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Parasitologia Clinica Resumo Geral, Notas de estudo de Parasitologia

O documento “Parasitologia Clínica – Resumo” aborda, de forma detalhada e esquematizada, os principais parasitas de importância clínica e seus respectivos ciclos biológicos, manifestações clínicas, diagnóstico laboratorial e morfologia. Contempla helmintos (trematódeos, cestódeos e nematoides) e protozoários patogênicos, como Schistosoma mansoni, Fasciola hepatica, Taenia spp., Hymenolepis, Echinococcus, Enterobius, Ascaris, Ancylostoma, Strongyloides, Trichuris, além de protozoários como Entamoeba histolytica, Giardia lamblia e outros. É ideal para estudantes e profissionais da saúde que buscam revisão rápida e objetiva de parasitas humanos de relevância clínica, com foco em exames de fezes, ciclos de infecção, sintomas e métodos diagnósticos.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 24/05/2025

gio-va-nna-lima
gio-va-nna-lima 🇧🇷

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Parasitologia Clínica
Trematoda
- Schistosoma mansoni
Ciclo: ovos de S.mansoni liberados pelas fezes entram em contato com a água e liberam os miracídios (por 8h),
estes miracídios invadem os caramujos do gênero Biomphalaria sp., no caramujo os esporocisto se multiplicam
sucessivamente, em seguida as cercárias (1 miracídio 300 mil cercárias) saem do caramujo e nadam livres pela
água. Se um indivíduo entrar em contato com essa água, as cercárias penetram pela pele, depois se transformam
em esquistossômulos se disseminando pelas correntes sanguíneas até atingir o fígado, onde ocorre a maturação,
em seguida os vermes adultos migram para veias mesentéricas, se acasalam e expulsam os ovos com as fezes
humanas. A fêmea elimina 200 ovos/dia nas fezes.
Reação inflamatória granulomatosa: aglomerado de células de defesa envolvendo o
ovo de S.mansoni que se grudam ao tecido hepático.
Fase crônica: vermes adultos nos ramos intra hepáticos veia porta retardam o fluxo
sanguíneo hipertensão portal circulação colateral ou ascite.
- “barriga d’água”
- doença: esquistossomose
- habitat: veias mesentérica
- HI: caramujo Biomphalaria
- Infectante HI: miracídios
- Infectante HD: cercárias
Clínica
Fase aguda:
dermatite cercariana (edemas e dor).
pré-postural: assintomática (até 50 dias)
postural: febre, anorexia,
hepato-esplenomegalia (após 50 dias)
Fase crônica:
forma intestinal; forma hepatointestinal; forma
hepatoesplênica compensada; forma
hepatoesplênica descompensada.
Fase cronica particular: cardiopulmonar, semen,
medula espinhal (paraplegia)
Ovos
- epicuro lateral
- miracídio dentro
- reação inflamatória granulomatosa
- perfura veia e distende o vaso
- sobrevive 2 a 5 dias nas fezes
Vida dos vermes: 5 anos
Vermes adultos
- ventosas no macho (dimorfismo)
- casal: fêmea dentro do macho
- mortos causam lesão no fígado
- ação espoliadora
Laboratorial
- sedimentação/centrifugação
- kato-katz (quantitativo)
- Fasciola hepática
Ciclo: ingestão de metacercárias na água/alimento contaminado, (no humano) sofrem desencistamento
no duodeno e migram para as vias biliares (vesícula biliar) se maturam em vermes adultos e os ovos sao
eliminado junto com as fezes. (no gado/ovelha) liberam ovos nas fezes. Ovos das fezes em contato com a
água viram ovos embrionados que liberam miracídios, esses miracídios penetram no caracol, que passam
por três fases de desenvolvimento: esporocisto rédia cercária nada pela água e se encista em
plantas aquáticas metacercárias (3 meses na água)
- doença: fasciolíase
- zoonose
- habitat: vias biliares
- HI: caramujo Lymnaea
Lymnaea columella
Lymnaea viatrix
- Infectante HI: miracídios
- Infectante HD: metacercárias
Laboratorial
- exame de fezes: método de lutz
- ELISA
Ovos
- casca fina
- elíptico
- meio externo: 9-25 dias
Vermes adultos 8-10 anos
- hermafroditas
- ventosa oral
- tamanho 3cm x 1,5cm
Tratamento: praziquantel, albendazol, tratamento
cirúrgico
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Parasitologia Clínica

Trematoda

- Schistosoma mansoni Ciclo : ovos de S.mansoni liberados pelas fezes entram em contato com a água e liberam os miracídios (por 8h), estes miracídios invadem os caramujos do gênero Biomphalaria sp., no caramujo os esporocisto se multiplicam sucessivamente, em seguida as cercárias (1 miracídio → 300 mil cercárias) saem do caramujo e nadam livres pela água. Se um indivíduo entrar em contato com essa água, as cercárias penetram pela pele, depois se transformam em esquistossômulos se disseminando pelas correntes sanguíneas até atingir o fígado, onde ocorre a maturação, em seguida os vermes adultos migram para veias mesentéricas, se acasalam e expulsam os ovos com as fezes humanas. A fêmea elimina 200 ovos/dia nas fezes. Reação inflamatória granulomatosa: aglomerado de células de defesa envolvendo o ovo de S.mansoni que se grudam ao tecido hepático. Fase crônica: vermes adultos nos ramos intra hepáticos veia porta → retardam o fluxo sanguíneo → hipertensão portal → circulação colateral ou ascite.

  • “barriga d’água”
  • doença: esquistossomose
  • habitat: veias mesentérica
  • HI: caramujo Biomphalaria
  • Infectante HI: miracídios
  • Infectante HD: cercárias Clínica Fase aguda: dermatite cercariana (edemas e dor). pré-postural: assintomática (até 50 dias) postural: febre, anorexia, hepato-esplenomegalia (após 50 dias) Fase crônica: forma intestinal; forma hepatointestinal; forma hepatoesplênica compensada; forma hepatoesplênica descompensada. Fase cronica particular: cardiopulmonar, semen, medula espinhal (paraplegia) Ovos →
  • epicuro lateral
  • miracídio dentro
  • reação inflamatória granulomatosa
  • perfura veia e distende o vaso
  • sobrevive 2 a 5 dias nas fezes Vida dos vermes: 5 anos Vermes adultos →
  • ventosas no macho (dimorfismo)
  • casal: fêmea dentro do macho
  • mortos causam lesão no fígado
  • ação espoliadora Laboratorial
  • sedimentação/centrifugação
  • kato-katz (quantitativo) - Fasciola hepática Ciclo: ingestão de metacercárias na água/alimento contaminado, (no humano) sofrem desencistamento no duodeno e migram para as vias biliares (vesícula biliar) se maturam em vermes adultos e os ovos sao eliminado junto com as fezes. (no gado/ovelha) liberam ovos nas fezes. Ovos das fezes em contato com a água viram ovos embrionados que liberam miracídios, esses miracídios penetram no caracol, que passam por três fases de desenvolvimento: esporocisto → rédia → cercária → nada pela água e se encista em plantas aquáticas → metacercárias (3 meses na água)
  • doença: fasciolíase
  • zoonose
  • habitat: vias biliares
  • HI: caramujo Lymnaea → Lymnaea columella Lymnaea viatrix
  • Infectante HI: miracídios
  • Infectante HD: metacercárias Laboratorial
  • exame de fezes: método de lutz
  • ELISA Ovos →
  • casca fina
  • elíptico
  • meio externo: 9-25 dias Vermes adultos 8-10 anos →
  • hermafroditas
  • ventosa oral
  • tamanho 3cm x 1,5cm Tratamento: praziquantel, albendazol, tratamento cirúrgico

Forma imatura: (fase aguda) formas imaturas liberam enzimas que favorece migração e alimentação das células hepáticas (parênquima hepático) → lesão tóxico-alérgica: → dispepsia (náusea, perda de apetite) → febre (cefaleia intensa mialgia) → dor abdominal Forma adulta: (fase crônica) vermes adultos nas vias biliares → reação inflamatória/ulceração diminuição do fluxo → colestase/insuficiência hepática/cirrose → colecistopatia crônica → peso pós-prandial ou intolerância à gordura

Cestoda

- Taenia sp Ciclo Teníase: no humano (definitivo) ingere carne mal passada/crua de suíno ou bovino com cisticerco, no sistema digestório a larva é liberada e libera protoescólex, ele se fixa no intestino delgado e dá origem ao escólex do adulto, o adulto em seguida libera proglotes grávidas com ovos e depois são eliminados nas fezes. (no animal) ovos com oncosfera são ingeridos pelo suíno (T.solium) ou bovino (T.saginata), no sistema digestório do animal a oncosfera é liberada, penetra na parede intestinal e migra até a musculatura onde dá origem a cisticercos. Ciclo Cisticercose: humano ingere ovos de Taenia solium, no sistema digestório a oncosfera que penetra na parede e migra ate os tecidos onde dá origem a larva, nesse caso é hospedeiro intermediário e não desenvolve forma adulta. Auto-infecção: portador ingere sua própria tênia por vômitos ou levando a mão infectada a boca. Heteroinfecção: ingere ovos de outro indivíduo.

  • doença: teníase e cisticercose
  • habitat humano: intestino delgado
  • Taenia solium / T. saginata / Hymenolepis nana Cestódeos Morfologia:
  • Escólex (cabeça): fixação
  • Estróbilo (corpo): proglotes
  • T. saginata: 160mil ovos
  • T. solium: 80mil ovos Patologia :
  • Verme Adulto competição nutricional → fraquezas, muito apetite
  • Cisticerco compressão mecânica, inflamação, cerebral Ovos →
  • esféricos Cisticercose +/- 2 anos →
  • larvas de T.solium Vermes adultos 15-30 anos →
  • hermafroditas
  • achatado e órgão de adesão Laboratorial
  • imagem: raio x, resson, tomografia
  • parasitlg.: exame de fezes / swab anal
  • sorológico: ELISA
  • método HPJ - Echinococcus Ciclo Equinococose : cão se infecta pela ingestão de cistos hidáticos presente na carne outros animais, no sistema digestivo do cão, os protoescólex são liberados e se fixam no intestino delgado e dão origem às formas adultas. Os vermes adultos liberam proglotes grávidas que podem se romper e liberar ovos, que serão eliminados nas fezes. Ciclo Hidatidose : os hospedeiros intermediários (carneiro) e acidental (humano), se infectam ao ingerir proglotes grávidas/ovos, no intestino delgado a casca é digerida e libera a oncosfera, penetram na parede intestinal, vai para circulação sanguínea e se aloja nas vísceras, principalmente fígado e pulmões, dá origem a cisto hidático (larva)
  • doença: hidatidose ou equinococose (cães)
  • zoonose (cães)
  • habitat humano: intestino delgado
  • E. granulosus / E.multilocularis / E.vogeli / E.oligarthrus Cestódeos Morfologia:
  • Escólex (cabeça): fixação
  • Estróbilo (corpo): proglotes Ovos →
  • esféricos
  • oncosfera Larva →
  • cisto hidático
  • assintomático

- Ascaris Lumbricoides Ciclo monoxênico : humano ingere ovos embrionados com larvas L3, no intestino delgado as L3 são liberadas, migram para o ceco e penetram na circulação sanguínea e linfática via espaço porta chegam ao fígado, coração e pulmões. Chegam aos alvéolos e ascendem via bronquíolos, brônquios, traqueia e faringe. As larvas são deglutidas e chegam do intestino delgado, dando origem a fêmea e macho. Fêmeas não fecundadas dão origem a ovos inférteis e as fecundadas liberam os ovos germinativos e os inférteis saem juntos nas fezes. No ambiente os ovos férteis embrionam (3 semanas). ação espoliadora: comprometimento físico e mental ação tóxica: edema, convulsões ação mecânica: obstrução intestinal

  • doença: ascaridíase “lombriga”
  • intestino delgado
  • monoxênico
  • por ingestão
  • síndrome de loeer (pulmões)
  • obstrução intestinal - Laboratorial: Lutz ou HPJ Ovos →
  • membrana mamilonada
  • resistente
  • muita quantidade
  • grudento Vermes adultos 1cm →
  • macho e fêmea
  • corpo cilíndrico - Ancylostoma Duodenale e Necator Americanus (no brasil) Ciclo monoxênico : larvas L3 filarioides penetram pela pele do humano, entram na corrente sanguínea e linfática, chegam aos pulmões onde da origem as L4, as L4 ascendem pela arvores respiratória ate a faringe, são deglutidas e as L4 chegam ao intestino delgado, ligam a parede e se alimentam de sangue (resultando em perda de sangue humano) e viram L5 adultas.. O macho fecunda a fêmea e libera os ovos. Os ovos saem junto com as fezes e embrionam no ambiente (18 horas), em até 2 dias eclodem e liberam as larvas rabditoides L1 que se alimentam no solo e no 3º dia realiza a primeira muda, dão origem a L rabditoides, essas sofrem diferenciação e gera o estado infectante L3 filarioide. (Fecal dérmico)
  • doença: ancilostomiase
  • monoxênico
  • infecção pela pele (dermatite)
  • nas fezes ovos e larvas
  • anemia “amarelão”
  • sintomas abdominais - Laboratorial: HPJ, Barman, Kato-Katz Ovos →
  • membrana transparente
  • elipticos Vermes adultos 1cm →
  • macho e fêmea
  • corpo cilíndrico A.duodenale: 0,3mL/dia boca com gancho vira oral/cutanea N.americanus: 0,04mL/dia matador via cutanea - Strongyloides stercoralis Ciclo Direto : no solo a larva L1 dará origem a larva filarioide infectante. As filarioides penetram pela pele e alcançam a circulação, passam pelo coração e chegam ao pulmão, perfuram a parede e chegam aos alvéolos. As larvas ascendem pelos brônquios e chegam ate a faringe, podem ser expulsas por secreção ou ser deglutidas. No intestino delgado as larvas dao origem a fêmea partenogenética. Penetram a mucosa intestinal onde se alimentam e liberam ovos ja larvados, eclodem liberando L1. As L1 migram para a luz intestinal e saem nas fezes para o ambiente.

Ciclo Indireto : no solo as L1 da origem a macho e femea de vida livre. Após fecundação as fêmeas liberam ovos larvados que eclodem e liberam L1, as L1 dao origem a larvas filarioides infectantes. Relação hospedeiro-parasita: depende do sistema imune do hospedeiro. Boa imunidade pode causar erradicação do parasita (assintomático). Autoinfecção pode virar cronica. Autoinfecção interna pode virar hiperinfecção que pode seguir com a disseminação. Se baixa imunidade: pode aumentar a probabilidade de apresentar formas graves, autoinfecção piorando carga parasitaria.

  • doença: estrongiloidíase
  • duplo ciclo evolutivo
  • infecção pela pele
  • unico capaz de completar ciclo no hospedeiro
  • HIPERINFECÇÃO: pulmão-intestino
  • DISSEMINADA: outros órgãos
  • alotriofagia: compulsão por não-comida
  • diarreia cronica e eosinofilia
  • quimioterapia/imunossupressão - Laboratorial: Baermann e Rugai Ovos → - membrana transparente - elípticos Vermes adultos 1cm → - macho e fêmea vida livre - corpo cilíndrico - fêmea partenogenica - Trichuris Trichiura Ciclo monoxênico : ingestão por ovos larvados, que eclodem no intestino delgado e a larva de L penetram na parede do ceco. A larva sai do ceco e na luz do intestino grosso dá origem a adultos que se fixam na mucosa, depois os adultos habitam o ceco e cólon ascendente e em infecções maciças estendem até colo distal e reto. As fêmeas fecundadas liberam os ovos não embrionados (3 mil a 5 mil ovos) que saem passivamente nas fezes. No solo, começa a segmentação do ovo que leva a formação da larva (3 semanas a meses). Fecal-oral.
  • prolapso retal
  • larvas L
  • parasito tissular (tecidos)
  • geofagia: habito de comer terra
  • infecção maciça: mil vermes
  • habitat: ceco, íleo e cólon - Laboratorial: Lutz (HPJ) e Kato Kato-Katz Ovos →
  • elípticos
  • poros saliente e transparente Vermes adultos 3cm →
  • macho e fêmea vida livre
  • forma de chicote - Entamoeba coli e Entamoeba histolytica Ciclo monoxênico : o humano ingere cistos tetranucleados (4 núcleos) de E. histolytica. Após ingestão, ocorre a excistação (liberação de trofozoítos) no intestino delgado/grosso. Os trofozoítos habitam o intestino grosso onde se reproduzem por divisão binária (não invasivo). Alguns trofozoítos podem invadir a mucosa do intestino e permanecer multiplicando-se sem produção de cisto (INVASIVO), por via peritoneal, circulatória e linfática pode colonizar outros tecidos (extra intestinal), podendo formar abscesso pulmonar, hepático, cerebral e esplenico. Alguns trofozoítos dao origem a cistos, esses saem passivamente nas fezes para o ambiente (em diarreias: libera trofozoítos que não resistem à condição externa e não infectam hosp). Colite não disentérica: muito frequente, os trofozoítos de E. histolytica ficam na luz intestinal e nao invadem a mucosa, inflamação menos pronunciada e menos dano às células intestinais. Quadro diarreico com muco nas fezes. Evacuações líquidas 2-4 por dia.