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Uma cartilha destinada aos servidores do instituto federal do pará (ifpa) que aborda a importância do fortalecimento da saúde mental no contexto do retorno gradual ao trabalho presencial após o período de pandemia da covid-19. A cartilha discute as mudanças nas relações de trabalho geradas pelas medidas de prevenção da pandemia, como o distanciamento social, e oferece sugestões de ações de autocuidado emocional para minimizar os impactos gerados pela pandemia nos processos de ensino-aprendizagem.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Serviço Público Federal Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Claudio Alex Jorge da Rocha Reitor Elinilze Guedes Teodoro Pró- Reitora de Ensino Fabio Dias Pró-Reitor de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ - IFPA AGOSTO/
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S U M Á R I O
Prezado (a) colega, Esta Cartilha tem como objetivo suscitar o fortalecimento do cuidado com a saúde mental, diante do momento especial que estamos vivendo – a retomada do trabalho presencial gradual nos Campi do IFPA, sobretudo dos serviços administrativos. Sabemos que as atividades remotas emergiram como uma alternativa possível para garantir a continuidade dos serviços prestados à comunidade, como uma medida de prevenção à COVID-19, no contexto da pandemia. Atualmente, o cenário já aponta para a possibilidade de retorno gradual às atividades de trabalho presenciais, mas ainda vivemos tempos delicados, ao considerarmos que a pandemia ainda não acabou e que, mesmo após seu término, ainda conviveremos por um logo período com os seus impactos. Nesse sentido, buscamos a compreensão da importância dos nossos serviços à comunidade e do papel da educação para o desenvolvimento intelectual, afetivo e social dos estudantes, e, portanto, nos deparamos frente a novos desafios. Nós, servidores, precisamos nos apoiar coletivamente e fortalecer a nossa saúde mental para o trabalho e no trabalho, para que possamos retornar às atividades presenciais, ainda que dentro de todas as normas de biossegurança, mas como forma de buscarmos minimizar os impactos gerados pela pandemia nos processos de ensino-aprendizagem, gerados por um período tão longo de distanciamento social. Ao final dessa Cartilha, deixamos sugestões que podem ser utilizadas por vocês em uso pessoal, como também, dentro de seus setores de trabalho, como forma de proporcionar momentos de expressão das emoções, autoconhecimento e empatia com as vivências de nossos colegas de trabalho, Um abraço fraterno, Ana Carolina, Dayra, Elana, Ingrid, Jeanne, João e Marília. APRESENTAÇÃO
e com diferentes expectativas e necessidades, que podem variar de acordo com a vivência emocional de cada um ao longo desse período. Por isso, o acolhimento emocional é tão importante. Vale ressaltar que, mesmo diante do retorno ao trabalho presencial de forma gradual pelos servidores do IFPA, o atendimento às normas sanitárias devem permanecer e se intensificar, pois a pandemia não chegou ao fim e ainda passamos por um momento delicado (SILVA, SANTOS, OLIVEIRA, 2020). Para atenuar os efeitos da pandemia, as ações de cuidados com a saúde emocional de toda a comunidade acadêmica do IFPA vão continuar e salvaguardar que o retorno às atividades presenciais supram não somente as demandas de todas as orientações de biossegurança (PORTARIA Nº 1056/2021/GAB/IFPA, DE 8 DE JULHO DE 2021), mas também de ações de apoio emocional, a fim de auxiliar na passagem por esse momento atípico. Se faz necessário, ainda, compreender o movimento de retomada das atividades presenciais das instituições de ensino em todo o país, que se justifica pela importância da educação escolar para o desenvolvimento intelectual, social e emocional dos estudantes e das famílias, na perspectiva de cuidados de prevenção e promoção da saúde física e mental. (MEC, 2020). É evidente que a preocupação com a vida é a prioridade de nossas ações, as quais continuarão a ser executadas e reavaliadas sempre que necessário. Nesse sentido, destacamos a importância de que as vivências dos servidores adquiram diferentes formas de expressão, escuta e acolhida, o que envolve um esforço coletivo de todos os servidores, tendo como foco o ser humano integral, o fortalecimento do agir em equipe, as suas capacidades criativas, o que certamente vai refletir mais adiante, quando houver possibilidade também de retomada das aulas presenciais dos estudantes.
Sabemos que muitos são os infortúnios econômicos e psicossociais decorrentes dessa pandemia. Todos nós passamos ou conhecemos quem sentiu ou sente reações emocionais ou pensamentos bem diferentes daqueles que se tinha antes da Pandemia de COVID-19 , do período de distanciamento social , do trabalho remoto e porque não do retorno ao trabalho presencial. Aqui, destacamos o trabalho e o trabalhador, pois, Padilha e Grossi ( apud RIBEIRO et al, 2011) o trabalhador expressa o bem-estar no seu ambiente de trabalho quando adquire o equilíbrio entre suas expectativas em relação à atividade a ser executada e a concretização destas. Esse bem-estar se manifesta como um fator da qualidade da saúde pessoal e subjetiva como: segurança, afeto, apoio, reconhecimento social e as importantes práticas de autocuidado. Neste período permeado por inúmeras mudanças, as autoras Sardinha, Reis e Aquime (2020) destacam que adaptar-se emocionalmente produz respostas fisiológicas e emocionais que podem afetar nosso sistema imunológico e a condição de saúde física e mental, sendo fundamentais ações de autocuidado emocional. Acreditamos que cada um de nós já ouviu falar de saúde física e mental nesta Pandemia. Nessa sessão falaremos sobre o “Autocuidado emocional”, que, a partir da ótica psicológica, tem muito a contribuir para a sua saúde emocional, uma vez que os momentos de crise e mudança podem ser também tempos de renovação, oportunidades de aprendizado e crescimento pessoal. Conceitualizando, segundo Neves e Wink (2007) o autocuidado é considerado um processo de base afetiva, cognitiva e comportamental, que é desenvolvido ao longo do nosso ciclo de vida, sendo consolidado quando a pessoa assume responsabilidade sobre a própria vida com ações que objetivam ampliar as possibilidades de saúde e bem estar, ou seja, o autocuidado emocional pode ser entendido como ações de cuidado executadas em prol de sua própria saúde emocional. 2 AUTOCUIDADO EM SAÚDE MENTAL
Para finalizar, sugerimos algumas estratégias de autocuidado para você praticar na sua rotina: ● Selecionar o conteúdo que absorve diariamente; ● Cultivar o desenvolvimento cognitivo e ampliar conhecimentos, tais como: aprender ou desenvolver idiomas, visitar sites, museus virtuais e serviços de entretenimento...; ● Manter contato com a sua rede de amigos, familiares e conhecidos; ● Procurar se autoconhecer e cuidar dos sentimentos; ● Avaliar novas e/ou conhecidas estratégias de autocuidado da própria vivência existencial em situações de dificuldades com vistas a implementá- las; ● Fazer momentos de pausa ao longo do dia, para se recompor e refletir sobre preferências e prazeres. (Reflita como estão sendo atendidos); ● Encontrar novos prazeres ou resgatar alguns esquecidos, como proximidade com a música, filmes, prazer em cozinhar, organizar a casa, cuidar de plantas, animais, do carro; ● Aprenda a se perdoar, se respeitar e se necessário, faça psicoterapia.
Você já deve ter algum dia lido, escutado ou visto em algum lugar a famosa citação do filósofo chinês Lao-Tsé (s/d): “Quem conhece os outros é inteligente. Quem conhece a si mesmo é iluminado (...) ”. E já parou para refletir que ela trata sobre o processo de autoconhecimento? No Dicionário Aurélio (FERREIRA, 2010), autoconhecimento é o conhecimento de si mesmo. Ao se autoconhecer, você entende melhor quem é, o que quer e como chegar lá, auxiliando no processo de tomada de decisões da vida pessoal e profissional. O processo do autoconhecimento ocorre quando nos damos a oportunidade de expandir nossas mentes para o conhecimento, de quebrar os paradigmas estabelecidos no decorrer da vida e que ficam guardados em nossa mente. Paradigmas nos quais baseamos nossas percepções, onde entendemos, analisamos e modificamos o mundo exterior. As subjetividades que ajudam a compor a aprendizagem quer sejam no âmbito formal ou informal, contribuem positiva ou negativamente neste processo. Os paradigmas funcionam como hábitos e nos ajudam a resolver problemas do dia a dia, mas também funcionam como vícios, nos impedindo de ver novas oportunidades (ARAGÃO, 2016). 3 O PROCESSO DE AUTOCONHECIMENTO Se o autoconhecimento é um tema importante para todo e qualquer ser humano que queira realizar o processo de construção de si mesmo de forma consciente e rumo à integração dos muitos fios que tecem a complexidade de nossa condição humana, ele é, de modo especial, fundamental aos educadores. Afinal são esses profissionais os responsáveis em grande medida, pela iniciação das gerações aos processos pelos quais construímos como seres humanos no mundo (ESPÍRITO SANTO, 2007, p.9). Assim, o autoconhecimento é uma investigação a respeito da própria essência, buscando conhecer melhor quais são suas características, gostos, inclinações e sentimentos. É o conhecimento íntimo de você mesmo, onde se
Então, após aproximadamente um ano e meio de Pandemia da COVID-19, em que cada um de nós buscou estratégias pessoais e coletivas para enfrentar essa nova dinâmica de vida e especificamente falando de saúde mental neste processo de retorno ao trabalho presencial, fica o convite para essa busca em trabalhar o seu processo de autoconhecimento.
Se pararmos para analisar, todos os dias cada um de nós vivencia um leque de emoções e tentamos lidar com elas da forma mais adaptativa possível. As emoções fazem com que cada um de nós recorde das necessidades pessoais, das frustrações e dos nossos direitos que nos levam a fazer mudanças em nossas vidas. (LEAHY, TIRCH & NAPOLITANO , 2013) Antes de dialogarmos melhor sobre a regulação emocional, faz-se importante compreender o que seria emoção. Para Damásio (2000), emoções são adaptações que os organismos usam para sua sobrevivência, ou seja, respostas inatas e evolutivas partilhadas por nós, seres humanos. As emoções acontecem num contexto específico de estímulo do ambiente que terão distintas interpretações a partir das ações escolhida depois de sentida a emoção. Assim, é possível fazer algumas distinções entre as emoções. Para uma melhor compreensão, faremos uso dos termos: Emoções positivas ou agradáveis e Emoções negativas ou desagradáveis. As emoções positivas ou agradáveis são respostas agradáveis que sentimos em relação a uma determinada situação vinda do ambiente externo. Como exemplos de emoções positivas, temos: alegria, gratidão, amor, satisfação, felicidade, entre outras. As emoções positivas teriam como principais funções: ampliação da forma que o ser humano vê a situação vivenciada, assim como favorecer a ampliação de recursos pessoais mais duradouros. (GUERRA; 2021). Já as emoções negativas são as respostas comportamentais de uma pessoa não-prazerosas evocadas para expressar um efeito negativo frente a um evento, ambiente ou a uma pessoa, como por exemplo medo, tristeza, nojo, raiva, entre outras. Apesar de nós, seres humanos, evitarmos esse tipo de emoção, as emoções negativas tem papel fundamental de cunho evolutivo, pois, em muitas das vezes servem de sinal ou alerta para um acontecimento do ambiente (GUERRA; 2021). 4 REGULAÇÃO DAS EMOÇÕES
● Ressignificar palavras ou fatos; ● Ficar atento aos diálogos internos para criar uma cadeia de pensamentos positivos; ● Fazer algo que traga bem-estar; ● Buscar ferramentas ou elementos que lhe deem alegria.
A pandemia da COVID-19 provocou muitas mudanças em nossas rotinas e em nossos comportamentos, desde usar a máscara até a introdução do trabalho remoto. Mudanças em si tendem a ser difíceis de lidar, uma vez que habituamos nosso cérebro a funcionar de uma determinada forma durante um tempo prolongado. Em se tratando de uma pandemia, as mudanças exigem mais esforço da nossa parte, pois temos o contexto de perdas, luto e adoecimento físico e mental. Nesse momento, estamos vivenciando outra mudança, o retorno gradual das atividades presenciais. Cada um de nós passou e continua passando pela pandemia da COVID- 19 de forma diferente, isso não significa que alguns sofreram mais e outros menos, afinal todo o sofrimento deve ser validado; significa que nesse cenário o retorno tende a ser mais custoso, portanto é essencial termos uma postura acolhedora e sensível com nós mesmos, procurando avaliar nosso autocuidado e com os colegas de trabalho, assim como eles terão conosco, só assim poderemos retornar com apoio e respeito mútuo.
“Acolher o Outro significa uma disposição profundamente desafiadora de deixar o Outro estar em toda a sua alteridade” (COOPER, 2009, p. 119 apud MOURA, s/d, p.7), ou seja, acolher é uma escolha consciente de sair da própria zona de conforto e se dispor genuinamente a compreender a realidade do Outro.
Sabe-se que o ser humano necessita do convívio para seu desenvolvimento. Esse convívio social faz com que haja um sentimento de pertencimento, segurança e afeto. Se o ser humano em condições cômodas sente a necessidade de ser acolhido, em períodos de instabilidade o acolhimento se torna ainda mais necessário. Durante a pandemia, acolher 5 ACOLHIMENTO EMOCIONAL
Concentração no que é dito: Tente não desviar sua atenção para temas externos, como preocupações financeiras, familiares ou prazos. Cuidado com o não-verbal: Alguns movimentos inconscientes (ou até mesmo conscientes) podem causar desconforto em quem está falando, por exemplo: desviar o olhar para um ponto fixo ou para o horizonte, verificar o celular constantemente. É importante manter o contato visual, balançar afirmativamente a cabeça, para que quem fala perceba sua disponibilidade em ouvi-la. Evite julgamentos: Não interrompa ou abrevie o que está sendo dito. Evite interpretar ou concluir algo: você pode ter uma compreensão equivocada e causar desmotivação em quem fala. Não faça críticas e minimize o problema. Evite culpabilizar o outro. Não coloque as suas experiências como parâmetro, cada um tem sua própria realidade. Volte a fita, pergunte: Uma forma de evitar o passo anterior é perguntar. Fale, com as suas palavras, aquilo que ouviu para ter certeza que você entendeu e mostrar que você está prestando atenção. Isso vai encorajar quem fala. Ouça e observe as emoções: Além de escutar o conteúdo que está sendo verbalizado, observe como ele está sendo verbalizado. Observe as pausas, os suspiros, os sinais não-verbais, para que você tenha o mínimo acesso ao como a pessoa está se sentindo ao falar. Observe também suas próprias emoções, assim evitará que emoções desagradáveis interfiram em sua escuta. Caso o que está sendo relatado cause desconforto, sinalize à pessoa e seja sincero(a). Moura (s/d) reitera que escutar não consiste somente em ouvir o que o outro tem a dizer, mas demonstrar interesse pelo que está sendo dito, sem julga-
mentos sobre a pessoa ou sobre o conteúdo ouvido. A escuta acolhedora não é um traço de personalidade nem algo inato, é aprendido, logo é passível de aperfeiçoamento. O Guia orientador do Docente (link: https://ifpa.edu.br/coronavirus/documentos-COVID-19/5234-guia- orientador-do-docente-para-acolhimento/file) pode ser consultado para expandir seu conhecimento sobre o tema.