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Guia prático para o professor inserir a modalidade do Padel no âmbito escolar.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
ESCOLAR
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Programa de Desenvolvimento do Padel Escolar | Guia Prático do Professor
Edição: EPAL, Empresa Portuguesa das Águas Livres S.A.
Autor: Paulo Sanches
Design gráfico e paginação: António Carva- lho (EPAL/CEA)
Fotografia: Alexandre Pona, Fernando Correia
Revisto por : Gervásio Del Bono- Selecionador Nacional de Padel Nuno Mateus – Director da Formação da Fede- ração Portuguesa de Padel
I mpressão e acabamento: Página Ímpar
1ª edição dezembro, 2018, 3000 exemplares
ISBN : 978-989-8490-05-
Dep. Legal: 11111111111
PADEL ESCOLAR | GUIA PRÁTICO do PROFESSOR
A MODALIDADE DE PADEL tem registado, nos últimos tempos, um enorme cres-
cimento no panorama desportivo nacional. Reconhecendo a importância dos jovens
para a sustentabilidade desse crescimento, a Federação Portuguesa de Padel e a
Direcção-Geral da Educação celebraram, no passado dia 17 de novembro de 2017, um
"Protocolo de Cooperação Institucional" para o desenvolvimento da modalidade.
Para alcançar esse propósito, a Federação Portuguesa de Padel implementou a nível
nacional um ambicioso “Programa de Desenvolvimento do Padel Escolar”.
Um dos eixos de intervenção desse programa, na divulgação da modalidade por
todos os estabelecimentos de ensino, públicos ou privados, é o papel do Professor de
Educação Física. Surge assim este guia prático do professor, como ferramenta que
visa cumprir com uns dos principais propósitos desta Federação: levar o “Padel” ao
maior número possível de jovens.
Este é o nosso dever e bandeira pois “o futuro estará sempre nos jovens”
Presidente da Federação Portuguesa de Padel
PADEL ESCOLAR | GUIA PRÁTICO do PROFESSOR
História e Evolução do Padel
INÍCIO dos ANOS 70 | O Padel teve início quando o mexicano Enrique Corcuera teve a ideia de cons-
truir na sua casa em Acapulco um campo de Ténis. Como não tinha espaço suficiente, fez uma série
de adaptações, construiu muros à volta do campo para impedir que as bolas fossem para o seu vasto
jardim e que a vegetação invadisse o seu campo. Nasceu assim aquele
que conhecemos como Padel moderno.
As medidas do campo de Enrique Corcuera são as mesmas que ainda se
utilizam. Uma superfície de 200 m2 com parede de fundo de 4 metros e
laterais de 3 metros.
1974 | Nasce o Padel em Espanha, Alfonso Hohenlole, amigo de Enrique no seu regresso a Espanha, e depois de estudar e aperfeiçoar al- guns detalhes do campo e regras de jogo, cons- truiu os primeiros campos de Padel no clube de Marbelha. Assim começou a promoção do Pa- del entre os seus amigos da classe alta que se apaixonaram rapidamente. O êxito que teve foi tão grande em tão curto espaço de tempo que atraiu figuras importantes a jogar e que come- çaram a promover e organizar torneios em toda a Costa do Sol, onde diversos clubes começaram a construir os próprios campos
Em 1975 , um grande amigo de Al- fonso de Hohenlohe, Julio Mendite- gui, conhecedor do êxito do Padel em Espanha, decide importar o desporto para a Argentina, onde em poucos anos obteve um êxito sem prece- dentes, convertendo-se no segundo desporto mais praticado no país, com mais de 2 milhões de jogadores e 10000 campos construídos.
1990 | Na década de 90 já existiam 2 campos no Lisboa Racket Centre, mas a sua utilização era meramente para aulas de Mini Ténis.
Campo original de Enrique Corcuera
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=
10 +/- 0,
6,
0,
Linha central de serviço
Regras do Padel
O Padel é sempre jogado aos pares (dois jogadores em cada uma das duas equipas).
Campo de Padel , dimensões: Retângulo 10 metros largura / 20 metros comprimento
Dividido ao meio por uma rede (altura a meio de 88cm e nas pontas 92cm). A uma distância de 6,95m estão as linhas de serviço, paralelas à rede. Cada metade do campo é dividida a meio pela linha central de serviço. Altura mínima livre de 6 me- tros (novas construções altura mínima de 8 metros) onde nenhum elemento invada este espaço (como luzes de iluminação).
O solo poderá ser de betão poroso, cimento, madeira, materiais sintéticos, relva artificial ou qualquer mate- rial que permita um ressalto regular da bola.
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PADEL ESCOLAR | GUIA PRÁTICO do PROFESSOR
A bola | Deve ser uma esfera de borracha com uma superfície unifor- me branca ou amarela. O seu diâmetro deve medir entre 6,35 e 6,77 cm e o seu peso será entre 56,0 e 59,4 g.
A raquete | É composta por ca- beça (comprimento máximo com cabo de 45,5cm, espessura máxima 38mm) e cabo (comprimento máximo 20cm, largura máxima 50mm).
Deve a raquete ter um cordão ou correia não elástica (com- primento máximo 35cm) para prender no pulso do jogador.
A área de con- tacto poderá ter um número não limitado de furos cilindricos de 9 a 13mm de diâmetro, de superfície lisa ou rugosa.
PADEL ESCOLAR | GUIA PRÁTICO do PROFESSOR
Regras básicas do jogo
A bola será jogada de forma alternada por cada dupla. A bola está em jogo desde o momento em que se execute o serviço e não ocorra um “ let ” ou o ponto esteja decidido. Se a bola bater em qualquer elemento do campo depois de bater no solo continuará em jogo e deverá ser devolvida antes de bater pela segunda vez no solo. Consideram-se elementos do campo a parte interior das paredes, a malha metá- lica que fecha o campo, o solo, a rede e os postos da rede. O quadro que sustenta a malha soldada é tido como fazendo parte da malha metálica.
um dos jogadores, a sua raqueta ou qualquer objeto que tenha consigo toca na rede, postes ou em alguma parte do campo adversário, incluindo o solo e malha metálica; a bola bate pela segunda vez no campo antes de ser devolvida; o jogador devolver a bola antes desta ter passado a rede; o jogador devolver a bola diretamente ou depois de ressaltar primeiro numa das
paredes do seu lado de forma a que sem bater no solo primeiro bata numa das pa- redes do lado contrário, na malha metálica ou nalgum objeto alheio ao campo que esteja no solo; um jogador bate duas vezes seguidas na bola; depois de bater na bola, esta toca o próprio jogador, o seu parceiro ou a qualquer obje- to que tenham consigo; a bola bate contra um dos jogadores, sem ser na sua raqueta, depois de golpeada pela dupla adversária; o jogador falha o seu segundo serviço;
a bola depois de golpeada ressaltar direta- mente no campo contrário ou se ressaltar primeiro nas paredes/vidros do próprio lado e depois for ressaltar no campo con- trário; a bola ressaltar no campo contrário e de- pois for bater na malha metálica ou numa das paredes; a bola tocar na rede ou nos seus postes e de seguida ressaltar no campo contrário; se a bola bater na junção da parede ou malha metálica com o solo.
Pontuação- Quando o par ganha o seu primeiro ponto diz-se”15-0”, seguindo-se o “30-0”, “40-0” e ao quarto ponto diz-se “jogo”. Se os pares estiverem empatados diz-se “iguais” e no ponto seguinte diz-se vantagem, caso a vantagem ganhe o ponto seguinte será jogo. Os encontros disputam-se à melhor de 3 sets , existindo as respectivas adaptações nalguns torneios. Cada “set” joga-se até aos 6 jogos com diferença de 2, caso haja igual- dade ao 6-6, disputa-se o “ Tie-Break.
te como um martelo, ou dando-lhe um “aperto de mão”.
PADEL ESCOLAR | GUIA PRÁTICO do PROFESSOR
Aspectos Técnicos do Padel
Pegas | É a forma como se segura a raquete:
É muito importante o modo como se segura a raquete , dado que vai condicionar, o tipo de execução
técnica, o controle da bola, os efeitos a dar à bola, etc.
As pegas mais utilizadas no Padel são 3, a saber; Pega Continental, Este de Direita e Este de Esquerda.
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Pega Continental
Características da Pega Continental:
É a pega mais versátil do jogo, a mais polivalente e natural. Utiliza-se para o gesto técnico de di- reita, esquerda, volei direita e esquerda, serviço, resposta ao serviço, saídas de vidro de direita e esquerda, smash e bandeja.
Fundamental para o nível de iniciação, dá mais estabili- dade ao segurar a raquete e permite um contato sólido e correto.
Á medida que vamos evo- luindo no jogo aparecem as outras duas formas de segurar a raquete;
Este de direita- Partindo da pega continental, roda uma aresta da raquete para o lado direito.
Este de esquer- da- Partindo da pega Continental, roda uma ares- ta do punho da raquete para a esquerda.
PADEL ESCOLAR | GUIA PRÁTICO do PROFESSOR Deslocamentos no Padel
O deslocamento no padel é funda-
mental, o facto de ser uma atividade
dinâmica, leva a que o jogador tenha
de entender como se mover:
Com bons apoios teremos mais estabilidade. Passos curtos e rápidos- per- mite-nos manter o equilíbrio corporal e é mais fácil realizar os ajustes necessários para o posicionamento em relação à bola. Passos largos- apenas em situações de recurso.
Não se deve cruzar os pés.
Os tipos de deslocamento serão: Laterais, provavelmente o des- locamento mais importante de todos. Para a frente; movimento na- tural da corrida, utilizado para subir à rede E à retaguarda, quando é ne- cessário recuar para alcançar a bola.
SENTIDO
DIREÇÃO
mento, chego mais rápido à bola, de forma equilibrada e controlada, a partir daqui posso preocupar-me em dirigir a bola na resposta. Se tenho um mau deslocamento, chego tarde à bola, sou lento e pouco coordenado, coloco-me mal e jogo de forma desequilibrada.
PADEL ESCOLAR | GUIA PRÁTICO do PROFESSOR Gesto Técnico de Direita
Partindo da posição de atenção...
Ombros e cintura rodam para a direita, iniciando uma preparação média da raquete, à altura da cintura, para bolas de altura média ou preparação baixa, fletindo as pernas para bolas baixas…
Deslocamento para a bola e o contato será efectuado à frente do corpo para bolas planas ou ao centro do corpo para bolas cortadas, transferindo o peso do corpo para a bola...
termina a raquete à frente e em cima.
PADEL ESCOLAR | GUIA PRÁTICO do PROFESSOR Saída de Vidro de Direita e de Esquerda
Partindo da posição de atenção...
Ombros e cintura rodam para o lado para onde se deixou passar a bola, de seguida inicia uma preparação média da raquete, a altura da preparação da raquete depende da altura onde a bola irá bater no vidro.
Deslocamento à retaguarda com passos laterais, colocando-se segundo a regra “Vidro, Jogador, Bola”, de seguida efectua o con- tato com a bola à frente…
Termina a raquete à frente…
PADEL ESCOLAR | GUIA PRÁTICO do PROFESSOR Balão
O balão pode executar-se tanto antes como depois da bola bater no vidro, inclusivamente por vezes com o vólei. Tecnicamente respeita todas as características do gesto técnico que estejamos a utilizar.
A variação pode estar na abertura dos cantos da raquete para se poder impactar a bola por baixo, a colocação das pernas por baixo da altura à qual queremos impactar a bola e a terminação do gesto para cima..
É um gesto técnico que requer muita precisão, não se realiza com potencia e portanto a raquete coloca-se perto do ponto de impacto.
PADEL ESCOLAR | GUIA PRÁTICO do PROFESSOR Volei de Esquerda
Partindo da posição de espera...
Ombros e cintura rodam sobre o pé que vai executar o batimento deixando o tronco semi-aberto. Os pés ficam fixos com o peso do corpo sobre o pé que vai executar o bati- mento. A raquete coloca-se á frente com uma ligeira pronação do pulso nunca passando o nível dos ombros. Com um ângulo aproximado de 45 graus e o grip da raquete apontado para o solo. A mão não dominante segura no coração da raquete.
O ponto ideal de contacto é no centro do corpo e ao nível do ombro direito (para jogadores dextros). O pé direito move-se para a frente coincidindo com o impacto da bola na raquete e é este movimento que faz com que seja transferido o peso do corpo para a frente, imprimindo veloci- dade à bola.
Em nenhum momento devemos efetuar um movimento de pulso e a cabeça da raquete termina da mesma forma que começou, com a cabeça voltada para cima e o grip apontado para baixo. O braço esquerdo move-se para trás permitindo existir um equilíbrio do corpo. A terminação deverá ser curta mantendo a raquete à altura do impacto e apontando para a direção escolhida
PADEL ESCOLAR | GUIA PRÁTICO do PROFESSOR Smash Plano
Partindo da posição de atenção...
O primeiro a fazer quando percebemos que o rival vai jogar um balão é o que se conhece como “3 em 1”: rodamos colocando o pé direito por trás do esquerdo para ficarmos de lado, levan- tamos a raquete deixando o cotovelo por cima do ombro e o pulso sobre o cotovelo, e apontamos para a bola com a mão esquerda. Movimentamo-nos com pequenos passos laterais para nos colocarmos por trás da bola.
O ponto de impacto dá-se com o braço esticado. Os ombros e a cintura rodam à procura da bola. O pulso tem uma função importante no momento do impacto fazendo um gesto como se quisesse cobrir a bola por cima. O apoio faz-se sobre o pé esquerdo, o calcanhar do pé direito levanta-se para transferir o peso do corpo.
A terminação é pelo lado es- querdo do joelho esquerdo.