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Este texto discute as perguntas sobre a sexualidade nas igrejas e a importância de estudá-la na escola dominical. O autor aborda a mudança na compreensão da sexualidade no final do século passado e a necessidade de compreender-la de forma científica e bíblica. O documento oferece respostas a perguntas comuns sobre a sexualidade, como se ela é restrita ao casamento e se o sexo é bom. Além disso, são citados exemplos bíblicos que ilustram a importância da sexualidade na relação conjugal e a necessidade de resistir à tentação.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Sexualidade! Como falar para meu filho(a)? Pr. José Geraldo Magalhães Júnior^1 “Pastor, por que pouco se fala sobre sexualidade nas igrejas? Também não é um tema importante e deveria ser estudado na Escola Dominical?” Estas perguntas estão presentes na vida da mocidade de nossas igrejas. Mesmo que não sejam faladas, elas estão ali, no íntimo de cada um. Fui abordado por alguns juvenis de uma comunidade que pastoreei em SBC para falar sobre o tema da sexualidade; devo confessar que, de fato, tive que buscar mais a respeito, pois os juvenis estão cobertos de razão. Mesmo que o Colégio Episcopal tenha produzido a Carta Pastoral: Afetividade & Sexualidade, eles não têm conhecimento deste documento (pelo menos não tinham). O texto que se segue, embora não esgota o assunto, nos dá possíveis respostas às dúvidas e questionamentos da mocidade que tem enfrentado uma realidade modernista relacionado à sexualidade. Primeiramente ressaltamos que no final do século passado, muitos acontecimentos se precipitaram para mudar os rumos de nossa compreensão da sexualidade e dos comportamentos sexuais, como por exemplo, a valorização do corpo, a influência dos meios de comunicação, a busca de uma performance perfeita, ou seja, um corpo “sarado” como afirma os jovens. Em contrapartida, hoje estamos diante do fato de sermos sexuados e enfrentamos o desafio de fazer dessa experiência passada, uma experiência cristã. Para isso é preciso compreender a sexualidade de uma maneira científica, mas, sobretudo, Bíblica. Seria interessante fazer levantamentos das conquistas das principais ciências e suas contribuições fundamentais sobre a sexualidade, como a medicina, psicologia, antropologia cultural, sociologia, filosofia, entre outras, mas limitaremos à Bíblia. Ao contrário que muitos pensam, a Bíblia fala claramente sobre sexo e relacionamentos. Na verdade a nossa sexualidade é parte da criação. Somos seres sexuados pela livre vontade de Deus (Gn 1.26-27). Deus em sua soberana vontade resolve criar o homem e mulher. Nesse sentido, a sexualidade é algo outorgado por Deus e nessa perspectiva, podemos concluir que o sexo é bom (Gn 1.31). Aliás, em todo o relato criacionista, somente uma coisa é assinalada como não sendo boa: “que o
(^1) Teólogo pela Universidade Metodista de São Paulo, pastor metodista em São Bernardo do Campo e cedido para a Área Geral da Igreja Metodista em 2010 para a Assessoria de Comunicação.
homem não estivesse só” o que reforça a idéia de que a sexualidade é algo bom e criado por Deus para a plenitude do ser humano.
O sexo é restrito ao casamento? “Mas e quando o namoro começa a esquentar?” Me perguntaram depois da aula de Escola Dominical. Devemos ter em mente a princípio dois argumentos para responder essa pergunta: o primeiro é que o sexo está restrito ao casamento (Gn 2.24). Isso implica que o sexo precisa de uma relação duradoura e permanente para desenvolver-se em sua plenitude. A Bíblia afirma ainda que a relação sexual no casamento é uma bênção e um acontecimento prazeroso. Podemos verificar isso no texto de Provérbios 5.15-19, onde percebemos Salomão instruindo um homem de meia idade que pensava em satisfazer-se sexualmente com outra mulher que não sua esposa. O texto chama atenção e alerta o homem que a “mulher de tua mocidade” é uma fonte abundante a jorrar paixão, o que não deve ser desperdiçado e nem cair no engano que outras fontes poderiam saciar melhor o desejo sexual deste homem. Outro exemplo que não podemos deixar de mencionar é o livro de Cantares ou Cântico dos Cânticos. Todo o livro é uma comunicação franca e aberta entre os cônjuges; o livro de Cantares fala de aspectos importantes da sexualidade, como por exemplo, elogio à beleza e sensualidade do corpo da pessoa amada. O capítulo 5.10- é um belo exemplo dessa descrição do corpo feito pela amada ao amado. Neste texto a esposa olha para seu amado e o descreve poeticamente de cima para baixo, ou seja, a face, cabelos, olhos, braços, mãos, barrigas e pernas. Em contrapartida, o capítulo 7 é o esposo que começa a descrever a esposa no sentido inverso: de baixo para cima. Nossa sexualidade, porém, não é só um dom, um presente de Deus. Devemos nos lembrar que somos criaturas caídas tentadas a usar nossa sexualidade para outros fins. Falhamos ao tentar viver de acordo com as normas pessoais e padrões impostos pela sociedade a respeito do amor e da honestidade e, desta forma, compartilhamos com as falhas da desta sociedade que podemos incluir, uma má interpretação da Bíblia. O segundo argumento para responder a pergunta daquela jovem é seguir o exemplo de um homem que se viu assediado por uma mulher. Vejamos alguns trechos de Gn 39.1-23: “^7 Aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e lhe disse: Deita-te comigo”, o verso seguinte diz que José se recusou a deitar-se com a mulher de Potifar, pois José era temente a Deus e não iria pecar contra o
[ malakos ; I Co 6.9]. O que está em elevada tensão com o diálogo em Gálatas 3.28 (“já não há... homem nem mulher...”) e com a moderna biologia que facilita aos homens que desejam ter seus corpos semelhantes aos das mulheres. Continuando nossa reflexão sobre a imoralidade sexual que Paulo escreve nos capítulos 5-6, o apóstolo defende ambos os sexos, “todavia, para evitar a fornicação [sexo antes do casamento ou qualquer outra imoralidade sexual], tenha cada homem sua mulher e cada mulher seu marido” (7.2). “Pois é melhor casar-se do que abrasar-se” (7.9). Neste caso, marido e mulher possuem mutuamente o corpo um do outro (7.3-4). O desejo sexual faz parte tanto do homem como da mulher. Mas outro texto chave para compreendermos o pensamento Paulino no tocante a sexualidade é Romanos
Buscando ajuda Nem sempre conseguimos “controlar” a sexualidade de nossos filhos ou filhas. Mas, se preciso for, não hesite, busque uma ajuda de um profissional ou pesquise na internet sobre o tema. Há vários sites que podem instruir e esclarecer dúvidas tanto dos pais como dos filhos. Claro que é preciso fazer uma releitura cristã, pois as informações são de psicólogas(os), com especialização em sexologia e, o tema é tratado de uma maneira profissional e não cristã. O site da UOL (www.uol.com.br/sexoteen), por exemplo, reserva um espaço no portal justamente para discutir a sexualidade dos adolescentes. A sexóloga colunista do site e também da Folha de S.Paulo, Rosely
(^2) BALCH, L. David. Paulo, as Famílias e as casas. In Paulo no mundo greco-romano: um compêndio / organizado por J. Paul Sampley: São Paulo: Paulus, 2008. p. 246.
Sayão, responde perguntas dos internautas no quadro "Momento Família", terças, as 16h, ao vivo no UOL News. Também as terças feiras, às 19h e com temas polêmicos, o site promove enquete e um bate papo virtual. Outro site que possui um excelente serviço de orientação sexual é o Instituo Kaplan (www.kaplan.org.br), além do S.O.Sex, disponível por telefone ou internet, o site aproveita para realizar pesquisas sobre sexualidade. Concluimos este artigo dizendo que a grande preocupação não é influenciar ou estimular o sexo antes do “ tempo certo ”, mas principalmente prevenir comportamentos inadequados ou adquiridos de maneira imprópria, distorcida com as informações eróticas que chegam por todos os lados, seja na TV , na internet ou através de “amiguinhas da escola” que querem viver uma vida moderna do ponto de vista social e cristão. Nesse sentido, é dever dos pais e dos líderes de nossas igrejas metodistas espalhadas Brasil a fora, prestar esclarecimento sexual , nortear condutas e atitudes que vão possibilitar uma futura vida sexual saudável para nossa juventude quando chegarem ao matrimônio; além de evitar frustrações, arrependimentos, doenças sexualmente transmissíveis e a própria falta de prazer sexual no futuro. Não é estimular o sexo pela permissividade, mas apontar os seus caminhos por meio de um diálogo aberto e sem censuras. É bom compartilhar dessa segurança com os nossos filhos e filhas para conhecê-los e acompanhá-los em suas descobertas sexuais.
José Geraldo Magalhães Júnior Pr. Metodista em SBC, SP.