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Pacientes com necessidades especiais, Resumos de Odontologia

Estudo de tratamento odontologico de pacientes com necessidades especiais, biossegurança, materiais dentários, odontologia hospitalar, sindromes cromossômicas, grávidas, crianças

Tipologia: Resumos

2023

À venda por 04/03/2024

estefany-mendes-5
estefany-mendes-5 🇧🇷

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Pacientes com necessidades especiais
Introdução
O ser humano é um ser psicossocial. O ser
humano é um ser com diversas necessidades
diversas.
Os pacientes com necessidades especiais são
aqueles cuja harmonia foi ROMPIDA, e esses
indivíduos fazem parte do nosso cotidiano.
(deve estar claro que se fala que o paciente
tem necessidade especial, e não é um portador
de necessidade especial).
Conceito de deficiência:
Estamos nos referindo às necessidades
especiais de que o paciente é portador.
DECRETO 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999
Regulamenta a Lei 7.853, de 24 de outubro
de 1989, dispõe sobre a Política Nacional
para a Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência, consolida as normas de proteção,
e outras providências.
Art. Para os efeitos deste Decreto,
considera-se e define-se a : I - deficiência
II - deficiência permanente III -
incapacidade
Art. É considerada pessoa portadora de
deficiência a que se enquadra nas seguintes
categorias: I - deficiência física
II - deficiência auditiva (pode ser total ou
parcial)
III - deficiência visual (pode ser parcial ou
total)
IV - deficiência mental -
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Pacientes com necessidades especiais

Introdução O ser humano é um ser psicossocial. O ser humano é um ser com diversas necessidades diversas. Os pacientes com necessidades especiais são aqueles cuja harmonia foi ROMPIDA, e esses indivíduos fazem parte do nosso cotidiano. (deve estar claro que se fala que o paciente tem necessidade especial, e não é um portador de necessidade especial). Conceito de deficiência: Estamos nos referindo às necessidades especiais de que o paciente é portador. DECRETO Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999 Regulamenta a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, considera-se e define-se a : I - deficiência II - deficiência permanente III - incapacidade Art. 4º É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias: I - deficiência física II - deficiência auditiva (pode ser total ou parcial) III - deficiência visual (pode ser parcial ou total) IV - deficiência mental -

V - deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências. Para compreendermos o paciente é preciso responder algumas perguntas básicas de início:

  • Qual doença o paciente apresenta?
  • Onde a doença está localizada?
  • Essa doença incapacita o paciente temporariamente ou definitivamente?
  • Essa doença altera a forma, a função ou o pensar/sentir querer do paciente? Classificação internacional de funcionalidade incapacidade e saúde No laudo médico vem a classificação, não é preciso decorar pois são várias. Existem dois códigos internacionais para classificar o paciente:
  • A classificação Internacional da Doença (CID)
  • Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) Classificação das necessidades especiais: Como o paciente chegou até você? Esses paciente já foi a outro dentista? Ele veio indicado por outro paciente? Como o paciente se apresenta? Tem alguma doença instalada? Está com alguma faculdade mental instável? Está controlado ou descompensado? Como vai atender o paciente? No hospital, no consultório? A família vai colaborar com o atendimento? - comum pedir para que a cuidadora ou alguém que tenha mais costume com o paciente vá a consulta - Penas então como vai abordar o paciente, como é a mobilidade e estabilização, um plano para o tratamento, os medicamentos que o paciente usa e o que vamos precisar de assistência geral.
  • Abordagem, mobilidade e estabilização: Abordagem diferenciada - o paciente deve ser abordado e recebido com muita atenção, com carinho, empatia, leveza e paciência. (deixe o paciente se apresentar primeiro para saber como você vai agir, para não ser invasivo; não use apelidos ou gírias). Mobilidade - na hora de receber o carinho tenha muito cuidado, pois o paciente pode ser cadeirante, ter membros amputados ou mobilidade reduzida e deve-se retirar obstáculos que podem estar no caminho para que seja mais fácil a locomoção desse. Estabilização - é necessária em casos de pacientes não colaborativos ou que não se adaptem a cadeira bem; a estabilização deve ser feita da melhor maneira possível, conversando e fazendo com que o paciente se sinta melhor e mais confortável. Plano de tratamento - deve-se sempre primeiramente pensar no que está incomodando mais, no que está mais urgente. Normalmente a estética não é mais importante para esses pacientes, mas caso haja a possibilidade, ela deve ser prezada. Medicamentos - PNE geralmente tomam muito medicamentos, por isso, deve-se tomar muito cuidado ao receitar medicamentos e até na hora de realizar os procedimentos.
  • Procedimentos: Nem todos os procedimentos podem ser realizados no paciente, pois procedimentos como implantes, tratamentos ortodônticos ou coroas de porcelana que exigem idas e vindas podem ser difíceis de serem realizadas, pois imobilizar o paciente por horas e várias vezes torna o tratamento difícil é inviável em muitos casos.
  • Anestesia geral e sedação consciente: No âmbito hospitalar pode ser usada a anestesia geral para realização de procedimentos mais complexos. Sempre fale para o paciente o que vai ser feito, para que assim ele não se assuste, mentir para o paciente não é uma boa opção.

referência para as decisões e definições da assistência à saúde bucal no país.

  1. Odontologia no SUS Os cirurgiões dentistas (CD), auxiliares de saúde bucal (ASB) e técnicos de saúde bucal (TSB), a equipe assume a responsabilidade por determinada população de um território definido, onde desenvolvem suas ações. Integram-se em uma rede de serviços, de maneira que garanta atenção integral dos indivíduos e famílias, assegurando-se referência e contra referência para os diversos níveis do sistema de problemas identificados na atenção básica. Em 2004 foi lançado o Programa Brasil Sorridente, a primeira política estruturada da saúde bucal da história, articulando em três níveis de atenção: primária, secundária e terciária. Sendo que o SUS prevê que todos os níveis de atenção funcionem em rede, não estabelecendo hierarquia entre elas, sendo a atenção primária à ordenadora do cuidado. A princípio, o paciente é recebido em uma atenção primária pelo CD. Nesse nível de atenção o CD faz serviços básicos e muitas vezes não são atendidos por especialistas; em caso de atendimento de especialistas a atenção passa a ser secundária (no CEO) e na atenção primária temos um atendimento hospitalar. Sistema Único de Saúde e Odontologia Integral e Inclusiva A Política Nacional de Saúde Bucal de 2004, traz como princípios de suas ações:
  • Gestão participativa
  • Ética
  • Acesso
  • Acolhimento
  • Vínculo
  • Responsabilidade profissional As principais linhas de ação do Programa Brasil Sorridente são: a reorganização da atenção em saúde bucal, implantação das equipes de saúde bucal, implantação das equipes de saúde bucal na ESF, implantação de Centros de especialidades odontológicas (CEO) e laboratórios Regionais de próteses Dentárias e a viabilização de adição de fluor nas estações de tratamento das águas de abastecimento público.
  1. Centros de especialidade odontologica (CEO): São unidades de saúde destinadas ao atendimento odontológico especializado no SUS, onde devem realizar as atividades:
  • Periodontia especializada
  • Cirurgia oral menor
  • Endodontia
  • Atendimento a pacientes com necessidades especiais

ANAMNESE

A Odontologia com o passar do tempo foi se subdividindo em especialidades, possibilitando ao profissional mais conhecimento na área a fim. Mas não podemos perder o foco do nosso “ todo”. O indivíduo como um todo, não podendo ser partido, dividido ou separado. Ao recebermos esse indivíduo para tratamento é necessário conhecer dados de sua história, a esse questionário de saúde damos o nome de ANAMNESE. Se o paciente te procurou, por mais que você não consiga realizar o tratamento, faça o possível para ele, mostre interesse e então encaminhe para um dentista que faça o tratamento. Através da anamnese podemos descobrir todas as lembranças, fatos, informações que norteiam o planejamento e o tratamento do paciente. Com esse levantamento de dados e a observação do nosso paciente, poderemos perceber os valores, crenças, medo, expectativas que influenciarão no sucesso ou insucesso do tratamento odontológico. O que é escutar? O que é ouvir? O profissional deve ter sabedoria, discernimento e planejamento para saber ouvir, interpretar e correlacionar os fatos a esse indivíduo. Partes componentes da anamnese A anamnese de um paciente é arquivada em fichas no qual os dados são registrados. A consulta dessa anamnese deve ser regular para que seja evitado o esquecimento desses dados.

  1. Identificação (nome, idade, responsável, endereço,...)
  2. Queixa Principal (história clínica) (quem encaminhou?, o que ele precisa?,...)
  3. Antecedentes (vivências negativas no consultório, porque saiu do outro dentista?,...)
  4. Exame físico (extra e intraoral)
  5. Avaliação comportamental
  6. Hábitos de vida Estágios da anamnese A consulta inicial é importante para colhermos evidências , e organizá-las em sete estágios:
  7. Definir a razão do atendimento do paciente, suas ideias e expectativas
  8. Considerar os fatores de riscos presentes
  9. Escolher a ação apropriada
  10. Compartilhar os problemas e as dificuldades com os pacientes
  11. Envolver o paciente no seu próprio tratamento e o encorajá-lo
  12. Usar o tempo e os recursos de forma planejada
  13. Estabelecer vínculo e assim um bom relacionamento Se o tratamento não estiver evoluindo bem , se pergunte:
  14. Estou dando o tempo necessário na minha agenda para esse paciente?
  15. Descobri o medo e as expectativas dele?
  16. Estou sendo sincero o necessário? Quais meus sentimentos podem ser positivos nesse momento?
  17. E repensar: as coisas não estão indo tão bem, vamos começar de novo? Diagnóstico e plano de tratamento: Após o diagnóstico do paciente , por meio da análise da anamnese e dos exames complementares solicitados, iremos traçar um plano de tratamento com uma sequência a ser seguida. Mas para os pacientes especiais trabalhamos muito mais com exceção, não temos uma conduta padronizada. As informações aliada aos conhecimentos técnicos, e ao BOM SENSO serão nosso norte ao tratamento seguro Interpretação da anamnese Além de sabermos interpretar as evidências, devemos ter paciência para o relato do paciente. “ Há que saber interpretar o que se escuta para bem ouvir”. - Ao interpretarmos uma anamnese devemos buscar o elo perdido com o paciente, promover uma abordagem holística. Esse é o caminho que nos conduz ao diagnóstico e a cura, quando feitas de maneira consciente e precoce. BIOSSEGURANÇA E CONTROLE DE INFECÇÃO CRUZADA As medidas de biossegurança são essenciais aos profissionais de saúde que tem a obrigação de promover saúde e prevenir a infecção cruzada. Super importante a orientação da equipe de saúde bucal e sua organização em relação as normas adotadas para esterilização, desinfecção , cuidados com o ambiente com o gerenciamento de resíduos, com o embasamento técnico-científico.

Biossegurança Odontológica

As práticas odontológicas têm uma grande variedade de procedimentos, que incluem desde um simples exame clínico até uma cirurgia complexa. E qualquer procedimento realizado possui seu risco biológico, químico e também físico. Portanto a Biossegurança através das normas e procedimentos seguros, irá diminuir ou eliminar os riscos do paciente. Visando assim à saúde e o bem-estar da equipe de trabalho, pacientes, comunidade e meio ambiente. (há um risco de perfuração e acidentes no consultório, é importante também passar todas as informações de biossegurança para a secretaria, pois geralmente é ela que faz a manipulação)

Medidas Padrão de Prevenção -

São medidas adotas na assistência aos pacientes ao manipular sangue, secreções, excreções, contato com mucosas e pele não íntegra, independente do diagnóstico definido. Incluímos a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) para reduzir a exposição da equipe atuante aos conteúdos contaminados e associado aos cuidados recomendados para manipulação e descarte de

Os procedimentos clínicos aliados a esses agentes, com um protocolo de utilização alternada a pacientes com alta atividade da doença e lesões de acometimento precoce teremos uma redução significativa das bactérias. Muitas vezes o paciente com necessidades especiais tem problemas na mineralização dos dentes, tem dentes mais desgastados; o que faz com que eles tenham dentes mais sensibilidade, muita dor.

  • REMOÇÃO QUÍMICA E MECÂNICA DO TECIDO CARIADO O processo de intervenção mínima pelo quadro apresentado do paciente, nos faz repensar nos paradigmas do tratamento restaurador da cárie, com o máximo de preservação das estruturas dentárias sadias e passíveis de remineralização. Em 2000, Bussadori e Miziari com o intuito de globalizar a utilização dos sistemas de remoção química e mecânica do tecido cariado lançaram o Papacárie , um gel de papaína e cloramina. A papaína é uma enzima que age como desbridante, não danifica o tecido sadio e acelera a cicatrização, tem ação bactericida, bacteriostático e anti-inflamatória. O Papacárie não afeta negativamente os dentes, apenas amolece o tecido cariado e com seu efeito bactericida ele impede que as bactérias constinuem em ação na localidade. Fica amolecida ao ponto de muitas vezes não ser necessário o uso da caneta de alta rotação. Não possui contra-indicações e pode ser utilizado tanto em decíduos quanto em permanentes. Para nossos pacientes especiais temos a grande vantagem de ser uma técnica atraumática, efetiva, com baixo custo, fácil aplicabilidade e não necessita aparatos tecnológicos. O uso do gel no serviço público é recomendado pois trata-se de uma técnica que requer pouco investimento e apresenta grande facilidade operacional.
  • CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO Os cimentos surgiram em 1972, a partir dessa data o cimento vêm se aperfeiçoando e atualmente são utilizados tanto em procedimentos preventivos quanto restauradores. É um material biocompatível, com boa adesão e que tem a liberação de flúor. Temos os CIVs convencionais e modificados, são materiais aliados por serem de fácil manipulação e aplicação, serem resistentes e tempo curto de presa. Já que muitas vezes com nossos pacientes especiais o tempo de trabalho é curto. Temos que planejar, pensar e executar rapidamente a técnica. Muitos pediatras alegam que não tem a mesma resistência/adesão e por isso não usam o ionômero. Todavia, muitos dentistas usam por ser mais facil.

- MATERIAIS RESTAURADORES ESTÉTICOS E

SISTEMA ADESIVO

Na busca por técnicas mais conservadoras, com o mínimo de desgaste de tecido sadio, e com a capacidade adesiva à estrutura dentária, as resinas e o sistema adesivo vieram para seraliados na nossa clínica diária. As resinas possuem aparência semelhante à dos dentes, insolubilidade na cavidade oral, facilidade de manipulação e baixo custo. Com a utilização desses materiais estéticos e resistentes conseguimos devolver também à função mastigatória e alcançaremos às expectativas do paciente e família. Que muitas vezes pode não conseguir expressar ACESSIBILIDADE No mundo atualmente o número de pessoas com deficiências físicas, mentais e/ou sensoriais vêem aumentando consideravelmente. A trajetória dessa pessoa vemos um histórico de marginalização, exclusão social, que dita os padrões mercadológicos de beleza. Processo, cada vez mais adotado, com qual a Odontologia está cada vez mais empenhada. Fagundes e Scarp afirmam que a exclusão e a segregação dos portadores de deficiência são vinculadas à existência de obstáculos, logo é necessário remover essas barreiras, e ou cuidar para que elas não venham a existir. Isso é tratar da inclusão social e consolidar os direitos humanos. A importância de adequar os espaços para todos vem sendo absorvida gradativamente pelos responsáveis por criar espaços, objetos ou produtos. Esse conjunto de ações faz parte de um processo, cada vez mais adotado, com qual a Odontologia está cada vez mais empenhada.

  • MARCOS LEGAIS Em 2004, o Brasil foi eleito um dos países mais inclusivos das Américas pela Internacional Disability Rights Monitor (IDRM). Um dos seis requisitos para a classificação é a existência de dispositivos legais que garantem a proteção das PCD. Contudo ainda que o Brasil disponha dessa legislação ainda há uma grande dificuldade em implantá-la. A efetivação da acessibilidade não depende somente de mudanças estruturais, mas também, principalmente de uma mudança cultural e de âmbito legal. Atento a tais questões o Governo Federal em 2004 lançou uma nova etapa na Odontologia com o Brasil Sorridente, criando uma política comprometida com as desigualdades e a inclusão por meio do CEO e o Programa Viver sem limites. Ao montar um consultório devemos pensar se tem rampa de acesso para cadeirantes, barras nos banheiros, espaço o suficiente na porta e para circulação dentro do ambiente do consultório. CRIANÇA ESPECIAL A Odontologia para crianças especiais é uma área de atuação delicada, respeitando sempre o limite do outro e lembrando que as memórias positivas daquele momento farão parte do seu sentir por toda a vida Ter necessidades especiais está relacionado com inúmeras situações, entre elas alterações que ocorrem durante o período gestacional, durante o parto ou aquelas adquiridas no decorrer da vida. A criança especial sempre vai chegar no consultório trazendo um medo, um pânico; é necessário que o CD acolha os pacientes e os familiares, saiba ouvir e tratar da forma correta, não ser invasivo e levar segurança ao paciente, para que ele não se sinta com tanto medo mais. E que o vínculo seja criado precisamos de que?
  • Ética e amor
  • Agir com o coração
  • Gostar de gente
  • Estar aberto para novas situações
  • Perceber e aceitar as diferenças Durante a consulta , o foco de luz estivesse em seus olhos? E se começasse a bater fortemente os instrumentais na bandeja? O cheiro forte do medicamento, e o calor intenso? Para uma criança especial os estímulos podem chegar de forma distorcida, exacerbados ou minimizados, dependendo do seu comprometimento. PACIENTES ONCOLÓGICOS O câncer é uma doença cujos mecanismos são desconhecidos e podem ser devastadores. Mas com a evolução da ciência muitas opções foram

- MANIFESTAÇÕES BUCAIS PRESENTES NA

GRAVIDEZ:

  • Gengivite gravídica, estado gengival provocado pelo aumento da vascularização da gengiva e da resposta exagerada aos fatores locais pelos tecidos moles do periodonto. O controle desse quadro é obtido com medidas adequadas de higiene. (pois tem altas e baixas hormonais)
    • Hiperplasia gengival
  • Lesões gengivais pediculadas ou sésseis
  • Candidíase CUIDADOS NECESSÁRIOS :
  • No primeiro trimestre evitar as radiografias, se forem imprescindíveis, o avental de chumbo deverá ser utilizado em qualquer fase gestacional
  • Associar ação curativa à preventiva
  • Promover e manter a saúde bucal
  • Melhorar, recuperar e reabilitar o nível de saúde da gestante • Cuidar do estado hígido da mãe e do bebê
  • Promover educação em saúde e prevenção
  • Obter participação multiprofissional e interdisciplinar na execução de ambas as ações
  • Realizar sessões curtas, confortáveis para a mãe e o bebê
  • Posicioná-la corretamente na cadeira odontológica
  • Dividir procedimentos odontológicos por trimestres. DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS Essas doenças envolvem três aspectos importantes: a integridade física do paciente, a integridade física do profissional e a prevenção da contaminação cruzada. Essa doença poderá desencadear uma contaminação do organismo por um patógeno que se multiplica e desencadeia uma doença característica, transmissível a outros indivíduos. Muitos pacientes podem chegar no consultório com alguma doença, sendo portadores e nem saberem que são portadores dessa doença, o CD pode então encaminhar o paciente para um profissional que faça um diagnóstico preciso e ajude o paciente. Mas nossos pacientes portadores de necessidades especiais podem estar com sua imunidade comprometida, fazendo uso de medicamentos que podem piorar a baixar a imunidade. Assim o profissional deve se preocupar em ter uma perfeita comunicação com o médico que acompanha nosso paciente, a fim de conhecer os fármacos utilizados no tratamento médico, efeitos sistêmicos e bucais. Podemos observar lesões como candidíase, queilite angular, leucoplasia pilosa, gengivite, periodontite, aftas, herpes, sarcoma de Kaposi, entre outras. SÍNDROMES CROMOSSÔMICAS É uma doença genética onde ocorrem alterações estruturais e numéricas no conjunto de um cromossomo. As síndromes são formadas na gestação, na formação do bebe acontece alterações a nível cromossômico. Com a evolução da ciência cada vez mais cedo tem se descoberto essas alterações. A partir do momento que você estuda e conhece a síndrome do paciente, há como planejar um tratamento mais adequado para ele. - Síndrome de Cornélia de Lange: É uma alteração genética hereditária de caráter autossômico dominante, a maioria dos indivíduos afetados apresenta cariótipo normal, mas numerosos pacientes apresentam alterações no cromossomo 3. Características Clínicas: Baixo peso ao nascer Desenvolvimento físico lento Braquicefalia, microcefalia Retardo mental Rosto largo, com sobrancelhas grandes e espessas Crescimento excessivo de pelo por todo o corpo Nariz elevado com narinas antevertidas Lábio superior pequeno, fino Inserção baixa das orelhas Eventual fenda palatina Dificuldades de deglutição e sucção Convulsões Problemas cardíacos Verificar a orelha da criança, pois muitas crianças com síndromes possuem alterações na orelha.

Características orais: Atresia e palato gengival (palato profundo) Podendo eventualmente apresentar fissura palatina Retardo na erupção dentária Má posição dentária Hipoplasia de esmalte Dentes pequenos Cáries, doenças gengivais e erosão provocada pelo refluxo gastroesofágico Atendimento odontológico: Devemos sempre traçar protocolos clínicos, com ênfase na prevenção precoce, com o objetivo de diminuir o aparecimento de cáries e doenças periodontais em decorrência do refluxo gastroesofágico. O tratamento restaurador cirúrgico não apresenta nenhuma restrição, com exceção do paciente portador de malformação cardíaca. É um paciente de má higienização oral, por isso apresenta muitos problemas periodontais.

  • Síndrome de Cri-Du-Chat: É uma doença genética Rara, também conhecida como síndrome do miado de gato. O diagnóstico clínico precoce é feito ao nascer, com base no choro. em razão de sua má formação na laringe, sendo o diagnóstico confirmado por uma análise citogenética. Caracteriticas clínicas: Microcefalia Assimetria facial Orelha de implantação baixa Hipertelorismo ocular Queixo protraído (para trás) Malformações cardíacas Anomalias renais Caracteriticas orais: Micrognatia Palato profundo Má oclusão Hipoplasia de esmalte Doenças periodontais e cáries

Características orais: Anomalias de estruturas na linha média, incluindo lábio leporino e fissuras palatinas. Atendimento odontológico: Em decorrência das complicações da sobrevida desse paciente é curta, mas compete ao dentista acompanhar e promover saúde por meio de orientação aos pais e responsáveis.

  • Síndrome de Prader-willi É um distúrbio neurogenético causado pela falta de uma pequena parte de um dos pares de cromossomo 15. O diagnóstico precoce, feito até 2 anos de idade, antes da instalação da obesidade, que é a principal causa de morbidade e mortalidade dos pacientes portadores dessa síndrome. Características clínicas: Hipotonia Neonatal grave Alterações do sono Distúrbios psiquiátricos e comportamentais Déficit de crescimento Retardo no desenvolvimento psicomotor baixa estatura Transtorno obsessivo compulsivo (obesidade é a principal causa de morte entre eles) Características orais: Hipotonia da musculatura facial Dentes excessivamente desgastados Boca pequena Lábio superior curto Saliva espessa Hipoplasia do esmalte Palato ogival Apinhamento dentário Respiração bucal Cáries e gengivites causadas pela má higiene e pouca secreção salivar Atendimento odontológico: O dentista entrará em ação com uma equipe multidisciplinar, para constituir um plano alimentar e assim diminuir o risco de cárie e doença periodontal. O vínculo paciente-dentista será constituído assim as consultas de retorno com um tempo mais curto será favorável. SÍNDROME DE DOWN A síndrome de Down é uma alteração cromossômica que acontece no cromossomo 21 ou também chamada de trissomia do cromossomo 21. Essa síndrome pode acontecer de três maneiras: Trissomia simples do cromossomo 21 - ocorre disjunção dos cromossomos na fase pré-zigotica. Migração da parte ou de um cromossomo inteiro que se liga a outro cromossomo - translocação Mosaicismo - distribuição de algumas células com 47 e outras com 46 cromossomos.

Tem uma grande recorrência na população mas está aumentando, isso pois as mulheres estão tendo filhos mais tarde. A síndrome apresenta innumeras particularidades Como: cardiopatias, hipotiroidismo, sistema imunológico deficiente, audição diminuída, Associação também Alzheimer, hipotonia muscular e alterações oculares. Essas crianças possuem uma linguinha muito solta. Manifestações orais: Doença periodontal - ocorre em qualquer região da cavidade oral, desde pequenos, mas a principal instalação é entre os incisivos inferiores. Sua etiologia pode estar envolvida com má higiene oral, cálculos dentários, má oclusão, falha no metabolismo de colágeno relacionado com sistema imunológico deficiente. Manifestações orais: Dentes: temos uma agenesia dental, atraso na erupção dentária tanto na dentição decídua quanto permanente. Tem mordida aberta devido a língua projetada para frente. A oclusão é afetada, por isso precisam de fonoaudióloga para conseguirem falar alguns sons. Tem hipodesenvolvimento da maxila em relação a mandíbula. Podem apresentar na lingua macroglossia (língua maior que o tamanho normal), por isso posicionam a língua entre os lábios, protraindo-a. Apresentam a cavidade oral reduzida. Tem muitas vezes hipotonia muscular, que dificulta a fala, mastigação e deglutição, além de alguns apresentarem a língua fissurada, que causa retenção de bactérias e alimentos. Dentre esses pacientes a incidência de cárie é baixa, oque é justificado pela agenesia e atraso de erupções dentárias, o que faz com que esses dentes tenham menos acúmulo de placa. Ainda, a incidência de bruxismo é alta, o que faz com que os dentes desgastados não acumulem placa na face oclusal, pois não há sulcos profundos. (os molares geralmente já nem possuem sulcos) Precauções no consultório odontológico: O tempo de cadeira deve ser reduzido. A anamnese deve ser completa para se conseguir levantar possíveis doenças sistêmicas. Estabilização da cabeça e pescoço é necessária para evitar movimentos bruscos. Ter contato com o médico do paciente FISSURAS LABIOPALATINAS (lábio leporino) As fissuras labiopalatinas (FL+P) são anomalias congênitas que integram dois grupos a saber:

  • FL- fissuras de lábio uni ou bilateral (resultantes da falta de fusão dos processos nasais da proeminência frontal com o processo maxilar)
  • FP- fissuras palatinas (resultantes da falta de fusão, na linha mediana, dos processos bilaterais independentes do maxilar) Busca ativa e diagnóstico das FL+P: ATENÇÃO E CONDUTA MULTIPROFISSIONAL:
    • Audição:a criança fissurada tem propensão a apresentar otites de repetição e podem ter déficits auditivos que interferem no desenvolvimento de fala e linguagem.

(minimizar os efeitos das disfunções e suas consequências) seus pacientes.