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padronização de soluções acida e basica
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
Recebido em 28/3/06; aceito em 15/2/
ma forma de viabilizar a expe- rimentação no ensino de Quí- mica é por meio do emprego de substâncias de baixo custo e que fazem parte do nosso cotidiano. Fatores como segurança, custo e tempo necessário para a realização do experimento devem ser avaliados pelo professor, assim como a abor- dagem que melhor facilita a compre- ensão dos fenômenos químicos por parte dos estudantes. Assim, vários conceitos como equilíbrio químico (Ferreira et al ., 1997), equilíbrio ácido- base (Marconato et al ., 2004; Lima et al ., 1995) e termoquímica (Mortimer e Amaral, 1998) têm sido abordados por meio do estudo do fenômeno empregando material e/ou substân- cias de fácil aquisição. A titulação é um processo empre- gado em química para determinar a quantidade de uma substância em solução, à qual, nesse caso, dá-se o nome de titulado. Para isso, utiliza-se uma solução de concentração bem definida, à qual se dá o nome de titulante. A solução do titulante deve ser preparada com um padrão primá- rio ou deve ser padronizada (padrão secundário) empregando-se um pa- drão primário. Em uma titulação ácido-base, faz-
se reagir um ácido com uma base até atingir o ponto de equivalência, que pode ser determinado empregando- se um indicador ácido-base, ou por meio do ponto de inflexão da curva de titulação, que pode ser obtida em- pregando-se um medidor de pH (pHmetro). Normalmente, para se fazer uma titulação, utiliza-se um frasco de erlen- meyer (no qual é colocado o titulado) e uma bureta (na qual está contido o titulante). Essa experiência tem como obje- tivo a utilização do ácido acetilsalicí- lico (AAS) e bicarbonato de sódio (NaHCO 3 ) como padrões primários para padronização de soda cáustica e ácido muriático em amostras co- merciais, respectivamente. O tempo previsto para a realização do experimento é de aproximada- mente 50 minutos.
feita adicionando-se o volume de água requerido ou por meio da medida do volume ocupado por uma massa conhecida de água. Nesse último caso, é im- portante consultar uma tabela de variação da densidade da água em função da tempera- tura)
Willian Toito Suarez, Luiz Henrique Ferreira e Orlando Fatibello-Filho
Neste artigo, é relatado o emprego de ácido acetilsalicílico (AAS) e bicarbonato de sódio (NaHCO 3 ) como padrões primários para a padronização de ácido muriático (HCl impuro) e soda cáustica (mistura de NaOH, Na 2 CO 3 e NaCl), empregando-se titulação ácido-base. Essas substâncias utilizadas são de baixo custo e de fácil aquisição e podem ser empregadas por alunos do Ensino Médio e Superior em substituição aos padrões primários normalmente utilizados em padronizações de soluções ácida ou básica em volumetria ácido-base.
titulação ácido-base, padronização de soluções, materiais do cotidiano
tica pode conter além de NaOH, Na 2 CO 3 e NaCl)
Colocar quatro comprimidos de AAS (500 mg cada) no almofariz e triturar. A seguir, transferir o AAS já em pó para um béquer de 100 mL. Adi- cionar 50 mL de solução alcoólica 1:1 v/v. Em seguida, filtrar, lavar bem o papel de filtro e transferir o filtrado para um balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com solução alcoólica 1:1 v/v. Calcular a concen- tração em mol L-1^ dessa solução. Preparar uma solução de hidróxi- do de sódio de concentração aproxi- mada de 0,10 mol L -1^ em um balão
volumétrico de 250 mL. Trans- ferir com o auxílio de uma pi- peta volumétrica 15 mL dessa solução para um erlenmeyer de 125 mL e adicionar de 3 a 5 gotas de solução alcoólica de fenolftaleína (obs.: Na falta desse indicador, empregar uma so- lução de extrato bruto de repolho roxo. No ponto de equivalência, a viragem do indicador ocorre de verde para rosa claro). Encher a bureta de 50 mL com uma solução de AAS e, a seguir, titu- lar a solução contida no erlenmeyer. Para isso, adicionar lentamente a so- lução da bureta ao erlenmeyer até o desaparecimento da coloração rosa (ou mudança de verde para rosa claro se usar a solução de extrato bruto de repolho roxo). Anotar o volume da solução de AAS gasto para neutralizar o hidróxido de sódio. Com base nos dados obtidos na titulação, calcular a concentração de hidróxido de sódio comercial preparada. Como o NaOH comercial pode conter outras subs- tâncias (Na 2 CO 3 e NaCl), o ideal é preparar uma nova solução, levando em consideração o teor de NaOH para obter uma solução 0,10 mol L-^. Repetir o procedimento descrito ante- riormente pelo menos mais duas vezes.
Pesar acuradamente 150 mg de bicarbonato de sódio e transferir para um erlenmeyer de 125 mL, adicionar cerca de 50 mL de água destilada e de 3 a 5 gotas de alaranjado de metila (obs: Na falta desse indicador, empre- gar uma solução de extrato bruto de repolho roxo. No ponto de equiva- lência, a viragem do indicador ocorre de verde para rosa claro). A seguir, transferir um volume de 2 mL de ácido muriático para um balão volumétrico
de 100 mL e completar o volume com água. Encher a bureta com a solução de ácido muriático e titular a solução contida no erlenmeyer. Para isso, adi- cionar lentamente a solução da bureta ao erlenmeyer até o desaparecimento da coloração amarela e o apareci- mento de uma coloração avermelha- da (ou de uma coloração rosa com o extrato bruto de repolho roxo). Anotar o volume da solução de ácido muriá- tico gasto para neutralizar o bicarbo- nato de sódio. Com base nos dados obtidos na titulação, calcular a con- centração em mol L-1^ de ácido muriá- tico preparada. Repetir esse procedi- mento pelo menos mais duas vezes. Em seguida, calcular a concentração do ácido muriático e comparar com o valor rotulado. Por fim, o professor poderá propor outro experimento para determinar as concentrações de ácidos e de bases em produtos comerciais (produtos ácidos: refrigerante do tipo cola, vi- nagre, suco de laranja etc.; básicos: leite de magnésia; produtos de lim- peza contendo amônia etc.), empre- gando como titulantes as soluções de soda cáustica ou de ácido muriático padronizadas.
O experimento aqui descrito em- prega materiais acessíveis e de baixo custo encontrados facilmente no comércio. A realização desse experi- mento permite ao aluno a observação direta da determinação do ponto de equivalência e, conseqüentemente, uma melhor compreensão dos con- ceitos envolvidos na preparação de soluções ácida e básica e padroni- zação destas, além de fundamentos de estequiometria e indicadores ácidos-bases.
Equação 2