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Este artigo científico aborda os riscos do desmatamento para o meio ambiente e a saúde das pessoas. O desmatamento afeta a camada hidrica da terra, torna a terra fragilizada e causa mudanças geológicas, além de gerar problemas de saúde para as pessoas. A pesquisa foi realizada por meio de metodologia bibliográfica, com base em livros, artigos científicos e sites de autores conceituados no assunto.
Tipologia: Resumos
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1 José Aderbal Cavalcante Tavares Melo^2
O presente trabalho intitulado “ Os riscos do desmatamento ao meio ambiente” procura abordar os riscos do desmatamento além das mudanças geológicas, mas ao meio ambiente como um todo e a saúde das pessoas. O desmatamento é um circulo que leva a vários problemas, uma árvore derrubada torna a terra fragilizada, o ambiente com menos oxigenio, afeta a camada hidrica da terra e se nesse ambiente tiver construção irregular, pode provocar tragedias ambientais. A madeira retirada desse desmatamento se utilizada para queima causa varios problemas de saúde as pessoas e ao meio ambiente e assim sucessivamente, ou seja, o desmatamento é uma roda de problemas as quais os envolvem e que foram aborados nessa pesquisa. A metodologia utilizada foi bibliografica embasada em livros, artigos científicos, revistas científicas, sites de autores conceituados no assunto. Por todo exposto, conclui-se que a prática do desmatamento que é ilegal e inconstitucional leva varios problemas aoo meio ambiente e a saúde da pessoas, gerando desastres naturais. Palavras-chave: Desmatamento. Mudanças geológicas. Desastres ambientais. Meio ambiente.
The present work entitled “The risks of deforestation to the environment” seeks to address the risks of deforestation beyond geological changes, but to the environment as a whole and people's health. Deforestation is a circle that leads to several problems, a felled tree makes the land fragile, the environment with less oxygen, affects the water layer of the earth and if in this environment there is irregular construction, it can cause environmental tragedies. The wood removed from this deforestation if used for burning causes several health problems to people and the environment and so on, that is, deforestation is a circle of problems which involve them and which were addressed in this research. The methodology used was bibliographical based on books, scientific articles, scientific journals, websites of renowned authors on the subject. For all the above, it is concluded that the practice of deforestation that is illegal and unconstitutional leads to several problems to the environment and people's health, generating natural disasters. Keywords: Deforestation. Geological changes. Environmental disasters. Environment. 1 INTRODUÇÃO O referido trabalho de conclusão de curso aborda o tema “Os riscos do desmatamento ao meio ambiente” temam este que é de grande importância diante dos altos índices de desmatamento que estão acontecendo no Nordeste, que leva a consequências irreparáveis (^1) Artigo científico apresentado ao Grupo Educacional IBRA como requisito para a aprovação na disciplina de TCC. (^2) Discente do curso Geografia.
como mudança climática, destruição da natureza, tragédias naturais entre outros riscos, como o risco a saúde das pessoas. No Nordeste, foram registrados 1.104 municípios com desmatamento, do total de 1.793, ou seja, 61,57% dos municípios tiveram supressão da vegetação nativa em 2020. Balsas, no Maranhão, lidera o ranking dos municípios que mais desmataram na região, com 28.751 hectares devastados, 327% a mais do que em 2019. O referido assunto se justifica pela necessidade de alertar, chamar a atenção das pessoas aos riscos do desmatamento, que muitas vezes leva a danos irreparáveis na vida das pessoas, nas mudanças climáticas, mudança de solo entre vários fatores que de forma geral destrói o meio ambiente. Assunto esse que deve ser abordado no ensino de geografia. O ensino de geografia na sociedade tem sua importância em várias vertentes que visem entender a dinâmica do espaço para auxiliar no planejamento das ações do homem sobre ele, ou seja, busca entender as formas de relevo, os fenômenos climáticos, as composições sociais, os hábitos humanos nos diferentes lugares, entre outros direcionamentos que são essenciais para a manutenção da vida em sociedade. Diante desse assunto, o problema da pesquisa foi: quais os riscos do desmatamento ao meio ambiente? O objetivo geral do trabalho foi abordar os riscos do desmatamento ao meio ambiente. Os objetivos específicos foram: abordar a importância das arvores ao meio ambiente; pesquisar sobre desmatamento e o meio ambiente; entender os riscos do desmatamento e as mudanças geológicas provocadas por ele. A metodologia foi uma pesquisa bibliográfica, com base em livros, artigos científicos sobre o assunto. A pesquisa foi dividida em três capítulos. O primeiro aborda sobre a importância das arvores ao meio ambiente, conceituando árvore e sua importância; o segundo capítulo traz conceito de desmatamento e o meio ambiente buscando entender um todo como a necessidade de cuidar do meio ambiente e como evitar o desmatamento; o terceiro e último capítulo buscar entender os riscos do desmatamento para o meio ambiente trazendo mudança geológicas como um todo e riscos ao futuro do planeta. 1 A IMPORTÂNCIA DAS ÁRVORES PARA O MEIO AMBIENTE
colonização agrícola e os investimentos em infraestrutura, os quais atraíram empreendedores e imigrantes em busca de terra (LAURANCE, et al .,1999). Existem em uso no mundo várias definições do que é considerada uma floresta, segundo a (FAO, 2012) a floresta é uma área de pelo menos 0,5 hectares, com arvores de pelo menos cinco metros e altura, e com uma canópia (dossel de copias que geram sombra no solo) cobrindo pelo menos 10% desta área. Mesmo assim muitas regiões não adotam este conceito ou não possuem técnicas adequadas de mapeamento o que torna a situação complexa. O Desmatamento com peso distinto em extração de espécies de arvores é um dos maiores desafios ambientais da atualidade e tem sido objeto de inúmeros estudos científicos, mas ainda é motivo de grande controvérsia, a respeito de sua extensão, e dos meios de prevenção necessários, (MICHAEL, 2012, pp.28-42). As práticas mais comuns e frequentemente ilegais da atividade madeireira produzem grandes danos colaterais à floresta, com efeito nos processos ecológicos. As perdas iniciais de carbono e as taxas de regeneração da floresta após a coleta de madeira estão intimamente ligadas a intensidade da extração de madeira, produzindo mudanças na fração da abertura da floresta, fragmentação e aumento de luz ambiental. O corte seletivo aumenta consideravelmente a vulnerabilidade da floresta ao fogo, quando o fogo entra na floresta, ele mata as arvores, aumenta a carga de combustível, elevando o risco de futuras queimadas, a erosão e a compactação do solo e a exaustão dos nutrientes está entre os impactos mais óbvios do desmatamento (VERISSIMO et al., 1992). Enquanto não se encontram uma solução cabível para essa situação ela só tende de crescer em ritmo acelerado. Segundo levantamento realizado pela Organização das Nações unidas (ONU, 2013), atualmente são desmatadas sete milhões de hectares por ano. Dessa forma isso significa não somente a perda da vegetação, mais também de várias espécies animais, e com isso o equilíbrio ecológico pode torna-se ameaçado. Dentre as consequências do desmatamento, podemos citar: o esgotamento dos solos com a intensificação de processos de erosão e desertificação, extinção de rios e lagos, graças ao maior acumulo de sedimentos, gerados pelo desequilíbrio climático, em razão da ausência das florestas (OTTOBONI , et al ., 2015, p.51) Historicamente a exploração do meio ambiente acompanhou o crescimento da população humana, e a organização das sociedades, suas principais causas vão desde
abertura de áreas para agricultura a pecuária, entre outras tantas, variam bastante de região para região, assim também como os impactos causados por estas práticas são diversificados também. Desse modo com remoção total de uma determinada área, acarreta imediatamente numa redução dramática e definitiva na biodiversidade daquela região. Com a destruição das arvores, por exemplo, desaparecem junto outros vegetais que delas dependem, como as epífitas e trepadeiras, bem como sofrem os animais que delas se alimentam ou nelas encontram refúgio habitual ou temporário se ocorrem em florestas que albergam populações isoladas ou pequenas, de espécies raras, elas podem ser extintas para sempre (OTTOBONI, et al ., 2015, p.70) Assim ao chegar em certo estágio, por causa dessa teia de inter-relações entre os seres vivos e o ambiente, com a redução da biodiversidade e possível não sobrevivência de uma determinada floresta, cessando também de beneficiar o homem com seus produtos. Os impactos ecológicos da extração seletiva estão diretamente relacionados a intensidade da extração, em termos de volume de madeira extraída por hectare, o que determina em grande parte o nível de danos colaterais que ocorrem durante e após a extração da madeira. Os métodos de exploração são desde os tradicionais até a extração de impactos reduzidos (ASNER et al., 2004, pp.765-783). A ONU, juntamente com outros órgãos, reconhecem e enfatizam sumariamente que, a solução deve levar em conta fatores locais e globais num projeto necessariamente multidisciplinar articulado em larga escala e envolver não só os cientistas, os governos, mas também e principalmente as populações rurais, por serem origem e fim de todos os processos, através da educação e incentivo diversos para com o esclarecimento a respeito dos benefícios gerado pelas florestas, e para a mudança de pensamentos e hábitos de produção e consumo que levam a exploração ambiental, conduzindo a um modelo de desenvolvimento sustentável. Temos consciência que o desmatamento, (derrubadas de espécies de arvores) é um problema ambiental que afeta drasticamente a natureza e que está acontecendo de forma devastadora nos últimos dias. As derrubadas de espécies de arvores é um dos grandes problemas ecológicos enfrentado pelo país na atualidade, “várias são as causas, dentre elas tem peso distinto, exploração madeireira, e conversão das terras para a agricultura”, afirma: (SANTANA, 2012, p.25-47).
Segundo (LIMA e SILVA, 2000) o meio ambiente é o conjunto de fatores naturais, sociais e culturais que envolvem um indivíduo e com os quais ele interage, influenciando e sendo influenciado por eles. Logo quando esse meio é atingido pelo desmatamento ele tende a sofrer mudanças geológicas que levam a destruição desses fatores naturais. O desmatamento é causado por vários fatores que levam ao uso da madeira para algum fim, seja fabricação de moveis, casas, fogueira entre outros. O Brasil já perdeu quanto de suas florestas nativas? As mesmas já não têm sofrido um intenso processo de destruição e de desfragmentação ao longo da sua história? Segundo o professor Dr. José Cláudio Flores^3 , e equipe, ao coordenar uma pesquisa para investigar o volume de madeira incinerada em fogueiras, durante a celebração da festa de São João, verificaram que só no município de Vitória da Conquista - BA, foi queimado o equivalente a 2.313 árvores, extraídas das matas para atender a grande demanda de lenha para fogueiras na noite desta festa, tradicionalmente no dia 23 de junho.(FLORES,2004) Levando em consideração a pesquisa já realizada por Flores (2004) todas as cidades do Brasil que queimam suas fogueiras nas noites de São João, São Pedro e Santo Antônio, principalmente no Nordeste, onde esta tradição é maior em termos festivos e culturais e até mesmo religioso. Os jornais em algumas épocas de festividades juninas chegam a relatar que a cortina de fumaça proveniente da queimada dessas fogueiras é tão grande que atrapalha a aviação civil e militar, tirando-lhes a visibilidade, podendo assim destacar que o Brasil se torna uma fogueira gigante. A origem da lenha utilizada nos festejos juninos, muitas vezes, é clandestina, retirada indiscriminadamente e sem controle dos órgãos governamentais, acentuando mais ainda o desmatamento das matas e florestas e levando a mudanças geológicas. Esse desmatamento desgovernado está provocando também - e isto já está sendo estudado - a desertificação de muitas regiões do Nordeste. Segundo (LIRA, 1951 apud FLORES, 2004), a queima de fogueiras é uma reminiscência do culto do fogo ou seja uma lembrança desse culto, já (LIMA, 1979 apud FLORES, 2004) relata que a queima de fogueiras durante os festejos juninos foi introduzida pelos portugueses, buscando acompanhar a tradição desses e deixando evidente uma maneira de consumir madeira, sendo a queima de fogueiras uma tradição anterior a era cristã, usada por alguns povos para saudar a chegada do verão. (^3) - Professor da Universidade Estadual da Bahia
O professor Flores e colegas quantificaram o número de fogueiras que são queimadas na noite de São João, em sete cidades do Planalto de Vitória da Conquista, quantificando 3.410 fogueiras, responsável pela queima de 2.046 m³ de madeiras. Nessa mesma pesquisa o Professor Flores e equipe ampliou a quantificação para 100 cidades baianas, onde seriam necessários 32.629 m³ de madeira para alimentar as 54.382 fogueiras, lembrando que a Bahia tem cerca de 400 municípios, onde os festejo juninos ocorrem praticamente em todos, onde se torna impraticável mensurar o volume de madeira queimada. (FLORES, 2004). Outro risco do desmatamento e os efeitos desse na saúde das pessoas, se faz uma reflexão sobre a mudança de clima, o aumento do calor, poeiras e mudanças climáticas, entre as pesquisas sobre o assunto o que chama a atenção são as fogueiras são utilizadas com diversos objetivos, tais como promover aquecimento, cozer alimentos, manter animais selvagens afastados, prática de mitos religiosos, ritos pagãos, festas e divertimento. Nas festividades juninas exclusivamente como adoração a santos, cozimento de alimento e aquecimento corporal. Se buscar entender a questão do desmatamento e as mudanças geológicas causadas por esses, se percebe que desde os antigos índios americanos, esses já realizavam o desmatamento para usar a madeira, como fabricação e barcos, coberta para tentas, usavam a fogueira para emitir sinais de fumaça para outras tribos. Cada tribo combinava antes o significado dos tufos de fumaça, e eram usados para anunciar festas, rituais, guerra ou ataque inimigo. O método da comunicação por sinais de fumaça também foi usado pelos nativos de Cuba e Austrália, se entendendo que hoje os desastres ambientais são relevantes porque o alto índice de desmatamento foi amplamente alargado para as construções desregulares e causando maiores mudanças geológicas. Ao se tratar dessas mudanças geológicas e os efeitos dessas e a necessidade da prevenção do desmatamento, existe a defesa legal, mas ao mesmo tempo existe a defesa ao meio ambiente cultural, que acaba contribuindo com o desmatamento para utilização d amadeira nas culturas, como bem relata Celso Antônio Pacheco Fiorillo (2007, p. 238) “ao se tutelar o meio ambiente cultural, o objeto imediato de proteção relacionado com a qualidade de vida é o patrimônio cultural de um povo”. Conforme o antropólogo cultural Luigi Satriani (1986, p. 41), a cultura é: O complexo dos modos de vida, dos usos dos costumes, das estruturas e organizações familiares e sociais, das crenças do espírito, dos conhecimentos e das concepções dos valores que se encontram em cada agregado social: em
A poluição ambiental seja ela qual for, traz consequências para o ser humano e sua saúde, assim, essas, precisam ser trabalhadas nas escolas e em palestras educativas pois a população em geral precisa ter o conhecimento sobre as consequências da poluição ambiental. 3.1 Poluição causada pelo desmatamento Ao se tratar da poluição causada pelo desmatamento, se faz necessário entender que normalmente esse cenário representa um caso grave de saúde pública, pois essa leva ao adoecimento de muita gente. De pode citar o ano de 2020 que devido à pandemia de covid- cresceu o número de habitantes da Amazônia afetados pelo novo coronavírus com problemas respiratórios que foram piorados pelo desmatamento. Até o final de maio de 2020, o país contabilizava 29.314 óbitos, sendo que 20% destes ocorreram na região Norte. A região registrou a maior taxa de incidência (584,6) e mortalidade (30,9) por 100 mil habitantes e conta com 107.752 casos confirmados, ou 20% do total nacional. Destaca-se com preocupação duas tendências: o avanço do novo coronavírus entre populações indígenas – até 25 de maio, eram 731 casos confirmados, 169 suspeitos e 116 óbitos entre 51 povos na Amazônia brasileira (Coiab, 2020) – e o movimento de “interiorização” da infecção. Pequenas cidades apresentaram crescimento expressivo do número de infectados (RAMALHO et al., 2020). Sob os efeitos da pandemia, a exposição à fumaça ou ao ar poluído com particulados finos (PM 2.5) oriundos de queimadas resultou em uma maior predisposição à infecção pelo coronavírus. Segundo o estudo o aumento de apenas 1 μg/m3 de PM 2.5 no ar está associado a um aumento de 8% na taxa de mortalidade por covid-19 levando a uma percepção de crime ambiental (WU et al., 2020). Segundo ainda Édis Milaré, (2011, p. 260): A Lei 9.605, de 12.02.1998, em seu artigo 54, tipificou o crime de poluição. Esse artigo, ao falar em poluição de qualquer natureza que resulte ou possa resultar em danos a saúde humana, contempla a poluição atmosférica. Ainda, no inciso II, trata do crime de poluição atmosférica qualificado, em virtude de ele provocar a retirada, ainda que momentânea dos habitantes das áreas afetadas, ou causar danos diretos a saúde da população.
Contata-se através da lei referenciada que a poluição de qualquer natureza resulta em danos à saúde, assim se tem a concepção que esses danos podem acontecer a curto ou longo prazo. São continuamente defendidos no Brasil sistemas distintos da proposta adotada da ampliação da constitucionalidade em integração com as concepções ambientalistas e contando com os movimentos sociais na efetividade da cidadania ambiental. A municipalização do Direito Ambiental pode trazer efeitos positivos ao país, desde que a Competência Municipal não seja originária, ocupando-se tão somente das questões ambientais que se limitem exatamente à jurisdição do específico logradouro, desde que não exista conflito de competência. (MILARÉ, 2011) O meio ambiente não pode esperar pela solução de questões processuais. Contrariando a onda de municipalização dos problemas que envolvem o meio ambiente a qual se tem alastrado pelo país, é importante pensar na instalação de um Tribunal Internacional contra Crimes Ambientais. Tendo assim em vista que independentemente do tipo de poluição ou quem a causou este é considerado um criminoso, seja um simples papel lançado ao rio ou uma tonelada de lenha queimada para a realização das fogueiras, os dois são crimes ambientais. Esse assunto deve ser abordado nas aulas de geografia de forma a ser colocada na mentes do jovens a importância dessa luta. Em análise a todas as ideias propostas subtendessem que a Geografia estuda a relação reciproca entre o homem e a natureza, na qual a mesma abrange uma visão ampla de mundo, que nos faz entender, como se dá essa relação em diversas partes do mundo, de maneira diferenciada dentro de cada espaço, que é construído por meio desta relação do homem com a natureza na formação territorial ao longo do tempo, analisando historicamente esse processo de desenvolvimento. É de extrema importância e se faz necessário que esse olhar geográfico chegue em sala de aula, para que seja mostrado e ensinado aos alunos, que principalmente estão acostumados com uma geografia mecanizada, ensino este que impede um raciocino voltado para os acontecimentos do mundo e espaço em que eles fazem parte, inclusive como agente transformadores do mesmo. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017, p.32), conforme citado por Silva e Junior (2018,p.32), a mesma deixa clara a contribuição do ensino
O professor de geografia tem o dever de se preocupar, de como fará e qual pratica utilizará para que sejam levados os conhecimentos adequados ao aluno, valorizando o seu cotidiano. Cabe também ao professor levar aos alunos meios para que eles entendam o verdadeiro sentido da geografia na vida do homem, ou seja, em sua vida e quais benefícios este ensino que é tão preso em sala de aula poderá lhe auxiliar lá fora, na vida em sociedade. O professor deve articular os conteúdos que são estudados na escola, para o que é vivido entre aquela comunidade, e desta forma eles venham relacionar os conteúdos estudados a própria vida e percebam essa relação intrínseca que existe entre o homem e a natureza, o espaço geográfico e a geografia, para assim entender melhor essa relação. Ao pensar na prática pedagógica a ser adotada para uma melhor aprendizagem em geografia, é importante levar em consideração o conhecimento geográfico por meio da realidade do aluno (ALMEIDA, MECIAS, 2017, p. 53). As aulas devem atrair os alunos, e para que realmente isso aconteça é indispensável que haja um planejamento por parte do professor, e que o mesmo conheça a realidade que os alunos estão inseridos para que isso seja um ponto de partida para esse planejamento. Os parâmetros curriculares nacional (PNC`s) ajuda a direcionar o currículo do ensino de geografia na educação básica, portanto é indispensável o auxílio do mesmo para o processo de ensino-aprendizagem, pois é de grande valia considerar o que o mesmo nos proporciona “é um instrumento importante no auxílio dos direcionamentos curriculares a serem utilizados na educação básica brasileira. (ALMEIDA, MECIAS, 2017, p.52) Na geografia existem categorias a serem consideradas no ensino da mesma, categorias estas que circunscreve o espaço geográfico, são elas a paisagem, o território, a região, a natureza e o lugar, no entanto, é preciso que ao se trabalhar no ensino fundamental tais categorias, faz-se necessário selecionar os conteúdos que se adequem a faixa etária dos alunos, para que os mesmos possam desenvolver seus conhecimentos de forma afetiva e prazerosa considerando assim tais categorias que os fará entender como se dá a formação da sociedade, modificação do lugar, produção da paisagem, a transformação do espaço geográfico e a construção do território, que historicamente é o homem através do seu relacionamento cultural e social que constrói.
Levando em consideração toda a pesquisa realizada sobre os riscos do desmatamento ao meio ambiente e sua ligação com as mudanças geológicas, o Direito Ambiental e a saúde das pessoas, realizou-se um estudo amplo e sensibilizador, pois as mudanças necessárias precisam surgir no âmbito educativo e perpassar ao âmbito jurídico em busca de encontrar soluções para frear o desmatamento. O desmatamento deve ser prevenido de forma ampla, através de movimentos sociais ambientalistas, Organizações Não-Governamentais, Institutos de Pesquisa, Grupos Universitários, escolas entre outros, sejam não apenas reconhecidos, mas respeitados pelos governos, assim será preciso que eles exerçam pressão isolada sobre causadores imediatos de problemas ambientais, mas sim possuam força política através da representação parlamentar e administrativa, efetivando, assim, sistematicamente, uma fonte para a criação de normas ambientais de máxima importância para a legitimidade do controle social ecologicamente coerente buscando evitar as mudanças geológicas causadas pelo desmatamento que leva a destruição do meio ambiente. A construção da consciência de cidadania ecológica e a força política dos movimentos sociais no que se referem às questões ambientais serão possíveis desde que seja revista à concepção de educação ambiental, tendo-se como objetivo a construção em cada indivíduo e a consciência da coletividade, não apenas quanto ao seu meio restrito como: bairro, cidade, amigos e família, mas abrangendo toda a população, como vítima e responsável pelos crimes ambientais causados pelo desmatamento. Com a consciência coletiva será viável iniciar a superação desta forma de sociedade visando à construção de uma totalidade orgânica que respeite o meio ambiente e respeite o homem como ser dele distinto, não sendo tratado como máquina nem como mero animal, porém como um ser pensante e prático que o ser humano é, capaz de construir um mundo cada vez mais apto à sua sobrevivência e, consequentemente, à sobrevivência das demais espécies, buscando sempre a harmonia ecológica não alcançável sob o sistema econômico- político capitalista pela falta de sensibilização, orientação e mudanças educativas. A consciência da cidadania ecologicamente ativa é aspecto central para que se entenda a importância de cuidar do meio ambiente nas sociedades humanas, pois não são os homens que têm que se adaptar à promulgação repentina de leis que não foram devidamente discutidas
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