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Tipologia: Exercícios
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“(...) A filosofia crítica de Kant refuta o dogmatismo e o ceticismo tomados exclusivamente, mediante o critério do autoconhecimento da razão. Entretanto, o dogmatismo não pode ser simplesmente superado. A conversão da postura dogmática para a crítica não exclui o que há de necessário no procedimento dogmático, tanto para a razão quanto para a filosofia. O mesmo vale para o ceticismo. A hipótese que serve de guia para essa dissertação é a de que como o procedimento dogmático e o método cético são necessários para o conhecimento, eles não podem ser superados, mas devem ganhar uma nova versão crítica. Pode-se afirmar que a coexistência em certa medida de ceticismo e dogmatismo em um único sistema filosófico caracteriza o pensamento moderno. Essa síntese, desse modo, pode ser considerada uma marca da modernidade e, para Kant, contrapor o método cético ao procedimento dogmático é um modo de manter a saúde da razão e o vigor do pensamento, sendo Kant o primeiro pensador moderno a sustentar e a elaborar essa síntese como uma tarefa permanente para a filosofia. (...) Kant descreve o dogmatismo metaforicamente como um travesseiro no qual se pode adormecer, e como uma doença da razão de se isolar e se fechar em si mesma. E em uma reflexão entre 1776-78, descreve os filósofos escolásticos como piratas que, ao encontrarem uma praia desocupada, a primeira coisa que fariam seria nela construir um forte. Se por um lado é rigoroso na crítica à filosofia dogmática, é ao mesmo tempo igualmente rigoroso ao defender o procedimento dogmático em seu caráter naturalmente necessário para todo conhecimento”. (Alexandre Arantes Pereira Skvirsky: Dogmatismo e Ceticismo na filosofia crítica de Kant. Rio de Janeiro, 2008. 211p. Dissertação de Mestrado – Departamento de Filosofia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.