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Livro de andré luiz, publicado pela federação espírita brasileira, conta as experiências de francisco cândido xavier ao receber mensagens de espíritos desencarnados. O texto aborda temas como a vida no mundo espiritual, a renovação espiritual e a importância da fraternidade universal.
Tipologia: Notas de aula
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2 o^ livro da Coleção “A Vida no Mundo Espiritual”
André Luiz
DEPARTAMENTO EDITORIAL Rua Souza Valente, 17 20941-040 - Rio - RJ - Brasil
http://www.febnet.org.br/
01 - Nosso Lar 02 - Os Mensageiros 03 - Missionários da Luz 04 - Obreiros da Vida Eterna 05 - No Mundo Maior 06 - Libertação 07 - Entre a Terra e o Céu 08 - Nos Domínios da Mediunidade 09 - Ação e Reação 10 - Evolução em Dois Mundos 11 - Mecanismos da Mediunidade 12 - Sexo e Destino 13 - E a Vida Continua...
Os Mensageiros
Lendo este livro, que relaciona algumas experiências de men- sageiros espirituais, certamente muitos leitores concluirão, com os velhos conceitos da filosofia, que “tudo está no cérebro do ho- mem”, em virtude da materialidade relativa das paisagens, obser- vações, serviços e acontecimentos.
Forçoso é reconhecer, todavia, que o cérebro é o aparelho da razão e que o homem desencarnado, pela simples circunstância da morte física, não penetrou os domínios angélicos, permanecendo diante da própria consciência, lutando por iluminar o raciocínio e preparando-se para a continuidade do aperfeiçoamento noutro campo vibratório.
Ninguém pode trair as leis evolutivas. Se um chimpanzé, guindado a um palácio, encontrasse recur- sos para escrever aos seus irmãos de fase evolucionária, quase não encontraria diferenças fundamentais para relacionar, ante o senso dos semelhantes. Daria noticias de uma vida animal aperfeiçoada e talvez a única zona inacessível às suas possibilidades de defini- ção estivesse justamente na auréola da razão que envolve o espíri- to humano. Quanto às formas de vida, a mudança não seria pro- fundamente sensível. Os pelos rústicos encontram sucessão nas casimiras e sedas modernas. A Natureza que cerca o ninho agreste é a mesma que fornece estabilidade à moradia do homem. A furna ter-se-ia transformado na edificação de pedra. O prado verde liga- se ao jardim civilizado. A continuação da espécie apresenta fenô- menos quase idênticos. A lei da herança continua, com ligeiras modificações. A nutrição demonstra os mesmos trâmites. A união de família consangüínea revela os mesmos traços fortes. O chim- panzé, desse modo, somente encontraria dificuldade para enume- rar os problemas do trabalho, da responsabilidade, da memória
Não falta concurso divino ao trabalhador de boa vontade. E quem observar o nobre serviço de um Aniceto, reconhecerá que não é fácil prestar assistência espiritual aos homens. Trazer a colaboração fraterna dos planos superiores aos Espíritos encarna- dos não é obra mecânica, enquadrada em princípios de menor esforço. Claro, portanto, que, para recebê-la, não poderá o homem fugir aos mesmos imperativos. É indispensável lavar o vaso do coração para receber a “água viva”, abandonar envoltórios inferi- ores, para vestir os “trajes nupciais” da luz eterna.
Entregamos, pois, ao leitor amigo, as novas páginas de André Luiz, satisfeitos por cumprir um dever. Constituem o relatório incompleto de uma semana de trabalho espiritual dos mensageiros do Bem, junto aos homens e, acima de tudo, mostram a figura de um emissário consciente e benfeitor generoso em Aniceto, desta- cando as necessidades de ordem moral no quadro de serviço dos que se consagram às atividades nobres da fé.
Se procuras, amigo, a luz espiritual; se a animalidade já te cansou o coração, lembra-te de que, em Espiritualismo, a investi- gação conduzirá sempre ao Infinito, tanto no que se refere ao campo infinitesimal, como à esfera dos astros distantes, e que só a transformação de ti mesmo, à luz da Espiritualidade Superior, te facultará acesso da fontes da Vida Divina. E, sobretudo, recorda que as mensagens edificantes do Além não se destinam apenas à expressão emocional, mas, acima de tudo, ao teu senso de filho de Deus, para que faças o inventário de tuas próprias realizações e te integres, de fato, na responsabilidade de viver diante do Senhor.
Pedro Leopoldo, 26 de fevereiro de 1944.
1 Renovação
Desligando-me dos laços inferiores que me prendiam às ati- vidades terrestres, elevado entendimento felicitou-me o espírito.
Semelhante libertação, contudo, não se fizera espontânea. Sabia, no fundo, quanto me custara abandonar a paisagem doméstica, suportar a incompreensão da esposa e a divergência dos filhos amados.
Guardava a certeza de que amigos espirituais, abnegados e poderosos, me haviam auxiliado a alma pobre e imperfeita, na grande transição.
Antes, a inquietude relativa à companheira torturava-me in- cessantemente o coração; mas, agora, vendo-a profundamente identificada com o segundo marido, não via recurso outro que procurar diferentes motivos de interesse.
Foi assim que, eminentemente surpreendido, observei minha própria transformação, no curso dos acontecimentos.
Experimentava o júbilo da descoberta de mim mesmo. Dan- tes, vivia à feição do caramujo, segregado na concha, impermeá- vel aos grandiosos espetáculos da Natureza, rastejando no lodo. Agora, entretanto, convencia-me de que a dor agira em minha construção mental, à maneira do alvião pesado, cujos golpes eu não entendera de pronto. O alvião quebrara a concha de antigas viciações do sentimento. Libertara-me. Expusera-me o organismo espiritual ao sol da Bondade Infinita. E comecei a ver mais alto, alcançando longa distância.
Pela primeira vez, cataloguei adversários na categoria de ben- feitores. Comecei a freqüentar, de novo, o ninho da família terres- tre, não mais como senhor do círculo doméstico, mas como operá-
A conversação espiritualizante tornara-se-me indispensável. Aprazia-me, antigamente, torturar a própria alma com as re- miniscências da Terra. Estimava as narrativas dramáticas de cer- tos companheiros de luta, lembrando o meu caso pessoal e embri- agando-me nas perspectivas de me agarrar, novamente, à parente- la do mundo, valendo-me de laços inferiores. Mas agora... perdera totalmente a paixão pelos assuntos de ordem menos digna. As próprias descrições dos enfermos, nas Câmaras de Retificação, figuravam-se-me desprovidas de maior interesse. Não mais dese- java informar-me da procedência dos infelizes, não indagava de suas aventuras nas zonas mais baixas. Buscava irmãos necessita- dos. Desejava saber em que lhes poderia ser útil.
Identificando essa profunda transformação, falou-me Narcisa certo dia:
Não poderia, eu mesmo, formular tão exata definição do meu estado espiritual.
Narcisa tinha razão. Suprema alegria inundava-me o espírito, ao lado de incomensurável sensação de tédio, quanto às situações da natureza inferior. Sentia-me liberto de pesados grilhões, po- rém, não mais possuía o lar, a esposa, os filhos amados. Regres- sava freqüentemente ao círculo doméstico e aí trabalhava pelo
bem de todos, mas sem qualquer estimulo. Minha devotada amiga acertara. Meu coração era bem um cálice luminoso, porém, vazio. A definição comovera-me.
Vendo-me as lágrimas silenciosas, Narcisa acentuou:
E, conhecendo meu temperamento de homem, amante do ser- viço movimentado, acrescentou, generosa:
Antes que pudesse agradecer o alvitre valioso, Narcisa foi chamada ao interior das Câmaras, a serviço, deixando-me domi-
2 Aniceto
Comunicando meus novos propósitos a Tobias, verifiquei a satisfação que lhe transpareceu do olhar.
O prestimoso companheiro deixou-me num mar de contenta- mento indefinível.
Comecei a compreender o valor do trabalho. A amizade de Narcisa e Tobias era tesouro de inapreciável grandeza, que o espírito de serviço me havia descortinado ao coração.
Novo setor de luta desdobrar-se-ia à minhalma. Não deveria perder a oportunidade. “Nosso Lar” estava cheio de entidades ansiosas por aquisições dessa natureza. Não seria justo entregar- me, de boa vontade, ao novo aprendizado? Além disso, certo da minha volta à carne, em futuro talvez não distante, a providência constituiria realização de profundo interesse ao meu aproveita- mento geral.
Misteriosa alegria dominava-me todo, sublimada esperança iluminava-me os sentimentos. Aquele desejo ardente de colaborar em benefício dos outros, que Narcisa me acendera no íntimo, parecia encher, agora, a taça vazia do meu coração.
Trabalharia, sim. Conheceria a satisfação dos cooperadores anônimos da felicidade alheia. Procuraria a prodigiosa luz da fraternidade, através do serviço às criaturas.
À noite, fui procurado por Tobias, sempre generoso, trazen- do-me a confortadora aquiescência do Ministro Genésio.
Com sorrisos afetuosos, convidou-me a acompanhá-lo. Con- duzir-me-ia à presença de Aniceto, para conversarmos relativa- mente ao assunto.
Emocionadíssimo, segui para a residência da nova persona- gem que se ligaria fundamente à minha vida espiritual.
Aniceto, ao contrário de Tobias, não se consorciara em “Nos- so Lar”. Vivia ao lado de cinco amigos que lhe foram discípulos na Terra, em edifício confortável, encravado entre árvores frondo- sas e tranqüilas, que pareciam postas ali para protegerem extenso e maravilhoso roseiral.
Recebeu-nos com extrema gentileza, o que me causou exce- lente impressão. Aparentava ele a calma refletida do homem que chegou à idade madura, sem fantasias da mocidade inexperiente. Embora lhe transparecesse muita energia no rosto, revelava o otimismo sadio do coração cheio de ideais sacrossantos. Muito sereno, recebeu todas as alegações do meu benfeitor, dirigindo- me, de quando em vez, olhares amistosos e indagadores.
Tobias falou longamente, comentando minha posição de ex- médico no plano terráqueo, agora em reajustamento de valores no plano espiritual.
Depois de examinar-me com atenção, o orientador aduziu:
lizadas em trabalhos domésticos e dezoito operários diversos. Em “Nosso Lar”, a ação que nos compete é desdobrada de maneira coletiva; mas, nos dias de aplicação na crosta terrestre, não me faço seguido de todos. Naturalmente, não se negará ao engenhei- ro, ou ao operário, o ensejo de aquisição de conhecimentos outros, que transcendem a paisagem de realizações que lhes cabem; mas, tais manifestações devem constar do quadro de esforços espontâ- neos, no tempo vasto que cada qual aufere para descanso e entre- tenimento. Considerando, pois, o serviço atual, temos interesse em aproveitar as horas no limite máximo, não só em beneficio dos que necessitam de nosso concurso fraternal, como também a favor de nós mesmos, no que toca à eficiência.
Ponderei, admirado, o curioso processo, enquanto o orienta- dor fazia longa pausa.
Após mergulhar toda a atenção em mim, como se desejasse perceber o efeito de suas palavras, Aniceto continuou:
Aniceto esboçou a expressão fisionômica de quem atinge a solução desejada, e concluiu:
E, dirigindo-se a Tobias, acrescentou:
Agradecemos, satisfeitos, e, logo em seguida a Tobias, des- pedi-me, alimentando novas esperanças.
rios invisíveis. Organizamos turmas compactas de aprendizes para a reencarnação. Médiuns e doutrinadores saem daqui às centenas, anualmente. Tarefeiros do conforto espiritual encaminham-se para os círculos carnais, em quantidade considerável, habilitados pelo nosso Centro de Mensageiros.
Fixou Tobias expressão singular, sorriu tranqüilamente e ex- plicou:
das linhas de frente. Esmagadora percentagem permanece a dis- tância do fogo forte. Trabalhadores sem conta recuam quando a tarefa abre oportunidades mais valiosas.
Algo impressionado, considerei:
Calei, emocionado, ponderando a grandeza dos ensinamentos. Meu companheiro, após longa pausa, prosseguiu observando: