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Patologias em Estrutura de Concreto - Estudos de Caso, Resumos de Engenharia Civil

Degustação do livro com estudos de caso acerca de manifestações patologicas em estruturas de concreto.

Tipologia: Resumos

2016

Compartilhado em 07/04/2025

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daniel-nascimento-wf5 🇧🇷

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São Paulo – SP
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Baixe Patologias em Estrutura de Concreto - Estudos de Caso e outras Resumos em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity!

São Paulo – SP 2024

SOBRE O AUTOR

JAIME OLIVEIRA VEIGA

(CREA-ES 129/88 | CREA-RJ 861013981D | CREA-SP 5071334730 | IBAPE 102)

E

ngenheiro Civil, Sanitarista e Urbanista, graduado pela Univer- sidade Veiga de Almeida (UVA-RJ). Pós-graduado em Engenha- ria de Custos pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Es- pecialista em Perícias e Avaliações. Diretor da Jaime Oliveira Veiga Perícias e Engenharia Consultiva. Ex vice-presidente e diretor técni- co da Associação Brasileira de Engenheiros Civis do Espírito Santo (ABENC-ES), e vice-presidente da Abenc Nacional. Ex-coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil do CREA-ES.

5.12 Manchas ................................................................................. 63 5.13 Carbonatação do Concreto ................................................ 63 5.14 Desplacamento do Concreto ............................................. 5.15 Flecha Excessiva da Estrutura ............................................ 67 5.16 Flexo-Compressão ............................................................... 67 5.17 Cisalhamento do Concreto ................................................. 5.18 Esmagamento do Concreto ................................................ 5.19 Segregação/Ninhos de Concretagem..............................

6. ESTUDO DE CASOS ...............................................................

6.1 Estudo de caso 1 : Reforço estrutural do console do pilar P149 no 2º pavimento do Fórum de Vila Velha ...... 6.2 Estudo de caso 2 : Análise das condições físicas da estrutura da Ponte do Príncipe, conhecida como Segunda Ponte............................................................. 6.3 Estudo de caso 3 : Análise das condições físicas da estrutura do Terminal Rodoviário Carlos Alberto Vivácqua Campos, conhecido como Rodoviária/Aquaviário de Vitória..................................... 6.4 Estudo de caso 4 : Análise e identificação das manifestações patológicas decorrentes do incêndio que ocorreu no empreendimento Loja Alves Couros e Decorações ....................................... 115 6.5 Estudo de caso 5 : Análise das condições estruturais da laje colapsada no Condomínio Grand Parc Residencial Resort ...............................................................

7. CONCLUSÃO.........................................................................

REFERÊNCIAS ..........................................................................

GLOSSÁRIO .............................................................................. 161

PATOLOGIA E MANIFESTAÇÕES

PATOLÓGICAS

N

este capítulo serão apresentadas as definições de “patologia” e “manifestações patológicas”, que são os principais objetos de estudo do presente trabalho.

2.1 PATOLOGIA

O termo “patologia” utilizado na Engenharia Civil, de fato, é uma analogia ao termo empregado na área da saúde. Possui origem no grego, com derivação dos termos pathos (que significa “sofrimento”, “doença”) e logos (“ciência”, “estudo”). Dessa forma, utiliza-se o ter- mo patologia para o estudo das doenças de um modo geral, repre- sentando uma condição ou estado anormal cujas causas podem ser conhecidas ou desconhecidas. Para França et al. (2011), não é difícil estabelecer uma analogia entre o esqueleto humano e os elementos estruturais de um edifício, visto que a função de ambos seria desempenhar a sustentação. Po- demos exemplificar os elementos de alvenaria como a musculatura do corpo, e as instalações prediais (elétricas, hidrossanitárias e de gás) como o sistema circulatório. Portanto, assim como um médico precisa conhecer as causas de uma enfermidade para aplicar o tra- tamento correto, muitas vezes solicitando exames, o especialista das edificações também precisa conhecer a causa das anomalias para propor soluções adequadas a cada situação.

NORMA DE DESEMPENHO

E

m julho de 2013, passou a vigorar no Brasil a ABNT NBR 15575- 2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho. Essa norma estabelece critérios que visam à segurança e ao de- sempenho de edificações habitacionais. Mais conhecida entre os profissionais como Norma de Desem- penho, ela corrobora discussões na área da patologia das constru- ções ao passo que sua observação contribui para a diminuição das manifestações patológicas, e principalmente, dos acidentes prediais. Vejamos brevemente o histórico até a chegada da NBR 15575:

- Estudos e pesquisas iniciadas sobre o tema em 1975 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). - Nas décadas de 1980 e 1990, novos estudos foram iniciados. Dois anos depois, surge a Comissão de Estudos da ABNT, parceria entre o IPT e o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H). - No ano de 2000, as pesquisas foram alteradas para normas por meio de um convênio estabelecido entre ABNT, Caixa Econômica Federal e Ministério da Ciência e Tecnologia. - Em 2007 a primeira edição da NBR 15575 foi disponibilizada para consulta pública. - Ficou para 2010 a exigibilidade da referida norma.

Jai m e Ol i v ei r a V ei g a

- Ainda em 2010 a exigibilidade da NBR 15575 foi adiada para 2012. - E, finalmente em 2013, a NBR 15575 passou a vigorar e ser re- conhecida em todo o mundo, tendo como principal objetivo a melhoria da qualidade das edificações habitacionais.

Essa norma é composta por seis partes. Cada uma foi elaborada a partir de elementos da construção, contemplando exigências refe- rentes à segurança, habitabilidade e sustentabilidade. São elas:

- Parte 1 – Requisitos gerais. - Parte 2 – Requisitos para os sistemas estruturais. - Parte 3 – Requisitos para os sistemas de pisos. - Parte 4 – Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas. - Parte 5 – Requisitos para os sistemas de cobertura. - Parte 6 – Requisitos para os sistemas hidrossanitários.

Para o requisito segurança, são levados em consideração a se- gurança estrutural, contra incêndio e no uso e na operação; já no requisito de habitabilidade, tem-se a estanqueidade, desempenho acústico e térmico, higiene, saúde, qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto tátil, entre outros. Por fim, o requisito de sustentabilidade engloba a manutenibilidade, a durabilidade e o im- pacto ambiental.

3.1 DESEMPENHO

A própria norma traz a definição de desempenho como o comporta- mento em uso de uma edificação e de seus sistemas (ABNT, 2008). A ideia abordada nessa norma traz consigo não só o objetivo de se aten- der às necessidades dos usuários que viverão nessas edificações cons- truídas, mas também o conhecimento para prevenir o surgimento das manifestações patológicas e dos problemas correlacionados.

Jai m e Ol i v ei r a V ei g a

¾ ENSAIO DE TRAÇÃO

OBJETIVO: Aplicação de uma força de tração axial num corpo de prova padronizado, promovendo a deformação do material na dire- ção do esforço, que tende a alongá-lo até fraturar. Com este ensaio é possível determinar o gráfico de Tensão x Deformação e medir as propriedades de Resistência à Tração, Módulo de Elasticidade, Ten- são no Escoamento, Tensão na Ruptura, Deformação no Escoamen- to, Deformação na Ruptura etc. COMO FUNCIONA: Em uma máquina universal de ensaio, proje- tada para esse tipo de ensaio, os dados são obtidos e computados no decorrer de todo o processo, para que posteriormente, sejam anali- sadas as informações referentes ao material empregado. O corpo de prova é fixado pelas suas extremidades nas garras de fixação da má- quina de tração e é, então, submetido a um esforço, aplicando uma carga gradativa e registrando cada valor de força correspondente a um diferente tipo de alongamento do material. O ensaio termina quando o material se rompe. REALIZADO EM: materiais metálicos, polímeros e cerâmicos. Figura 2 – Representação do ensaio de tração em uma máquina universal.

Fonte: Biopdi.

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

MAIS COMUNS EM ESTRUTURAS

DE CONCRETO ARMADO

5.1 BOLOR

Fungo que, sob a ação da umidade e do calor, desenvolve-se sobre alguma superfície. Esses fungos são microrganismos que se alimen- tam de compostos orgânicos, os quais podem ser encontrados em materiais da construção civil, possibilitando a ocorrência do bolor nas edificações.

Imagem 11 – Presença de bolor no teto.

Fonte: Autor.

5

Jai m e Ol i v ei r a V ei g a

• ANÁLISE DAS CONDIÇÕES FÍSICAS DA ESTRUTURA DO

TERMINAL RODOVIÁRIO CARLOS ALBERTO VIVÁCQUA

CAMPOS, CONHECIDO COMO RODOVIÁRIA/AQUÁ-

VIÁRIO DE VITÓRIA – A fim de determinar as condições físicas em que se encontrava a estrutura da Rodoviária de Vitória, foi realizada a vistoria e elaborado um laudo de vis- toria técnica para identificar as anomalias e falhas de manu- tenção presentes. Juntamente à Segunda Ponte, a rodoviária também foi alvo de diversas denúncias presentes nas mídias.

- ANÁLISE E IDENTIFICAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES PA- TOLÓGICAS DECORRENTES DO INCÊNDIO QUE OCORREU NO EMPREENDIMENTO LOJA ALVES COUROS E DECO- RAÇÕES – Foi elaborado um laudo técnico de constatação, com acompanhamento de escoramentos e limpeza da área, visando a análise e identificação das manifestações patológi- cas decorrentes do incêndio ocorrido na loja. O laudo inclui a inspeção do empreendimento em questão e das edificações vizinhas passíveis de ter sido afetadas pelo incêndio. O referi- do documento também inclui a verificação da estabilidade, a identificação dos impactos gerados e as providências de cará- ter técnico necessárias para resolver a situação dos empreen- dimentos envolvidos. - ANÁLISE DAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DA LAJE COLAPSADA NO CONDOMÍNIO GRAND PARC RESI- DENCIAL – Após o desabamento do pavimento de uso co- mum (PUC) do condomínio Grand Parc Residencial Resort, vários profissionais, além da Polícia Civil, vistoriaram o lo- cal e elaboraram laudos para investigar o ocorrido a fim de identificar a causa do acidente. Nesse estudo serão abordados os apontamentos realizados pelos profissionais, inclusive as considerações do autor.

6.1 ESTUDO DE CASO 1:

REFORÇO ESTRUTURAL DO

CONSOLE DO PILAR P149 NO

2º PAVIMENTO FÓRUM

DE VILA VELHA

6.2 ESTUDO DE CASO 2:

ANÁLISE DAS CONDIÇÕES

FÍSICAS DA ESTRUTURA DA

PONTE DO PRÍNCIPE, CONHECIDA

COMO SEGUNDA PONTE

Jai m e Ol i v ei r a V ei g a

6.2.1 INTRODUÇÃO

A ponte começou a ser construída em 1973, sendo inaugurada ape- nas em 1979. Em meados de 2017, ocorreram várias manifestações nas mídias sociais e nos veículos de imprensa da região metropolita- na de Vitória acerca de possíveis problemas na estrutura da Segunda Ponte de Vitória – a Ponte do Príncipe. Então, como representante da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (CREA-ES), fizemos uma visita técnica para conhecer de fato o que estava ocorrendo na estrutura e partir para a elaboração de um documento técnico que será apresentado neste item.

6.2.2 LAUDO

As vistorias aconteceram entre outubro e dezembro de 2017, regis- trando as condições físicas em que se encontrava a estrutura da pon- te, identificando as anomalias e falhas de manutenção existentes. Esse trabalho foi realizado pelo CREA, representado pelo enge- nheiro civil Jaime Oliveira Veiga, autor deste livro, junto à Associa- ção Brasileira de Engenheiros Civis do Espírito Santo (ABENV-ES), representada pelo engenheiro civil Hudson Barcelos Reggiani, pela engenheira civil Tatiana Paganotti Torres, inclusive os acadêmicos em Engenharia Civil Alexandro Santos de Almeida e Pedro Altoé Borel. No decorrer das visitas, foram encontradas diversas manifesta- ções patológicas, demonstradas e descritas a seguir.

Patol og i as em Estr utur as de Con cr eto

6.3.1 INTRODUÇÃO

A rodoviária foi inaugurada no ano de 1979. Em face de um convênio entre o CREA-ES e a Comissão de Infraestrutura da Assembleia Le- gislativa do Espírito Santo (COINFRA-ALES) para cooperação téc- nica sem transferência de recursos, com a incumbência de atender as demandas para vistoriar a Segunda Ponte, Terceira Ponte e a Ponte Florentino Ávidos. Com a equipe na embarcação, vindo da Tercei- ra Ponte em direção à Segunda Ponte, percebeu-se algo incomum nos blocos de coroamento das estacas de fundação do Aquaviário/ Rodoviária de Vitória. Foi aí que resolvemos também adicionar essa estrutura às demais, citadas anteriormente, e elaborar o documento em questão.

6.3.2 LAUDO

As vistorias aconteceram de outubro a dezembro de 2017, para de- terminar as condições físicas em que se encontrava a estrutura da rodoviária e identificar as anomalias e falhas.

Esse trabalho foi realizado pelo CREA, representado pelo en- genheiro civil Jaime Oliveira Veiga (autor deste livro), juntamente à ABENC-ES, representada pelo engenheiro civil Hudson Barcelos Reggiani, pela engenheira civil Tatiana Paganotti Torres e pelos, na época, acadêmicos em Engenharia Civil, Alexandro Santos de Al- meida e Pedro Altoé Borel.

No decorrer das visitas foram encontradas diversas manifesta- ções patológicas, demonstradas e descritas a seguir.

6.4 ESTUDO DE CASO 4:

ANÁLISE E IDENTIFICAÇÃO DAS

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

DECORRENTES DO INCÊNDIO QUE

OCORREU NO EMPREENDIMENTO

LOJA ALVES COUROS E DECORAÇÕES