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Este documento aborda os principais aspectos relacionados ao planejamento e execução de patrulhas de reconhecimento, incluindo a composição e missão dos diferentes grupos que compõem a patrulha, o processo de deslocamento e ocupação da área de reunião, as ações a serem realizadas durante o reconhecimento do objetivo, a reorganização e o regresso às linhas amigas. O documento detalha os procedimentos a serem seguidos pelo comandante da patrulha na transmissão das ordens aos seus subordinados, bem como a importância do treinamento e ensaio das ações a serem executadas. Além disso, são abordadas situações específicas, como a ocupação de uma base de patrulha e o ataque a um depósito inimigo, ilustrando a aplicação prática dos conceitos apresentados.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Caderno de Instrução
1ª Edição - 2004 Experimental
Preço: R$
EM ______________
Caderno de Instrução CI 21-75- 1 Patrulhas
O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso da delegação de competência conferida pela letra d), item XI, Art. 1° da Portaria N° 441, de 06 de setembro de 2001, resolve:
Art. 1° Aprovar, em caráter experimental, o Caderno de Instrução CI 21- 75 /1 Patrulhas.
Art. 2° Estabelecer que a experimentação deste Caderno de Instrução seja realizada durante os anos de 2005, 2006 e 2007.
Art. 3° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
Gen Ex ROBERTO JUGURTHA CAMARA SENNA Comandante de Operações Terrestres
Pag
ARTIGO I - Patrulha Aeromóvel ........................................................... 5- ARTIGO II - Patrulha na Garantia da Lei e da Ordem .......................... 5- ARTIGO III - Patrulha Fluvial ............................................................... 5- ARTIGO IV - Patrulha Motorizada .......................................................5-
ANEXOS:
“A” - Operação ONÇA
“B” - Meios visuais
“C” - Memento do comandante de patrulha
“D” - Relatório
“E” - Glossário
b. A Doutrina Delta refere-se ao combate convencional, no quadro de um conflito externo limitado, em Área Operacional do Continente (AOC) – excluída a Área Estratégica Amazônica. A campanha terrestre no Teatro de Operações Terrestre (TOT) deverá ser conduzida ofensivamente, com grande ímpeto, buscando a decisão no menor prazo possível. As operações deverão desenvolver-se num combate continuado e não linear, com ênfase nas manobras desbordantes ou envolventes, para atingir os objetivos estratégicos previstos. Em virtude das características das AOC, é fundamental que haja judiciosa seleção da frente, onde deverá ser aplicado o máximo poder de combate.
c. Mesmo nas ocasiões em que uma atitude defensiva for adotada temporariamente, deve ser empregado o maximo de ações ofensivas. Nesse sentido, cresce de importância a execução de um patrulhamento agressivo e eficiente, seja nas operações ofensivas ou defensivas.
d. A HE “A”, que trata da defesa da soberania, com preservação da integridade territorial, do patrimônio e dos interesses nacionais relativos à Amazônia, está baseada na Doutrina Gama. Esta, por sua vez, apresenta duas variantes. A primeira visualiza um oponente que possui um poder militar semelhante ou inferior ao nosso. Neste caso, procurar-se-á a rápida decisão do conflito, com o emprego de força regular, em combate convencional. A estratégia a ser privilegiada será a da Ofensiva. A segunda vislumbra uma agressão por poder militar incontestavelmente superior. Neste outro caso, serão empregadas forças regulares e mobilizadas, preponderando as ações não-convencionais, em um combate prolongado, evitando-se o engajamento direto com as forças inimigas. A estratégia a ser privilegiada será a da Resistência.
e. Dentro desse contexto, visualiza-se, particularmente na segunda variante apresentada, o emprego maciço de patrulhas, cumprindo as mais variadas missões, na maioria das vezes, de forma bastante descentralizada. Tal fato concorrerá para que a liderança e a iniciativa dos comandantes de todos os níveis se tornem vetores decisivos para o sucesso das operações.
f. Nesse sentido, o presente Caderno de Instrução foi elaborado com a finalidade de aprofundar os conhecimentos a serem seguidos pelos comandantes de pequenas frações. Aqui estão homogeneizados, após a realização dos I e II Seminários de Patrulhas do Exército Brasileiro, promovidos pela Academia Militar das Agulhas Negras, nos períodos de 1º a 5 de setembro de 2003 e de 6 a 10 de setembro de 2004, os diversos procedimentos que orientam os comandantes nesse tipo de missão.
É uma força com valor e composição variáveis, destacada para cumprir missões de reconhecimento, de combate ou da combinação de ambas. A missão de reconhecimento é caracterizada pela ação ou operação militar com o propósito de confirmar ou buscar dados sobre o inimigo, o terreno ou outros aspectos de interesse em determinado ponto, itinerário ou área. Nesse caso, a patrulha deve evitar engajamento com o inimigo. A missão de combate é caracterizada pela ação ou operação militar restrita, destinada a proporcionar segurança às instalações e às tropas amigas ou a hostilizar, destruir e capturar pessoal, equipamentos e instalações inimigas.
a. Patrulha de reconhecimento (1) Reconhecimento de um ponto – É a que realiza o reconhecimento de um objetivo específico.
Fig 1-1. Reconhecimento de um ponto
(6) De suprimento
(7) De contato – Visa a estabelecer ou manter contato com tropa amiga, de forma física, visual ou por meio rádio.
(8) De segurança – É a que tem por finalidade cobrir flancos, áreas ou itinerários; evitar que o inimigo se infiltre em determinado setor ou realize um ataque de surpresa; localizar ou destruir elementos que se tenham infiltrado e proteger tropa amiga em deslocamento.
(9) De destruição – É a que tem a finalidade de destruir material, equipamento e/ou instalações inimigas.
(10) De neutralização – É a que tem a finalidade de neutralizar homens ou grupos de homens inimigos.
(11) De resgate – É a que tem a finalidade de recuperar material ou pessoal
amigo que estejam retidos em área ou instalação sob controle do inimigo.
a. Patrulha de curto alcance – É a que atua dentro da área de influência do escalão que a lança.
b. Patrulha de longo alcance – É a que atua dentro da área de interesse do escalão que a lança.
Fig 1-3. Área de interesse e de influência
a. Formular a missão. b. Designar o comandante da patrulha. c. Emitir as ordens necessárias. d. Estabelecer medidas de controle. e. Coordenar, apoiar e fiscalizar o cumprimento da missão. f. Receber e divulgar os resultados da missão. g. Explicar sua intenção e a do escalão superior, quando for o caso, ao comandante da patrulha.
h. Definir as regras de engajamento durante as diversas fases da missão. i. Definir as condutas a serem adotadas em caso de ocorrência de prisioneiros de guerra (PG) e mortos inimigos.
j. Dirimir as dúvidas do comandante da patrulha. Para isso, antes de emitir a ordem, deve se valer do memento do comandante de patrulha (Anexo C), a fim de fornecer o máximo de informações possíveis.
Fig 1-4. Planejamento e preparação de uma patrulha
a. Do S (1) Preparar o plano diário de patrulhas em coordenação com o S3. (2) Planejar e propor as missões de reconhecimento.
(1) Poderá se constituir somente do comandante da patrulha (situação ideal pois compõe um menor efetivo). Isto ocorre quando há possibilidade dos homens dos demais escalões executarem, cumulativamente, as atribuições do grupo de comando.
(2) O subcomandante da patrulha pode exercer esta única função, integrando o grupo de comando, ou, o mais normal, comandar um dos escalões.
(3) Alguns homens podem receber atribuições específicas durante a preparação e/ou deslocamento, não pertencendo portanto ao grupo de comando. Essas atribuições serão abordadas no Capítulo 3 - Planejamento e preparação das patrulhas
e. Considerações gerais (1) Escalão de segurança (a) Missão
(b) Organização
EXEMPLO - Patrulha de reconhecimento de uma área extensa que se desmembra em vários grupos de reconhecimento e segurança (Gp Rec Seg).
(2) Escalão de Reconhecimento (a) Missão – Reconhecer o objetivo e/ou manter vigilância sobre ele. (b) Organização – Constitui-se de um ou mais grupos de reconhecimento, em função dos fatores da decisão.
(3) Escalão de assalto (a) Missão - definida pela missão específica da patrulha de combate. (b) Organização
(4) Um terceiro escalão, o de apoio de fogos, pode ser organizado quando o número de armas coletivas ou a descentralização de seu emprego, assim o recomendar.
a. Patrulha de reconhecimento de ponto
Fig 1-5. Organograma de uma patrulha de reconhecimento de ponto (1) Grupo de comando - Normalmente é constituído por elementos necessários à coordenação da patrulha, tais como: comandante, subcomandante, rádio-operador, mensageiros, guias e outros. Quando for possível, essas funções devem ser acumuladas com outras nos demais escalões.
(2) Grupo de segurança – A quantidade de grupos dependerá do número de vias de acesso ao objetivo (Gp Seg = Nr Via A).
(3) Grupo de reconhecimento – O número de grupos varia em função dos fatores da decisão.
(4) Grupo de acolhimento – É o grupo que tem por missão realizar a proteção do ponto de reunião próximo ao objetivo (PRPO) e o acolhimento da patrulha neste local.
b. Patrulha de reconhecimento de itinerário (1) Tem organização semelhante à patrulha de reconhecimento de área. (2) Grupo de reconhecimento e segurança – O número de grupos de reconhecimento e segurança depende do terreno e da maneira como o comandante da patrulha pretende cumprir a missão (percorrendo o itinerário, ocupando pontos de comandamento ou associando essas duas idéias).
b. Grupo de segurança – A quantidade de grupos dependerá do número de vias de acesso ao objetivo (Gp Seg = Nr Via A).
c. Grupo de acolhimento – É o grupo que tem por missão realizar a proteção do PRPO e o acolhimento da patrulha neste mesmo local.
d. Grupo de assalto – O número de grupos de assalto será variável de acordo com a missão, o terreno e o dispositivo do inimigo. Deve existir, pelo menos, um grupo de assalto que, agindo pelo fogo e/ou combate aproximado, isola a área do objetivo e protege o cumprimento da tarefa essencial, garantindo sua execução.
e. Grupo(s) de tarefa(s) essencial(ais) – O(s) grupo(s) de tarefa(s) essencial(ais) receberá(ão) nomenclatura(s) da(s) ação(ões) tática(s) da(s) missão (ões): captura, resgate, neutralização etc. O número de grupos para cada tarefa essencial dependerá dos fatores da decisão.
f. Grupo(s) de tarefa(s) complementar(es) – O(s) grupo(s) de tarefa(s) complementar(es) receberá(ão) nomenclatura(s) da(s) ação(ões) tática(s) que irá(ão) realizar: silenciamento de sentinela, identificação datiloscópica etc. As tarefas complementares são definidas pelas ações que tenham sido estabelecidas pelo comandante da patrulha, por ocasião do “estudo sumário da missão”, que venham a facilitar ou viabilizar o cumprimento da missão em melhores condições. O número de grupos para cada tarefa complementar dependerá dos fatores da decisão.
Fig 1-8. Organograma de uma patrulha de combate com um escalão de Ap F
a. O controle influi decisivamente na atuação a patrulha. O comandante deve ter a capacidade de manobrar os homens e conduzir os fogos. b. Apesar de a cadeia de comando ser o principal elemento de controle, as ordens podem ser transmitidas diretamente do comandante a cada patrulheiro. c. O comandante deve empregar todos os meios de comunicações disponíveis para exercer o controle da patrulha. d. Normalmente, o subcomandante desloca-se à retaguarda da patrulha. Os
p. Utilizar os meios de comunicações visuais e auditivos, quando forem do conhecimento de todos os patrulheiros.
a. As patrulhas devem empregar as técnicas de coleta de dados utilizadas pelos demais órgãos de inteligência, particularmente o reconhecimento, a vigilância e a busca de alvos. As ações das patrulhas de reconhecimento estão voltadas para a localização, potencial e possíveis intenções das unidades inimigas na área de operações. Tais dados, integrados aos aspectos táticos do terreno e condições meteorológicas, são essenciais ao planejamento e condução das operações. b. Especialistas em inteligência podem ser agregados às patrulhas quando as necessidades excedem as possibilidades ou o grau de especialização orgânica das frações empregadas.
a. O sucesso da sincronização do apoio de fogo sobre alvos terrestres exige uma exata compreensão de alguns aspectos básicos, tais como: emprego de todo apoio de fogo disponível, atendimento ao tipo de apoio de fogo solicitado pela patrulha, rápida coordenação, proporcionar proteção às instalações e tropas amigas, possuir um sistema de designação de alvos eficaz e evitar a duplicação desnecessária de meios. b. O apoio aéreo aproximado poderá ser fundamental para a sobrevivência das forças de superfície (patrulhas) em momentos críticos das ações. Não se pode, em momento algum, descartar a enorme contribuição que um ataque aéreo preciso traz às ações.Os pedidos de apoio de fogo aéreo devem incluir as seguintes informações: (1) exata localização do alvo; (2) descrição do alvo, com detalhes que permitam a seleção apropriada do armamento; (3) efeito desejado (interdição ou destruição); (4) localização da tropa amiga mais próxima do alvo (distância e azimute); (5) hora de ataque ao alvo; (6) significado tático; e (7) informações de controle especial, como a: localização da patrulha que orientará o avião. c. A solicitação de apoio de fogo aéreo e terrestre às missões de patrulha deve considerar a indefinição da localização exata de forças amigas na área de operações.
a. Nas operações de curto alcançe, as patrulhas infiltram com todo o suprimento para o cumprimento da missão.
b. Quando a missäo é de longo alcançe, faz-se necessária à condução de um suprimento sobressalente (mínimo necessário) e o planejamento da complementação por outros meios, tais como suprimentos pré-posicionados - cachê / Local de Apoio à Missão (LAM) - e lançamentos aéreos.
a. A organização geral e particular de uma patrulha é definida tendo por base sua missão. Para os deslocamentos, é necessário determinar as formações, bem como a posição dos escalões, grupos e homens.
b. Os principais aspectos que influem na organização de uma patrulha para o movimento são:
(1) O inimigo – Situação e possibilidades de contato. (2) A manutenção da integridade tática. (3) A ação no objetivo. (4) O controle dos homens. (5) A velocidade de deslocamento. (6) O sigilo das ações. (7) A segurança da patrulha. (8) As condições do terreno. (9) As condições meteorológicas. (10) A visibilidade. c. As formações do pelotão a pé são adaptáveis a uma patrulha de qualquer efetivo. Cada uma delas possui vantagens e desvantagens e a escolha da formação a ser adotada é decorrente de um estudo contínuo por parte do comandante.
d. Em todas as formações, as distâncias entre os escalões, grupos e homens não são rígidas. Normalmente, elas são ditadas pelos mesmos fatores que influem na escolha da formação.
e. A integridade tática é uma preocupação fundamental na organização da patrulha para o movimento.
f. O adestramento dos homens permite rápidas mudanças de formação e facilita a utilização dos comandos por gestos ou sinais convencionados.
g. As formações normalmente utilizadas são as abaixo descritas: (1) Em coluna