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La educación prohibida (2012) é um documentário argentino que percorreu 8 países, visitando diversas experiências educativas e realizando entrevistas com mais de 90 profissionais da educação. O filme aborda a visão dos entrevistados sobre o modelo educacional tradicional e aponta algumas teorias e experiências pedagógicas consideradas como alternativas. O documentário reúne três modalidades em um único filme: história com atores, entrevistas com especialistas e ilustrações animadas.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Trabalho apresentado para obtenção de titulo de graduação no curso de licenciatura plena em História pela Universidade Estadual da Paraíba-UEPB. Orientador: Prof. Ms. Carlos Adriano Ferreira de Lima
Dedico o presente trabalho a minha família, aos meus colegas de graduação e professores que nos acompanharam ao longo do curso.
Deste modo, o educador problematizador re-faz, constantemente, seu ato cognoscente, na cognoscibilidade dos educandos. Estes, em lugar de serem recipientes dóceis de depósitos, são agora investigadores críticos, em diálogo com o educador,
Imagem 1: Imagem do site www.catarse.me com alguns projetos expostos
Imagem 2: imagens capturada do filme La educación prohibida (2012)
Imagem3: imagens capturada do filme La educación prohibida (2012)
Imagem 4: imagens capturada do filme La educación prohibida (2012)
Imagem 5: imagens capturada do filme La educación prohibida (2012)
Imagem 6: imagens capturada do filme La educación prohibida (2012)
Imagem 7: imagens capturada do filme La educación prohibida (2012)
Imagem 8: imagens capturada do filme La educación prohibida (2012). Imagem que ilustra a ideia de educação bancária de Paulo Freire.
Imagem 9: imagens capturada do filme La educación prohibida (2012). Imagem que mostra a comparação entre a educação tradicional e a fabrica
Imagem 10: imagens capturada do filme La educación prohibida (2012). Imagem que mostra a comparação entre a educação tradicional e a fabrica
Imagem 11: imagens capturada do filme La educación prohibida (2012). Imagem que mostra os aspectos que os estudantes trazem consigo e que devem ser levado em conta no processo de ensino-aprendizagem.
Tabela 1: Filmes exibidos no Rio de Janeiro em 1925
Tabela 2: Educação Tradicional: Características
This monograph aims to conduct a historical analysis of the film entitled La educación prohibited (2012). Analyzing principle as the documentary genre gaining ground in Brazil and becomes an alternative pedagogical tool for teachers, and then discuss which model of education considered "forbidden" according to the documentary and pedagogical concepts considered alternatives to contemporary education.
Key Words: Cinema; Documentary; Education; Alternative Pedagogy.
países, visitando diversas experiências educativas e realizando entrevistas de vários profissionais ligados a área da educação.
O documentário faz um relato histórico sobre o surgimento do atual modelo educacional adotado pela maioria das instituições de ensino. Ele teria suas origens no modelo de educação militar da Prússia no século XVIII e se espalhou pela Europa e pelas Américas. Seria um modelo que deveria ser combatido, uma educação que deveria ser proibida. Mais adiante trataremos sobre as ideias que levam a considerar esse modelo educacional criticado no documentário como “proibido”.
Combatendo esse tipo de educação, o documentário sugere algumas teorias pedagógicas que podem ser utilizadas como alternativas em relação a esse modelo de origem prussiana. São exibidas algumas escolas onde essas teorias pedagógicas são postas em prática. Essa discussão é tratada no ultimo capitulo do trabalho.
O termo documentário tem sua primeira ocorrência em língua inglesa e é utilizado, por John Grierson em fevereiro de 1926 em uma crítica ao filme Moana (1926) de Robert Flaherty, que foi publicada em um jornal de Nova York:
“É claro que Moana, sendo uma exposição visual dos eventos cotidianos de um jovem polinésio e família, tem valor como documentário. Mas considero isto secundário diante de um valor como suave brisa de uma ilha ensolarada banhada por um esplendido mar tão morno quanto seu ar balsâmico. Moana é antes de tudo um belo como a natureza é bela. É belo porque os movimentos do jovem Moana e dos outros polinésios são belos; e porque as árvores e as ondas borrifantes, as nuvens suaves e encrespadas e os horizontes distantes são belos.”( JACOBS,1979, Apud DA-RIN 2008)
Segundo relata o autor Silvio Da-Rin (2008) o cinema documentário se desenvolve na Inglaterra a partir de 1917, com o escocês John Grierson, que foi o principal idealizador e organizador desse movimento do cinema documentário.
O trabalho com documentário feito por John Grierson tem seus fundamentos nas experiências cinematográfica de Robert Flaherty, em particular seu trabalho no filme Nanook of the North (1922), que foi o resultado de mais de dez anos de contatos com os Inuik, povos que habitam na Baía de Hudson no norte do Canadá. Robert Flaherty com uma câmera filmou os hábitos dos esquimós que habitavam aquela região, durante a expedição que fez em 1916.
O filme foi inovador, pois, como relata Da-Rin (2008), essa criação de Robert Flaherty estava situada entre o campo ficcional cinematográfico e os filmes de viagens, mas não se identificava propriamente com nenhum dos dois gêneros. Entre as diferenças existentes entre o filme Nanook of the North (1922) e os filmes de viagens, podemos citar como principal, a figura central que deixa de ser o viajante para ser a comunidade a qual Robert Flaherty explorou no norte do Canadá.
No Brasil o documentário foi a saída encontrada pelos produtores para superar a crise do cinema ficcional nacional. Entre 1907 e 1911 o cinema brasileiro assistiu seu primeiro grande ciclo de produções, a bela época do cinema brasileiro, motivado principalmente pela consolidação das salas fixas de exibições. Os proprietários dessas salas passaram a estimular a produção de filmes nacionais. Os filmes produzidos, em sua totalidade, eram do gênero da ficção ou posado, como eram chamados naquela época. Entres os filmes produzidos podemos citar: Os Capadócios da cidade nova (1908), Viúva Alegre (1909), Gueixa (1909) e Sonho de valsa (1910). A partir de 1912 a produção cinematográfica começa a entrar em crise, por causa do monopólio da produção, exibição e distribuição de filmes por parte de poucas produtoras, as chamadas Majors Campanies. Monopólio este que levou muitos produtores brasileiros a falência. Com a crise tomando conta da produção nacional de filmes, o campo ficou aberto para a entrada dos filmes Hollywoodianos que invadiram as salas de exibições brasileiras. Esse domínio norte-americano no cinema brasileiro fica evidente quando observamos a nacionalidade dos filmes expostos nas salas de exibições no Rio de Janeiro. Os filmes Hollywoodianos chegaram a 80% das exibições enquanto os filmes nacionais somaram apenas 4% das exibições, segundo relata Sidney Ferreira Leite (2005).
Tabela 01 Filmes Exibidos No Rio De Janeiro Em 1925 PAIS DE ORIGEM NUMERO DE FILMES Estados Unidos 1065 França 85 Brasil 52 Alemanha 24 Portugal 20 Itália 19 Suíça 05
Áustria 02 Dinamarca 01 Inglaterra 01 (Fonte das informações: LEITE, 2005)
Leite relata que não foi só o crescimento das produções de Hollywood que prejudicaram o cinema brasileiro, outro fator foi à intervenção de segmentos conservadores da sociedade brasileira, como lideranças da igreja católica e a ação social nacionalista. Reagindo contra as “indecências e valores negativos” à família e a moral, contidos, segundo esses grupos, nas exibições nacionais. De fatos os fatores internos e externos afetaram de modo negativo o funcionamento da indústria cinematográfica nacional, mas não impediu que películas brasileira alcançassem sucesso de bilheterias como por exemplo O Guarani (1926) de Vittorio Campellaro, assim também destacamos a comédia musical Acabaram-se os otários (1929) de Luiz de Barros , o primeiro filme nacional inteiramente falado e Limite (1930) de Mario Peixoto. Para sobreviver à crise cinematográfica os cineastas brasileiros tinham que se adaptar a nova realidade. Como o mercado de ficção estava dominado pelos filmes Hollywoodianos, a solução foi a produção de documentários e cinejornais, com temas diversos como futebol, festas populares e religiosas, acontecimentos políticos, etc. A produção de documentários foi fundamental para manter o cinema nacional, mas ainda faltava apoio e incentivo, então surgiu o “método da cavação”, onde se realizava documentários e cinejornais e os lucros obtidos serviam para projetos cinematográficos pessoais: os filmes de ficção. Assim, tanto os documentários quanto os cinejornais sustentaram o cinema nacional, assegurando um mínimo de regularidade ao trabalho dos produtores nacionais.
Na tentativa de difundir o pensamento capitalista através dos filmes Hollywoodianos, os Estados Unidos, despertaram em uma parte da elite intelectualizada nacional a atenção de como era possível usar o cinema como instrumento pedagógico.
utilização de filme como preenchimento de tempo de aula, ou seja, planejar e contextualizar o filme ao conteúdo levando em consideração à realidade da turma.
“Ao escolher um ou outro filme para incluir nas atividades escolares, o professor deve levar em conta o problema da adequação e da abordagem por meio de reflexão prévia sobre seus objetivos gerais e específicos.” (NAPOLITANO, 2003)
O problema do planejamento e da falta de orientação dos professores são apenas algumas das dificuldades que se colocam como obstáculos para o insucesso na utilização dos filmes em salas de aula, a falta de materiais como televisões, computadores, aparelhos de DVD e data show além da inadequação das escolas, também dificultam a utilização deste recurso pedagógico.
“Outro obstáculo sempre complicado é a adequação da sala de aula para exibição de filmes. Seja porque a televisão é muito pequena para o tamanho da sala, seja por que a luminosidade intensa atrapalha a visualização da tela do aparelho de TV, seja porque o barulho externo dificulta a concentração.” (NAPOLITANO, 2003)
Os filmes se sobressaíram como recursos pedagógicos, mas que ainda é necessário de orientações aos profissionais da educação para sua melhor utilização.
O projeto La educación prohibida (2012) foi idealizado pelo cineasta argentino Germán Doin. Após terminar seu colegial Doin fez carreira em gestão de rádio e TV em Buenos Aires. Desde 2009 estava envolvido na pesquisa sobre teorias pedagógicas alternativas, nesse mesmo ano ele inicia seu projeto, inicialmente a ideia era apenas uma pequena produção para ser divulda na internet, porém acabou se tornando o documentário La educación prohibida (2012).
O documentário La educación prohibida (2012) vem inovando, como veremos a seguir, pois torna mais estreito a relação de realidade e ficção no gênero documentário.
“Atualmente, quando se fala de documentário, de imediato, essa significação originária ainda vem à tona, mas para logo em seguida se refratar numa multiplicidade de concepções e renomeações que converteu o campo num dos mais babélicos do cinema [...] Até recentemente, o documentário clássico era visto conforme aqueles traços genéricos que o opunham ao cinema de ficção, quase sem nenhuma especificidade a mais, a não ser o mero reclamo por uma realidade que se queria distinta dos artifícios da ficção.” (MASCARELLO(org.),2006) La educación prohibida (2012) visitou 8 países realizando entrevistas com mais de 90 profissionais da educação (lista em anexo), onde eles expressavam sua visão sobre o modelo educacional tradicional e apontavam algumas teorias e experiências pedagógicas consideradas como alternativas para serem seguidas. Também foram observadas 45 experiências educacionais (lista em anexo) nos países visitados, onde o documentário mostra na prática alguns modelos pedagógicos discutidos no decorrer das filmagens.
O documentário questiona a estrutura educacional da escola moderna, procurando partir do ponto de vista do aluno, tentado levar a uma reflexão social e um debate sobre essas estruturas educacionais modernas e a partir dessa reflexão e debate deixar mais explicita a