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Este texto apresenta redações de alunos sobre seus sonhos, desafios e expectativas para o futuro, além de reflexões sobre a influência dos pais na vida. Os textos abordam temas como a importância da educação, o esforço para melhorar a condição de vida e a crença na responsabilidade pessoal para o sucesso ou fracasso no futuro.
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
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Os alunos da 8ª série têm o que dizer – São Paulo, 2002. 68 páginas – 14cm x 21cm
NEV - Núcleo de Estudos da Violência – CEPID – FAPESP – USP
Coordenador do Programa de Pesquisa (afastado) Paulo Sérgio Pinheiro
Coordenador (em exercício) e Coordenador de Programa de Disseminação Sérgio Adorno
Coordenadora do Programa de Transferência de Conhecimento Nancy Cardia
Responsáveis pelo Projeto Eduardo Brito, Helder Ferreira e Viviane Cubas
Diagramação, revisão e capa: Márcio Medrado
Ilustração: Eduardo Medrado
Impressão: Casa do Psicólogo
7
Finalizar a oitava série representa fechar o primeiro elo da vida escolar. É um momento muito especial na vida de todos: dos alunos e de seus pais, de seus professores, dos diretores e dos funcionários da escola. Os jovens que terminam este primeiro ciclo estarão deixando para trás amigos, primeiros colegas de escola, primeiras experiências com outros adultos que seus pais e familiares e se preparando para entrar no mundo do segundo ciclo. Nova escola, novos colegas, professores, novas rotinas, novas disciplinas, novos desafios- tudo ao mesmo tempo com a atração da novidade e com o frio na barriga que estas grandes mudanças trazem. Do passado restarão as memórias, os cadernos que serão guardados por algum tempo, até que em algum momento, em alguma mudança pouco a pouco vão se perder e algumas fotografias. Fotografias de grupo: as classes com suas respectivas professoras, fotografias dos alunos em geral tiradas em alguma sala de aulas com um mapa do Brasil como fundo, tendo na frente um rosto sorridente com uma caneta na mão e um caderno aberto na frente.
À medida que o tempo passa as fotos e as memórias ficarão mais fracas e mais e mais tendemos a nos perguntar sobre o que cada um de nós pensava naquela época: que esperanças tínhamos? Quais sonhos sonhávamos?
Reunir as redações feitas pelos alunos da 8ª^ série, que estarão encerrando sua experiência na escola de primeiro ciclo, é uma tentativa de registrar e guardar para os alunos que se formam, seus pais e seus professores e para os futuros alunos suas esperanças, suas expectativas e seus sonhos. É através destas esperanças que poderemos no futuro avaliar em que medida o país está ou não ficando mais justo, pois educar deveria ser criar as condições para que estes sonhos se transformem em realidade.
Nancy Cardia
8
O projeto “Escolas Justas e Seguras” iniciado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Francisco de Paula Vicente de Azevedo, representa um desafio para nós pesquisadores do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, tanto porque corresponde a uma mudança radical de nosso ambiente de trabalho, quanto porque envolve um público com o qual ainda não tínhamos uma experiência que parecesse plena. Dentro desta nova experiência, iniciamos nosso trabalho com o público da 5ª, 6ª e 7ª série, com o qual formaremos um grupo mais estável para permanecer com as atividades no ano de 2003, nas quais discutiremos problemas e buscaremos soluções para estes, a partir de um ambiente que valorize o diálogo. Porém, não queríamos que os alunos da 8ª série fossem excluídos do projeto como um todo, por isso surgiu a idéia de um concurso de redações que, se por um lado funciona como um projeto de inclusão participativa, por outro, ajuda-nos como uma medida para, futuramente, avaliarmos o impacto do projeto na escola com os alunos que estão iniciando este trabalho conosco. Tendo em vista a idéia da redação, pedimos auxílio aos três professores de português que lecionam na escola e aproveitamos esta ocasião para agradecer os professores Ribamar e Gleiciane, os quais se envolveram profundamente neste trabalho. Aos alunos foi proposto o tema: “Como eu imagino que vai ser o meu futuro comparado com a vida que os meus pais têm”. A participação dos alunos, ainda que incentivada pelos professores acima mencionados, foi absolutamente espontânea, o que apenas enriquece os textos que apresentamos a seguir. Em se tratando de um concurso, era nosso dever selecionar cinco redações que se destacassem do conjunto. Este destaque precisava de uma objetividade, daí pautamos nossa seleção por três critérios: adequação ao tema, originalidade e estrutura lógica (começo, meio e fim). A leitura do material foi, ao mesmo tempo, prazerosa e difícil, pois várias outras redações mereciam estar entre as primeiras. Contudo, o prêmio para todos os que participaram deste concurso é esta publicação: todas merecem ser lidas e partilhadas.
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Acredito que existam inúmeros projetos que possam ser trabalhados com nossos alunos, desde que ambos sejam devidamente instigados, no intuito de estarem se auto-afirmando, fincando alicerces para o autocrescimento. Pude, com este projeto, perceber que houve uma participação coletiva em massa, onde os alunos realmente inseriram em si a necessidade de estarem apresentando um bom trabalho. Pode até parecer brincadeira, mas o momento foi até propício a alguns estarem sanando dúvidas em relação à gramática, portanto, os realizadores do projeto estão de parabéns. Creio que, somente quando as pessoas, não só da escola, começarem a germinar em si este sentimento de amor ao próximo, com programas de apoio e ajuda aos menos favorecidos, será realmente a hora em que a educação começará a ser transformada.
Professor Ribamar Tavares Tiburtino tem 27 anos e gosta de programas culturais, TV, internet, gosta de ler, etc.
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O que esperar do futuro? Para qualquer adolescente é uma pergunta difícil de responder, entretanto, os meus alunos parecem saber exatamente o que o futuro lhes reserva, e sabem também que terão grande responsabilidade na realização dos seus sonhos e projetos de vida. Para alguns apenas um lar, uma família e trabalho para sustentá-la; para outros o desejo de transformar o mundo em um lugar melhor, e há ainda os que desejam apenas poder estudar e ter um trabalho digno e honesto. Transformar o mundo pode parecer o desejo menos visível e possível de se realizar, entretanto para alunos de periferia, estudantes de escolas públicas e bem próximos à exclusão social, ter uma família e um emprego para sustentá-la pode tornar-se um desejo irrealizável, pois sabemos que a sociedade desanima e marginaliza quem não se enquadra em seus padrões. Entretanto, nos textos a seguir teremos a oportunidade de conhecer um pouco dos alunos que fazem a diferença, alunos que não têm ilusões de conquistas fáceis, ao contrário, sabem que precisam lutar muito para conseguir o seu espaço na sociedade e que acreditam em si próprios como responsáveis pelo fracasso ou sucesso que venham a obter no futuro. E é por isso que estou aqui como educadora, para tentar ajudá-los em suas conquistas.
Professora Gleiciane O. de Morais tem 24 anos, gosta de ler e, sem hipocrisia, dar aulas.
Os alunos da 8ª série têm o que dizer
1º LUGAR
13
15 anos, 8ª A Gosta de desenhar e ouvir música ( rock ).
Os alunos da 8ª série têm o que dizer
2º LUGAR
14
16 anos, 8ª B Gosta de tocar bateria.
Os alunos da 8ª série têm o que dizer
4º LUGAR
16
14 anos, 8ª B Gosta de ler, sair, ouvir música, telefonar e esportes (gastar dinheiro).
Os alunos da 8ª série têm o que dizer
5º LUGAR
17
14 anos, 8ª A Gosta de estudar.
Os alunos da 8ª série têm o que dizer
19
14 anos, 8ª B Gosta de ler, estudar e curtir a vida.
Os alunos da 8ª série têm o que dizer
20
14 anos, 8ª B Gosta de ouvir música.