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Introdução à Patologia: Conceitos, Causas e Mecanismos de Doenças, Notas de aula de Patologia

Uma introdução abrangente à patologia, explorando os conceitos básicos, as causas das doenças, os mecanismos que as produzem e as alterações celulares, teciduais e orgânicas resultantes. Aborda a etiologia, patogênese, alterações morfológicas, fisiopatologia e propedêutica, além de discutir os diferentes tipos de lesões celulares, incluindo a necrose e a apoptose. O documento também apresenta exemplos de alterações patológicas, como a argiria, a lipofuscina e a deposição de hemossiderina.

Tipologia: Notas de aula

2024

À venda por 08/02/2025

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Patologia
Introdução
“Ciência que estuda as causas das doenças, os
mecanismos que as produzem, os locais onde
ocorrem e as alterações moleculares,
morfológicas e funcionais que apresentam nas
células, tecido e órgãos”
- Etiologia: Causas;
- Patogênese: Mecanismos;
- Alterações morfológicas: Lesões;
- Fisiopatologia: Alterações funcionais;
- Propedêutica: sinais e sintomas.
A adaptação é uma propriedade geral dos seres
vivos que se traduz pela capacidade de ser
sensível às variações do meio ambiente
(irritabilidade) e de produzir respostas (variações
bioquímicas e fisiológicas) capazes de adaptá-
los.
A saúde corresponde um estado de adaptação do
organismo ao ambiente físico, psíquico ou social
em que vive, sentindo-se bem (saúde subjetiva) e
sem apresentar sinais ou alterações orgânicas
evidentes (saúde objetiva);
A doença é um estado de falta de adaptação ao
ambiente físico, psíquico ou social no qual o
indivíduo sente-se mal (tem sintomas) e/ou
apresenta alterações orgânicas evidenciáveis
objetivamente (sinais clínicos).
- A normalidade é um termo utilizado em relação
a parâmetros de parte estrutural ou funcional do
organismo. Estabelecendo a partir da média de
várias observações de um determinado
parâmetro utilizando-se métodos estatísticos.
* Como no caso de pessoas que vivem em
regiões mais altas, possuem menores
quantidades de oxigênio no sangue, enquanto as
que vivem em regiões mais baixas, mais
oxigênio. Com isso, fatores bioquímicos podem
ser diferentes de acordo com a região, genética e
outros fatores.
-Sintomas: manifestações subjetivas;
-Sinais: manifestações objetivas.
Alterações moleculares e morfológicas podem
levar a manifestações clínicas, ou seja, essas
alterações podem levar a patologia diagnostica.
Diferentes doenças têm componentes comuns e
elementos particulares, na qual em cada órgão
existem alterações morfológicas e funcionais
próprias de cauda uma delas.
Qualquer estímulo da natureza (dependendo da
sua intensidade, do tempo de atuação e da
capacidade de reação do organismo) pode
constituir uma agressão.
Essa agressão pode ter origem externa (agentes
físicos, químicos e biológicos) ou endógenas
(modificações nutricionais, metabólicas ou dos
próprios mecanismos de defesa do organismo).
A defesa vai se caracterizar pelas barreiras
mecânicas e químicas existentes no revestimento
externo e interno (pele e mucosas), dentre elas
a fagocitose, sistema de reparo do DNA e
sistemas enzimáticos de descarboxilação e
antioxidantes.
Mas, pode ocorrer também a adaptação que
corresponde na capacidade das células, tecidos
ou do próprio individuo, após um estímulo,
modificar suas funções dentro de certos limites
(faixa de normalidade, para ajustar-se às
modificações induzidas pelo estímulo. Por
exemplo pode correr recondicionamento das
células á hipoxia.
Lesão ou processo patológico:
A lesão vai corresponder a um conjunto de
alterações morfológicas (macroscópicas,
microscópicas ou submicroscopicas),
moleculares e/ou funcionais que surgem nos
tecidos que forma agredidos.
Os agressores podem ser:
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Patologia

Introdução

“Ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que as produzem, os locais onde ocorrem e as alterações moleculares, morfológicas e funcionais que apresentam nas células, tecido e órgãos”

  • Etiologia: Causas;
  • Patogênese: Mecanismos;
  • Alterações morfológicas: Lesões;
  • Fisiopatologia: Alterações funcionais;
  • Propedêutica: sinais e sintomas. A adaptação é uma propriedade geral dos seres vivos que se traduz pela capacidade de ser sensível às variações do meio ambiente (irritabilidade) e de produzir respostas (variações bioquímicas e fisiológicas) capazes de adaptá- los. A saúde corresponde um estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou social em que vive, sentindo-se bem (saúde subjetiva) e sem apresentar sinais ou alterações orgânicas evidentes (saúde objetiva); A doença é um estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social no qual o indivíduo sente-se mal (tem sintomas) e/ou apresenta alterações orgânicas evidenciáveis objetivamente (sinais clínicos).
  • A normalidade é um termo utilizado em relação a parâmetros de parte estrutural ou funcional do organismo. Estabelecendo a partir da média de várias observações de um determinado parâmetro utilizando-se métodos estatísticos.
  • Como no caso de pessoas que vivem em regiões mais altas, possuem menores quantidades de oxigênio no sangue, enquanto as que vivem em regiões mais baixas, mais oxigênio. Com isso, fatores bioquímicos podem ser diferentes de acordo com a região, genética e outros fatores. -Sintomas: manifestações subjetivas; -Sinais: manifestações objetivas. Alterações moleculares e morfológicas podem levar a manifestações clínicas, ou seja, essas alterações podem levar a patologia diagnostica. Diferentes doenças têm componentes comuns e elementos particulares, na qual em cada órgão existem alterações morfológicas e funcionais próprias de cauda uma delas. Qualquer estímulo da natureza (dependendo da sua intensidade, do tempo de atuação e da capacidade de reação do organismo) pode constituir uma agressão. Essa agressão pode ter origem externa (agentes físicos, químicos e biológicos) ou endógenas (modificações nutricionais, metabólicas ou dos próprios mecanismos de defesa do organismo). A defesa vai se caracterizar pelas barreiras mecânicas e químicas existentes no revestimento externo e interno (pele e mucosas), dentre elas há a fagocitose, sistema de reparo do DNA e sistemas enzimáticos de descarboxilação e antioxidantes. Mas, pode ocorrer também a adaptação que corresponde na capacidade das células, tecidos ou do próprio individuo, após um estímulo, modificar suas funções dentro de certos limites (faixa de normalidade, para ajustar-se às modificações induzidas pelo estímulo. Por exemplo pode correr recondicionamento das células á hipoxia. Lesão ou processo patológico: A lesão vai corresponder a um conjunto de alterações morfológicas (macroscópicas, microscópicas ou submicroscopicas), moleculares e/ou funcionais que surgem nos tecidos que forma agredidos. Os agressores podem ser:

 Ação direta: por meio de alterações moleculares que se traduzem em modificações morfológicas;  Ação indireta: por intermédio de mecanismos de adaptação que, ao serem adicionais para neutralizar ou eliminar a agressão, induzem alterações moleculares que resultam em modificações morfológicas. Métodos de estudo em patologia Estudos morfológicos:

  1. Citológicos: análise de células individuais e pequenos grupos de células, pode analisar neoplasias málicas, doenças infecciosas e parasitarias. Apresenta baixo custo, porém não é possível analisar arquitetura tecidual e menor quantidade de material ser analisado;
  2. Anatomopatológicos: remoção de um fragmento de tecido vivo, com finalidade de exame diagnostico histopatológico e prognostico, a fim de levar o paciente a um tratamento especifico para seu caso.
  3. Imuno-histoquímica: quando alterações histopatológicas são discretas ou imperceptíveis com os meios disponíveis de observação ou quando as características são inespecíficas. Utiliza anticorpos para detectar antígenos presentes em células ou tecidos. Agentes agressivos ou etiológicos São aqueles agentes que determinam reações anormais nas células, podendo levar à perda da capacidade de compensação e gerar alterações bioquímicas, fisiológica e morfológicas.
  • Lesões bioquímicas precedem a lesões fisiológicas e morfológicas. Podem ser causadas por:  Privação de oxigênio;  Físicos;  Químicos;  Biológicos;  Desequilíbrios nutricionais;  Defeitos genéticos;  Resposta imune. a) Agentes físicos:
  • Força mecânica – lesões traumáticas.
  1. Abrasão ou ferida abrasiva: ralado.
  2. Laceração: corte profundo, necessidade de pontos.
  3. Contusão: “galo”, torção.
  4. Incisão ou corte: cortes não tão profundos, com necessidade de pontos.
  5. Perfuração: furos com objetos perfuro cortantes.
  6. Fratura; quebra de ossos.
  7. Corrente elétrica: grande quantidade de calor em órgãos internos leva a vaporização da agua, ruptura das vísceras e vasos, levando a parada cardiorespiratória. Variação da pressão atmosférica: ocorre dissolução dos gases no plasma e nos líquidos intra e extracelulares, formando bolhas gasosas no sangue (êmbolo) ou nos tecidos (enfisemas). Em grandes altitudes há redução da pressão atmosféricas e diminuição da tensão de oxigênio pulmonar. Variações de temperatura:
  • Ativação da resposta inflamatória local.
  • Indução da resposta imunitária.
  • Aderência à superfície celular. d) Desequilíbrios nutricionais Deficiência proteicos-calóricas, levando a morte e consequentemente ao baixo poder aquisitivos. Desequilíbrio de minerais e vitaminas, causando anorexia nervosa (desnutrição autoinduzida), hiperlipidemias (obesidade). e) Defeitos genéticos Alterações patológicas grosseiras como as más formações congênitas associadas a síndrome de Down ou tão sutis como a substituição de 1 único aminoácido na hemoglobina S originando a anemia falciforme. A lesão celular ocorre quando há deficiência de proteínas funcionais, acúmulo de DNA danificado e proteínas mal dobradas. Resposta imune: reação anafilática. Reação alérgica sistema severa e rápida, caracterizada pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação sanguínea acompanhada ou não de edemas da glote. Mecanismo das lesões: A resposta células aos estímulos nocivos depende da causa da lesão, da duração e da gravidade. As consequências dependem do tipo, estado e graus de adaptação da célula danificada. Pode resultar em anormalidades funcionais e bioquímicas em um ou mais componentes celulares essenciais.  Privação de oxigênio: causa hipóxia podendo resultar em alteração de qualquer mecanismo de transporte de oxigênio. A redução do fluxo sanguíneo leva a isquemia, que pode apresentar cianose, queda de temperatura no segmento e ulcerações cutâneas.  Privação de ATP: pode estar associada a redução de O2 e nutrientes, danos mitocondriais e a ação de algumas toxinas (cianeto).  Danos mitocondriais: perda de homeostasia do cálcio e equilíbrio osmótico.  Acúmulo de radicais livres e derivados do oxigênio (estresse oxidativo): produto final indesejado na respiração mitocondrial, produtos extremamente reativos que podem se ligar a membrana e DNA, danificam lipídios, proteínas e ácidos nucleicos. Lesões reversíveis:
  1. Quando agredidas, as células respondem mediante ativação de vias de sobrevivência ou morte celular. Essas alterações podem ser causadas por estresse.  Oxidativo: produção excessiva de radicais livres ou a redução das defesas antioxidantes. NF-kB complexo proteico que atua como fator de transcrição e está presente em quase todos os tipos celulares. Ativação desse fator pode ser derivada da inflamação ocasionada pelo estresse oxidativo. Esse fator regula a transcrição de diversos genes que codificam citocinas pró- inflamatórias, quimosinas e moléculas de adesão leucocitárias. MAPK são proteínas quinases ativadas por mitógenos HIF-1 é um fator indutor de hipóxia 1-alfa, que é um fator de transição que regula a resposta celular e do desenvolvimento à hipóxia, considerado o principal regulador transcricional da resposta celular da hipóxia, induzindo a transcrição de mais de 60 genes. Autofagia: reciclagem ou renovação de componentes celulares (organelas lesadas, envelhecidas ou proteínas alteradas). Proteinas mal dobradas podem ser originadas de problemas me chaperonas ou proteassomo: Se a homeostase não é restabelecida> ativação de genes pró-apoptóticos + inibição de genes antiapoptóticos. Lesão no reticulo aumenta a liberação de Cálcio. Respostas a agressão ao DNA:

Lipoproteinas lesadas > acúmulo de lipídeos no citoplasma da célula. Degeneração hialina (proteínas mal dobradas) pode ocasionar concomitantemente esteatose. Ingestão abusiva de etanol: O primeiro passo no metabolismo do álcool é a oxidação do acetaldeído pela enzima denominada álcool desidrogenase (ADH). Esta enzima converte o álcool em acetaldeído que, mesmo em pequenas concentrações, é tóxico para o organismo. A enzima aldeído desidrogenase (ALDH), por sua vez, converte o acetaldeído em acetato. A maior parte do acetato produzido atinge outras partes do organismo pela corrente sanguínea onde participa de outros ciclos metabólicos. Independentemente da quantidade que uma pessoa consome, o corpo pode metabolizar apenas uma certa quantidade de álcool a cada hora. Esse montante varia amplamente entre os indivíduos e depende de uma série de fatores, incluindo o tamanho do fígado e massa corporal. Quando consumido em excesso, o álcool interfere em uma enzima chamada AMPK, que normalmente ajuda a regular o metabolismo das gorduras. A AMPK ativa outra proteína, PPARα, que é importante para a queima de ácidos graxos. O álcool inibe a AMPK, e isso resulta em uma menor queima de gordura pelo fígado. Além disso, o álcool causa danos nas mitocôndrias, as "fábricas de energia" das células, o que também reduz a capacidade do fígado de queimar gorduras. O álcool também aumenta a produção de ácidos graxos no fígado. Além disso, o consumo de álcool reduz a produção de adiponectina, um hormônio que ajuda a controlar os níveis de gordura, e aumenta a liberação de ácidos graxos dos depósitos de gordura do corpo.  Gliconeoses: doenças genéticas caracterizadas pelo acúmulo de glicogênio em células do fígado, rins, músculos esqueléticos e coração. É causado pela deficiência de enzimas envolvidas no processo de degradação. O tratamento objetiva a prevenção de hipoglicemia e da acidose láctica usando alimentos ricos em glicose ou amido.  Mucopolissacaridoses: são doenças metabólicas caracterizadas pelo acúmulo de poliglicanos e/ ou proteoglicanos. A terapia se baseia e reposição enzimática vitalícia para tratar alguns mucopolissacaridoses e prevenir a piora dos distúrbios. Lesões irreversíveis Ocorre quando a célula é incapaz de se recuperar depois de cessada a agressão, evoluindo para a morte. Morte celular: perda irreversível das atividades metabólicas e funcionais da célula, com consequente perda dos mecanismos de manutenção e homeostasia. É também um processo essencial e normal na embriogênese no desenvolvimento dos órgãos e na manutenção da homeostase.

Necrose: Causada pela redução da oferta de O2, agentes exógenos, reações imunológicas, desequilíbrios genéticos e nutricionais, formação de radicais livres de oxigênio e perda da homeostase de cálcio. Alterações nucleares:

  • Picnose: condensação no núcleo;
  • Cariorrexe: núcleo fragmentado;
  • Cariolise: dissolução completa da cromatina. Na morfologia macroscópica o tecido tende a perder a cor e a elasticidade.
  1. Necrose por coagulação: arquitetura tecidual preservada, redução do pH, causada por isquemia ou hipóxia em qualquer tecido, exceto o cérebro e suprarrenais. 2. Necrose por liquefação: completa destruição da arquitetura tecidual, na qual o tecido se transforma em massa líquida e viscosa (que sofre digestão enzimática). Causada por infecções bacterianas e fúngicas e há acúmulo de células inflamatórias. Material necrótico formado por leucócitos e restos celulares. Mortes celulares no cérebro causados por hipóxia. 3. Necrose gordurosa: esteatonecrose. Area de destruição de gordura > lipases pancreáticas > pancreatite aguda. Enzimas pancreáticas lipolíticas escapam nas células acinares > digestão da membrana de adipócitos do parênquima pancreático e da cavidade peritoneal.

Em situações fisiológicas: ocorre e desenvolvimento embrionário, homeostasias de populações celulares de tecidos, envelhecimento, involução de tecidos hormônios-dependentes sob privação do hormônio, defesa do organismo. Em condições patológicas: lesão do DNA, acúmulo de proteínas mal dobradas, morte celular por certas infecções e atrofia no parênquima do órgão após obstrução de ducto. Morfologia do apoptose: A retração celular e a formação de corpos apoptóticos são rápidos > fragmentos rapidamente fagocitados > não há inflamação. A patogênese: independente da causa, a apoptose resulta sempre na ativação sequência de proteases que são responsáveis pelas alterações morfológicas características da lesão. Depende de uma cascata proteolítica mediada por caspases: Pró-capases são as iniciadoras, e sua função é ativar a cascata. E as capazes executoras/efetoras que realizaram a apoptose. Via Mitocondrial (Intrínseca): Essa via é regulada principalmente pela família de proteínas Bcl-2, que inclui membros pró-apoptóticos (como Bax e Bak) e anti-apoptóticos (como Bcl-2 e Bcl-xL). Quando um sinal de estresse é detectado, proteínas pró-apoptóticas como Bax e Bak se inserem na membrana mitocondrial externa, causando a permeabilização dessa membrana. Isso resulta na liberação de proteínas pró- apoptóticas do espaço intermembranar mitocondrial para o citoplasma, como o citocromo c. Os citocromos C irão se associar e ativar as capazes iniciadoras, que irão ativar as executoras e por isso iniciar a degradação de proteínas celulares e desencadear a morte celular. Via do receptor de morte (Extrínseca): A via extrínseca de apoptose é ativada por sinais externos, como ligantes que se ligam a receptores de morte na membrana celular. Esses receptores incluem o Fas e o receptor de TNF (fator de necrose tumoral), que, quando ativados por seus ligantes correspondentes, desencadeiam uma cascata de sinalização de morte celular. Há exposição de fosfatidilserina que irá sinalizar as outras células que aquelas vesículas devem ser fagocitadas. Apoptose X Necrose

Pigmentação Exógenos: carbono ou poeira de carbono, Argiria, Crisiase, tatuagem.

  1. Carbono (Antracose) Inalado, fagocitado por macrófagos alveolares, segue para o vaso linfático, se acumula em linfonodos da região traqueobrônquica e parênquima pulmonar. Não reduz a capacidade funcional do órgão, contudo, pode ocasionar diminuição da capacidade respiratório em trabalhadores de minas.
  2. Argiria Deposição de sais de prata nos tecidos, podendo causar efeitos tóxicos devido a solubilidade desse metal, e da capacidade dele se ligar aos tecidos além da excreção dos complexos proteína-metal. Pode ocorrer localizada, onde há impregnação mecânica ou sistêmica, onde ocorre ingestão ou inalação crônica de compostos que se depositam na pele e na unha.
  3. Crisíase: uso terapêutico prolongado de sais de ouro, devido a doenças como Artrite reumatoide, lúpus sistêmicos ou estética. Quando a pele é exposta ao sol leva a formação da cor cinza-azulada irreversível.
  4. Tatuagem: introdução de pigmentos insolúveis na derme ou submucosas. Podem ser permanentes (chegam até a derme) ou transitórias (até a epiderme). As substâncias pode ser fagocitadas e se direcionarem até os linfonodos. Endógenos: Melanina, lipofucsina, ácido homogentístico, hemoglobínicos.
  5. Melanina: pigmento melânico cutâneo que promove fotoproteção, possui ação antioxidante, protege a radiação UVB e absorve calor. É sintetizada a partir de tirosina dentro do melanócito, formando a dopaquinona e levando aos dois tipos de melanina. A hiperpigmentação: aumento do número de melanócitos, maior produção de melanossomos, melanossomos com maior grau de melanização, melanossomos maiores que o normal, maior dispersão de melanossomos nos queratinócitos e redução no indicie de degradação dos melanossomos.  Efélides: mácula comum, pequena e hiperpigmentada, aumento de produção de melanina.  Macula melanótica oral: alteração de cor da mucosa, plana, marrom, aumento focal na deposição de melanina e possivelmente um concomitante aumento de número de melanócitos.  Nevo melanocítico: malformação da pele e mucosa, proliferação benigna e localizada de células melaociticas, desenvolvimento gradual com vários estágios clínicos.  Melanoma: sem forma, com crescimento gradual, bordas irregulares, coloração irregular. Hipopigmentação: congênita ou adquirida.  Albinismo  Vitiligo

ele se acumula como hemossiderina. Em condições normais, a hemossiderina não é a principal forma de armazenamento de ferro, mas seu acúmulo pode ocorrer em doenças como hemocromatose e anemia hemolítica. Essas condições aumentam os níveis de ferro no organismo, levando à formação de depósitos de hemossiderina nos tecidos, o que pode causar danos celulares devido ao estresse oxidativo associado ao excesso de ferro. A hemossiderose localizada ocorre quando há acúmulo de hemossiderina em uma área específica do corpo, geralmente como resultado de sangramento repetido ou periódico em um local específico. Isso pode acontecer, por exemplo, após hemorragias internas em órgãos como pulmões, articulações ou pele. O ferro liberado pela manipulação das hemácias é captado pelos macrófagos, que os armazenam como hemossiderina, levando à pigmentação escura nos tecidos afetados. A hemossiderose localizada não causa, por si só, sobrecarga sistêmica de ferro, mas pode estar associada a condições como hemofilia, onde ocorrem hemorragias recorrentes. Calcificações patológicas Deposição de sais de cálcio em tecidos que normalmente não calcificados, juntamente com pequenas quantidades de ferro, magnésio e outro sais minerais.

  1. Distrófica: modificação local nos tecidos (nucleação) + precipitação de cristais de cálcio. No sangue os níveis de cálcio e fosforo estão normais. As regiões de necrose antiga e não reabsorvida, podendo ser causada por tuberculose, infartos, abcesso crônicos, ao redor de parasitas mortos, cicatrizes, tumores, doenças das valvas cardíacas. Ocorre uma deposição gradativa e concêntrica. Pode causar disfunção do órgão.