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Este documento aborda a questão da parcialidade, especialmente em relação aos judeus e gentios na perspectiva bíblica. Ele discute como a parcialidade pode ser uma barreira para a compreensão de deus e a missão de evangelizar. O texto também enfatiza a importância de superar a parcialidade e amar todos os seres humanos, conforme o desejo de deus.
Tipologia: Slides
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Toda cultura e governo ao longo da história tem enfrentado a questão do racismo e do tratamento injusto para com os que são diferentes. O racismo é característico e evidente na natureza pecaminosa do homem. A humanidade caída sempre ergueu barreiras e excluiu pessoas. Isto decorre do orgulho: A predileção do homem caído em acreditar que é superior ao outro de alguma forma. A este respeito, o racismo caminha lado a lado com seu irmão feio que atende pelo nome de arrogância. Em seu âmago, trata-se de uma questão do coração; um dilema sem solução a não ser pela obra regeneradora de Cristo no coração e na vida de alguém. Na verdade, o teste da Bíblia para a veracidade da fé genuína é a ausência de racismo. João 13.35 diz: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. A ordem de Jesus aqui vai além de amar apenas os seus iguais. Neste estudo, vamos examinar alguns insights bíblicos sobre o racismo. Continue lendo, meu amigo! Ralph Drollinger
O racismo é definido como um sentimento de superioridade baseado na raça. O dicionário Oxford o define desta forma: “A crença de que todos os membros de uma raça possuem características, habilidades ou qualidades específicas, de modo a distingui-la como inferior ou superior a outra”. Nos primeiros capítulos de Efésios, Paulo aborda a doutrina bíblica de soteriologia, ou seja, o que a Bíblia diz sobre a salvação de alguém. Quando chegamos em Efésios 2 , mais especificamente os versos 11 a 13, o apóstolo está no meio de uma discussão sobre um dos frutos da soteriologia. Observe que fruto é esse: “Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios por nascimento e chamados incircuncisão pelos que se chamam circuncisão, feita no corpo por mãos humanas, e que naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo.” Atente agora para a primeira palavra, portanto. O que Paulo diz em seguida está relacionado ao que disse anteriormente, que a salvação é dom de Deus (Efésios 2.8-9). Antes desta passagem, Paulo está transmitindo a ideia de que a salvação não está de forma alguma baseada no mérito do homem. Se a salvação é um presente de Deus, então ninguém pode dizer que a conquistou por mérito e, portanto, acreditar e/ou agir como se fosse superior a alguém que não a ganhou. A perspectiva de que os judeus eram pessoas escolhidas por Deus, juntamente
com a fato de que os gentios não eram, é a razão precisa pela qual os judeus possuíam um complexo de superioridade – uma atitude racista — para com eles. Uma vez que a salvação não é baseada em mérito pessoal ou étnico e está disponível a toda a humanidade, é incongruente para um salvo acreditar que seja superior a alguém. Algo específico acontece aqui: Os cristãos de Éfeso, a quem esta epístola (e esta passagem específica) é dirigida, eram gentios. Eles tinham sido, historicamente falando, muito desvalorizados e segregados – racialmente — do reino de Deus pelos judeus. Mesmo que esse fosse o sentimento judeu, Deus nunca pretendeu que eles se vissem como detentores do monopólio da fé — de modo a achar que eram o povo escolhido de Deus e ninguém mais! Pelo contrário, Deus os havia separado para serem seus representantes a todas as nações. Eles não deviam acumular a bênção de Deus, mas compartilhá-la com as outras nações. Os judeus, ao que parece, queriam a bênção divina do decreto de Deus (cf. Amós 3.12), mas não sua missão divina – de fato, Israel devia estar fazendo proselitismo em todas as outras nações gentias, não acumulando seu status especial. Isto é evidenciado pelas passagens do Antigo Testamento apresentadas a seguir. Em Gênesis 12.3 Deus pronuncia seu édito fundamental para Abraão, o patriarca judeu, dizendo: “E por meio de você todos os povos da terra serão abençoados”. O significado e a amplitude da palavra todos com certeza abrangem mais do que apenas a descendência abraâmica que viria. Em Isaías 42.6 aprendemos mais sobre o plano de Deus para um povo especial, representante dele: “Eu, o Senhor, o chamei em retidão; segurarei firme a sua mão. Eu o guardarei e farei de você um mediador para o povo e uma luz para os gentios.” Isaías 49.3 ainda reitera: “Ele me disse: ‘Você é meu servo, Israel, em quem mostrarei o meu esplendor’”. Além disso, lemos no verso 6 desse capítulo: “Também farei de você uma luz para os gentios, para que você leve a minha salvação até aos confins da terra”. Em Isaías 60.3 o plano de Deus continua: “As nações virão à sua luz e os reis ao fulgor do seu alvorecer”. O plano de Deus para Israel culmina em Isaías 62.1- 2 : “Não descansarei enquanto a sua justiça não resplandecer como a alvorada, e a sua salvação, como as chamas de uma tocha. As nações verão a sua justiça, e todos os reis, a sua glória”. Embora Israel fosse muito desobediente ao chamado missional de Deus para eles, essas passagens servem para ilustrar que não tinham base para sentir-se culturalmente superiores porque, nesta perspectiva, foram chamados para servir, e não para condenar os gentios.
Em vez de espalhar bênção e a mensagem de salvação de Deus pela fé no Messias, o mensageiro escolhido de Deus que viria, a nação e etnia conhecida como Israel acabou sendo condescendente em relação aos gentios; eles desenvolveram uma atitude de superioridade. As
Portanto eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado a um povo que dê os frutos do Reino.” A vinha é um símbolo comum para a nação judaica ao longo das Escrituras. Aqui, Deus, o proprietário de terras, planta uma vinha e a arrenda aos lavradores, que são os líderes judeus. Os assassinatos referem-se aos profetas do Antigo Testamento, e a matança do filho refere-se à morte de Jesus nas mãos dos judeus. Consequentemente, Deus tira de Israel a incumbência missional e dá o trabalho de seu Reino à igreja — que é composta principalmente por gentios. Agora, por que apresentei tudo isso? A Israel étnica não tinha nenhuma razão para acreditar que era superior a outras etnias! O pátio no terreno do templo serve como uma última ilustração da grave distorção de Israel ao seu chamado. Deus tinha colocado um pátio no projeto do templo para o propósito específico de ganhar convertidos gentios. Ou seja, o propósito pretendido por Deus era fornecer um lugar onde os judeus poderiam converter gentios ao judaísmo. A glória magnífica de Israel era ser um ímã que fascinaria os gentios, atraindo-os a vir e ver por si mesmos. Tão grave, no entanto, foi o deboche de sua missão que, no período do Novo Testamento, os líderes judeus estavam usando o pátio como lugar de comércio, a fim de ganhar dinheiro. Isso explica por que Jesus ficou tão zangado, expulsou-os e derrubou as mesas! Ele disse-lhes: “Está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração’; mas vocês estão fazendo dela um ‘covil de ladrões’” (Mateus 21.13). Não há dúvida de que os líderes judeus após séculos haviam desenvolvido fortes atitudes racistas em relação aos gentios. E como estamos prestes a ver, é apenas por meio da cruz de Cristo que a divisão é curada entre qualquer grupo racialmente dividido. A obra regenerativa de Cristo no coração do homem caído pode curar mais do que apenas a divisão racial entre judeu e gentio. O poder de Deus pode curar qualquer divisão étnica. Efésios 2.14-16 diz: “Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um … O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem … e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade.” Todo cristão, ao entender esta perspectiva teológica das Escrituras, perceberá que qualquer rótulo étnico presente deve estar subserviente a ser um homem novo, cuja identidade é, em primeiro lugar, em Cristo!
O estudante da Bíblia deve notar que a palavra “racismo” não aparece na Escritura. Em vez disso, a Bíblia se refere repetidamente ao pecado da parcialidade (diakrino). Dia significa “abaixo” e krino, “julgar”. Literalmente “julgar abaixo”. Ao julgar alguém como inferior ou abaixo, uma pessoa está exaltando-se como superior. Mais uma vez, um dos aspectos da queda é o orgulho, que muitas vezes se manifesta em atitudes sutis ou não tão sutis de superioridade. Sempre que fofocamos estamos, em essência, promovendo nossa superioridade para o ouvinte. O significado e o uso mais específicos de diakrino passou a referir-se à elevação superficial de
uma pessoa sobre a outra por razões externas. Ou seja, era comum, como é agora, mostrar favoritismo baseado em riqueza, raça, aparência, sucesso, posição ou status social.
Tiago 2.1-7 nos aponta o pecado da parcialidade. Observe cuidadosamente: “Meus irmãos, como crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, não façam diferença entre as pessoas, tratando-as com favoritismo. Suponham que na reunião de vocês entre um homem com anel de ouro e roupas finas, e também entre um homem pobre com roupas velhas e sujas. Se vocês derem atenção especial ao homem que está vestido com roupas finas e disserem: ‘Aqui está um lugar apropriado para o senhor’, mas disserem ao pobre: ‘Você, fique de pé ali’, ou: ‘Sente-se no chão, junto ao estrado onde ponho os meus pés’, não estarão fazendo discriminação, fazendo julgamentos com critérios errados? Ouçam, meus amados irmãos: não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam? Mas vocês têm desprezado o pobre. Não são os ricos que oprimem vocês? Não são eles os que os arrastam para os tribunais? Não são eles que difamam o bom nome que sobre vocês foi invocado?” Tiago admoesta os cristãos por favorecerem uma pessoa ou grupo socioeconômico: Neste caso, a classe alta. Sem entrar em muitos detalhes (a passagem em si já rende um estudo) é importante notar que a igreja foi manifestando favoritismo àqueles que na verdade blasfemaram o nome de Jesus! A hipocrisia secular em relação ao racismo é compreensível: As crianças crescem em escolas aprendendo a teoria da evolução como fato. Mas a evolução é mais do que uma pressuposição biológica: É uma ideologia venenosa que diz “apenas o mais apto sobrevive”, significando que algumas coisas no mundo têm mais valor do que outras. O retrato da hipocrisia é que uma criança catequizada nesta ideologia é instruída a não ser racista quando crescer. Bem, por que não, se a evolução é a verdade? Não é possível que a popularidade da parcialidade hoje seja explicada em grande parte pela pressuposição da evolução de ontem? Na verdade, a teoria evolutiva é solo fértil para o racismo e um grande dilema no secularismo americano. Tiago também diz que esse mesmo tipo de hipocrisia não deve existir entre os cristãos: Por que idolatrar ou mostrar parcialidade na igreja, especialmente quando se trata de elevar os ricos – se de fato eles são os principais perseguidores dela? Em contraste com a evolução secular, a Bíblia fala de Deus criando o homem à sua imagem. Assim, toda a sua criação, independentemente de riqueza, raça, sexo, deficiência, idade, posição, status ou quociente de celebridade, inerentemente possui um valor singular, semelhante. Na verdade, o Todo-Poderoso é imparcial. Ao longo de sua Palavra Ele condena a parcialidade, e especificamente adverte em João 7.24: “Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos”. QUE NUNCA TROQUEMOS O QUE É BIBLICAMENTE CORRETO PELO POLITICAMENTE CORRETO
Nossa passagem de Tiago também revela que, enquanto o homem é pecaminosamente parcial para com a riqueza, a celebridade e o prestígio, Deus não é pecaminoso em seu favor para com os pobres e humildes. Em 1Coríntios 1.26-29 esta ideia fica clara: “Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento. Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são, para que ninguém se vanglorie diante dele.” Por mais que pensemos no Paulo histórico como um líder forte e poderoso da igreja do primeiro século, é interessante rever sua percepção de si mesmo, como está expresso em 1Coríntios 2.1-4: “Eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloquente nem com muita sabedoria para lhes proclamar o mistério de Deus … E foi com fraqueza, temor e com muito tremor que estive entre vocês. Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito.” Tal visão de si mesmo é indicativo de um homem que não tem coração racista, parcial, para com outras pessoas.
A rejeição de Paulo ao racismo só pode ser atribuída à obra de Deus em seu coração, quando consideramos a sociedade em que ele nasceu. Como já foi salientado, os judeus não eram conhecidos por amar ao próximo. Os samaritanos eram pessoas em particular que os judeus odiavam intensamente de longa data. Eles eram considerados uma raça mista inferior e menos do que humanos. Jesus aborda este preconceito em Lucas 10.29- 37 , após um perito na lei perguntar como poderia ganhar a vida eterna. Jesus falou: O que está escrito na lei? Observe a resposta do perito no verso 27: “‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’.” No verso 28 Jesus diz que ele está correto: “Faça isso, e viverá”. Mas ele ainda desafia Jesus, perguntando: “E quem é o meu próximo?” (v. 29). Neste contexto, Jesus começa a contar a história do bom samaritano: Um homem foi atacado, despido, espancado e deixado para morrer por ladrões em uma estrada perigosa de Jerusalém para Jericó. Um sacerdote e um levita, pessoas altamente consideradas entre os judeus, atravessaram para o outro lado da estrada para evitar o homem moribundo, que aliás era judeu. No entanto, um samaritano que era considerado pelos judeus inferior a cobradores de
impostos e proscritos na hierarquia social, foi de encontro ao homem. Ele enfaixou suas feridas e levou-o para uma pousada, onde pagou o estalajadeiro para cuidar dele. Jesus perguntou ao perito quem tinha sido o bom próximo. O perito respondeu: “Aquele que teve misericórdia dele”. “Vá e faça o mesmo”, Jesus lhe disse. Ao contar a parábola do bom samaritano, Jesus realizou muitas coisas. Ele ampliou o conceito de próximo para os judeus, desafiou o preconceito pessoal do perito e ilustrou a necessidade de um Salvador, porque confiando em seus próprios méritos o perito nunca poderia viver de acordo com a lei de Deus. A importância do conceito “ame ao seu próximo” — o próximo sendo alguém que talvez não seja da sua raça em particular — é mais bem definido e compreendido na passagem de Mateus 22.36-46, quando Jesus é questionado sobre qual é o maior mandamento de todos. Veja os versos 37 a 40: “Respondeu Jesus: ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” Tudo isso para dizer: DEVEMOS NOS ESFORÇAR PARA AMAR AS PESSOAS DE OUTRAS RAÇAS, ASSIM COMO AMAMOS A NÓS MESMOS Os judeus do Antigo Testamento recusavam-se a associar-se com os samaritanos. Jesus aqui repreende tal atitude. Há pessoas com quem você se recusa a se associar hoje?
Quando os cristãos agem de forma racista ou parcial, resultados deletérios ocorrem em relação ao testemunho geral do corpo de Cristo.
A parcialidade suga a seiva da espiritualidade. A espiritualidade já não é consideração mais importante, mas o status, sim. Mas lembre-se: Quem você é na vida é muito menos importante do que quem você é em Cristo.
É melhor ser um cristão com fome espiritual do que um cristão “importante”. Na sua parcialidade, o mandato para missões e o fervor para conquistar almas para Cristo se perdem, já que muitas igrejas se tornaram ineficazes “clubes de campo cristãos”. O cristianismo torna-se uma zona de conforto onde eu só fico com meu grupinho de status social-econômico semelhante – e isso é muito mais importante para mim do que o possível desconforto das missões transculturais.