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Cinomose e Parvovirose Canina: Doenças Infectocontagiosas em Cães, Notas de estudo de Doença Infecciosa

Duas doenças infectocontagiosas importantes em cães: cinomose e parvovirose. Ele descreve a etiologia, epidemiologia, patogenia, sinais clínicos, diagnóstico, tratamento e profilaxia de cada doença, fornecendo informações detalhadas sobre seus aspectos clínicos e de manejo. Útil para estudantes de veterinária, profissionais da área e proprietários de cães que desejam entender melhor essas doenças.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 14/02/2025

Thainá.Moura
Thainá.Moura 🇧🇷

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Doenças Infecto Contagiosas
THAINÁ DE MOURA NOBRE PEREIRA
CINOMOSE
É considerada a doença mais importante
para canídeos. Em animais não vacinados as
taxas de morbidade e mortalidade são altas.
É uma doença altamente contagiosa, de
caráter sistêmico e distribuição mundial.
Apresenta febre difásica, ou seja, um
animal acometido pode apresentar dois picos
de febre em diferentes períodos.
ETIOLOGIA
O agente causador da Cinomose é um vírus
chamado
Paramyxoviridae
, que possui RNA
envelopado.
Quando infecta as células, pode formar
inclusões intranucleares e
intracitoplasmáticas conhecidas como
Corpúsculo de Lentz. Apesar de ser
característico da cinomose é difícil
encontrar ele no esfregaço sanguíneo, por
isso a falta de presença não é sinal de que o
animal não está infectado.
Epidemiologia
O Paramyxoviridae infecta todos os canídeos.
É altamente contagioso pois um animal
infectado elimina o vírus através de todas
as secreções e excreções após o 5º dia de
contato, antes mesmo dos sinais clínicos.
A transmissão ocorre, normalmente, por
contato com animal doente. Animais jovens
são mais susceptíveis.
Por ser um vírus envelopado, possui uma
baixa resistência fora do indivíduo, por isso
pode ser inativado a temperaturas acima de
37ºC, e destruídos após algumas horas
exposto a temperatura ambiente. Além disso,
desinfetantes possuem uma boa ação sobre o
vírus.
Patogenia
A porta de entrada mais comum é a nasal,
portanto o vírus entra pela mucosa nasal
-> multiplica-se -> há a tentativa de
fagocitose por macrófagos alveolares ->
através dos macrófagos infectados o vírus
migra para os linfonodos regionais – de lá
atinge células mononucleadas -> começa a
disseminação sistêmica -> ocorre então o
primeiro pico de febre -> o sistema imune
tenta combater o vírus e as células
infectadas -> ocorre a recuperação do
animal quando a formação de anticorpos é
mais efetiva
Em casos de anticorpos insuficientes o vírus
continua se disseminando a ponto de atingir
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CINOMOSE

É considerada a doença mais importante para canídeos. Em animais não vacinados as taxas de morbidade e mortalidade são altas. É uma doença altamente contagiosa, de caráter sistêmico e distribuição mundial. Apresenta febre difásica, ou seja, um animal acometido pode apresentar dois picos de febre em diferentes períodos.

ETIOLOGIA

O agente causador da Cinomose é um vírus

chamado Paramyxoviridae , que possui RNA

envelopado. Quando infecta as células, pode formar inclusões intranucleares e intracitoplasmáticas conhecidas como Corpúsculo de Lentz. Apesar de ser característico da cinomose é difícil encontrar ele no esfregaço sanguíneo, por isso a falta de presença não é sinal de que o animal não está infectado.

Epidemiologia

O Paramyxoviridae infecta todos os canídeos. É altamente contagioso pois um animal infectado elimina o vírus através de todas as secreções e excreções após o 5º dia de contato, antes mesmo dos sinais clínicos. A transmissão ocorre, normalmente, por contato com animal doente. Animais jovens são mais susceptíveis. Por ser um vírus envelopado, possui uma baixa resistência fora do indivíduo, por isso pode ser inativado a temperaturas acima de 37ºC, e destruídos após algumas horas exposto a temperatura ambiente. Além disso, desinfetantes possuem uma boa ação sobre o vírus.

Patogenia

A porta de entrada mais comum é a nasal, portanto o vírus entra pela mucosa nasal

  • multiplica-se - > há a tentativa de fagocitose por macrófagos alveolares - > através dos macrófagos infectados o vírus migra para os linfonodos regionais – de lá atinge células mononucleadas - > começa a disseminação sistêmica - > ocorre então o primeiro pico de febre - > o sistema imune tenta combater o vírus e as células infectadas - > ocorre a recuperação do animal quando a formação de anticorpos é mais efetiva Em casos de anticorpos insuficientes o vírus continua se disseminando a ponto de atingir

o cérebro e causar encefalomielite aguda. Ou desmielinizando a bainha de mielina de forma mais tardia e causando a encefalomielite. Esse ponto é fatal ao animal. Importante destacar que o primeiro pico de febre é comum de ocorre, mas o 2º pico não é tão comum. Entretanto, quando ocorre o 2º pico o prognóstico para o animal é negativo e as chances de vir a óbito são altas.

Sinais Clínicos

  • Ocorre em 4 formas:
  • Forma fulminante: febre repentina e morte;
  • Forma aguda:
  • Forma nervosa: tiques
  • Forma tardia: encefalite do cão velho (acontece quando um animal se infecta jovem, antes de ser vacinado, e não apresenta sinais. Ao longo dos anos o vírus já se disseminou a ponto de atingir o cérebro e causar a desmielinização dos axônios, fazendo com que o animal apresente os sinais neurológicos. Pode morrer ou ficar sequelado. Vesículas e pústulas, conjuntivite, secreção nasal e ocular, e hiperqueratização dos coxins são retratos falado da cinomose. Causa diversos sinais neurológicos, como: tremores de cabeça, paresia dos membros, convulsões. Também afeta o trato alimentar em 50% dos casos, causando vômito, diarreia, anorexia e caquexia. Em filhotes, se não tratada, pode ser fatal.

Diagnóstico

O vírus é eliminado por diversas secreções e excreções, mas para análise a urina é material de coleta obrigatório. O diagnóstico pode ser por PCR, IFA, isolamento e imunoperoxidase.

Profilaxia e controle

Imunização com vacina fazendo o esquema de vacinação, e revacinação anual.

Tratamento

Paliativo, com o intuito de combater o processo infeccioso e diminuir as sequelas neurológicas. São usados anticonvulsionantes, e em alguns casos a canabis mostrou efeitos positivos.

O vírus é persistente em ambiente, sendo fácil se disseminar e infectar outros animais por transferência mecânica. O vírus tem tropismo por tecido linfoide, medula óssea além do epitélio intestinal. Se o vírus atingir medula óssea vai haver imunossupressão, leucopenia e trombocitopenia. Em cães com menos de 6 meses de idade ou durante gestação pode infectar miocárdio. Cães com miocardite apresentam insuficiência cardíaca aguda, fraqueza, taquicardia, pulso fraco, palidez e edema pulmonar, alguns colapsam e morrem antes de apresentarem sinais clínicos.

Sinais Clínicos

  • Fezes liquefeitas e fétidas (cheiro de parvo), com ou sem a presença de sangue (testar com água oxigenada). Em casos graves pode ocorrer choque séptico em decorrência da lesão intestinal.
  • Sinais mais inespecíficos como: vômito, diarreia, febre, anorexia, desidratação e leucopenia.
  • Lesões e necrose em intestino delgado. Diagnóstico diferencial pode ser giárdia ou intoxicação alimentar, enterite infecciosa ou bacterina, CE.

DIAGNÓSTICO

Teste rápido com amostra de fezes; hemograma para identificação de leucopenia; PCR, imunofluorescência; sorologia; ELISA; microscopia.

TRATAMENTO

Acaba sendo um tratamento de suporte com objetivo de restaurar equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico. Entra com soro RL para corrigir perdas e monitora glicemia. Antibioticoterapia, antiemético, protetor gástrico.

Profilaxia

Protocolo vacinal com vacina V10, dessa forma reduzindo a susceptibilidade a doença até que atinjam 20 semanas de idade. Vacinação recomendada a partir de 12 semanas. Desinfecção completa do local que o animal teve acesso para evitar disseminação.