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A evolução da agenda social e as práticas de responsabilidade social, com foco no conceito de esg. Aborda a importância da responsabilidade social para o sucesso a longo prazo das empresas, a pressão dos movimentos sociais por práticas éticas e sustentáveis, e o impacto social das empresas nas comunidades em que operam. O documento também discute a avaliação de impacto social como métrica de desempenho empresarial, a importância da transparência corporativa e o papel das parcerias público-privadas no fomento ao empreendedorismo social.
Tipologia: Resumos
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REFLITA
Quando houver necessidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido.
ACESSE
Quando for preciso acessar um ou mais sites para fazer download , assistir a um vídeo, ler um texto, ouvir um podcast etc.
LEIA PARA SEGUIR
Quando houver um texto que deve ser lido obrigatoriamente para o pós-graduando seguir. Serve para auxiliar no aprofundamento sobre o assunto.
RESUMINDO
Sempre que for preciso fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens.
EXEMPLO
Pequenas situações-problema referentes ao assunto.
ENSAIOS PRÁTICOS
Quando houver uma proposta de exercício prático.
APRESENTAÇÃO
Você sabia que o empreendedorismo social é um dos setores mais dinâmicos e em crescimento na economia global, com o poten- cial de transformar não apenas mercados, mas também comunidades inteiras? De fato, este campo é fundamental para o desenvolvimento de soluções inovadoras que atendem às necessidades sociais e am- bientais, enquanto promovem a sustentabilidade econômica. O em- preendedorismo social não apenas gera lucro, mas também cria valor compartilhado, impulsionando mudanças positivas e duradouras em escala global.
Nesta primeira unidade do nosso e-book , intitulada “Evolução e Contexto do Empreendedorismo Social”, exploraremos as raízes e a evolução desse campo ao longo das últimas décadas. Você entenderá como o conceito de responsabilidade social corporativa evoluiu para frameworks estratégicos mais abrangentes, como o ESG, e como as organizações sociais contemporâneas estão redefinindo a interseção entre negócios e sociedade. Analisaremos também as diferentes ti- pologias de negócios socioambientais, colocando-as em um contexto histórico que destaca sua importância e relevância no cenário atual.
Ao longo desta unidade, você será convidado a aprofundar sua compreensão sobre os desafios e oportunidades que moldam o em- preendedorismo social hoje. Discutiremos o papel crucial das acelera- doras e investidores sociais no apoio a esses empreendimentos e ex- ploraremos as inovações e tendências que estão moldando o futuro deste setor. Este conhecimento é essencial para profissionais que de- sejam não apenas compreender, mas também liderar a transforma- ção social por meio de iniciativas empresariais. Prepare-se para uma imersão profunda e reflexiva neste universo em constante evolução.
OBJETIVOS
Olá. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos:
A responsabilidade social corporativa (RSC) tem evoluído de simples ações de filantropia para se tornar uma parte fundamental da estratégia de negócios de muitas empresas. Originalmente, a RSC fo- cava em ir além do cumprimento das obrigações legais, com empresas buscando maneiras de contribuir para o bem-estar social, econômico e ambiental. Essa abordagem era motivada pela crença de que as cor- porações, devido aos seus consideráveis recursos e influência, tinham a responsabilidade ética de considerar os interesses de diversos sta- keholders, como funcionários, clientes e a comunidade em geral.
Ao longo do tempo, com o aumento da conscientização sobre questões como mudança climática e desigualdade social, bem como a crescente pressão dos consumidores por práticas empresariais éti- cas, as empresas começaram a integrar a RSC em suas operações diárias. Isso incluiu a adoção de práticas de trabalho justo, a redução de impactos ambientais negativos e o envolvimento em projetos que beneficiam as comunidades locais (Chiavenato, 2012). Hoje, a RSC é vista como essencial para o sucesso a longo prazo das empresas, re- fletindo uma mudança nas expectativas sociais e a compreensão de que práticas empresariais responsáveis são cruciais para a sustenta- bilidade global.
A moderna RSC abrange uma variedade de atividades, desde garantir a sustentabilidade ambiental até promover a ética na go- vernança corporativa e melhorar as condições ao longo das cadeias de suprimentos. A abordagem das empresas à RSC frequentemente inclui esforços para proteger os direitos humanos e promover uma economia mais inclusiva e equitativa (Chiavenato, 2012). Esse compro- misso renovado com a RSC não apenas melhora a imagem corpora-
tiva e fortalece a lealdade dos clientes, mas também é cada vez mais visto pelos reguladores e outros stakeholders como um indicativo de governança corporativa sólida e de menor risco de investimento.
A transição de abordagens pontuais para estratégias integra- das de ESG (Ambiental, Social e Governança) representa uma mu- dança fundamental na forma como as empresas gerenciam suas res- ponsabilidades socioambientais. Anteriormente, muitas corporações adotavam práticas isoladas de responsabilidade social ou ambiental, frequentemente como respostas a crises específicas ou em um esfor- ço para aprimorar superficialmente a imagem corporativa. Essas me- didas isoladas estão sendo substituídas por estratégias mais holísticas e embasadas em princípios de desenvolvimento sustentável e respon- sabilidade corporativa ampla. Esse movimento sinaliza a passagem de uma perspectiva de curto prazo, que busca benefícios imediatos, para uma abordagem de longo prazo, focada em sustentabilidade e na construção de valor duradouro para a marca (Chiavenato, 2012).
No âmbito corporativo, a integração das práticas de ESG re- quer uma mudança significativa na governança e na cultura organi- zacional. As empresas estão começando a incorporar critérios de ESG em todas as etapas de suas operações, desde a seleção de fornecedo- res até o desenvolvimento de produtos e o relacionamento com con- sumidores. Essa abordagem integrada exige a inclusão de metas de sustentabilidade e responsabilidade social em decisões relacionadas a investimentos, gestão de riscos e avaliações de desempenho dos executivos. O resultado é uma maior congruência entre os objetivos comerciais e os valores sociais, levando a uma operação mais transpa- rente e responsável (Chiavenato, 2012). A adoção de estratégias bem fundamentadas de ESG não só melhora a sustentabilidade operacio- nal e a ética das empresas, mas também reforça sua posição competi- tiva no mercado e aumenta sua resiliência no longo prazo.
O componente ambiental do ESG em uma empresa abrange a gestão de seu impacto no meio ambiente, incluindo eficiência ener- gética, utilização de recursos, gestão de resíduos e redução de emis- sões de carbono. Empresas comprometidas com práticas ambientais robustas buscam minimizar sua pegada ecológica por meio de ino- vações nos processos produtivos e da adoção de tecnologias limpas. Investimentos em fontes de energia renovável e práticas sustentáveis de agricultura e produção têm se tornado cada vez mais comuns. Es- sas ações não apenas contribuem para a proteção ambiental, mas também podem gerar economias significativas a longo prazo e asse- gurar maior conformidade com regulamentações ambientais (Chiave- nato, 2012).
Por sua vez, o aspecto social do ESG foca no impacto da em- presa sobre as pessoas e comunidades em que opera, abrangendo condições de trabalho justas, saúde e segurança ocupacional, e res- peito aos direitos humanos. Empresas socialmente responsáveis en- gajam-se em iniciativas que apoiam a educação, saúde e desenvolvi- mento social nas comunidades locais. A promoção da diversidade e inclusão também é priorizada, criando um ambiente de trabalho equi- tativo, com oportunidades iguais para todos os colaboradores. Esse compromisso social não só fortalece a reputação pública da empresa, mas também aumenta a lealdade e satisfação dos funcionários, im- pulsionando a produtividade.
No âmbito da governança, práticas sólidas de gestão e lideran- ça asseguram responsabilidade, transparência e ética nos negócios, com políticas claras para lidar com conflitos de interesse e remune- ração de executivos (Chiavenato, 2012). Conselhos administrativos in-
dependentes e diversificados garantem que as decisões empresariais considerem os interesses de todos os stakeholders, construindo con- fiança com investidores e o público, e solidificando uma posição de mercado mais robusta e sustentável.
A implementação de práticas de ESG nas empresas começa com a integração dessas diretrizes na visão estratégica corporativa, frequentemente por meio da criação de departamentos ou comitês especializados que colaboram com todas as divisões da organização. Essas equipes têm a responsabilidade de desenvolver e implemen- tar políticas que não apenas cumpram as regulamentações ambien- tais, mas também promovam impacto social positivo e assegurem práticas de governança ética. Estabelecem-se objetivos claros, como a redução de emissões, promoção de inclusão e diversidade, além do fortalecimento da transparência e responsabilidade, com metas quantificáveis e prazos definidos para monitorar o progresso. Esse alinhamento estratégico reforça o compromisso com a sustentabili- dade e integra essas iniciativas nas operações cotidianas das empre- sas (Chiavenato, 2012).
Para integrar os princípios de ESG de forma eficaz, as corpo- rações investem em tecnologias avançadas e sistemas de informa- ção para monitorar indicadores como consumo de recursos naturais e bem-estar dos colaboradores. Utilizando padrões de relatórios internacionais, como os do Global Reporting Initiative (GRI), as em- presas asseguram que seus relatórios de sustentabilidade sejam confiáveis e comparáveis globalmente. A publicação regular desses relatórios é fundamental para manter a comunicação transparente com os stakeholders, demonstrando os avanços e desafios no cami- nho para a sustentabilidade (Chiavenato, 2012). Essa prática não só aumenta a confiança de investidores e clientes, que valorizam cada
As empresas desempenham um papel significativo na molda- gem das normas sociais devido à sua influência substancial sobre os meios de comunicação, a publicidade e o patrocínio de eventos e ini- ciativas. Por meio de campanhas de marketing e mensagens corpora- tivas, as empresas têm a capacidade de influenciar valores e compor- tamentos. Por exemplo, ao promoverem a diversidade e a inclusão em suas publicidades, elas podem contribuir para normalizar e cele- brar a pluralidade cultural e a aceitação social. Esse tipo de influência pode alterar percepções públicas e comportamentos em larga escala, resultando em mudanças nas normas sociais que valorizam a equida- de e a justiça (Chiavenato, 2012).
Por outro lado, as empresas também são profundamente impactadas pelas normas sociais vigentes, que moldam as expecta- tivas dos consumidores e influenciam o ambiente regulatório em que operam. As normas sociais em evolução, como o foco crescente em práticas de negócios sustentáveis e éticas, pressionam as empresas a adaptarem suas operações para se alinharem a essas expectativas. Essas pressões vêm não apenas dos consumidores, mas também de investidores e reguladores, que exigem padrões mais altos de trans- parência e responsabilidade. Assim, a capacidade de uma empresa de permanecer relevante e competitiva está diretamente ligada à sua habilidade de compreender e responder às normas sociais em trans- formação (Chiavenato, 2012).
Além disso, a interação entre empresas e normas sociais é evi- dente na forma como crises são gerenciadas e comunicadas. Em situa- ções de crise, as empresas são frequentemente vistas como reflexos
ou até mesmo definidoras de práticas sociais aceitáveis. A resposta de uma empresa a desafios éticos ou ambientais pode estabelecer um padrão para a indústria, influenciando como outras organizações e o setor em geral respondem a questões semelhantes no futuro (Chia- venato, 2012). Portanto, as empresas não apenas moldam as normas sociais por meio de suas ações proativas, mas também são moldadas por essas normas em momentos críticos, criando um ciclo contínuo de influência e adaptação.
Considerando os desafios atuais em responsabilida- de social, é imperativo aprofundar o entendimento sobre as práticas corporativas que efetivamente contribuem para o desenvolvimento sustentável e a inclusão social. Esse processo requer uma investiga- ção rigorosa e detalhada dos métodos que as em- presas utilizam para integrar considerações sociais e ambientais em suas operações diárias. Dada a com- plexidade e a constante evolução dessas práticas, é essencial consultar literatura recente, preferencial- mente artigos científicos publicados nos últimos três anos, para garantir uma compreensão atualizada e abrangente das tendências, eficácia e impactos des- sas iniciativas no cenário global. Para abordar mais sobre o tema, acesse o QR Code.
valores locais quanto os objetivos globais de sustentabilidade (Chiave- nato, 2012). Esse compromisso com a colaboração multidimensional não só fortalece a resiliência comunitária, como também reforça a po- sição da organização como um membro valioso e ativo da sociedade.
Imagem 1.1 – ONGs
Fonte: Freepik. A adoção da responsabilidade social como um pilar central da estratégia empresarial pode se transformar em uma vantagem com- petitiva crucial. As empresas que enfatizam a responsabilidade social conseguem construir uma identidade de marca forte e ressonante, atraindo a fidelidade de consumidores cada vez mais atentos aos im- pactos sociais de suas escolhas. Isso não apenas estimula vendas re- correntes, mas também protege a empresa contra instabilidades de mercado e críticas públicas. Além disso, uma reputação de responsa- bilidade social pode melhorar as relações com governos e reduzir obs- táculos regulatórios, facilitando a expansão para novos mercados ou
setores. Governos e órgãos reguladores frequentemente oferecem in- centivos, como benefícios fiscais ou condições regulatórias mais van- tajosas, para empresas que demonstram compromisso com práticas ambientais e sociais positivas, especialmente em mercados interna- cionais ou setores altamente regulamentados (Chiavenato, 2012).
A responsabilidade social empresarial também fomenta a ino- vação ao desafiar as empresas a desenvolverem novas soluções que beneficiem tanto a sociedade quanto o próprio negócio. Essa busca por reduzir impactos ambientais e melhorar condições sociais pode levar à criação de produtos, serviços ou processos inovadores que oferecem vantagens competitivas duradouras. Tal inovação, orientada por princípios sociais, não apenas melhora a eficiência e eficácia ope- racional, mas também abre portas para novos mercados e segmentos de clientes, promovendo um crescimento empresarial contínuo e sus- tentável (Chiavenato, 2012). Essa abordagem integrada à responsabi- lidade social pode, portanto, transformar significativamente o panora- ma competitivo para as empresas que a adotam seriamente.
A adoção da responsabilidade social como um componente essencial da estratégia corporativa oferece às empresas uma vanta- gem competitiva distintiva, cultivando uma identidade de marca forte que ressoa com consumidores, investidores e outros stakeholders. Empresas reconhecidas por suas práticas éticas e compromisso com questões sociais tendem a atrair consumidores mais leais em um mercado onde a consciência sobre o impacto do consumo é crescen- te. Essa lealdade do consumidor não apenas aumenta as vendas re- correntes, mas também proporciona uma camada de proteção contra as flutuações de mercado e o escrutínio público. Além disso, ao serem vistas como entidades responsáveis, essas empresas muitas vezes desfrutam de relações governamentais mais favoráveis e enfrentam