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Percepções sobre a Regência de contexto na Educação ..., Manuais, Projetos, Pesquisas de Pedagogia

Palavra-chave: Educação Infantil – Formação docente – Regência – Estágio. Supervisionado ... exemplo, é algo que é obrigatório e diário.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS (CFCH)
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Percepções sobre a Regência de contexto na Educação Infantil como Prática de
Ensino Aprendizagem no Estágio Supervisionado
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Núbia de Oliveira Santos.
Orientanda: Kelly do Nascimento Soares.ppppppp
Rio de Janeiro - RJ
2019
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Baixe Percepções sobre a Regência de contexto na Educação ... e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Pedagogia, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS (CFCH)

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Percepções sobre a Regência de contexto na Educação Infantil como Prática de

Ensino Aprendizagem no Estágio Supervisionado

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Núbia de Oliveira Santos.

Orientanda: Kelly do Nascimento Soares.ppppppp

Rio de Janeiro - RJ

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS (CFCH)

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

KELLY DO NASCIMENTO SOARES

Percepções sobre a Regência de contexto na Educação Infantil como Prática

de Ensino Aprendizagem no Estágio Supervisionado

Monografia apresentada à Faculdade de Educação da

Universidade Federal do Rio de Janeiro como requisito

parcial à obtenção do título de Licenciada em Pedagogia.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Núbia de Oliveira Santos.

Rio de Janeiro /RJ

Dedicatória:

Dedico este trabalho acadêmico a todos que de alguma forma contribuíram para sua construção principalmente aqueles profissionais que todos os dias dão o seu melhor para que as crianças, adultos e jovens tenham uma educação de qualidade. Aos professores regentes, aos orientadores e futuros docentes que me receberam de abraços abertos, prestando o seu apoio e compreensão ao longo do meu período de estágio. Aos que fizeram parte desse estudo, pelo tempo dedicado, pela disposição em participar e por fazer parte de alguma forma da minha construção pessoal e profissional, que sempre se propõe a repensar a formação docente, foi com vocês que tive a oportunidade de aprender durante a minha graduação. Dedico igualmente este trabalho a cada uma das crianças que conheci: Jonnas, Esther, Lucas, Pérola Cristal, e tantas outras, que me marcaram, e me fizeram perceber que a escola não é como eu sempre imaginei monocromática, homogênea, e constante. Pelo contrário ela é policromática, surpreendente e inconstante. Foi assim através desses pequenos, que me deparei com novas e inusitadas possibilidades de enxergar a escola, o que nem sempre é fácil, mas quando você realmente se esforça a recompensa pode ser apaixonante.

AGRADECIMENTOS

Sei que minha formação em nível superior nesse curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio de Janeiro não poderia ter sido concretizada sem a ajuda dos meus pais. Pai você que do seu jeito me incentivou, e a cada dia não via a hora da gente se formar (esse dia chegou), e você mãe, que mesmo a gente exausta do trabalho, se dedicava a me ajudar em cada estágio, a produzir os materiais didáticos para as regências. A minha querida Belly sempre fiel ao meu lado. A minha orientadora com sua disponibilidade e confiança. A minha grande amiga e companheira dessa universidade Rosana Martins Fernandes que chorou, sofreu e sorriu junto a mim no decorrer dessa jornada acadêmica. Finalmente agradeço a Faculdade de Educação da UFRJ e todo o corpo docente pelo aprendizado e troca de experiência recebida durante a minha graduação. Meu imenso e eterno agradecimento a vocês. Sem recorrer a vocês, aos meus conhecimentos da integridade, da perseverança e da sabia fé de procurar sempre em Deus à força maior para o meu desenvolvimento como ser humano nada seria possível.

RESUMO

SOARES, Kelly Nascimento. Percepções sobre a Regência de Contexto na Educação Infantil como Prática de Ensino Aprendizagem no Estágio Supervisionado. Rio de Janeiro, 2019. Monografia (Licenciatura em Pedagogia) Faculdade de Educação (FE), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019. Este trabalho trata-se da importância do estágio curricular enquanto formação nas práticas de regências. Para conduzir o estudo foi realizada uma pesquisa qualitativa on-line com a participação de três docentes recém-formados no curso de pedagogia da UFRJ. Com o objetivo de investigar os sentidos atribuídos a respeito das práticas de regência de contexto no estágio curricular e a sua formação docente. A intenção foi trazer a tona quais as contribuições (ou não) ocorreram na formação dos recém-licenciados com as experiências de prática com regência de contexto no estágio curricular no curso de Pedagogia. Alguns autores contribuíram para o embasamento teórico desse estudo, entretanto pontuo como referências principais Ana Freire (2001) e Ostetto (2008) com apoio nesse suporte teórico e nos resultados indicados na pesquisa, exponho alguns aspectos que apontam a necessidade de se levar as contribuições desse estudo para o cotidiano das instituições de Educação Infantil buscando investir mais nas práticas de regência ampliadas promovendo aprendizagens cada vez mais significativas. Pois, este trabalho indicou que a regência de contexto no estágio curricular para a formação dos graduados pesquisados se revelou provedora de práticas pedagógicas na educação infantil mais substanciais. Palavra-chave: Educação Infantil – Formação docente – Regência – Estágio Supervisionado

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 10 - As crianças brincando na mesa com objetos e utensílios

oooooooooooplásticos, descartáveis

  • Figura 1 - Ambiente organizado para brincar com massa de modelar.
  • Figura 2 - Ambiente organizado com vários objetos para brincadeira
  • Figura 3 - Ambiente organizado com brinquedos
  • Figura 4 - Registro terceiro dia Regência de Contexto na Creche
  • Figura 5 - Crianças em atividades com massa de modelar e objetos
  • Figura 6 - Atividade segundo dia regência de contexto na creche
  • Figura 7 - Ambiente planejado e organizado com brinquedos
  • Figura 8 - Um convite a brincadeira
  • Figura 9 - Espaço dividido em três ambientes diferentes
  • Figura 11 – Cantinho dos brinquedos
  • Figura 12 - As crianças brincando na atividade da regência
  • Figura 13 - Brincando de falar no celular terceiro dia de regência
  • Figura 14 - O ato de contar uma história
  • Figura 15 - Compartilhando experiências de leitura

INTRODUÇÃO

Mesmo quando tudo parece desabar cabe a mim decidir entre rir e chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar. Porque percebi, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.” (Cora Coralina) Durante a minha trajetória acadêmica de graduação em Pedagogia na Universidade Federal do Rio de janeiro – UFRJ, vivenciei as práticas de ensino e gestão no estágio curricular. Porém, o maior desafio que se mostrava pra mim era quando chegava o momento das avaliações práticas (as regências). As regências são obrigatórias, é a parte avaliativa da sua prática docente do curso de Pedagogia. O momento em que o futuro professor tem a oportunidade experienciar no estágio curricular a sua docência. Essa etapa na minha formação sentia muita insegurança e medo, pois constatava na observação nos estágios um enorme distanciamento entre o que eu imaginava ser e a realidade de dificuldades apresentada nas escolas. Corresponder às reais necessidades apresentadas nas escolas não é uma tarefa fácil. A autora Cora Coralina foi a fonte de força e inspiração para superar esses desafios. Como relata em uma pequena parte de um dos seus inúmeros escritos que diz; “quando tudo parecia desabar entre rir e chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar. No incerto da vida, eu fazia o que é mais importante decidir”. Cora foi de suma importância em minha formação, pois através de seus poemas e história de vida fortaleceu a minha caminhada até o momento. O estágio curricular por ser um elemento que é aliado às disciplinas que formam o currículo do curso, se apresenta com especificidades diferentes para cada área de atuação profissional dos docentes em formação. Sendo assim, na prática de Educação Infantil tive uma experiência diferenciada no estágio onde surgiu a motivação para este trabalho. Nas minhas outras regências como experiências de prática nos estágios ocorreu apenas uma aula com duração de 50 minutos. Na Educação Infantil foi diferente, conheci a chamada: regência de contexto: uma prática pedagógica avaliativa mais ampla dentro do estágio curricular. Propõe realizar um planejamento de contexto com as crianças na creche. No meu caso a 8

CAPÍTULO 1 - O ESTÁGIO CURRICULAR E A PROPOSTA

PEDAGÓGICA DA DISCIPLINA PRÁTICA DE ENSINO

EDUCAÇÃO INFANTIL.

Conforme a LBD – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 o estágio supervisionado é uma exigência nos cursos de formação docentes. Nos termos da legislação em vigor os estágios devem constar com atividades da prática profissional e serão exercidas em situações reais de trabalho. É uma atividade obrigatória que deve ser realizada pelos alunos de cursos de Licenciatura e deve cumprir uma carga horária pré-estabelecida pela instituição de Ensino. Portanto, os estágios segundo a LDB obedecerão a regulamentos próprios, para cada curso e serão elaborados pelos Coordenadores do curso e aprovados pelo Conselho Superior. Sendo assim, cada curso possui uma carga horária total do estágio previsto no currículo pleno do curso. O currículo da UFRJ sofreu uma mudança na carga horária de estágio, a medida foi tomada pelo corpo docente, discente e pelos técnicos administrativos da Faculdade de Educação entre 2013 e 2014. Esse ajuste na proposta curricular ocorreu a partir da obrigatoriedade da Lei Federal 10.172/2001, referendada pela Meta 12.7 do PNE 2011-2020) e na UFRJ (Resolução CEG N. 2/2013) que determina aos cursos de graduação das universidades brasileiras dediquem no mínimo 10% de sua grade curricular as atividades de extensão. Dessa forma, a universidade teve que fazer essa alteração para incluir as atividades extensionistas no currículo e a solução foi transferir 100 horas da carga horária dos cinco Estágios Supervisionados e 90 horas de Disciplinas Complementares de Livre Escolha para as atividades de Extensão. Portanto, a partir do semestre 2018.1 passamos a ter que cumprir 100 horas na escola e 60 horas na sala de aula, somando 160 horas. Para todos, ou seja, as horas complementares foram retiradas. Não é mais obrigatório fazer as 30 horas complementares. 10

Veja como as horas de estágios passaram por mudanças no semestre de 2018.1 Conforme mostra os dois quadros comparativos abaixo: Mudança nas horas do estágio supervisionado da Pedagogia Disciplinas Práticas Currículo de 2008 Até o Semestre 2017- Período 5º 6º 7º 8º 9º Prática de Ensino em Magistério das Disciplinas Pedagógicas do Ensino Médio. Prática em Política e Administração Educacional Prática de Ensino em Educação Infantil Prática de Ensino em Séries Iniciais do Ensino Fundamental Prática de Ensino em Educação de Jovens e Adultos CARGA HORÁRIA TOTAL: 180 h 60 h de teoria (aulas); 90 h na prática (na escola); 30 h de atividades complementares.

  • Para cada disciplina de prática no estágio supervisionado. Mudança nas horas do estágio supervisionado da Pedagogia Disciplinas Práticas Currículo 2015- Semestre 2018.1 e Atual Período 5º 6º 7º 8º 9º Prática de Ensino em Magistério das Disciplinas Pedagógicas do Ensino Médio. Prática em Política e Administração Educacional Prática de Ensino em Educação Infantil Prática de Ensino em Séries Iniciais do Ensino Fundamental Prática de Ensino em Educação de Jovens e Adultos CARGA HORÁRIA TOTAL: 160 h 60 h de teoria (aulas); 100 h na prática (na escola);
  • Para cada disciplina de prática no estágio supervisionado. 11

atuação em que cumpria seu estágio curricular obrigatório, mesmo assim tinha que pôr em prática sua atuação docente. Tinham uma visão reducionista sobre o estágio e a regência que realizaram como mera observação e cumprimento de carga horária, demostram a falta de sentido quanto à importância do estágio para sua formação. O que era mencionando é a avaliação final da disciplina através de relatório, como uma preocupação maior a ser cumprida. Nos relatos dos colegas o “escrever” e “registar” as atividades no estágio era mais importante. Isso indica a necessidade de se trabalhar mais o sentido da observação e co-participação no estágio curricular. Pois, partindo novamente da minha experiência e dos relatos dos colegas do curso de Pedagogia que exaltavam: no estágio seu papel era de observação, com o mínimo de co-participação, ou seja, apenas “ajudar” e “auxiliar” como única demanda das suas atribuições diante do professor regente renegando a possibilidade do futuro profissional exercer a prática docente (com exceção das regências). Outros com expectativas das aulas de práticas maiores que a realidade, porque as chamadas aulas de prática de ensino são em sua maioria momentos de discussão dos textos teóricos com os relatos dos alunos estagiários sobre as práticas observadas dos professores regentes nos estágios realizando um maior aprofundamento teórico. Posteriormente, esses alunos estagiários são avaliados a partir de relatórios descritivos e de uma aula ou atividade (no caso da Educação Infantil), ministrada por ele na presença do professor-regente e do professor do curso de Pedagogia da FE/UFRJ responsável pelo estágio. Porém, a observação: o valor formativo dessa ação é inquestionável. Citando Miguel Zabalza (2004), “sem olhar para atrás, é impossível seguir em frente.” Quando observamos o cotidiano escolar torna possível o distanciamento da ação, para avaliar, planejar, revisar e refletir diante da sua prática. Essa reflexão é o ponto para realização dos registros escolares o que permite uma avaliação e a identificação de pontos positivos e negativos para os reajustes da sua prática docente. Sobre a co-participação: podemos afirmar que é fundamental, é o que fornece subsídios para o trabalho do professor regente. Entendo que contar histórias não é mais importante do que banhar os bebês, ou alimentar as crianças e não menos importante do que vivenciar um projeto, por exemplo, 13

porque todas essas ações fazem parte do currículo nessa etapa do desenvolvimento infantil. E somente a observação que permite conhecer as crianças para poder atuar. Entretanto, Só questiono a razão de durante o período de estágio (com exceção dos dias de regência) não tive a oportunidade de co-participação nos diferentes momentos da rotina hora de comer, brincar, dormir entre outras atividades com as crianças. As atribuições diárias como estagiária que eram: organização das mochilas, agendas e roupas das crianças, fazer a lista de presença entre outras atividades diárias que não permitia uma aproximação maior com as crianças. Somente nos últimos dias durante o período de estágio com a realização da regência de contexto que a situação foi alterada. Entendo, que a rotina diária dos professores demanda essas atribuições importantes e necessárias para a Educação infantil e também nos outros segmentos de ensino. Funções como preencher a lista de presença por exemplo, é algo que é obrigatório e diário. E que foi fundamental realizar essas atividades para entender esse processo, mas senti falta de ter uma oportunidade maior de co-participação junto com a professora regente e as crianças. Se o estagiário como futuro professor deve ser capaz de se apropriar do estágio curricular tornando-se um pedagogo capaz de unir a reflexão crítica com a habilidade de desenvolver ações conscientes e eficientes capazes de promover o ensino em sala de aula. Já na educação infantil o educar significa, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada para que possa contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis. Esse estagiário deve fazer parte de todo o processo educacional. Nesse sentido que o estágio com a regência de contexto na Educação Infantil proporciona maior oportunidade de vivenciar todas essas atribuições da profissão docente. Assim passa a ter um novo significado, pois favorece um maior confronto entre as teorias adquiridas na universidade e a realidade docente porque se aproxima mais da realidade do que é ser professor. Um instrumento de formação contínua que deve sempre se reciclar de conhecimentos, de ferramentas metodológicas para exercer sua prática profissional. 14

para o seu aprimoramento profissional? Se sentiram motivados para ministrar aulas após a regência no estágio? Tiveram outra oportunidade de prática além da observação durante o período de estágio? (com exceção da regência que é obrigatória). A pretensão dessa pesquisa é refletir sobre a experiência da regência de contexto no estágio de Educação Infantil. E quais as contribuições (ou não) para formação do licenciado. Busca investigar os sentidos atribuídos por aqueles que tem no currículo a formação prática na disciplina de Educação Infantil a respeito dessa regência de contexto no estágio curricular e sua formação docente. Lógico que levando em consideração que o estágio envolve a regência, mas também todos os movimentos de reflexões críticas que vem da teoria e da prática. E que a interiorização dessas experiências acontece de maneira processual com idas e vindas, e esses eventos são intimamente relacionados. Portanto, qual seria a visão dos licenciados que cumpriram estágio na disciplina de Práticas de Educação Infantil no que se diz respeito ao estágio com a regência de contexto? A visão que eu tenho parte da minha própria experiência, mas a construção do conhecimento é desenvolvido de diferentes formas e percepções e cada aluno pode questionar, analisar, relacionar, problematizar a realidade de forma diferente e os consensos e certezas de minhas ideias só serão sanados após a investigativa dessa pesquisa. Para trabalhar com crianças de Creche, Pré-escola e nos Espaços de Desenvolvimento Infantil é preciso ter uma concepção integrada de desenvolvimento e Educação infantil entender que é na faixa de 0 a 6 anos de idade o momento onde ela adquire importantes habilidades físicas, emocionais, cognitivas e sociais que subsidiarão suas aprendizagens e lhe serão fundamentais para dar seguimento às próximas aprendizagens ao longo da vida. Ao ler as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (2010) que mantém o diálogo com educador explicitando que se dê a mesma importância às ações de cuidado e educação e as mantenham articuladas em rotinas – horário e espaços - demarcadas pela necessidade e demandas infantis. 16

Parece simples, mas essa tarefa ainda é um desafio na formação dos educadores. A respeito disto, Rezende e Silva (2002) referem que de um modo geral, as creches e pré-escolas em nosso país vêm sendo nada mais do que locais de guarda da criança, enquanto sua mãe trabalha, ou na melhor das hipóteses, locais nos quais a criança pode se alimentar e entrar em contato com algumas atividades pedagógicas. Sendo assim, como contribuir significativamente com a formação docente promover reflexões críticas para difundir transformações contínuas nas práticas do cotidiano da Educação Infantil? Refletir sobre um novo tipo de prática de regência (de contexto) no estágio curricular talvez seja o começo para que os futuros docentes possam desassociar a concepção ainda tão enraizada no senso comum que a função que desempenham é apenas cuidar das crianças pequenas. Isso significa que os professores desse segmento precisam compreender que o “cuidar” é parte integrante da educação. O que demanda saberes, conhecimentos, habilidades específicas que envolvem a dimensão pedagógica. O cuidado com a criança em casa é diferente do cuidar de uma criança em um contexto educativo porque envolve vários campos de conhecimentos, além da relação de cooperação com outros profissionais. Não se pode regredir as práticas meramente assistencialistas onde historicamente a creche era o local de guardar as crianças para as mães trabalharem fora. Sobre esses cuidados os documentos oficiais sobressaltam: O cuidado precisa considerar, principalmente, as necessidades das crianças, que quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade do que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de promoção da saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseadas em conhecimentos específicos sobre desenvolvimento biológico, emocional, e intelectual das crianças, levando em conta diferentes realidades sócio-culturais (BRASIL, 1998, p. 25). Portanto, é necessário que os profissionais da Educação Infantil dominem sua profissão como uma atividade que exige saberes e habilidades específicas. Diante do exposto é fundamental proporcionar a esses futuros 17