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Paralisia Cerebral: Classificação e Características, Resumos de Anatomia

Uma descrição detalhada dos diferentes tipos de paralisia cerebral, suas características clínicas, fatores de risco e prognóstico. Abrange as principais formas de pc espástica (hemiplegia, diplegia e quadriplegia), pc discinética e pc atáxica, com informações sobre os padrões de marcha, alterações motoras, cognitivas e sensoriais associadas a cada subtipo. O texto fornece uma visão abrangente sobre a etiologia, manifestações clínicas e evolução da paralisia cerebral, sendo uma referência importante para profissionais da saúde, estudantes e pesquisadores interessados nesta condição neurológica complexa.

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 07/06/2024

raissa-cunha-ribeiro-1
raissa-cunha-ribeiro-1 🇧🇷

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PARALISIA
CEREBRAL
PERI NATAL
PÓS NATAL
O QUE É ?
Distúrbio permanente , devido a uma
lesão não progressiva do cerebro no
começo de vida
Ocorre no pré, peri ou pós natal.
Fatores maternos: desproporção céfalo-
pélvica; anomalias da placenta; anomalias do
cordão umbilical; anomalias da contração
uterina e anestesia;
Fatores fetais: primogenidade; prematuridade;
dismaturidade e gemelaridade.
Fatores de parto: parto instrumental; anomalias
de posição e duração do trabalho de parto.
Icterícia grave não tratada no
momento certo (encefalopatia
hiperbilirrubínica); 
Meningoencefalites
bacterianas;
Traumatismos
cranioencefálicos;
Convulsões neonatais;
Parada cardíaca durante
cirurgias;  Acidente vascular
cerebral;
Tumores cerebrais;
PRÉ NATAL
Infecções e parasitoses (Zika,
rubéola, toxoplasmose,
citomegalovírus, HIV);
Intoxicações (drogas, álcool,
tabaco);
Radiações (diagnósticas ou
terapêuticas);
Traumatismos (direto no abdome
ou queda sentada da gestante);
Fatores maternos (doenças
crônicas, anemia grave,
desnutrição, mãe idade materna,
gestações múltiplas, retardo
mental e hipertireoidismo)
70% a 80% origem pré natal
Do período fetal até os 3 anos CLASSIFICAÇÃO
PC ATÁXICA - CEREBELO
PC ESPÁSTICA - NMS
PC DISCINETICO - NUCLEOS DA
BASE
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pf5
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pf9
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PARALISIA

CEREBRAL

PERI NATAL PÓS NATAL O QUE É? Distúrbio permanente , devido a uma lesão não progressiva do cerebro no começo de vida Ocorre no pré, peri ou pós natal. Fatores maternos: desproporção céfalo- pélvica; anomalias da placenta; anomalias do cordão umbilical; anomalias da contração uterina e anestesia; Fatores fetais: primogenidade; prematuridade; dismaturidade e gemelaridade. Fatores de parto: parto instrumental; anomalias de posição e duração do trabalho de parto. Icterícia grave não tratada no momento certo (encefalopatia hiperbilirrubínica); Meningoencefalites bacterianas; Traumatismos cranioencefálicos; Convulsões neonatais; Parada cardíaca durante cirurgias; Acidente vascular cerebral; Tumores cerebrais; PRÉ NATAL Infecções e parasitoses (Zika, rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, HIV); Intoxicações (drogas, álcool, tabaco); Radiações (diagnósticas ou terapêuticas); Traumatismos (direto no abdome ou queda sentada da gestante); Fatores maternos (doenças crônicas, anemia grave, desnutrição, mãe idade materna, gestações múltiplas, retardo mental e hipertireoidismo) 70% a 80% origem pré natal Do período fetal até os 3 anos CLASSIFICAÇÃO PC ATÁXICA - CEREBELO PC ESPÁSTICA - NMS PC DISCINETICO - NUCLEOS DA BASE

DIVIDIDA EM: HEMIPLEGIA DIPLEGIA QUADRIPLEGIA FORMA + GRAVE DA PC ESCALA IV E V DA GMFCS

CLASSIFICAÇÃO

PC ESPÁSTICA

DIPLEGIA
QUADRIPLEGIA
HEMIPLEGIA

ESCALA I E II DA GMFCS ESCALA DE TODOS OS NÍVEIS, PORÉM PREVALÊNCIA EM I OU II DA GMFCS

DIPLEGIA

PC ESPÁSTICA

Prevalência de 10 a 45% dos casos Está associada com prematuros com peso inferior a 1,500kg, bem como lesões na substância branca periventricular Comprometimento maior em membros inferiores, membros superiores estão acometidos porém em intensidade variada Maioria das crianças conseguem manipular objetos , mas apresenta algumas dificuldades ao executar atividades que exige coordenação motora fina (capacidade de controlar o corpo em movimentos específicos feitos com as mãos e os dedos.) A criança tem espaticidade e fraqueza muscular, também tem alterações da biomecânica que podem estar associadas a distúrbios sensitivos, auditivos e visuais ( estrabismo convergente e diminuição da acuidade visual devido ao envolvimento dessas vias oópticas próximas a substancia branca periventricular ) Para ser ter um bom prognóstico para marcha sem auxílio é necessário que a criança adquira controle cervical até um 1 ano e equilíbrio de tronco sentado até 2 anos; Agora para marcha com apoio ela precisa adquirir o controle cervical entre 1 e 2 anos e equilíbrio de tronco sentado entre 2 e 3 anos Um prognóstico reservado para marcha funcional consiste na aquisição de controle cervical após os dois anos e controle de tronco após três anos. O prognóstico nesses casos depende evidentemente do grau de dificuldade motora, da intensidade de retrações tendinosas e deformidades esqueléticas e da disponibilidade e qualidade da reabilitação.

MARCHAS DA

DIPLEGIA

PC ESPÁSTICA

A hiperextensão do joelho em conjunto ao equino verdadeiro ocorre quando há moderada flexão plantar do tornozelo no apoio, combinada com a deficiência dos isquiotibiais Para que ocorra flexão acentuada dos quadris e joelhos, em conjunto ao equino verdadeiro, a flexão plantar do tornozelo deve ser de grande magnitude ao ponto de gerar flexão compensatória das articulações proximais ou existir espasticidade e/ou encurtamento dos flexores de quadris, Isquiotibiais e tríceps sural. Flexão plantar do pé com relação à tíbia. Espasticidade e/ou encurtamento do tríceps sural. Quando há equino verdadeiro, os quadris e joelhos na fase de apoio podem não exibir alterações ou estarem em hiperextensão ou flexão acentuada.

MARCHA EQUINA VERDADEIRO

RARO

Nas crianças com diparesia o padrão em equino verdadeiro ou de joelho “saltitante”

são mais comuns na idade em que a criança está iniciando a deambular enquanto o

padrão em equino aparente e de agachamento seriam padrões decorrentes da

evolução da marcha nessas crianças.

IMPORTANTE

MARCHAS DA DIPLEGIA

PC ESPÁSTICA

MARCHA EM AGACHAMENTO ( MARCHA AGACHADA OU CROUCH GAIT ) Consiste em deambulação com flexão excessiva dos joelhos (superior a 30° ) durante a fase de apoio com excessiva flexão de quadril com rotação interna. Padrões de rotação interna, adução de quadril, uma inclinação pélvica anterior. A espasticidade dos músculos posteriores da coxa eram considerados como causa principal da excessiva flexão de joelhos durante a fase de apoio. A experiência clínica sugere que a espasticidade dos músculos flexores de quadril e os flexores plantares e contratura do tendão de Aquiles também podem ser causadores do padrão atípico de marcha. Pé equino e abdução de antepé geralmente estão associados (geralmente o antepé é que faz o contato inicial). A diminuição da força de extensores de quadril, joelho e dorsiflexores também estão envolvidos neste padrão de marcha A adução aparente “pseudo adução” que ocasiona a “marcha em tesoura” de crianças com diparesia espástica com ou sem padrão em marcha agachada é explicada pelo aumento da flexão do joelho correlacionado com o aumento da rotação interna do quadril

MARCHAS DA

DIPLEGIA

PC ESPÁSTICA

MARCHA ASSIMÉTRICA

As crianças são assim classificadas por apresentarem padrões de movimentos distintos entre os membros inferiores.

Embora o padrão assimétrico possa

ser encontrado em crianças com

diparesia espástica na maioria as

anormalidades evidenciadas são

uniformes.

A espasticidade é geralmente simétrica.

MARCHAS DA

HEMIPLEGIA

PC ESPÁSTICA

Grupo I = pé equino durante o balanço =

pé caído (DROP FOOT)

Grupo II = pé

equino durante

todo ciclo da

marcha = EQUINO

VERDADEIRO

Grupo III = pé equino durante todo ciclo da

marcha (grupo II) e restrição da ADM do joelho

(limitação da flexão de joelho na fase de balanço

e durante o apoio restrição da extensão de

joelho)

Grupo IV =

cursa com os

comprometime

ntos exibidos no

grupo III

associado a

uma restrição

da ADM de

quadril.

Movimentos involuntários e estereotipados (hipercinesia) é caracterizado pela presença de reflexos primitivos e variação do tônus muscular CLASSIFICAÇÃO DA PC DISCINÉTICA Os movimentos involuntários envolve especialmente tronco, pescoço, face, língua e extremidades.

8 a 15% dos casos.

Encefalopatia bilirrubínica (kernicterus) e a encefalopatia hipóxico-isquêmica grave NÚCLEOS DA BASE A criança tem dificuldades para programar e executar os movimentos voluntários, coordenar os movimentos automáticos e manter uma postura, em função da ativação involuntária e simultânea da musculatura agonista e antagonista A coreia pode ser caracterizada por movimentos involuntários rápidos, irregulares e desajeitados, Isso pode interferir diretamente na motricidade voluntária, de modo a dificultar ou impedir a realização de atividades funcionais. o Distônico apresenta posturas atípicas com flutuações do tônus muscular, principalmente para hipertonia, com movimentos involuntários, movimentos voluntários distorcidos e posturas anormais devido a contrações musculares mantidas (HIPOCINESIA). A forma discinética, também chamado de atetose, coréia, coreoatetóide, distônico ou extrapiramidal.

CLASSIFICAÇÃO

DA

PC ATAXICA

A perda da função cerebelar resulta na diminuição dos estímulos dirigidos ao córtex motor, dedicados à facilitação motora e à manutenção do tônus muscular - HIPOTONIA.

Observam- se hipotonia, reflexos
miotáticos diminuídos e força muscular
adequada. A dismetria, tremor de
intenção, dificuldade em alcançar o
objeto e a incoordenação motora são
identificadas ainda
no primeiro ano de vida.
A marcha independente é difícil de ser alcançada, ocorre geralmente por
volta dos 4 anos e é caracterizada por alargamento da base de
sustentação, instabilidade e dificuldade em conseguir andar em linha
reta a chamadamarcha atáxica.
Alterações cognitivas e
comportamentais podem
estar presentes, mas são
mais leves. Algumas
crianças cursam com
crises epilépticas.