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Nesse resumo de parto, contém: o mecanismo, as fases clínicas e como deve ser realizada a assistência no trabalho de parto.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Viviane Cardoso
Mecanismo do Parto ➔ Refere-se às fases do parto, assim como aos movimentos do feto durante a passagem pelo canal de parto. Pode dividi-lo em 3 tempos: insinuação, descida e desprendimento. Insinuação: ➔ Indica a passagem do maior diâmetro do polo cefálico pelo estreito superior da bacia materna (plano 0 de DeLee). ● Primigestas: ocorre cerca de 15 dias antes do parto; ● Multíparas: pode ocorrer a qualquer momento. Período que ocorre redução dos diâmetros fetais, o que no caso da apresentação cefálica, consiste na flexão (mais frequente) ou deflexão da cabeça. Há, ainda, movimentos de flexão lateral, já que um dos ossos parietais atravessará o estreito superior antes do outro; essa situação é denominada de assinclitismo. Assinclitismo ou sinclitismo: polo cefálico com flexão lateral ● Assinclitismo posterior: quando a linha sagital se aproxima do púbis; ● Assinclitismo anterior: quando a linha sagital se aproxima do sacro; ● Sinclitismo: quando a linha sagital se aproxima do púbis e do sacro. Descida: ➔ É a passagem do polo fetal do estreito superior até o inferior, o que ocorre com movimentos rotacionais. Esse tempo pode ser dividido em tempos acessórios: ❖ Rotação interna da cabeça: Tem o objetivo de coincidir o maior diâmetro do polo cefálico com o maior diâmetro da bacia, ou seja, fazer com que o polo cefálico se alinhe com o púbis. Grau da rotação interna varia de acordo com a variedade de posição da cabeça fetal: ● Variedades anteriores (rotação de 45°); ● Variedades transversais (rotação de 90°); e ● Variedades posteriores (rotação de 135°). ❖ Insinuação das espáduas no estreito superior da bacia Ocorre simultaneamente à progressão no canal de parto.
Viviane Cardoso O diâmetro biacromial mede 12 cm, o que seria incompatível com os diâmetros do estreito superior; porém, no período da descida, os ombros se aconchegam, moldando-se conforme o diâmetro da bacia. Desprendimento ➔ Consiste na saída do polo cefálico do canal de parto. Pode ser dividido em tempos acessórios: ❖ Rotação externa da cabeça (restituição) Consiste em novo movimento logo após o desprendimento total da cabeça fetal, voltando para sua posição original na bacia. ❖ Rotação das espáduas O diâmetro biacromial permanece em posição oblíqua ou transversa desde sua passagem pelo estreito superior; chegar no assoalho pélvico, há rotação das espáduas para que o diâmetro biacromial fique na direção anteroposterior da saída do canal. Assim, o ombro anterior fica sobre a arcada púbica e o posterior fica em contato com o cóccix materno. ❖ Desprendimento das espáduas Primeiramente, a espádua anterior aparece no orifício vulvar, seguida pela liberação da espádua posterior. Com a saída das espáduas, há liberação de todo o tronco fetal. Trabalho de Parto ➔ O parto pode ser analisando suas três fases principais (dilatação, expulsão e secundamento), além do período premonitório (pré-parto). Fases Clínicas e Assistência ao Parto 1° Período do Parto - Fase de dilatação ➔ Inicia-se com alterações cervicais (dilatação e apagamento) e termina com a completa dilatação cervical (10cm). Duração: de 7 horas (multíparas) a 12 horas (primíparas). ● Apagamento e dilatação do colo em momentos diferentes nas primíparas e nas multíparas simultaneamente. ● Bolsa-das-águas consiste no aparecimento das membranas ovulares (âmnio e cório) através do colo dilatado. Realizar coleta da história, exame físico do abdome, toque vaginal e alguns exames laboratoriais quando a parturiente fazer a admissão. ● Os exames laboratoriais devem incluir tipagem sanguínea ABO, fator Rh (coombs indireto, se Rh negativo), além do VDRL e teste rápido para HIV. Garantir presença de um acompanhante durante todo o parto.
Viviane Cardoso A episiotomia pode ser mediana (perineotomia) ou mediolateral, podendo ser feita com tesoura ou bisturi. A mediolateral inclui lesão de mais tecido, tem maior sangramento, porém possui menor chance de rotura esfincteriana; já a mediana, não lesa músculos e sangra menos, ao tempo em que pode se estender até o esfíncter anal. Algumas das indicações da episiotomia são: ➢ Previsão de laceração perineal grave (3° ou 4° grau); ➢ Sofrimento fetal; ➢ Distocia de ombros; ➢ Uso de fórceps ou extrator à vácuo; ➢ Fetos macrossômicos; e ➢ Período expulsivo prolongado. Observação: O uso do fórceps é restrito a algumas situações e tem a função de apreender o polo fetal, tracionar e rodar. MNEMÔNICO para as condições de aplicabilidade para uso de fórceps: A. Ausência de desproporção B. Bolsa rota C. Conhecer variedade D. Dilatação total E. Estar insinuado F. Feto vivo ● Manobra de Ritgen (SN) Essa manobra é usada como outra forma de proteção do períneo, com o apoio anterior e posterior, utilizado compressas, diante da saída do polo cefálico. É feito para evitar a movimentação brusca da cabeça do feto e consequentemente, as lacerações. ● Verificar circular de cordão Deve verificar após o desprendimento do polo cefálico se tem a existência de circulares do cordão umbilical ao redor do pescoço do feto; se houver presença, estas devem ser desfeitas ou seccionadas. ● Liberação de ombro anterior e posterior O profissional responsável pelo parto deve apoiar as mãos na apresentação e tracioná-la levemente para baixo, com o objetivo de liberar o ombro anterior. Em seguida, tracionar para cima, liberando o ombro posterior e consequentemente, todo o concepto. ● Ocitocina 10UI, IM Realizar 10 UI de ocitocina, via IM no momento do desprendimento das escápulas,
Viviane Cardoso para reduzir as perdas sanguíneas e acelerar a saída da placenta. 3° Período do Parto - Fase de secundamento ou dequitação ➔ Consiste no descolamento, descida e expulsão da placenta e deve ter duração máxima de 30 minutos. O descolamento da placenta pode ocorrer por dois mecanismos: ❖ Baudelocque-Schultze: É o mais frequente (75%) e ocorre quando a placenta, inserida na parte superior do útero, se inverte e se desprende em forma de guarda-chuva. Nesses casos, há formação de hematoma retroplacentário, ou seja, há saída de sangue após a liberação da placenta. ❖ Baudelocque-Duncan: Ocorre em 25% dos casos, quando a placenta está localizada na parede lateral do útero e seu desprendimento começa pela borda inferior. O sangue se exterioriza antes da saída total da placenta. ● Tração controlada do cordão A expulsão da placenta é realizada pelas contrações uterinas e pela ação gravitacional. Nesse momento, deve segurar o cordão umbilical e realizar a tração controlada do cordão para estimular a saída placentária total. ● Inspeção da placenta e anexos A placenta deve ser inspecionada para verificar sua integridade, bem como a integridade dos anexos através da análise das faces materna e fetal, que devem estar íntegras. ● Revisão do canal de parto Após a dequitação total, deve-se realizar a revisão do canal de parto, incluindo colo e vagina, à procura de possíveis lacerações e analisando se há presença de hemorragias significantes. ● Rafia das lacerações/episiotomia Se houver a presença de lacerações ou episiotomia, deve-se realizar a rafia das mesmas com pontos simples realizados por planos anatômicos. 4° Período do Parto - Período de Greenberg Alguns autores descrevem, ainda, um quarto período clínico para o parto. ➔ Compreende a primeira hora após a saída da placenta. Essa fase é considerada como parte do parto pelo grande risco de sangramento nesta primeira hora, principalmente diante de uma má assistência. Após a expulsão da placenta, o útero se contrai de forma intermitente, constituindo uma laqueadura viva dos vasos uterino abertos. A equipe deve estar atenta para a altura do fundo uterino e sua consistência contraída (globo de segurança de Pinard).