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Salão de Pintura - Recife-Pernambuco ... temas dentro de uma composição estilizada, usando côres mais puras e de chapada, construindo o.
Tipologia: Notas de aula
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EXPOSIÇÕES El\l QUE TOMOU PARTE :
1950 VI 1951 II
1952 I 1952 III 1952 VIII 1952 XI 1952 I 1953 IX 1953 II 1954 III 1956 XII 1958 VIII 1959 XIII 1959 IX 1959 V 1960 X 1961 1961 XI 1962 IX 1963 1963 XIII 1963
1964 XIV
Salão de Abril - Fo r taleza-Ceará Salão de Artes Plásticas - São Luís-Mara- nhão Salão dos In dependentes - Fortaleza-Ceará Salão de Artes Plásticas - São Lu ís - Ma- ranhão Sal ão de Abril - For t aleza-Ceará Salão de P intura - Recife-Pernambuco S alão Nacional de Arte Moderna - Rio de Janeiro Salão de Abril - Fortaleza-Ceará Salão dos Independentes Fortaleza- Ceará Salão dos Indepe ndentes - Fortaleza- -ceará Salão de Abril - Fortaleza-Ceará Salão Nacional de Arte Moderna - Rio de Janeiro Salão de Abril - Fortaleza-Ceará Salão Nacional de Arte Moderna - R io de Janeiro Bienal de São Paulo - S .P. Salão Nacional de Arte Moderna - Rio - G.B. Ex ;, osição In augural do Museu de Arte da Universidade do Ceará - Fortaleza Salão Nacional de Ar te Moderna - Rio
1966 XVI Salão Nacional de Arte Moderna - Rio G.B. 1969 XIX Salão Municipal de Abril - Fortaleza-Ce. 1969 Expos ição " Panorama de Arte Atual Arte Brasileira" a convite do Museu de Ar te Mo- derna de São Paulo-S.P. FOI PREMIADO: VIII - IX - XII - XIII e XIV - Salões de Abril, Ceará ; IX Salão de Arte Moderna , Rio, E. Guanabara: IX Salão de Artes Plásticas do Rio Grande do Sul; XIX Salão Municipal de Abril - Fortaleza-Ceará PO SSlJI OBRAS NOS l\ffiSEUS: de Arte da Universidade do Ceará , de Belas-Artes da Guanabara-Rio, Funda~ão Alvares Penteado r.e S ão P aulo, e de Arte Moderna de São Paulo. OBRAS 1.'1U RAIS: no Dep a rtam e nto Aut.ônomo ele Est.radas de Roda gen~. C eará, no Mus eu de Arte da Universidade do Ceará , Banco de Rede sconto - Fortaleza-Ce., Cenlro dos Ex- :;1ortadore s - Fortaleza-Ce ., Banco de Mossoró - Mos- s oró-R.N ., Seminário São Vicente de Paulo - Antônio Bezerra-Ce. , ~•anatório de Maracanaú - Maracanaú- Ce., Viação Aér ea São Paulo (VASP / - Fortaleza-Ce., Cia. Te lefônica de Fortaleza e Instituto de Química da U.F'.C. PUBLICAÇAO: Um Al bum D ocumentário em Xilografia: "Dez Figuras ao Ncrdes.e'', prelaciado por Luí s da Câmara Cascudo e ilu s trado com poesias dos po e ta s populai-es: Batista de Se na , cEgo Ad era ldo e Siqueira de Amorim. - Edi- tado pelas oficinas gráficas " A Fort.alcza" - 1967. - Fortaleza-Ceará.
plicidade e pr ec1sao no arranjo estrutural. Uma téc nica que c onsegue escapar ao próprio humano para r eduzir-se às sintéticas es qu ematiza ções estéticas."
Zenon, que semp re t em uma porta abe rta para o nôvo mas que antes de aceitá-lo procura- -lhe a validade, não ficaria indifere nte ante as escola s surgidas. Pesquisa-as à medida qu e elas su rgem em seu ca minho. Quando Band eira veio novamente ao Ceará para uma exposição no Museu de Arte da Univer- sidade Federal do Ceará trouxe , em s ua arte, a represe ntação de um informalis mo que consubs- tanciava uma inte ira liberdade n a ca pta ção e int erp r etação artística s ubstituindo a verdade super- ficial e.o tema-motivo por outra mais profunda necessitada da sensibilidade artística para ser re- velada. Bandeira , o ar tista e a pessoa humana, deixou no s colegas do Cea rá , sem que percebessem, essa nova atitude interpretiva e representativa da percepção artí stica. Zenon Barr eto, que é um temp er am ental, ta nto para o afeto como pa ra a agressividade, penetrou no in fo rmal , dando folga a s ua disciplina e domínio preconcebido da forma e composição pr esos inteirament e a s ua vo ntade , e cr iou uma série de trabalho s livres, intuitivamente concebidos e di rigidos, sem bu scar equivalentes n a objetividade do real perc ebido através dos cinco sentidos.
Em outra ent revista concedida a Humb er to de Araújo, Zenon dizia da s principais tendências contemporâneas dos no ssos pintores: - " Tend ênc ia s ubjeti va, i sto é, a pintura ab st rata. Natural- mente que não somos compreendidos como os leig·os desejam à maneira do século passado, isto é, objetivamente. O problema das artes plást icas hoje é comover. É a razão de ser da pintura , m á- quina de comover. Fôrças atuam sô bre as no ssas sensibilidades e se atuam ex istem desde que as se ntimo s. E como explicar ou dissecar um acontecimento emotivo? Exegese ilusória! As palavras não têm as sutilezas da s sensaçõ es. Estas são po sitiva mente um mistério." Em 64 Zenon expõe na Gale ria SER um conjunto de pintura , dese nho e esc ultura , sendo os dois primeiros gêneros em ex ec ução abstrata. A esc ultura se man t inha figurativo-estilizad a. S eg uindo a linha ab s trata , os temas assumem s ua personalidade de obra de arte ind e pen - dente, sem identificação com modelos, onde o ob je to d <':s aparec e, após o trabalho criador do artista que mergulhara fundo e voltara à su perfície com seu produto estético. Ze non vai pro sseguindo no s seus diálo g·os com a arte cultivando a linguagem da época e da vida, procurand o retirar, dêsse conjunto, tudo aquilo qu e lh e sirva. Em 1967 Zenon se nte ressurgir , em si, os temas que envolvem os costumes e figuras fol- clóricas do Nordeste. É a vida comum que o chama de volta para, ao contato solidário de um orga- ni smo soc ial rico de nada e carente de tudo , reflc tir, como já fizera, uma arte mergulhada nessas raízes humanas que sofrem o pêso de contradi ções s up eriores. Sur g·e, nesse momen to, o seu á lbum de xil ogra vura " Fi g ura s do Nordeste" contendo traba- lhos com base nos motivos populares. Neste ano de 1969, nesta mos tra, Zenon apresen ta uma série de trabalh os, recentemente execu tado s, onde volta aos t emas popular es ma s o fazendo de um modo diferente, sob um ângulo n ô vo. O ar ti s ta toma como modêlo um trabalho da ar te popular , uma escu ltur a de Vitalino. um
ex-voto, gado, vaqueiro, objeto, Amazonas, e até brinquedo infantil. O "Lenhador", de Vitalino, é pintado num interior de floresta e assim vai Zenon dando, a cada um dos modelos, o seu ambiente natural ao qual está identificado como "os milagres" (ex-votos) colocados numa paisagem onde se divisa a igreja de Canindé, que é o maior ponto de concentração dessa arte popular calcada na fé religiosa. Pessoas menos avisadas podem pensar que Zenon esteja fazendo primitivismo, o que não é verdade. Acontece que o artista tomou seus elementos centrais da arte popular e esta é feita com simplicidade e certa dose de ingenuidade. Procur,rndo ambientar os elementos-tema, tinha o autor que ser coerente e dar o mesmo toque de singeleza própria do modêlo para bem harmonizar o con- junto e melhor integrar as partes que se reencontrava na criação artística do pintor. Os trabalhos que Zenon hoje nos apresenta não os fêz o autor, como nunca faz, para agradar ou provocar um deslumbramento ótico fácil. Muito ao contrário, há que se admi rá-los serenamente na harmonia do ritmo de suas linhas de construção e necessitando, até mesmo, um certo refina- mento para percepção de alguns detalhes e o alcance estético do que é visto. Zenon se despoja do colorido enganoso, e, num ascetismo de monge, o reduz em quantidade e variedade, e mais ainda, elege os tons diversos de côres frias predominando sôbre as quentes que usa no mínimo necessário, dando aos trabalhos um clima e um sentimento penetrante de tristeza, uma bela tristeza. O equilíbrio da composição, bidimensional, a pureza das côres e o bom tratamento da t inta em fatura de chapada, a estilização formal, a segurança da execução e a concepção criadora impõem ao produto artístico uma valorização que atinge os propósitos estéticos. Não se pense também que a presente mostra represente uma nova fase de Zenon. O que temos é uma série de trabalhos, aliás com características de execução e colorido já por êle aplicado em tempos passados, que recebeu do autor mais uma contribuição de sua atividade mental a ser- viço da criação e composição do seu produto artístico be:m elaborado que, no caso presente, resultou em unu, pela arte, dois fatôres pertencentes ao mesmo meio que estavam, também pela arte, iso- lados, separados arbitràriamente. Zenon fêz a volta às origens, ao ventre materno, ao meio querido necessário e perdido nos desencontros da vida, pelo que "a familia penhorada lhe agradece". Isto é, os modelos que êle tomou fazendo-os retornar aos seus pagos. Ao lado dos trabalhos de pintura Zenon expõe, como sempre acontece, esculturas ante- riores e abrangendo soluções e material diferentes que não obstante sua diversidade no tempo comum aos gêneros praticados encontram sua unidade no cômputo geral. A arte de Zenon é sempre de boa qualidade em qualquer gênero que seja. Disso os maiores já se deram conta, daí por que os títulos que acumula em sua biografia. O M. A. U. F. C. anda acertado nas boas mestras que faz e sendo Zenon Barreto um dos nossos mais completos artistas, e pertinazmente arraigado ao Ceará , aumenta, com mais esta, o número de boas exposições que nos tem dado a melhor e maior instituição dedicada a arte no Ceará.
Estrigas
s/ tela - 060, x 0,
óleo s/ tela - 0,61 x 0,
LE - 1969 - óleo s/ tela - 0,65 x 0,
Em algumas dessas ob ras, o a utor usou como temát ica p eças de sua co l eção de a rte popul ar como ta mb ém d a indí gen a.
2 - CRUCIFIXO - 1961 - Ferro , Cobre e
8 Papagaio de jornal
7 Enlcio
AO TÉCNICO SR. OTTO RICARDO SAUNDERS , PROPRlETÃRIO DA OFICINA LABORATÓRIO " ITALDIESEL LTDA." - AV. HERÁCLITO GRAÇA, 37149 - ENCARREGADA DA PREPARAÇÃO DO "MóDULO EM 5 ", QUE POR MOTIVO DE FôRÇA MAIOR NÃO PôDE SER EXPOSTO , E AO TÉCNICO SR. WALMIR MAIA, QUE TAMBÉM PRESTOU A SUA VALIOSA COLABORAÇÃO A PRESENTE MOSTRA , OS MEUS SINCEROS AGRADECIMENTOS. ZENON