Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

OBRAS DE JOÃO PENHA, Provas de Poesia

O poema constitui réplica a uma carta que este amigo publicara em número anterior d' A Época. (vd. o Arquivo documental, ... Não: não quero decifrar-te,.

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Selecao
Selecao 🇧🇷

5

(3)

219 documentos

1 / 290

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
OBRAS DE
JOÃO PENHA
EDIÇÃO CRÍTICA E ESTUDO
ELSA PEREIRA
Vol. III
Tomo I – Texto crítico
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46
pf47
pf48
pf49
pf4a
pf4b
pf4c
pf4d
pf4e
pf4f
pf50
pf51
pf52
pf53
pf54
pf55
pf56
pf57
pf58
pf59
pf5a
pf5b
pf5c
pf5d
pf5e
pf5f
pf60
pf61
pf62
pf63
pf64

Pré-visualização parcial do texto

Baixe OBRAS DE JOÃO PENHA e outras Provas em PDF para Poesia, somente na Docsity!

OBRAS DE

JOÃO PENHA

EDIÇÃO CRÍTICA E ESTUDO

ELSA PEREIRA

Vol. III

Tomo I – Texto crítico

FICHA TÉCNICA

Título: Obras de João Penha. Edição crítica e estudo Vol. III – Tomo I – Texto crítico

Autora: Elsa Pereira

Prefácio: Francisco Topa

Edição: CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória»

Design gráfico: Helena Lobo www.hldesign.pt

ISBN: 978 -989 -8351 -43 -

Depósito Legal: 403122/

Paginação, impressão e acabamento: Sersilito-Empresa Gráfica, Lda. www.sersilito.pt

Porto

Este trabalho é financiado por Fundos Nacionais da FCT– Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do projeto UID/HIS/04059/2013 e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI-01-0145-FEDER-007460).

Contou ainda com o apoio de uma Bolsa de Investigação da FCT (referência SFRH/BD/41413/2007), financiada pelo POPH – QREN – Tipologia 4.1. – Formação Avançada, comparticipada pelo Fundo Social Europeu e por fundos nacionais do Ministério da Educação e Ciência.

A autora é bolseira de Pós-doutoramento da FCT (SFRH/BPD/92155/2013), investigadora do CLUL e colaboradora do CITCEM, que acolheu e apoiou este projeto.

6

7

9

SUMÁRIO

10

  1. Semiprivados (ou divulgados fora da supervisão do autor)

TEXTO CRÍTICO

I

VERSOS

1.2. Publicações esparsas

21

ÉDITOS • PUBLICAÇÕES ESPARSAS

531

[A Liberdade. N.º 289 (30 novembro 1865), p. 1.]

FOLHETIM

Paródia do poema de M. Pinheiro Chagas, offerecida a A. Feliciano de Castilho, auctor da Mnemonica, arte de Metrificação, Abc repentino, etc. I INVOCAÇÃO Á MUSA DOS RAPAZES Musa, a quem me prendi nos magicos enleios Da frêsca inspiração, ao transmontar do sol, Quente visão d’amor, suavissimos gorgeios, Que solta no meu peito amêno rouxinol; Ó vaga aspiração, ó poema indefinivel, Que na viçosa horta, e nos rosáes colhi, Vago bruxulear d’amor indescriptivel Com virgens e donzeis, phantasmas que entrevi; És uma feiticeira, ó musa de magia, Ó loiraça mulher, ó nume encantadôr; Quero nesse avental em tão festivo dia Um puro beijo dar do mais sentido amôr. Hoje, palavra d’honra, és linda e purpurina, E despertas amor ‘num joven coração, E até nos corações, aos quaes só illumina O sulphur infernal, satanica ambição! Oh! se eu fora poeta a lyra omnipotente Desenhava-te já na cara juvenil Assim como se faz em Moçambique á gente, Que vão depois vender negreiros ao Brazil. 1

Título. Esta composição constitui uma réplica ao ultrarromântico Poema da Mocidade (1865), de Manuel Joaquim Pinheiro Chagas (*1842 †1895), cujo posfácio de António Feliciano de Castilho esteve na origem das inflamadas réplicas de Teófilo Braga e Antero de Quental, no contexto da Questão Coimbrã.

22

Obras de joão penha. edição crítica e estudo · VOL. III · TOMO I – TEXTO CRÍTICO

Outr’ora eu já sonhava em lodaçáes da vida A tua formosura entre umas illusões, Que tragava a chorar, pois tinha já partida 24 A hastea da esperança! aurora sem clarões.

Era a visão do mal, o meu diabo ingente, A arrastar-me no quarto em tetrico furôr! Tinha a edade louçã, mas ai ferro candente Torrava-me no seio os canticos do amôr.

Nem um beijo colhia em faces de donzella, Nem tremulo apertava a tua gorda mão, Nem via o rosto lindo, esquivo, na janella, O teu rosto, ó mulher, ó maga aparição!

Fôra a vida arriscar joven apaixonado Eu, poeta, por ti! Sonho ainda a escutar No ar aqui e alli o dito enamorado. Da tua fresca boca... em noites de luar.

Hontem só prosa vil! a minha primavera Perfumaste-a, donzella, ó laranjal em flôr! Poetico scismar, bravo! não es chimera,

  • Faço comparações de grande trovador!

E vejo despontar ridente o sol da vida, E amo, e canto, e respiro as auras da manhã! Ai brisa tão fagueira, aurea estação florida, Da existencia sem luz aurora tão louçã!...

Ai que coisa bonita! eu sinto o genio escuro D’esta poesia audaz, eu vou já escrever! Abre-te, ó coração! sáe do sacrario obscuro E ergue um canto ousado á Musa da mulher!

Acenda-se no peito este fogão sagrado; Musa, sopra-me ao lume, ó candida vestal! E nunca o negro mundo, atroz, impio, malvado, Te infame, te macule a cara virginal.