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Trabalho de conclusão de curso (TCC) apresentado ao Curso de. Pedagogia, Faculdade de Ciências da Educação (ICH/UNIFESSPA), como requisito para aprovação ...
Tipologia: Notas de estudo
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Trabalho de conclusão de curso (TCC) apresentado ao Curso de Pedagogia, Faculdade de Ciências da Educação (ICH/UNIFESSPA), como requisito para aprovação orientada pela Profº. Dra. Letícia Pantoja, no período entre julho/2016 a março/2017. MARABÁ, 2017
Dedico a elaboração deste trabalho a Deus que me fortaleceu; capacitou; honrou e foi criativo nesta árdua tarefa. Seu fôlego de vida em mim me foi sustento e me deu coragem a questionar realidades e propor sempre um novo mundo de possibilidades.
Meus agradecimentos: À professora orientadora Letícia Pantoja, pela paciência nа orientação е incentivo qυе tornaram possível а conclusão desta monografia. E também à professora mestra е coordenadora dо curso, Silvana de Souza Lourinho pelo convívio, apoio, compreensão е pela amizade. E о qυе dizer а você? Marcio, meu marido. Obrigada pеlа paciência, pelo incentivo, pela força е principalmente pelo carinho. Valeu а pena toda distância, tоdо sofrimento, todas аs renúncias... Valeu а pena esperar... Hоjе estamos colhendo, juntos, оs frutos dо nosso empenho! Esta vitória é nossa!!! Quero agradecer também a minha querida filha Kamilla, que embora não tivesse conhecimento da importância desta vitória, me apoiou e me deu forças para continuar. Não posso esquecer-me de agradecer a minha prestimosa mamãe, que mesmo de longe me incentivou. Também agradeço aos meus amigos Junior e Solange que me derem um enorme suporte e apoio na reta final e uma homenagem especial a minha filha de 4 patas Mel que nos meus momentos mais difíceis me proporcionava conforto e paz interior. E que hoje já não se encontra mais aqui. Esta agora na sua última morada, no céu dos animais amados. Nascida em 23 de Setembro de 2003 e falecida em 06 de novembro de 2015.
O presente trabalho visa identificar o nível de capacitação dos funcionários que trabalham no Espaço de Acolhimento Provisório (EAP) – abrigo destinado ao atendimento, guarda, cuidados físicos e psicológicos às crianças e adolescentes em situação de risco, com idade entre 0 (zero) e 18 (dezoito) anos, situado no núcleo da Cidade Nova em Marabá – PA. Para isso, estabeleceu-se como instrumentos de coleta de dados os questionários, entrevistas e observações com diário de campo, os quais possibilitaram delimitar, orientar e facilitar as percepções singulares a respeito do tema em questão. Com base nos autoresLIBÂNEO (2002), RIZZINI (2004), GONH (2004) é explorada a ideia da importânciada capacitação e formação continuada. Diante do breve exposto, a análise evidenciou uma deficiência e/ou falta de capacitação por parte dos funcionários do espaço, o que reafirma e a relevância da formação prévia, continuada e a capacitação dos profissionais, uma vez que podem colaborar para as melhorias na qualidade do atendimento oferecido às crianças e adolescentes do EAP. Em face à essa problemática, são sugeridas quatro formas de intervenções, as quais visam o aperfeiçoamento na relação dos envolvidos.Concluiu-se, portanto, a necessidade da prática de formação, visto que a preparação ou não dos profissionais pode influenciar diretamente no desenvolvimento do trabalho dentro do EAP. PALAVRAS-CHAVE: Pedagogia Social. Capacitação. Educação não formal.
The present work aims to identify the level of training of the employees working in the Space to accommodate the Interim (EAP). This space is under intended for the care, custody, care, physical and psychological to children and adolescents in situations of risk, between the ages of 0 (zero) and 18 (eighteen) years of age, situated in the core of the New Town in Marabá – PA. To this end, has established itself as data collection instruments questionnaires, interviews and observations with field diary, which made it possible to delimit, guide and facilitate the perceptions singular with respect to the topic in question. Based on the authors LIBÂNEO (2002), RIZZINI (2004), GONH (2004) explored the idea of the importance of training and continuing education. Before the brief above, the analysis has indicated a disability and/or lack of capacity on the part of the employees of the space, which reaffirms and relevance of prior training, and continuing training of professional, a time that can contribute to improvements in the quality of care provided to children and adolescents in the EAP. In the face of this problematic, you are suggested four forms of interventions, which aim at the improvement in the relationship of those involved. It was concluded, therefore, the need for practical training, since the preparation or not of the professionals has a direct influence on the development of the work within the EAP. KEY WORDS: Social Pedagogy. Training. Non-formal education
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1. FUNDAMENTAÇÕES METODOLÓGICAS E TEÓRICAS O presente trabalho visa identificar o nível de capacitação dos funcionários que trabalham no Espaço de Acolhimento Provisório (EAP) – abrigo destinado ao atendimento, guarda, cuidados físicos e psicológicos às crianças e adolescentes em situação de risco, com idade entre 0 (zero) e 18 (dezoito) anos, situado no núcleo da Cidade Nova em Marabá – PA, para tanto, foi utilizado como metodologia de pesquisa o estudo de caso e como instrumento o diário de campo, no qual pôde ser registrado dados importantes, os quais foram analisados após a realização de um roteiro de observação elaborado com 10(dez) indagações pertinentes ao problema investigado. As observações tiveram a duração de 25(vinte e cinco) dias e proporcionaram à pesquisa percepções singulares a respeito do tema. Utilizou-se como foco da observação a rotina do conjunto de 32(trinta e dois) funcionários concursados nas dependências do EAP.Também foram utilizados fichamentos de artigos relacionados ao problema. Ainda para compor e enriquecer o corpus da pesquisa, foram realizadas entrevistas dentro do espaço com toda equipe de funcionários. De acordo com Barros e Lehfeld (2000, p.35) “a teoria pode ser considerada como uma visão abstrata da ação, e a metodologia, a visão concreta da operacionalização”. Desse modo, acredita-se que a metodologia e os instrumentos escolhidos foram os mais pertinentes para a confecção deste trabalho de pesquisa, o qual deixou de ser abstrato e tornou-se concreto. Além disso, foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros, meios eletrônicos e interpretação pessoal para nortear o estudo,as quais geraram conteúdo para fundamentar o presente trabalho. Dentre esses, destacam-se 8 (oito) principais conceitos, os quais serão explorados a seguir.
10 1.1 ESPAÇOS NÃO ESCOLARES Não é de hoje que percebemos que a educação tem tomado novos rumos. Isso se revela, principalmente, ao considerarmos o conceito de educar em espaços não escolares. Espaços estes que levam o pedagogo a sair do seu espaço natural de ensino – a escola – onde até pouco tempo era seu espaço restrito de trabalho, para se inserir neste novo ambiente de atuação com uma visão redefinida da prática profissional da educação. De acordo com Libâneo “verifica-se hoje, uma ação pedagógica múltipla na sociedade. O pedagógico perpassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal, abrangendo esferas mais amplas da educação informal e não-formal” (LIBÂNEO, 2002, p.28). Essa afirmação fica evidente ao nos depararmos com alguns lugares como, por exemplo, empresas, hospitais, ONGs, associações, igrejas, eventos, emissoras de transmissão (rádio e Tv),dentre outros servindo para compor o novo cenário de atuação do profissional da educação, o qual transpõe os muros da escola para prestar seu serviço nesses locais, onde,até então, eram espaços restritos a outros profissionais. Além disso, ainda conforme Libâneo “O campo educativo é bastante vasto, porque a educação ocorre na família, no trabalho, na rua, na fábrica, nos meios de comunicação, na política. Com isso, cumpre distinguir diferentes manifestações e modalidades de prática educativa tais como a educação informal, não formal e formal. ” (LIBÂNEO, J. C.1999, p. 25) Isso nos leva a inferir que a educação acaba por se manifestar em toda e qualquer interação humana que haja troca de conhecimento e experiências. O antropólogo Carlos Brandão reforça tal afirmação ao dizer que “Não há uma única forma nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar em que ela acontece..., o ensino escolar não é a única prática, e o professor profissional não é o seu único praticante. Em casa, na rua, na igreja, ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços com ela: para aprender, para conviver, todos os dias misturados a vida com educação. ” (BRANDÃO, 1995.p.7). Com a reflexão de Brandão (1995), pode-se observar que o desenvolvimento do homem ocorre por meio da sua relação ativa com o meio, sendo este culturalmente organizado. A tarefa da educação consiste em conduzir e tornar produtivo, do ponto de vista pedagógico, esse processo de relação ativa, e com isso promover o desenvolvimento do homem. Isso porque “a educação torna-se a mediadora entre teoria e prática, entre o sujeito e sua interação com o meio.” (CADINHA 2009).
12 De modo a contextualizar essa capacidade de dirigir e coordenar, consideremos o pedagogo em uma empresa, na qual seu dever é acompanhar o desenvolvimento do funcionário depois que se inicia um treinamento para integrar o trabalhador à empresa. Assim, o Pedagogo não somente acompanha o desenvolvimento, como também o direciona para o caminho que ele deverá seguir dentro da empresa, facilitando enquanto agente provocador de mudanças de mentalidade e de cultura. A capacidade do Pedagogo em lidar com a comunicação e com a aprendizagem faz com que ele conduza as pessoas e direcione suas verdadeiras funções, não aplicando a mudança de seu comportamento, mas ajudando o funcionário a descobrir seu verdadeiro potencial para desenvolver sua função de acordo com as necessidades da organização. Logo, “a pedagogia moderna visa preparar o pedagogo para uma atuação junto às empresas de vários ramos: tem sido a perspectiva de um novo e amplo campo de trabalho para pessoas que desejam trilhar uma nova carreira dentro das organizações”. (SANTOS 2007). Segundo Santos, “a pedagogia deixou de ser apenas mais uma disciplina da área de educação, entrou no mercado profissional de maneira mais ampla, suprindo as necessidades da sociedade e das empresas, onde seleção, treinamento e contínuo aperfeiçoamento são a garantia da produtividade, e requer atenção e profissionais adequados na preparação dos profissionais da organização. “ (SANTOS, 2007). Dessa forma, entende-se que o pedagogo desenvolve também atividades administrativas e algumas burocráticas, além da área educacional. Como evidencia Holtz (2006, p. 16) “[...] o líder educador provoca o entusiasmo, estimula a imitação e o treino, através do seu modo de ser e do seu prestígio, que são os principais meios que emprega. Nunca emprega a discussão ou a pressão”. Em outras palavras, esse educador age motivando seus educandos, lidera juntamente com os atores do processo, trabalha na gestão de pessoas. Por isso, é o pedagogo, também, quem vai mediar conflitos, promover a integração do grupo e resolver questões burocráticas, como encaminhamento de documentos, elaboração de relatórios, entre outros. Conforme afirma Jesus, “além das atividades escolares propriamente ditas, como professores de diversos níveis de ensino, gestores, planejadores, coordenadores, orientadores, supervisores educacionais, os Pedagogos atuam também como formadores, animadores, instrutores, organizadores, técnicos, consultores, orientadores que desenvolvem atividades.” (JESUS, 2007)
13 Diante dessa recente realidade, é inerente aos pedagogos e profissionais da educação buscarem um aperfeiçoamento a fim de estarem aptos a exercerem seus papéis com mais afinco e dinâmica. 1.3 EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL De acordo com a Constituição Federal do Brasil,a educação é um direito de todos e dever do estado e da família, a qual será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, p.1, 1988).Isto é, como dito anteriormente, a educação vai além das dependências escolares, pois se faz presente em diversos ambientes e acontece também com o incentivo de toda a sociedade civil. Educação é uma palavra forte, uma vez que permite assegurar a formação e o desenvolvimento de um ser humano por toda a vida, favorecendo a autonomia do sujeito. Apesar dos mais diversos meios em que ocorre a educação, a escola tradicional vem sendo a instituição responsável pela educação formal, a qual tem como objetivo contribuir na formação do ser. Todavia, a educação recebida fora da escola não age em oposição a esta, já que contribui para a construção integral dos sujeitos, na formação de indivíduos críticos e conscientes do seu papel como agentes transformadores da sociedade. Em outras palavras, a educação não formal, em momento algum teve a intenção de substituir a escola, sendo este o principal meio de educação formal do cidadão, mas sim atuar na formação integral do cidadão, para que assim hajam maiores e melhores oportunidades de construção do seu “eu”. A Educação não formal, segundo Gohn “[...] é aquela que se aprende no mundo da vida, via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivas cotidianas.”(GOHN,2006a,p.28) A exploração desse conceito mostra que se trata de processos educacionais organizados fora da lógica do sistema regular de ensino, ou seja, não segue um currículo pré- definido baseado nas normas e diretrizes do governo federal. Ao contrário, observa-se que o conteúdo é definido a partir da vontade e das necessidades das pessoas envolvidas. Contempla-se que essas atividades educacionais, apesar de possuírem objetivos claros e bem definidos, são organizadas e estruturadas de maneira flexível. Apresentam-se com um caráter complementar à educação formal, portanto, não conferem graus ou títulos aos seus participantes, apenas podem conceder certificados de aprendizagem obtida.
15 transformando o conhecimento em valor agregado aos produtos e serviços da empresa.” (HOLTZ, 2006). Segundo Nobre, “o ambiente organizacional contemporâneo requer o trabalho pensante, criativo, proativo, analítico, com habilidade para resolução de problemas e tomada de decisões, capacidade de trabalho em equipe e em total contato com a rapidez de transformações e a flexibilidade dos tempos atuais. “ (NOBRE 2009). Libâneo, por sua vez, afirma que “a educação é um conjunto de ações, processos, influências e estruturas que intervêm no desenvolvimento do ser humano em sua relação ativa com o meio natural e social, em um contexto de relações entre grupos e classes sociais” (LIBÂNEO, 2005). Segundo Gohn, “o conjunto de ideias de um indivíduo revela a opção política do grupo através de sua forma de conhecer e atuar socialmente de forma concreta e determinar suas metas, objetivos e estratégias devendo ser extraído e compartilhado pelo coletivo” (GOHN, 2005). Diante do exposto, percebe-se que na educação não formal o objetivo principal a ser alcançado é a cidadania, de modo a ser pensada no coletivo (GOHN, 2001, p. 102).Para tanto, Gohn enfatiza que “um dos pressupostos básicos da educação não-formal é o de que a aprendizagem se dá por meio da prática social. É a experiência das pessoas em trabalhos coletivos que gera um aprendizado”. (GOHN, 2001, p.103) Silva ainda complementa que “oficinas são espaços organizados por um grupo social, onde são direcionadas propostas ligadas ao fazer, a aplicabilidade de determinadas atividades que possibilitem o ato de aprender, não somente aquilo que é ensinado, como também o que o meio lhe possibilita, levando em consideração o espaço, materiais, memória, enfim, aquilo que esteja sendo vivenciado e efetuado no momento dessas vivências.” (SILVA, 2007) Na investigação desse conceito, foi razoável o entendimento a respeito de “educação não formal” apresentada e fundamentada pelas teorias examinadas neste sub-tópico. O que confirmaa possibilidade de organizar, estruturar e apresentar a educação de uma forma diferenciada e maleável. O conjunto desses estudos teóricos demostrou-se fundamental para programar 4(quatro) intervenções, que serão exteriorizadas no quarto capítulo, a título de ainda serem realizadas no ambiente em questão, o EAP.
16 1.4 INSTITUCIONALIZAÇÕES DE CRIANÇAS Em conformidade com este conceito, a apreciação dessa busca, ressaltou que o atendimento institucional à crianças e jovens sofreu significativas mudanças na história no Brasil, segundo a Lei 8.069 de 13 de julho de 1990, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Tal lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. A título de informação, considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa de até doze anos de idade incompletos e adolescente, aquele entre 12(doze) e 18(dezoito) anos de idade. Nos casos expressos em Lei, aplica-se, excepcionalmente, este estatuto às pessoas entre 18(dezoito) e 21(vinte e um) anos de idade. No entanto, apesar de existir leis que preservam os direitos das crianças e adolescentes, verifica-se que não existem no país estatísticas que dimensionem o número de crianças e adolescentes institucionalizados. Sabe-se, porém, que várias gerações de crianças passaram sua infância e adolescência internadas em grandes instituições fechadas. Estas eram, até o final da década de 1980, denominadas de “internatos de menores” ou “orfanatos” e funcionavam nos moldes de asilos, embora as crianças, em sua quase totalidade, tivessem famílias. Realça-se que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Observou Rizzini que Segundo Silva “O atendimento privilegiado no decorrer do século XIX e parte do século XX era o internato, onde os filhos dos pobres ingressavam categorizados como desvalidos, abandonados, órfãos, delinqüentes e outras denominações que vão substituindo as antigas, conforme a incorporação das novas tendências assistenciais e as construções ideológicas do momento. Desde a constituição de um aparelhamento oficial de assistência e proteção ao menor, principalmente a partir da criação da FUNABEM e da Política Nacional de Bem-Estar do Menor, o mote ‘internação como último recurso’ foi sempre repetido, mas pouco seguido.” (RIZZINI, 2004, p.66). “este código destinava-se a legislar sobre as crianças de 0 a 18 anos, em estado de abandono, quando não possuíssem moradia certa, tivessem os pais falecidos, fossem ignorados ou desaparecidos, tivessem sido declarados incapazes, estivessem presos há mais de dois anos, fossem qualificados como vagabundos, mendigos, de maus costumes, exercessem trabalhos proibidos, fossem prostitutos ou economicamente incapazes de suprir as necessidades de sua prole.” (SILVA, 2002, s/p).
18 Entrosamento entre os funcionários; Elevação na produtividade. Logo, conforme Lopes afirma, o investimento no capital intelectual dos trabalhadores da empresa também é fundamental, pois “quanto mais se lapida uma pedra de diamantes, mais valiosa ela se torna”. O mesmo se diz em relação ao trabalhador: “Quanto mais se investe no aperfeiçoamento do conhecimento já adquirido do funcionário da empresa, mais ele se torna valioso e essencial para a mesma”. (LOPES, 2009, p.29) Sem generalizar, Gil afirma que “[...] as organizações buscam ações voltadas às constantes capacitações das pessoas, com intuito de torná-las mais eficazes naquilo que fazem”. (GIL, 2007, p.118) Porém, Jesus ressalta que todo modelo de formação, capacitação, educação, treinamento ou desenvolvimento deve assegurar ao ser humano a oportunidade de ser aquilo que pode ser a partir de suas próprias potencialidades, sejam ela inatas ou adquiridas. Para ele, “desenvolver pessoas não é apenas dar-lhes informações para que elas aprendam novos conhecimentos, habilidades e destrezas e se tornem mais eficientes naquilo que fazem. É, sobretudo, dar-lhes a formação para que aprendam novas atitudes, soluções, ideias e que modifiquem seus hábitos, comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo que fazem” (JESUS, 2007). Em razão da averiguação deste conceito, o conhecimento adquirido equilibrou a inquirição sobre a problemática da pesquisa e agregou dados para a construção de possíveis soluções a serem praticadas no EAP. Bem como a elaboração das propostas de intervenções selecionadas dentro desta obra. Localizadas no quarto capítulo. 1.6 TREINAMENTO Trata-se de um processo educacional para gerar crescimento e mudanças, melhorando assim seu espírito de equipe, integração e criatividade. É imprescindível a capacitação do indivíduo, pois isso é o que determina os principais valores, permitindo analisar as possíveis particularidades de cada funcionário, gerando assim um melhor aproveitamento para com o local de trabalho. Segundo Chiavenato “treinamento é a experiência aprendida que produz uma mudança relativamente permanente em um indivíduo e que melhora sua capacidade de um cargo.”(CHIAVENATO, 2000, p.295)
19 Acredita-se que,eventualmente, um conjunto de ideias propostas poderá demonstrar a opção do grupo em treinamento, através da sua forma de entender e atuar socialmente. Determinando-se, assim, seus objetivos e estratégias, as quais deverão ser demonstradas e compartilhadas em conjunto. Conforme Chiavenato “os processos de desenvolvimento de pessoas estão intimamente ligados com a educação” (CHIAVENATO, 2004, p. 290), ou seja, há uma necessidade de o ser humano exteriorizar suas potencialidades inatas ou adquiridas por meio da formação. Também aborda Chiavenato que “o treinamento é o processo sistemático que envolve uma mudança de habilidades, conhecimento, atitudes ou comportamentos dos empregados, estimulando-os a serem mais produtivos na direção do alcance dos objetivos organizacionais.” (CHIAVENATO, 2010 p. 367). E é, justamente, nesse sentido que foram elaboradas as propostas de intervenção, as quais serão explanadas no capítulo quatro, a fim de haver uma mudança e, consequentemente, uma melhoria no atendimento às crianças e adolescentes do EAP. No que diz respeito ao treinamento,Marras apud Silveira diz que este“prepara o homem para a realização de tarefas específicas, enquanto o desenvolvimento oferece ao treinamento uma macro visão, preparando-o para voos mais altos, a médios e longos prazos” (MARRAS, 2000 apud SILVEIRA 2011, p.30) Marras afirma ainda que“treinamento é um processo de assimilação cultural em curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimento, habilidades ou atitudes relacionadas diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização de tarefas no trabalho” (MARRAS 2001, p. 145). No entanto, muitos profissionais que trabalham nas áreas de gestão de pessoas nas organizações não conseguem fazer distinção entre treinamento, desenvolvimento e educação, conforme menciona Lawrie. Essa lacuna na definição, na forma de pensar e de agir, pode levar a esforços cujos resultados nem sempre seriam aqueles exatamente esperados. Afinal, não se consegue atingir um alvo, a menos que ele esteja claramente demarcado. (LAWRIE,
Bastos aponta o mesmo tipo de problema.Na visão do autor, seguindo a regra das ciências sociocomportamentais, a área de treinamento e desenvolvimento convergem para os conhecimentos de psicologia, educação e administração, entre outras áreas do saber. A fim de