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Parasitologia Humana: Manual Prático para Ciências Biológicas, Farmácia e Medicina, Notas de estudo de Parasitologia

Anexo I – Apostila prática de Parasitologia Humana. NOMENCLATURA ZOOLÓGICA. A finalidade da nomenclatura é promover nome para os táxons (= populações ou.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

PorDoSol
PorDoSol 🇧🇷

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Ouro Preto
Departamento de Ciências Biológicas
Laboratório de Imunobiologia da Inflamação
PARASITOLOGIA
HUMANA
4ª EDIÇÃO ATUALIZADA
Laboratório de Imunobiologia da Inflamação
(LABIIN)
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Ouro Preto

Departamento de Ciências Biológicas

Laboratório de Imunobiologia da Inflamação

PARASITOLOGIA

HUMANA

4ª EDIÇÃO ATUALIZADA

Laboratório de Imunobiologia da Inflamação

(LABIIN)

“" A natureza é exatamente simples, se conseguirmos encará-la de Modo apropriado. Essa crença tem-me auxiliado, durante toda a minha vida, a não perder as esperanças, quando surgem grandes dificuldades de investigação ." Albert Einstein

Apresentamos aos acadêmicos da área biomédica da UFOP o “Manual de Aulas práticas em Parasitologia Humana”, em uma versão ilustrada e adaptada aos roteiros utilizados nas aulas práticas de Parasitologia para os cursos de Ciências Biológicas, Farmácia e Medicina. A finalidade deste manual é esclarecer e facilitar a participação dos acadêmicos nos trabalhos práticos realizados no laboratório de Parasitologia. Este manual foi adequado ainda com informações básicas sobre cada um dos tópicos para facilitar o entendimento do acadêmico durante as aulas, além de ilustrações oriundas de fontes literárias clássicas para facilitar a autonomia dos acadêmicos durante a identificação de lâminas ou dos parasitas em meios conservantes. Além disso, procurou-se inserir, ainda, algumas orientações básicas de comportamento em laboratório e alguns textos que, porventura, possam auxiliar na compreensão da fisiopatologia de cada doença. Os autores

Autores (em ordem alfabética)

Aline Horta (mestranda em Imunoparasitologia/CBIOL/NUPEB) André Talvani (professor associado I/DECBI) Ana Paula Menezes (doutoranda em Imunoparasitologia/CBIOL/NUPEB) Débora M. S. Souza (doutoranda em Imunoparasitologia/CBIOL/NUPEB) Guilherme de Paula Costa (Pós-doutor/CBIOL/NUPEB) Vivian Figueiredo (Pós-doutora/CBIOL/NUPEB)

Anexo I – Apostila prática de Parasitologia Humana

NOMENCLATURA ZOOLÓGICA

A finalidade da nomenclatura é promover nome para os táxons (= populações ou grupo de populações suficientemente distintas para ser distinguido por um nome e ser classificado em uma categoria definida), a fim de permitir a comunicação entre os profissionais de diferentes lugares do mundo. O nome científico é uma chave para a documentação passada sobre cada um dos táxons e da ligação entre todos os passos do conhecimento e do trabalho científico - é a pedra angular do entendimento.

0.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE A CLASSIFICAÇÃO

O homem, seja no passado ou no momento atual, classifica organismos, agrupa espécies próximas e observa características que as aproximam e as distinguem. Da mesma forma, cada uma destas espécies recebe um nome próprio regional (trivial ou popular). Como exemplo, imaginemos um diálogo com o homem do campo sobre os sabiás da região. Ao perguntarmos a ele sobre os sabiás que habitam as redondezas de sua tapera, certamente ele mencionará: sabiá-branco, sabiá-laranjeira, sabiá-coleira e, eventualmente outros. De um modo simples, o homem do campo reuniu na categoria “sabiá”, que reflete um conjunto de atributos comuns a todos esses pássaros, vários tipos particulares com atributos individuais (plumagem, tamanho, canto). O homem do campo certamente ignora que esta maneira de classificar organismos em duas categorias básicas já foi utilizada há milênios por Aristóteles (384- 332 A.C.), que reconhecia como categorias classificatórias para os organismos genos e cidos , estas para um elenco de características coletivas (genéricas). Do ponto de vista prático, é útil e tradicional que qualquer organismo possua dois nomes: um que evoque suas características coletivas ou genéricas e outro que reflita suas características individuais ou específicas. A espécie é a unidade básica em classificação. Uma espécie é um grupo de indivíduos que tem muitos caracteres em comum e difere de todas as outras formas em um ou mais aspectos. Como regra geral, espécies diferentes não se cruzam, embora

híbridos entre espécies ocorram ocasionalmente. O total de indivíduos que compõe uma espécie, frequentemente, pode se subdividido em grupos menores, conhecidos como subespécies. Duas ou mais espécies com certos caracteres em comum foram um gênero. Por sua vez, gêneros tendo caracteres em comum constituem uma família ; as famílias são combinadas em ordens ; as ordens em classes e as classes em filos. Todos os filos juntos compreendem o Reino. Categorias intermediárias (sub-família, sub-ordem, super- família, etc) são necessárias para indicar apropriadamente os graus de parentesco.

  1. CÓDIGOS DE NOMENCLATURA ZOOLÓGICA

Até perto do século XVIII, os manuscritos e impressos eram em latim, a língua das pessoas cultas – então poucas pessoas comuns podiam lê-los. Quando livros impressos começaram a aparecer nos idiomas dos vários países, o latim foi mantido apenas nas descrições técnicas e nomes de seres vivos – estes sendo longos, e embora, descritivos e úteis, eram incômodos. A primeira tentativa para a criação de um elenco de leis (códigos) que regesse a nomenclatura partiu da Associação Britânica para o Progresso da Ciência, ao nomear uma comissão para elaborá-lo. Contudo, outros países também elaboraram seus códigos particulares (França, EUA, Alemanha) e ficou patente que a matéria só poderia ser resolvida em âmbito mundial, ou seja, num Congresso Internacional de Zoologia. O I CNZ, em Paris, em 1889tentou elaborar o primeiro código, que não foi aceito por todos os países. Em 1895, foi formada uma comissão internacional para preparar as Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica tomar decisões em casos difíceis. As regras ou códigos foram adotados em 1901 e tem sido revistos (ultima versão em 1985), contribuindo para estabilizar os nomes do animal. As regras aplicam- se a todos os nomes científicos. Todo parasito, como qualquer ser vivo, recebe um nome cientifico, que permite a sua identificação com certa facilidade em qualquer lugar no mundo. Ele é designado, obrigatoriamente, por duas palavras em latim (ou latinizadas se a palavra não existir em latim), que são gênero e espécie. As palavras, de modo geral, indicam características ou atributos destes parasitas (seres vivos) ou são uma homenagem a um autor ou pesquisador.

Classe - ea Digenea Subclasse - ia Gymnmoebia Super ordem - idea Fasciolidea Ordem - ida Schistosomatida Subordem - ina Schistosomatina Super família - oidea Ancylostomatoidea Família - idae Lymnacidae Subfamília - inae Toxocarinae

A adaptação dos sufixos ou terminações conflita por vezes com denominações já consagradas pelo uso. Isso ocorre na sistemática dos protozoários, helmintos e, sobretudo dos artrópodes, em categorias acima da Superfamília. Abaixo de subfamília, reserva-se para as tribos, a terminação ini (ex: Anophelini ). Como veremos, durante o curso, um parasito raramente se apresenta sob uma única forma. Eles podem possuir varias formas evolutivas, como: trofozoítos, merozoítos, cistos, ovo, larva, adulto, epimastigota, amastigota, etc. Raramente se da um nome latino deferente a uma forma evolutiva, porém isto às vezes ocorre. Como exemplo, em relação à Taenia sollium e T saginata – nomes científicos dos vermes adultos; Cysticercus cellulosae e Cysticerco bovis – nomes científicos dados, respectivamente as formas larvárias.

Procedimento técnico para preparo as solução corante Giemsa:

Em um tubo de ensaio, misture 3 gotas do corante Giemsa para cada 2ml de água destilada.

Fixar o esfregaço (ver figura ao lado), cobrindo-o com 15 a 20 gotas de metanol por 2 minutos.

Escorrer o álcool metílico e, sem lavar ou deixar secar, cobrir a lâmina com solução de uso de Giemsa (aproximadamente 5ml).

Proceder à coloração por 10 minutos.

Lavar a lâmina em água corrente e deixá-la secar Em posição vertical.

Resultados esperados:

Eritrócitos (hemácias): róseo

Plaquetas: azul

Leucócitos:

Linfócitos : Núcleo (azul violeta) Citoplasma (azul)

Monócitos : Núcleo lobulado (azul violeta) Citoplasma (azul claro)

Neutrófilos : Núcleo (azul escuro) Citoplasma (rosa pálido)

Basófilos : Núcleo (púrpura a azul escuro) Granulações volumosas, cobrindo todo o citoplasma: (azul escuro)

Eosinófilos : Núcleo (azul) e citoplasma (rosa pálido) com grânulos volumosos (vermelho a vermelho laranja)

Fonte: kit Doles - Giemsa

  1. Identifique em lâmina de cultura, as formas epimastigotas do T. cruzi ,desenhando-as. Identifique as mesmas estruturas do item 1.
  2. Identifique,em lâminas de tecido cardíaco infectado, formas amastigotas do T. cruzi (ninhos de amastigotas) e o infiltrado inflamatório. Procure analisar, paralelamente, uma lâmina de tecido cardíaco não infectado pelo T. cruzi.
  3. Diferencie o ninho de amastigota de um infiltrado inflamatório:

Aula 2: Doença de Chagas II

Tópico: Os triatomíneos, vetor invertebrado da doença de Chagas é popularmente conhecido por: Barbeiro

Classificação: Filo: Arthropoda Classe: Insecta Ordem: Hemiptera Família: Reduviidae Gênero: Triatoma, Panstrongylus ou Rhodnius

Os hemípteros são paurometábolos, isto é, passam pelas fases de ovo, ninfas (5 estágios) e adultos, sendo as duas últimas fases hematófagas. Potencialmente, desde o estádio 1 estes barbeiros já podem transmitir o T. cruzi. Há cerca de 120 espécies de barbeiros nas Américas central e do sul, porém apenas 6 presentam importância epidemiológica por encontrar-se no peridomicílio. São elas: Triatoma infestans, Panstrongylus megistus, Triatoma brasiliensis, Triatoma sordida, Rhodinius prolixus e Rhodinius negletus.

Conduta para a aula prática:

1- Nessa primeira etapa, com o auxílio de uma lupa, identifique as principais estruturas (cabeça/corpo) de um hemíptero.

a. Desenhe abaixo a estrutra de cada gênero de hematófagos para facilitar seu estudo, posteriormente.

3- Os hemípteros são paurometábolos, passam pela fase de ovo, cinco estágios de ninfa e fase adulta. Nesta Terceira etapa, identifique essas fases:

Retirado de: https://jornalufgonline.ufg.br/n/44396-laboratorio-de-pesquisa-da-doenca-de-chagas-da-ufg- e-referencia-internacional

Panstrongylus Triatoma Rhodnius

Aula 3: Leishmanioses

Tópico 1: Identificação do agente etiológico

Classificação: Filo: Sarcomastigophora Subfilo: Mastigophora Família: Trypanosomatidae Espécies: Para leishmaniose tegumentar – Leishmania braziliensis Para leishmaniose visceral – Leishmania chagasi

Existem duas formas básicas de leishmanioses: a leishmaniose tegumentar americana (LTA), que atinge a pele e mucosas dos indivíduos e a leishmaniose visceral, que acomete vísceras (baço, fígado, linfonodo e medula óssea). As espécies que causam estas leishmanioses apresentam duas formas básicas:

Conduta para a aula prática:

Identifique em lâmina de cultura E esfregaço de pele, as formas evolutivas da Leishmania sp.

Forma evolutiva: _________________ Forma evolutiva: ___________________ (cultura) (esfregaço de lesão tecidual – Hamster)

Amastigota : Forma replicativa, encontrada em macrófagos presentes nos órgãos atingidos (peles ou vísceras)

Aula 4: Toxoplasmose

Tópico: Toxoplasma gondii – identificação do parasito

Classificação: Filo: Apicomplexa Família: Sarcocystidae Espécies: Toxoplasma gondii O parasito se apresenta sob três formas fundamentais e algumas outras intermediárias que aparecem durante seu ciclo biológico. As formas fundamentais são:

(i) Taquizoítas – encontrados em líquidos orgânicos, especialmente durante a fase aguda da doença;

(ii) Bradizoítos – encontrados em tecidos (músculo, cérebro, retina, etc) durante a fase crônica da doença;

(iii) Oocistos – encontrados nas fezes de felinos jovens, responsáveis pelo ciclo sexuado do parasito (local: intestino).

Forma trofozoítas Cistos de bradizoítas

Conduta para a aula prática:

  1. Identifique nas lâminas de cultura/tecido, as formas taquizoítas e bradizoítas do parasita.

Aula 5: Malária

Tópico: Identificação do agente etiológico “ Plasmodium sp.”

Classificação: Filo: Apicomplexa Classe: Sporozoea Ordem: Eucoccidiida Família: Plasmodiidae Espécies: Plasmodium falciparum , P. vivax , P. malariae e P. ovale. A morfologia dos plasmódios varia de acordo com a fase do ciclo biológico e com a espécie do parasita. Eles apresentam 2 formas de reprodução: no mosquito ( Anophelis sp. ), considerado o hospedeiro definitivo, ocorre o ciclo sexuado ou esporogônico e no humano, considerado hospedeiro intermediário, ocorre o ciclo assexuado (esquizogônico) ou eritrocítico..

Conduta para a aula prática:

Em lâminas fixadas, observe algumas das formas evolutivas do Plasmodium sp. e complete o quadro abaixo. Siga como guia de observação o quadro esquemático da página seguinte.

Formas Desenho Características Esquizonte hepático É a forma presente no fígado (hepatócito); contém milhares de merozoítas

Trofozoíto

Jovem Dentro da hemácia – aspecto de anel (citoplasma= “aro” e núcleo= “pedra”)

Maduro (ameboíde)

Dentro da hemácia – citoplasma irregular (maior) com apenas 1 núcleo

Esquizonte Dentro da hemácia – citoplasma irregular com núcleo fragmentado

Gametócitos Dentro das hemácias - células capazes de realizar reprod. sexuada nos anofelinos

Fonte: Parasitologia Médica, Markell e Voge, 8ª edição.

Aula 6: Malária II (Vetor)

Tópico: Identificação do vetor “ Anophelis darlingi

Classificação: Ordem: Diptera Família: Culicidae Subfamília: Anophelinae Espécies: Anopheles darlingi, Anopheles aquasalis , dentre outros Os membros da família subfamília Anophelinae apresentam: (i) escamas ao longo das nervuras ou veias das asas, (ii) uma franja de escamas, bem evidente, ao longo da margem posterior das asas, (iii) probóscide longa e reta ou quase reta e (iv) peças bucais para picar e sugar. A distinção entre Anophelinae e os demais Culicidae pode ser feita tanto na fase adulta quanto nas fases de ovo ou larva ( esquemas A, B e C ).

Conduta para a aula prática:

1. Observe e anote as características presentes nos membros da subfamília Anophelinae e Culicinae, segundo os esquemas abaixo.

Esquema A – Comparação entre Anophelini x Aedini x Culicini

Aedes aegypti

Anopheles darlingi

Esquema B – Comparação descritiva entre Anophelinae e Culicinae