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O câncer de mama her2 positivo, detalhando a superexpressão do receptor her2 e seu impacto na proliferação celular agressiva. Explora as terapias-alvo específicas e os mecanismos de resistência terapêutica. Analisa a importância da avaliação conjunta dos receptores hormonais (er, pr) e do her2 para definir estratégias terapêuticas personalizadas, otimizando a resposta ao tratamento e melhorando o prognóstico. O texto também discute as diferenças entre os perfis her2 positivo e negativo, considerando os desafios de infraestrutura e acesso a novas terapias no contexto brasileiro. A integração de avanços tecnológicos e políticas de saúde é enfatizada para promover maior equidade no tratamento.
Tipologia: Exercícios
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A principal característica dos casos clínicos de câncer de mama HER positivo é a superexpressão do receptor HER2, causada pela amplificação do gene HER2, que leva a uma proliferação celular mais agressiva e direciona o tratamento para terapias-alvo específicas.
A aplicação de testes genéticos no câncer de mama pode influenciar a prevenção e o manejo clínico ao identificar indivíduos com maior risco de desenvolver a doença, permitindo a implementação de medidas preventivas como mastectomia profilática ou quimioprevenção. No manejo clínico, os testes genéticos podem auxiliar na escolha do tratamento mais adequado, como terapias-alvo específicas para mutações genéticas identificadas. É crucial que o processo de aconselhamento genético seja realizado de forma ética e com consentimento informado, garantindo que o paciente compreenda os riscos e benefícios dos testes e das opções de tratamento.
O carcinoma ductal invasivo é caracterizado por padrões tubulares e infiltração desordenada com reação desmoplásica. O carcinoma lobular invasivo é caracterizado pela disposição das células em fileiras simples com perda da expressão de E-caderina. O carcinoma in situ está confinado à estrutura ductal ou lobular sem infiltração através da membrana basal.
Os receptores hormonais ER e PR atuam como fatores de transcrição que regulam a expressão gênica após a ligação aos seus hormônios, promovendo a proliferação e diferenciação celular. O HER2 é um receptor tirosina quinase que intensifica a sinalização mitogênica, associada a um comportamento tumoral mais agressivo. Tumores ER/PR positivos respondem a tratamentos anti-hormonais e tumores HER2 positivos a terapias anti-HER2. A análise conjunta desses receptores é fundamental para definir prognóstico e estratégias terapêuticas personalizadas no câncer de mama.
Os mecanismos de ação dos diferentes tratamentos para câncer de mama estão diretamente relacionados aos perfis dos efeitos adversos observados. A quimioterapia, por exemplo, atua danificando o DNA das células cancerosas, mas também afeta células saudáveis de rápida proliferação, como as da medula óssea, do trato gastrointestinal e dos folículos capilares, resultando em mielossupressão, náuseas, vômitos e alopecia. A radioterapia, por sua vez, causa danos diretos ao DNA das células na área irradiada, levando a efeitos colaterais locais como fadiga, alterações na pele e mucosite. A terapia endócrina, que bloqueia a ação dos hormônios, pode causar sintomas como ondas de calor, secura vaginal e alterações no humor. As terapias dirigidas, como as anti-HER2, podem causar cardiotoxicidade e diarreia. Esses efeitos adversos podem influenciar significativamente a qualidade de vida e a aderência dos pacientes aos protocolos terapêuticos.
Para mitigar os efeitos colaterais do tratamento do câncer de mama, podem ser implementadas diversas estratégias, tanto farmacológicas quanto interdisciplinares. Abordagens farmacológicas incluem o uso de antieméticos para controlar náuseas e vômitos, fatores de crescimento para estimular a produção de células sanguíneas e analgésicos para o controle da dor. Intervenções interdisciplinares envolvem suporte psicossocial para lidar com o impacto emocional do tratamento, fisioterapia para melhorar a mobilidade e reduzir a fadiga, e aconselhamento nutricional para manter uma dieta equilibrada e minimizar os efeitos colaterais gastrointestinais. No contexto do sistema de saúde brasileiro, é fundamental garantir o acesso a esses recursos e adaptar as estratégias às necessidades específicas de cada paciente, considerando suas comorbidades e o contexto socioeconômico.
O receptor HER2 (receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano) é uma tirosina quinase transmembranar que desempenha um papel crucial na proliferação, diferenciação e sobrevivência celular. Ao ser ativado, geralmente por dimerização com outros receptores da família EGFR, o HER2 desencadeia uma cascata de sinalização intracelular que ativa vias como a MAPK/ERK e a PI3K/AKT. Essas vias regulam a expressão de genes envolvidos no ciclo celular, na angiogênese e na apoptose. No câncer de mama HER2 positivo, a amplificação do gene HER2 leva à superexpressão do receptor na superfície celular, resultando em uma sinalização constitutiva e descontrolada, que promove o crescimento tumoral agressivo e a metástase.
esse subtipo de câncer. A quantificação, geralmente realizada por imunohistoquímica (IHC) ou hibridização in situ fluorescente (FISH), determina a elegibilidade para essas terapias. Um resultado HER2 positivo (IHC 3+ ou FISH amplificado) indica que a paciente se beneficiará dessas terapias-alvo. O prognóstico é influenciado diretamente pela resposta à terapia-alvo; pacientes que respondem bem têm um prognóstico significativamente melhor do que aqueles que não respondem ou que não recebem a terapia adequada.
A melhor estratégia para o manejo dos efeitos colaterais nas terapias para câncer de mama é a adoção de uma abordagem multidisciplinar e personalizada, que inclui a avaliação individual do risco, a integração de diferentes especialidades médicas e de suporte (cardiologia, neurologia, fisioterapia, nutrição, psicologia, etc.), e a combinação de intervenções farmacológicas com medidas não farmacológicas (exercícios físicos, acupuntura, suporte nutricional, etc.), garantindo assim a segurança, qualidade de vida e eficácia do tratamento. A personalização é fundamental, pois cada paciente reage de forma diferente aos tratamentos e apresenta diferentes fatores de risco.
Em pacientes com câncer de mama HER2 negativo, o status dos receptores hormonais (estrogênio - ER e progesterona - PR) é o fator determinante para a escolha da terapêutica e a previsão de desfecho. Tumores ER+ e/ou PR+ são tratados com terapia hormonal (tamoxifeno, inibidores de aromatase), enquanto tumores ER- e PR- (triplo-negativos) geralmente requerem quimioterapia. O status dos receptores hormonais influencia diretamente a resposta ao tratamento e, consequentemente, o prognóstico.
A abordagem terapêutica integrada mais adequada é uma estratégia multimodal e personalizada que combine cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal e terapias-alvo, planejada por uma equipe multidisciplinar para otimizar o tratamento e reduzir a recidiva, considerando os marcadores moleculares (ER, PR, HER2, Ki-67) e fatores prognósticos (tamanho do tumor, status linfonodal, grau histológico) do tumor. A personalização é essencial para adaptar o tratamento às características específicas de cada paciente e tumor.
No contexto brasileiro, a biologia tumoral associada ao HER2 positivo modifica os protocolos de avaliação e tratamento de diversas formas.
Primeiramente, a identificação do status HER2 exige a realização de testes diagnósticos específicos (imunohistoquímica e/ou FISH), que podem apresentar desafios de acesso e custo, especialmente em regiões com recursos limitados. Em relação ao tratamento, a confirmação do HER positivo direciona para a utilização de terapias-alvo como trastuzumab, pertuzumab e T-DM1, que, apesar de eficazes, possuem alto custo e podem não estar disponíveis em todos os centros de tratamento, especialmente no SUS. A sobreexpressão do HER2 também implica em um acompanhamento mais rigoroso, devido ao maior risco de recorrência e metástase. A escolha entre terapias convencionais (quimioterapia) e terapias-alvo é influenciada pela disponibilidade dos medicamentos, pelo perfil de risco da paciente e pelas diretrizes clínicas vigentes. As implicações éticas e socioeconômicas são significativas, pois o acesso desigual às terapias-alvo pode gerar disparidades no prognóstico e na qualidade de vida das pacientes.
A avaliação conjunta dos receptores hormonais (ER e PR) e do HER2 é essencial para identificar subgrupos específicos de câncer de mama, permitindo a definição de estratégias terapêuticas personalizadas que combinam hormonioterapia e terapias-alvo, otimizando a resposta ao tratamento. A interligação entre as vias de sinalização dos receptores hormonais e do HER2 pode modular a resposta à quimioterapia e às terapias-alvo, exigindo uma avaliação detalhada dos mecanismos de resistência e dos desfechos clínicos. Por exemplo, tumores ER+/HER2+ podem apresentar resistência à hormonioterapia e necessitar de terapias- alvo combinadas com hormonioterapia ou quimioterapia. A identificação desses mecanismos de resistência é crucial para adaptar o tratamento e melhorar o prognóstico.
O tratamento multimodal para o câncer de mama envolve a combinação de diferentes modalidades terapêuticas, incluindo cirurgia (tumorectomia ou mastectomia), radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal (para tumores com receptores hormonais positivos) e terapias-alvo (para tumores HER positivos ou com outras alterações moleculares específicas). A escolha e a sequência dessas modalidades dependem do subtipo do câncer, do estágio da doença, das características da paciente e das diretrizes clínicas.
A heterogeneidade do tumor, especialmente nas diferenças entre os subtipos HER2 positivo e HER2 negativo, influencia significativamente a escolha e a eficácia das abordagens terapêuticas. Tumores HER2 positivos respondem a terapias-alvo específicas, enquanto tumores HER2 negativos requerem abordagens diferentes, como terapia hormonal (se receptores hormonais positivos) ou quimioterapia. A heterogeneidade intratumoral
preciso do câncer de mama, considerando sensibilidade, especificidade e custo-benefício dos métodos de imagem?
A avaliação sequencial com mamografia e ultrassonografia complementadas pela ressonância magnética direcionada à área suspeita, seguida pela biópsia, é a melhor abordagem. Essa sequência otimiza a sensibilidade e especificidade, minimizando falsos positivos e negativos, e direciona o uso da ressonância magnética para casos específicos, controlando o custo- benefício.
A melhor estratégia consiste em realizar a definição do perfil molecular do tumor, especialmente a expressão do HER2 e outros marcadores relevantes, seguida de uma avaliação precisa do estágio tumoral para orientar o tratamento locorregional e sistêmico; integrar cuidadosamente as terapias cirúrgicas, radioterápicas, quimioterápicas, hormonais e-alvo conforme as características específicas do câncer e as diretrizes clínicas brasileiras, priorizando sempre a segurança e eficácia individualizada do paciente.
A superexpressão do HER2 indica uma forma mais agressiva de câncer de mama devido à proliferação celular descontrolada. Ela também direciona o tratamento para terapias-alvo específicas, melhorando o prognóstico.
Mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética são exames de imagem comumente utilizados para o rastreamento e diagnóstico do câncer de mama.
A integração sistêmica dos conhecimentos de biologia molecular e imunologia com a personalização dos tratamentos oncológicos é a perspectiva mais robusta. Estudos atuais vêm integrando conhecimentos de biologia molecular e imunologia para aprimorar as estratégias terapêuticas, especialmente com a possibilidade de reativar o sistema imunológico e reduzir os efeitos adversos dos métodos tradicionais.
O principal objetivo do aconselhamento genético no contexto do câncer de mama é integrar o conhecimento teórico e a prática clínica para identificar
precocemente os riscos, permitindo intervenções preventivas mais eficazes e personalizadas.
Os testes genéticos influenciam o manejo clínico do câncer de mama ao oferecer informações genéticas precisas que auxiliam na elaboração de estratégias que vão além da simples vigilância. Essas estratégias podem incluir a intensificação do acompanhamento clínico, o uso profilático de medicamentos e, em casos de alto risco, intervenções cirúrgicas profiláticas.
Durante o processo de consentimento informado, o paciente deve receber uma explicação detalhada sobre a finalidade e os possíveis resultados dos testes, as limitações e margens de erro que possam existir, as questões éticas e de privacidade envolvidas, e as implicações do teste para os familiares, considerando o caráter hereditário.
O diagnóstico precoce por meio dos testes genéticos promove intervenções mais ágeis e direcionadas, que podem reduzir significativamente a morbidade e a mortalidade associadas ao câncer de mama.
A comunicação humanizada é crucial no aconselhamento genético, pois os pacientes precisam entender os benefícios, limitações e implicações dos testes genéticos. Esse esclarecimento deve ser conduzido de maneira clara, considerando os impactos emocionais e sociais que um resultado positivo pode ocasionar. A comunicação deve valorizar o diálogo aberto e a empatia, elementos fundamentais para a compreensão dos riscos e possibilidades de intervenção.
O aconselhamento genético fortalece a relação entre médico e paciente por meio de uma abordagem centrada na informação e na autonomia, ampliando as possibilidades de intervenção precoce e promovendo uma tomada de decisão compartilhada.
alguns casos, observação cuidadosa com monitoramento periódico, resultando em um prognóstico geralmente melhor.
Os inibidores de checkpoint imunológico bloqueiam a interação entre as células tumorais e os linfócitos, impedindo que as células tumorais inibam a resposta imune. Ao bloquear essa interação, os linfócitos podem identificar e atacar as células tumorais de forma mais eficaz. Um exemplo é o bloqueio da interação entre PD-L1 (expresso pelas células tumorais) e PD- (presente nos linfócitos T).
A quimioterapia e a radioterapia podem induzir a morte celular imunogênica, liberando antígenos que potencializam a resposta imune. Essa liberação de antígenos torna as células tumorais mais visíveis ao sistema imunológico, aumentando a eficácia da imunoterapia. A combinação dessas terapias pode, portanto, ter um efeito sinérgico, aumentando as chances de erradicação do tumor.
A presença de receptores hormonais (ER/PR) indica que o tumor pode responder a terapias anti-hormonais. A superexpressão ou amplificação do HER2 está associada a um comportamento mais agressivo do câncer de mama e indica a necessidade de terapias anti-HER2. A avaliação desses marcadores moleculares é essencial para personalizar o tratamento.
A infiltração em padrão de fileiras ou cordões do carcinoma lobular invasivo pode resultar em múltiplos focos de doença e dificultar o diagnóstico por imagem. Essa particularidade demanda maior cuidado na avaliação pré- operatória e pode levar a decisões terapêuticas que priorizem a mastectomia em vez da cirurgia conservadora.
Os receptores de estrogênio (ER) e progesterona (PR) funcionam como fatores de transcrição. Após se ligarem aos seus hormônios, eles ativam a expressão de genes que promovem a proliferação e a diferenciação celular. A presença desses receptores indica um tumor que, embora dependente dos hormônios, pode responder a terapias anti-hormonais.
O HER2 é um receptor tirosina quinase cuja função está relacionada à sinalização amplificada através de cascatas de fosforilação, intensificando a oferta de sinais para proliferação, sobrevivência e migração celular. Sua superexpressão ou amplificação está diretamente associada a um comportamento mais agressivo do câncer de mama.
Os estudos clínicos no Brasil têm demonstrado avanços significativos na adaptação e aperfeiçoamento das terapias imunoterápicas. A pesquisa local contribui para o desenvolvimento de estratégias que consideram a diversidade genética e imunológica dos pacientes, potencializando a eficácia das intervenções e mitigando efeitos adversos.
A morte celular imunogênica é um tipo de morte celular induzida por tratamentos como quimioterapia e radioterapia, onde as células mortas liberam antígenos que potencializam a resposta imune. Essa liberação de antígenos torna as células tumorais mais visíveis ao sistema imunológico, aumentando a eficácia da imunoterapia quando combinada com essas terapias convencionais.
A quimioterapia atua sobre células de rápida multiplicação, tanto tumorais quanto normais. Isso leva a efeitos colaterais como alopecia (perda de cabelo), mucosite (inflamação das mucosas), mielossupressão (diminuição da produção de células sanguíneas) e outros.
A radioterapia emite radiação concentrada que causa danos localizados nos tecidos adjacentes ao tumor. Os efeitos adversos comuns incluem reações cutâneas (como vermelhidão e descamação) e fibrose (endurecimento do tecido), que podem afetar o bem-estar do paciente.
A terapia endócrina afeta os níveis hormonais, sendo utilizada em tumores ER/PR positivos. Os efeitos colaterais comuns incluem ondas de calor, alterações emocionais e diminuição da densidade óssea.
A interdisciplinaridade é crucial para otimizar os resultados terapêuticos, minimizando a interrupção do tratamento e promovendo a melhor adesão possível. A literatura atual enfatiza o papel da integração do cuidado oncológico com suporte psicossocial e manejo das comorbidades. As práticas clínicas refletem essa tendência, buscando estratégias de suporte que contemplem tanto medidas farmacológicas quanto psicossociais.
O receptor HER2 (Human Epidermal growth factor Receptor 2) é uma proteína tirosina quinase presente na membrana celular. Em condições normais, ele participa da ativação de vias de sinalização intracelular que promovem a proliferação, sobrevivência e diferenciação das células.
A superexpressão do HER2 leva a uma sinalização exacerbada das vias intracelulares, promovendo uma proliferação celular descontrolada, aumento da sobrevivência das células tumorais e, consequentemente, maior agressividade do tumor.
Três terapias-alvo são: trastuzumabe, pertuzumabe e T-DM1. O trastuzumabe se liga ao domínio extracelular do HER2, bloqueando sua capacidade de dimerização e inibindo a ativação das vias de sinalização que promovem a divisão celular.
A dimerização do HER2 (interação com outros receptores da mesma família ou outras proteínas) é crucial para a ativação das vias de sinalização intracelular. O pertuzumabe age em um epítopo diferente do HER2, impedindo a dimerização e, consequentemente, inibindo a sinalização. Sua ação é complementar à do trastuzumabe, aumentando a eficácia do bloqueio.
Os principais mecanismos de resistência incluem: alterações na estrutura do receptor (mutações ou alterações pós-traducionais), ativação de vias de sinalização alternativas (como PI3K/Akt/mTOR), alterações no microambiente tumoral e adaptações metabólicas, e expressão de mecanismos de compensação (regulação negativa de inibidores endógenos).
As técnicas utilizadas são a imunohistoquímica (IHC) e a hibridização in situ por fluorescência (FISH).
A padronização é crucial para garantir que a classificação dos níveis de expressão do HER2 seja precisa e confiável. Divergências na interpretação dos resultados podem levar a escolhas terapêuticas inadequadas.
A identificação e quantificação do HER2 permitem direcionar a terapia para o uso de medicamentos-alvo, como anticorpos monoclonais e inibidores de tirosina quinase, proporcionando uma melhora significativa no controle da doença e no tempo de sobrevida dos pacientes. Portanto, atuam como preditores de um melhor prognóstico quando o tratamento adequado é implementado.
A abordagem interdisciplinar, que integra conhecimentos entre biologia molecular, oncologia e as práticas clínicas, é fundamental para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas mais eficazes e para o avanço da medicina personalizada, considerando as necessidades e os recursos disponíveis.
O manejo dos efeitos colaterais requer uma abordagem que vá muito além do tratamento único do oncologista. É importante a avaliação do perfil individual do paciente, envolvendo uma equipe multidisciplinar.
Cardiotoxicidade e neuropatia periférica são dois efeitos adversos comuns.
A avaliação dos linfonodos axilares é crucial para estratificar o risco e definir o tratamento adequado, sendo um determinante importante para prever o desfecho em pacientes com câncer de mama HER2 negativo. A presença ou ausência de invasão linfonodal influencia a decisão sobre tratamentos adjuvantes, como quimioterapia, e o seguimento pós-cirúrgico.
A integração dos avanços tecnológicos e da pesquisa internacional com as políticas de saúde pode promover melhor acesso e uma maior equidade no tratamento dos pacientes com câncer de mama, estimulando a colaboração entre centros de referência e a ampliação de programas de pesquisa clínica.
O objetivo das terapias experimentais é buscar novas vias terapêuticas, muitas vezes combinando agentes tradicionais com novas moléculas ou utilizando estratégias como vacinas personalizadas e terapia com células CAR-T, focadas em aumentar a eficácia contra células tumorais resistentes.
As imunoterapias atuam 'despertando' a capacidade do organismo de identificar alvos específicos no tumor. Elas modulam a resposta imune através de agentes como os inibidores de checkpoint imunológicos, que bloqueiam moléculas inibidoras (PD-1, PD-L1 e CTLA-4) responsáveis por suprimir a atividade dos linfócitos T, permitindo que estes ataquem as células tumorais.
No câncer de mama HER2 positivo, há superexpressão do receptor HER2, permitindo o uso de terapias-alvo como o trastuzumabe, que podem ser combinadas com imunoterapia para potencializar a resposta imune. No câncer HER2 negativo, a ausência da superexpressão requer abordagens diferenciadas, tornando a imunoterapia uma estratégia fundamental, embora enfrente desafios maiores devido à heterogeneidade tumoral.
Os tumores possuem mecanismos de resistência, como a expressão de moléculas imunossupressoras e a criação de um microambiente hostil que dificulta a infiltração e a ação efetiva das células imunes. Tratamentos combinados, que administram tanto a indução da resposta imune quanto a inibição dos mecanismos de resistência, são necessários para superar esses obstáculos.
Os desafios incluem a variabilidade na resposta dos pacientes, o alto custo dos tratamentos e a necessidade de identificar biomarcadores precisos para a seleção dos pacientes. As potencialidades residem na combinação da imunoterapia com outras modalidades terapêuticas, que pode levar a respostas mais duradouras e a uma melhora na qualidade de vida dos pacientes. Na pesquisa oncológica, esses desafios estimulam o desenvolvimento de estudos translacionais para integrar o conhecimento básico com as aplicações clínicas.
A realidade do sistema de saúde brasileiro envolve desafios na infraestrutura e no acesso às novas terapias, o que requer adaptações e estratégias específicas para a sua implementação. A integração dos avanços tecnológicos e da pesquisa internacional com as políticas de saúde pode promover melhor acesso e uma maior equidade no tratamento dos pacientes.
As principais modalidades de tratamento incluem: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal e terapias-alvo.
Tumores HER2 positivos apresentam superexpressão da proteína HER2, tornando as terapias-alvo essenciais. Tumores HER2 negativos dependem mais da quimioterapia e, quando receptores hormonais estão presentes, da terapia hormonal. A ausência de um alvo molecular claro nesses casos torna o manejo mais complexo.
A personalização do tratamento, baseada no perfil molecular do tumor, é essencial para maximizar a eficácia terapêutica e minimizar efeitos adversos, dado que cada paciente apresenta um conjunto único de marcadores biológicos que influenciam a resposta e a resistência ao tratamento.
A cirurgia é um método local que visa remover o tumor, podendo ser mastectomia ou cirurgia conservadora. A radioterapia atua localmente para eliminar células residuais na área operada, reduzindo recidivas, frequentemente associada à cirurgia conservadora.
A análise molecular é fundamental porque a eficácia das terapias alvo está intimamente ligada à biologia tumoral e à presença do marcador HER2. A análise molecular permite identificar se o tumor é apto para terapias específicas, como anticorpos monoclonais, melhorando significativamente a sobrevida e a qualidade de vida da paciente.
A presença dos receptores hormonais (ER e PR) indica que o tumor pode responder a terapias hormonais, que atuam bloqueando os efeitos dos hormônios que estimulam o crescimento das células cancerígenas. Isso permite uma abordagem terapêutica que visa modular a ação dos hormônios, impactando o crescimento tumoral.
A interação entre as vias de sinalização hormonal e aquelas mediadas pelo HER2 pode modular a eficácia dos tratamentos. A sinalização crosstalk (interligação) entre essas vias pode, em alguns casos, levar ao desenvolvimento de mecanismos de resistência, diminuindo a eficácia tanto dos agentes quimioterápicos quanto dos bloqueadores direcionados.
A imunoterapia e as terapias experimentais visam reativar o sistema imunológico para combater o câncer, com o objetivo de reduzir os efeitos adversos dos tratamentos convencionais. Essas abordagens demonstram uma tendência para a personalização das terapias oncológicas, adequando os tratamentos às características moleculares e imunológicas de cada paciente.
O status HER2 positivo está associado a uma maior agressividade do tumor. Tumores HER2 positivos tendem a crescer e proliferar mais rapidamente, aumentando o risco de recidiva e demanda por intervenções terapêuticas específicas. No entanto, com as terapias alvo disponíveis, o prognóstico melhorou significativamente.
A avaliação conjunta dos receptores hormonais e do HER2 é crucial para identificar subgrupos específicos de câncer de mama, permitindo a definição de estratégias terapêuticas personalizadas que combinam
hormonioterapia e terapias-alvo, otimizando a resposta ao tratamento e melhorando o prognóstico ao enfrentar possíveis mecanismos de resistência.
A identificação da superexpressão do HER2 é crucial porque possibilita a utilização de terapias anti-HER2, como o trastuzumabe. Essas terapias têm se mostrado eficazes em reduzir a agressividade do tumor, impactando positivamente na evolução do paciente. Tumores com superexpressão de HER2 geralmente requerem tratamentos direcionados que atuam no receptor para mitigar a progressão tumoral.
Tumores com receptores hormonais (ER/PR) positivos geralmente apresentam um comportamento menos agressivo e respondem bem às terapias hormonais. Por outro lado, o status HER2 positivo aponta para uma maior agressividade do tumor e a necessidade de terapias específicas anti- HER2. Essa distinção é fundamental para personalizar o tratamento.
Em pacientes com mamas densas, a mamografia pode ter limitações devido à densidade que pode mascarar áreas suspeitas. A ultrassonografia se mostra um exame complementar valioso, pois consegue detectar lesões não visualizadas pela mamografia. A ressonância magnética tem alta sensibilidade e é capaz de identificar áreas de risco que os métodos anteriores podem não discernir com clareza, mas seu uso é reservado para casos inconclusivos ou de alta probabilidade de malignidade.
A abordagem ideal envolve o emprego sequencial dos métodos: inicia-se com a mamografia e a ultrassonografia para triagem e avaliação inicial. Em caso de alterações suspeitas ou resultados inconclusivos, acrescenta-se a ressonância magnética para um exame mais detalhado. Por fim, a biópsia guiada garante a confirmação diagnóstica.
Os passos essenciais são: 1. Avaliar o perfil molecular do tumor, incluindo a expressão do HER2 e outros marcadores hormonais. 2. Avaliar precisamente o estágio tumoral. 3. Integrar cuidadosamente os tratamentos (cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapias hormonais e terapias-alvo), definidos de acordo com as características específicas do câncer e as