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Dor: Conceitos, Classificação e Fisiopatologia, Esquemas de Medicina

O conceito de dor, sua classificação e fisiopatologia, explorando os diferentes tipos de dor, como a nociceptiva e a neuropática, e os mecanismos envolvidos na sua percepção e transmissão pelo sistema nervoso. O documento também discute os reflexos nociceptivos protetores e os mecanismos de ação de medicamentos para o tratamento da dor.

Tipologia: Esquemas

2025

À venda por 15/02/2025

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fernanda-carvalho-3me 🇧🇷

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REFLEXÃO:
Conheci minha turma, professora, gostei da condição da aula, teve explicação da professora como ela é e gostei do jeito e de como ela se apresentou, o
que ela vai poder nos proporcionar nesse semestre.
Minha expectativa para esse semestre é altíssima, é o período que eu realmente estou estável, o ano passado foi para aprender como funcionava todo o
sistema, aprender em como estudar. Sou esforçada, não tenho facilidade no estudo e por isso comento do esforço, porque com ele, consigo alcançar
minhas expectativas e objetivos.
A minha palavra para definir a aula foi felicidade, felicidade de ter gostado da aula, da sala, da turma, felicidade por estar no 5° período, por estar
progredindo na faculdade. Tudo depende do meu esforço, mas gostar da turma deixa o processo mais leve e isso me deixa feliz.
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REFLEXÃO: Conheci minha turma, professora, gostei da condição da aula, teve explicação da professora como ela é e gostei do jeito e de como ela se apresentou, o que ela vai poder nos proporcionar nesse semestre. Minha expectativa para esse semestre é altíssima, é o período que eu realmente estou estável, o ano passado foi para aprender como funcionava todo o sistema, aprender em como estudar. Sou esforçada, não tenho facilidade no estudo e por isso comento do esforço, porque com ele, consigo alcançar minhas expectativas e objetivos. A minha palavra para definir a aula foi felicidade, felicidade de ter gostado da aula, da sala, da turma, felicidade por estar no 5° período, por estar progredindo na faculdade. Tudo depende do meu esforço, mas gostar da turma deixa o processo mais leve e isso me deixa feliz.

  1. Conceitue e classifique a dor nociceptiva (Fisiopatologia) A dor nociceptiva é aquela que resulta da ativação dos nociceptores, que são terminações nervosas especializadas em detectar estímulos potencialmente lesivos ao organismo. Ela ocorre devido a lesões nos tecidos somáticos ou viscerais e pode ser classificada em:
    • Dor somática: Originada em músculos, ossos, pele e tecidos conjuntivos. É bem localizada e geralmente descrita como latejante, cortante ou penetrante.
    • Dor visceral: Originada em órgãos internos. É mais difusa, podendo ser referida para outras áreas, e descrita como opressiva, profunda ou em cólica. Fisiopatologia da dor nociceptiva
    1. Transdução: O estímulo nocivo ativa os nociceptores, levando à liberação de mediadores inflamatórios como prostaglandinas, bradicinina e histamina.
    2. Transmissão: O sinal é conduzido pelos nervos aferentes primários (fibras A- delta e C) até a medula espinhal, onde ocorre sinapse na substância gelatinosa.
    3. Modulação: Ocorre tanto na medula espinhal quanto em áreas superiores, podendo inibir ou amplificar o sinal doloroso.
    4. Percepção: A informação é processada no córtex cerebral, levando à experiência consciente da dor. Neuropática: vias nociceptivas apresentam alterações na estrutura e ou função, resultante de lesão seletiva do trato neoespinotalâmico (dor central) ou resultante de lesões no sistema nervoso periférico (dor periférica); pode ser mista; exemplos: herpes zóster, neuropatia diabética, dor do membro fantasma. Obs.: a dor do membro fantasma resulta da superposição de áreas vizinhas no cérebro onde a representação do membro amputado permanece ativa. Referências:
    • Guyton, A. C., & Hall, J. E. (2021). Tratado de fisiologia médica. Elsevier.
    • McMahon, S. B., Koltzenburg, M., Tracey, I., & Turk, D. C. (2013). Wall and Melzack’s Textbook of Pain. Elsevier.
  1. Diferença entre dor nociceptiva e dor não nociceptiva
  2. Vias neurais da dor (receptores, trajeto e áreas relacionadas) A dor é conduzida por vias específicas no sistema nervoso:
  3. Receptores: Nociceptores (terminações nervosas livres) localizados na pele, músculos, articulações e órgãos viscerais.
  4. Trajeto da dor:
  • Via Neoespinotalâmica (dor aguda e localizada): Fibras A-delta → Lâmina I da medula espinhal → Trato espinotalâmico lateral → Tálamo → Córtex somatossensorial.
  • Via Paleoespinotalâmica (dor crônica e difusa): Fibras C → Lâmina II e III (Substância gelatinosa) → Formação reticular → Tálamo → Córtex límbico. Referências:
  • Bear, M. F., Connors, B. W., & Paradiso, M. A. (2020). Neurociências: desvendando o sistema nervoso. Artmed.
  • Os reflexos nociceptivos protetores iniciam com a ativação de terminações nervosas livres. Os canais iônicos respondem a estímulos químicos, mecânicos e térmicos dando origem a potenciais graduados, os quais disparam potenciais de ação se o estímulo for suficientemente intenso. Os agentes químicos que desencadeiam respostas inflamatórias no local da lesão no tecido ativam nociceptores ou os sensibilizam por reduzir seu limiar de ativação. Os neurônios sensoriais primários da nocicepção terminam no corno dorsal da medula espinal. Os neurônios nociceptivos primários fazem sinapses com interneurônios nas respostas reflexas espinais ou em neurônios secundários que se projetam ao encéfalo. As respostas nociceptivas integradas na medula espinal iniciam reflexos protetores inconscientes rápidos que, automaticamente, retiram a área estimulada, afastando-a da fonte do estímulo. Os neurônios sensoriais secundários cruzam a linha média do corpo na medula espinal e ascendem ao tálamo e áreas sensoriais do córtex. As vias também enviam ramos para o sistema límbico e para o hipotálamo.
  • Via espinotalâmica/neoespinotalâmica: via da dor aguda; fibras aferentes nociceptivas primárias (19) - corno posterior da medula espinhal (2°) - funículo lateral - tálamo (3°; trato espinotalâmico; cruza para o lado oposto; núcleo ventral) - área somestésica do córtex (giro pós central); apresenta fibras tipo AS.
  • Via espinorreticular/paleoespinotalâmica: via da dor crônica; fibras aferentes nociceptivas primárias (19) - corno posterior da medula espinhal (2°) - funículo lateral do mesmo lado ou oposto (depende de qual; pode ser ao mesmo tempo) - formação reticular (39; fibras retinotalâmicas) - tálamo (49) - córtex - amígdala; apresenta fibras tipo C.

6. Mecanismo de ação do tratamento da dor e tipos de medicamentos

• AINES (ex.: ibuprofeno, naproxeno): Inibem COX-1 e COX-2,

reduzindo a síntese de prostaglandinas.

• Opioides (ex.: morfina, tramadol): Atuam nos receptores μ-opioides,

inibindo a transmissão nociceptiva.

• Antidepressivos (ex.: amitriptilina): Modulam neurotransmissores

como serotonina e noradrenalina para tratar dor neuropática.

• Anticonvulsivantes (ex.: pregabalina, gabapentina): Bloqueiam

canais de cálcio para reduzir a hiperexcitabilidade neuronal.

AINES

Referências:

• Brunton, L. L., Knollmann, B. C., & Hilal-Dandan, R. (2018).

Goodman & Gilman’s: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. McGraw

Hill.

7. Riscos da automedicação

• Interações medicamentosas: Uso incorreto pode potencializar

efeitos adversos.

• Toxicidade: Uso excessivo de AINES pode causar insuficiência

renal.

• Resistência a antibióticos: Uso inadequado favorece resistência

microbiana.

• Máscara de sintomas: Pode atrasar diagnóstico de doenças graves.

  • MECANISMO DE AÇÃO:
  • Paracetamol: não é totalmente esclarecido; não promove atividade anti-inflamatória significativa; é geralmente classificado como AINE em razão de sua capacidade de inibir a enzima ciclo-oxigenase (COX); inibe preferencialmente a COX no sistema nervoso central; atua no sítio peroxidase (POX) da enzima, diferentemente dos AINES tradicionais; essa reação é inibida em ambientes com altas concentrações de peróxido, o que explica a atividade reduzida do paracetamol em sítios periféricos de inflamação, onde os níveis de peróxido estão elevados; envolve múltiplos mecanismos: aumento dos níveis de canabinoides endógenos (Anandamida) no sistema nervoso central; ativação da via descendente endógena da dor mediada por serotonina (5-HT); recrutamento do sistema opioide endógeno de controle da dor. Obs.: as enzimas COX são responsáveis pela produção de prostaglandinas que estão envolvidas na produção de dor e inflamação em locais com lesão ou algum dano, dessa forma, inibindo as prostaglandinas, extingue-se a dor.
  • Dipirona: é um AINE; age pela inibição da síntese de prostaglandinas, prostaciclinas tromboxanos, e pela inibição reversível e irreversível da enzima ciclo-oxigenase (COX) em suas isoformas conhecidas 1 e 2; suas ações ocorrem tanto no sistema nervoso central quanto no sistema nervoso periférico.
  • Opioides: atuam a nível celular ligando-se aos receptores opióides presentes em todo sistema nervoso central (SC); os receptores opióides são ligados às proteínas G inibitórias, a ativação dessa proteína desencadeia uma cascata de eventos: fechamento de canais de cálcio voltagem dependentes, redução na produção de monofosfato de adenosina cíclico (AMPs) e estímulo ao efluxo de potássio resultando em hiperpolarização celular; assim, o efeito final é a redução da excitabilidade neuronal, resultando em redução da neurotransmissão de impulsos nociceptivos.
  • Anti-inflamatórios: a inflamação é ocasionada pelo aumento da produção da prostaglandina; para que ocorra o aumento dessa substância, é necessário que o ácido araquidônico, uma substância da família do ômega 6, sofra oxidação, que nesse caso é feita por uma enzima chamada ciclo-oxigenase; quando um anti-inflamatório é utilizado, suas moléculas competem com as enzimas ciclo-oxigenases, preenchem seus receptores e impedem que ajam sobre o ácido araquidônico, o que impede a formação da prostaglandina, com menor produção de prostaglandina pelo corpo, a inflamação diminui; existem três classes de anti-inflamatórios: não hormonais (AINEs), hormonais (corticoides) e fármacos anti-reumatoides; o mecanismo de ação dos AINEs é a inibição de uma enzima chamada ciclo-oxigenase (COX), que possui duas formas diferentes, denominadas COX-1 e COX-2.