparar a forma musical do passado e do presente, a partir de todos os exemplos ouvidos em sala.
- Apresentação do sinal > , que situado sob ou sobre uma nota, fará esta nota soar mais acentuada que as demais.
- Leitura e execução rítmica com os seguintes elementos : , , e >.
- nomes que eu citei ** citaram apenas os nomes (eu enquadrei à época)
- 5ª aula DIA 5 – A MÚSICA DESCRITIVA
- Leitura rítmica de uma música conhecida, porém a ser desvendada após a atividade. “O cravo brigou com a rosa”
- Organização de um festival de música para as categorias de Intérpretes, Compositores e Críticos. ü Para quem vai cantar a música de outra pessoa, a categoria é intérprete. ü Para quem vai compor uma música a apresenta-la, ele mesmo ou através de alguém, a categoria é compositor. ü Para quem não vai cantar nem compor, terá que opinar sobre as músicas, sobre a organização e o que mais desejar dizer, a categoria é crítico. ü Definir data, horário, local e duração do festival, corpo de jurados e critérios de julgamento. ü Definir o equipamento necessário: som e iluminação. ü Cadastro dos participantes (todos, em alguma categoria) ü Divulgação, locutores, seqüência das apresentações e tempo destinado a cada participante. ü Premiação (gravação de um CD, bicicleta, “Discman”, troféu, alguns exemplos citados, dentre outras possibilidades)
- MÚSICA DESCRITIVA Imagine alguém que é testemunha de um fato. Essa pessoa via lhe contar os detalhes do fato : - havia um homem alto, magro, de terno e que andava rápido na calçada, etc... Você então imagina em sua mente a cena, os fatos que a pessoa lhe conta. Na música, alguns compositores desejaram falar sobre cenas, paisagens, pessoas e animais, mas não com palavras, e sim com sons, com música. Como um compositor poderia lhe convencer a imaginar um cisne nadando num lago, utilizando apenas notas musicais. Depois de ouvir a música dele, será que a você ou uma platéia diria depois: “- eu consegui imaginar o cisne”. Bem, esta tentativa de descrever objetos, cenas, animais, pessoas, paisagens, etc. é o que se chama de MÚSICA DESCRITIVA.
ü Os alunos ouvem cinco faixas da obra “Carnaval dos animais”, do francês Saint-Saens, do séc. XIX. O próprio Saint-Saens temeu ser ridicularizado pela sociedade da época. E outra coisa, ele deixou por escrito o que significava cada uma das catorze músicas que compõem toda a obra, algumas são verdadeiras críticas outras apenas brincadeiras. Por exemplo, a música “pessoas com grandes orelhas” era destinada aos críticos da época. Mas acabou escondendo sua obra, só encontrada após sua morte. Não chegou a escuta-la, mas foi e é executada desde que foi encontrada até os dias de hoje, por inúmeras orquestras de todo o mundo. ü Os alunos ouvem as músicas olhando para os títulos colocados fora de ordem no quadro. Terão que dizer o nome da música que estarão ouvindo. a) Marcha real do leão; b ) Pássaros; c) Galinhas e galos; d) O cisne; e) “Aquarium” Alguns alunos discordaram do título sugerido pelo compositor. O que é pertinente, bem como aqueles que concordaram com o compositor. Afinal, tudo isso tem a ver com imaginação. Lembram do homem magro, de terno, andando rápido pela calçada? Cada um vai criar a sua imagem. Na música descritiva vamos ouvir notas musicas tocadas por instrumentos selecionados para enfatizar a idéia, mas nada garante que todos vão imaginar a mesma coisa. De todo modo, a música descritiva é uma coisa muito antiga, muito anterior ao compositor da obra citada aqui, mas é uma tentativa muito original...., uma tentativa de lhe dizer ou descrever coisas sem o uso da palavra.
- Audição da música “The Pink Panter Theme” (a pantera cor-de-rosa), de Henri Mancini, compositor do séc. XX, para reconhecimento da forma musical.
- Escrita livre e execução usando os elementos: , , e >.
6. O REGISTRO SONORO
Como é possível registrar um som permanentemente, ou por um período de tempo? O que se pode fazer para se registrar um som, isto é, gravar um som? Em outras palavras, onde posso guardar um som para ouví-lo de novo quando tiver vontade? ü CD ü Fita cassete ü Papel (partitura) ü HD de computador, disquete, zip-drive ü Na mente ( ouça agora mesmo o hino nacional em sua mente, ou o cai-cai balão ).
- FORMATO DO SOM No mundo moderno o som ganhou um formato. É mais ou menos como se fosse um tipo de roupa, que dará a ele uma personalidade, uma característica, um tipo de qualidade. A mesma música pode ser gravada em vários formatos, assim como você pode vestir várias roupas. Veja abaixo o espaço que cada formato vai ocupar, para uma mesma música. ü WAV…………30 Mb ü MP3………….3 Mb ü MIDI…………0,3 Mb
- A VOZ Você já percebeu como a sua voz muda quando é ouvida em uma secretária eletrônica ou outro tipo de gravação? Na verdade ela não mudou. Vamos explicar. Sua voz pode ser ouvida numa sala ou ao ar livre. A pessoa que ouve sua voz não nota grandes diferenças, porque a sua voz é transportada pelo ar até os ouvidos da pessoa, chega através do ar. Aí você grava a sua voz na secretária eletrônica ou qualquer tipo de gravador, e quando aquela pessoa ouve, de novo não vai notar grandes diferenças, pelo mesmo motivo: a sua voz chega aos ouvidos dela trazidos pelo ar. Mas por quê você nota uma enorme diferença da sua voz “normal”, para a sua voz que foi gravada? Bem, quando você ouve a sua voz gravada, você ouve a mesma coisa que ela pessoa ouve todos os dias quando você abre a boca pra falar. Isso mesmo. A voz que você estranha lá do gravador (secretária eletrônica, etc.) é a sua voz para o mundo. Aquela voz que você acha que é a sua voz “normal”, que você está acostumado todos os dias, é uma voz que só você escuta. E ela é diferente porque além de ser transportada pelo ar, também percorre os ossos de seu crânio e outros espaços e líquidos em sua cabeça. A sua voz “normal” ninguém jamais conseguirá ouvir. A outra, aquela tão estranha pra você, é a sua voz de verdade para as pessoas, sua voz no mundo.
- LEITURA RÍTMICA Com os elementos , , e >. Com palmas. Com tambores e chocalhos.
- LEITURA, EXECUÇÃO E CRIAÇÃO RÍTMICA com os elementos , , e >. ü Com palmas. ü Com tambores e chocalhos. ü Grupos de 5 alunos se revezam. ü Alunos escrevem novas frases rítmicas com os mesmos elementos
- O PULSO Várias coisas no mundo são medidas de alguma forma. Por exemplo: o quilo (mede o peso), o metro (mede altura, mede distância), “bytes, megabytes
- Mb” (mede o tamanho de um arquivo de computador), a hora, o minuto (medem o tempo que passa), mas e a música? Todo mundo sabe medir a música, sabia? Mas ela medida como? É o metro, o quilo, o minuto? Claro que não. A música merece a sua medida particular, que é chamada de PULSO. E todo mundo já sabe medir, pois quando se canta o “parabéns pra você, nesta data querida...”, todos medem o pulso desta música quando estão batendo palma. Já percebeu que todo mundo bate palmas juntinho? Cada palma é um pulso. Você pode fazer o pulso ser mais rápido e assim fazer a música ganhar velocidade. ü Regular ou Irregular Quando podemos dizer que algo é regular e irregular? Por exemplo, uma goteira. Ouça em sua mente. Depois de algum tempo você consegue prever o próximo pingo, por isso é regular (regulado). Vejamos agora o que acontece quando escuta os sons produzidos por vários homens martelando em uma obra. Quantos deles usam martelos, e quando será a próxima martelada? Tudo bem se as batidas não acontecem juntas como as palmas quando se canta o “parabéns pra você...”. Não são marteladas juntas, por isso são batidas (pulsos) irregulares (não regulados). Mas aqueles homens, se combinarem, podem bater juntos, e assim, conseguimos ouvir um pulso regular. ü Audição de músicas para bater palmas (que significa marcar o PULSO) ü Exemplos citados pelos alunos. PULSO REGULAR PULSO IRREGULAR Goteira, relógio, algumas máquinas, a música, o telefone de casa tocando, alarme, o coração (às vezes), a cigarra cantando (às vezes), alguns despertadores, as badaladas do sino. Som das máquinas com defeito, uma pessoa varrendo (ela apressa, ela diminui), som de fogos de artifício, várias pessoas aplaudindo.
- 8 ª aula DIA 19 – O RITMO E A PALAVRA: SOTAQUES BRASILEIROS
- casquinha X casquinha (nordestino) (carioca) Os alunos se divertiram muito imitando o sotaque carioca, na palavra casquinha. O chiado caracteristicamente carioca tem uma razão de ser. Tribos Tupi habitavam as terras cariocas havia séculos. Em primeiro de janeiro de 1502, os portugueses chegaram na região, avistaram a Baía de Guanabara. Confundiram-na com um rio e daí o nome da cidade. Em seguida a área foi ocupada pelos franceses, até que, em 1567 (número fácil de guardar: veja a seqüência cinco,seis,sete) , Estácio de Sá expulso-os. Em 1763, tornou-se capital do Brasil, governando o Império e a República, até a construção de Brasília em 1960. Quem já ouviu um português falando pode não ter percebido, mas onde há uma palavra que contenha a letra “s”, lá estará um chiado. Muitos chiados em todas as letras “s” saindo da boca do português de Portugal. Ora, se o Rio de Janeiro foi a capital do Brasil de 1763 a 1960 (faça as contas), lá moraram D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II (este já era brasileiro), é natural que a população tenha adquirido aquele chiadinho característico. Sotaque é uma herança cultural. Mas o Brasil é muito grande e houve muita imigração, gente vindo de outros países em busca de novas oportunidades aqui, sobretudo na agricultura. Que outros sotaques conhecemos? ü gaúcho ü nordestino ü paulista ü mineiro ü goiano Mas o que tem a ver sotaque com música? O sotaque é um jeito de se falar. Falar envolve ritmo, e o ritmo é um dos ingredientes da música. Um ritmo compõe-se de sons, onde uns são mais acentuados que outros, onde uns são mais longos que outros, e você quando fala tem seu próprio ritmo. Note quando você fala mais forte uma sílaba, ou quando estica uma sílaba para enfatizar uma idéia ou convencer alguém de algo, por exemplo. Quem fala mais rápido, em geral, o mineirinho lá da roça ou o gaúcho lá dos pampas?
- O RITMO E A PALAVRA O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA O RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA ü Repetir a leitura rítmica acima, substituindo a frase por uma única sílaba a escolher, e depois com palmas.
- 9ª aula DIA 21 – A REPETIÇÃO
- A REPETIÇÃO Já vimos que a música tem sua arquitetura, como os prédios que alguém desenha para serem construídos, e que aprendemos a chamar de FORMA MUSICAL. Ufa, quem pensava que uma música saía livremente da cabeça do compositor, do cantor, agora sabe que não é bem assim. Mas é possível que alguém que nunca tenha ouvido falar em FORMA MUSICAL, venha a fazer uma música que tenha FORMA MUSICAL? Uhmmm... Sim, é possível. Se ele fez uma música é porque está acostumado a ouvir música, sua família, sua cidade, seu mundo ao redor escuta música, e ele ouve. Uma criança de 2 ou 3 anos também fala, porque seu mundo ao redor fala. A criancinha nem sabe escrever o que está falando, nem sabe o que SÍLABA, por exemplo. Mas fala sem parar, né.... Pois é, uma pessoa que não estudou música (aqueles termos: PULSO, FORMA MUSICAL, ACENTUAÇÃO, etc) pode criar a sua música, afinal, seu mundo ao redor está repleto de música. E acaba fazendo música com FORMA MUSICAL, pela simples prática da REPETIÇÃO (ele reproduz aquilo que entrou em sua mente). Veja você: você está em casa, depois sai para os compromissos, e no final, você volta pra casa. “A-B-A”. E é tão confortante saber que ao voltar para casa podemos ter nosso banho, nossa caminha, nossa TV, nosso lanche. É assim que somos criados e nos desenvolvemos, com a segurança de voltar pra casa. Na música você já viu que o homem faz isso: “A-B-A”, ou faz um passeio maior, uma novidade para sair da rotina, e temos “A-B-A-C-A”, como no chorinho. Isso tudo pra dizer que alguém que não estudou música, mais sempre volta pra casa depois de ter estado fora dela, nem percebe que este conforto de voltar pra casa é transmitido para a FORMA MUSICAL da música que ele faz intuitivamente, pois acaba provocando a REPETIÇÃO de uma parte que já tocou. Dá uma sensação de conforto (mesmo que não pense nisso, ele sente, conhece a sensação). ü Audição de três músicas (só um pedaço delas) para os alunos descobrirem o que tem de igual e de diferente entre elas. 1ª música: “5ª sinfonia de Beethoven” 2ª música: “Oh happy day” 3ª música: “canto da tribo dos caiapós” Igual Diferente ü Repetição ü O estilo ü Grupo tocando ü Tipos de instrumentos ü Querem demonstrar alguma coisa ü O ritmo ü Duas músicas têm vozes cantando ü Uma música não tem voz cantando ü Tem pulso ü A poesia Vamos ver o caso daquela parte mais conhecida da 5ª sinfonia de Beethoven : “pá-pá-pá-pááá , pá-pá-pá-pááá” É uma repetição sem parar desta célula rítmica, às vezes estão mais próximas, às vezes estão mais juntinhas. O que muda são apenas as notas que vão para o agudo ou para o grave, mas sempre na carona rítmica do “pá-pá-pá-pááá !”. A música “Oh happy day” é feita da mesma matéria prima: células rítmicas que se repetem enquanto as notas brincam do grave ao agudo. Você vai perceber que na música há centenas de exemplos como estes. Ouça “Garota de Ipanema”.
Professor: Que palavras seriam essas? Alunos: Ah, um monte de coisas: “essa música é legal”, “nossa banda é um sucesso”, “todos gostam de nós”. Professor: Muito interessante. Alunos: Essas mensagens subliminares podem vir em forma de palavras ou sílabas soltas que a gente pode até escutar muito bem, e se juntar os pedaços, vai estar lá a mensagem. Professor. Tudo é possível. Alunos: Porque toca o nosso coração. Professor: Vamos ouvir alguns CDs que temos aqui, com sucessos atuais para tocar todos os corações desta turma. Ou alguém pode imaginar a possibilidade de haver alguma música que toque o coração mas que nunca vai ser exposta na mídia? Algum vizinho que esteve tocando uma música assim, mas que nunca estará na mídia. Alunos: Combina com um momento. Professor: Já vimos que é fácil uma música “pegar” se for associada a um momento importante da coletividade. Mas se for um momento particular, da vida pessoal, então é sucesso independente de qualquer coisa. Alunos: Porque a nossa sociedade adora coisas diferentes. Professor: Muitos sucessos atuais são cópias de outras coisas justamente para facilitar atingir o sucesso. Alunos: Pega pelo refrão. Professor: O refrão pode mesmo salvar garantir o sucesso de uma música, mesmo que o restante dela não caia no gosto geral. Alunos : Porque sempre tem uma música para cada pessoa Alunos: Porque cada um tem o seu gosto Alunos: Porque toca na novela Alunos: Ela inspira Alunos: Porque toca na novela Para refletir: ü Sucesso é sempre sinônimo de algo bom? O que é algo bom, na sua opinião? ü Pode haver músicas feitas por amigos, vizinhos, artistas tentando uma carreira, sem que a sociedade jamais venha ouvir tais músicas, mas que poderiam fazer bem aos ouvidos, à alma. Você concorda?
ÁRVORE GENEALÓGICA DO SUCESSO
Alguém pra cantar Gravar o CD, DVD Empresa banca os custos (SONY Tem que divulgar bastante Rádios, TV, pôsteres, jornais, revistas, entrevistas, shows, produtos (camisetas, chaveiros, etc.) Colocar o produto à venda: lojas Divulgar o número de CDs / DVDs vendidos (um milhão de cópias vendidas) : quem garante? cadê a prova? A população acredita nos números revelados de vendagem A população ajuda a divulgar Mais pessoas compram O mesmo acontece com: ü Livros ü Artes plásticas ü Filmes Uma música
O FIO CONDUTOR
O fio condutor é uma idéia que visa manter a turma integrada à aula de música. Tenta persuadi-los a reconhecer uma capacidade individual e coletiva, pela prática direta da leitura rítmica, através da simples associação audiovisual. O fio condutor quer manter o desenvolvimento, a confiança, pela técnica da repetição dos símbolos musicais, mesmo que se apresentem em variadas disposições. O fio condutor é aquilo que vai ser realizado em todas as aulas, entremeando os conteúdos. Pode acontecer várias vezes, alguém pode escrever no quadro novas disposições dos símbolos , , , > , mas deve acontecer mesmo que por um curto período da aula, mas que aconteça em todas as aulas, e assim vem acontecendo. PRÁTICAS LÚDICAS PARA REALIZAR EM QUALQUER MOMENTO, ENTREMEANDO OS CONTEÚDOS. Devem ser atividades que estejam ao alcance imediato de todos. O intuito é tornar a aula atraente, divertida.
1. Solfejo por imitação ü Após ouvirem um pequeno fragmento melódico, os alunos tentam repeti-lo. Vários fragmentos intercalados são mostrados com o uso da voz cantada ou por notas tocadas em um instrumento, para uma rápida resposta dos alunos. 2. A conquista do silêncio ü Nas 24h do dia o silêncio é cada vez mais raro. Você quer estudar, ler em silêncio, mas alguém liga o som, o vizinho fala alto, o som de carros entram pela janela, o telefone de alguém que toca, sirenes, um avião, a TV ligada, enfim, tantos sons que esmagam o silêncio. Afinal, é possível conseguir 30 segundos de silêncio? Esta prática culminou numa disputa entre as turmas, para ver qual delas conseguiria o silêncio por mais tempo, onde muita cobrança foi feita por parte de uns com relação ao comportamento de outros. Afinal, tinha que ser possível, pelo menos, alguns minutos de silêncio dentro da sala. Eis alguns resultados : 7ª série 1 e 2 01 minuto e 48 segundos 1ª série 3 02 minutos e 10 segundos 8ª série 1 e 2 02 minutos e 12 segundos 6ª série 2 e 3 02 minutos e 16 segundos 5ª série 1 e 2 04 minutos e 28 segundos 5ª série 3 e 6ª série 1 0 5 minutos e 03 segundos 2ª série 4 05 minutos e 26 segundos 6ª série 4 06 minutos e 49 segundos 5ª série 5 12 minutos e 07 segundos 7ª série 4 12 minutos e 47 segundos
7ª série 3 e 8ª série 3 20 minutos e 15 segundos