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O poema constitui réplica a uma carta que este amigo publicara em número anterior d' A Época. (vd. o Arquivo documental, ... Não: não quero decifrar-te,.
Tipologia: Provas
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ELSA PEREIRA
FICHA TÉCNICA
Título: Obras de João Penha. Edição crítica e estudo Vol. III – Tomo I – Texto crítico
Autora: Elsa Pereira
Prefácio: Francisco Topa
Edição: CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória»
Design gráfico: Helena Lobo www.hldesign.pt
ISBN: 978 -989 -8351 -43 -
Depósito Legal: 403122/
Paginação, impressão e acabamento: Sersilito-Empresa Gráfica, Lda. www.sersilito.pt
Porto
Este trabalho é financiado por Fundos Nacionais da FCT– Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do projeto UID/HIS/04059/2013 e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI-01-0145-FEDER-007460).
Contou ainda com o apoio de uma Bolsa de Investigação da FCT (referência SFRH/BD/41413/2007), financiada pelo POPH – QREN – Tipologia 4.1. – Formação Avançada, comparticipada pelo Fundo Social Europeu e por fundos nacionais do Ministério da Educação e Ciência.
A autora é bolseira de Pós-doutoramento da FCT (SFRH/BPD/92155/2013), investigadora do CLUL e colaboradora do CITCEM, que acolheu e apoiou este projeto.
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SUMÁRIO
10
TEXTO CRÍTICO
I
VERSOS
1.2. Publicações esparsas
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ÉDITOS • PUBLICAÇÕES ESPARSAS
531
[A Liberdade. N.º 289 (30 novembro 1865), p. 1.]
FOLHETIM
Paródia do poema de M. Pinheiro Chagas, offerecida a A. Feliciano de Castilho, auctor da Mnemonica, arte de Metrificação, Abc repentino, etc. I INVOCAÇÃO Á MUSA DOS RAPAZES Musa, a quem me prendi nos magicos enleios Da frêsca inspiração, ao transmontar do sol, Quente visão d’amor, suavissimos gorgeios, Que solta no meu peito amêno rouxinol; Ó vaga aspiração, ó poema indefinivel, Que na viçosa horta, e nos rosáes colhi, Vago bruxulear d’amor indescriptivel Com virgens e donzeis, phantasmas que entrevi; És uma feiticeira, ó musa de magia, Ó loiraça mulher, ó nume encantadôr; Quero nesse avental em tão festivo dia Um puro beijo dar do mais sentido amôr. Hoje, palavra d’honra, és linda e purpurina, E despertas amor ‘num joven coração, E até nos corações, aos quaes só illumina O sulphur infernal, satanica ambição! Oh! se eu fora poeta a lyra omnipotente Desenhava-te já na cara juvenil Assim como se faz em Moçambique á gente, Que vão depois vender negreiros ao Brazil. 1
Título. Esta composição constitui uma réplica ao ultrarromântico Poema da Mocidade (1865), de Manuel Joaquim Pinheiro Chagas (*1842 †1895), cujo posfácio de António Feliciano de Castilho esteve na origem das inflamadas réplicas de Teófilo Braga e Antero de Quental, no contexto da Questão Coimbrã.
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Obras de joão penha. edição crítica e estudo · VOL. III · TOMO I – TEXTO CRÍTICO
Outr’ora eu já sonhava em lodaçáes da vida A tua formosura entre umas illusões, Que tragava a chorar, pois tinha já partida 24 A hastea da esperança! aurora sem clarões.
Era a visão do mal, o meu diabo ingente, A arrastar-me no quarto em tetrico furôr! Tinha a edade louçã, mas ai ferro candente Torrava-me no seio os canticos do amôr.
Nem um beijo colhia em faces de donzella, Nem tremulo apertava a tua gorda mão, Nem via o rosto lindo, esquivo, na janella, O teu rosto, ó mulher, ó maga aparição!
Fôra a vida arriscar joven apaixonado Eu, poeta, por ti! Sonho ainda a escutar No ar aqui e alli o dito enamorado. Da tua fresca boca... em noites de luar.
Hontem só prosa vil! a minha primavera Perfumaste-a, donzella, ó laranjal em flôr! Poetico scismar, bravo! não es chimera,
E vejo despontar ridente o sol da vida, E amo, e canto, e respiro as auras da manhã! Ai brisa tão fagueira, aurea estação florida, Da existencia sem luz aurora tão louçã!...
Ai que coisa bonita! eu sinto o genio escuro D’esta poesia audaz, eu vou já escrever! Abre-te, ó coração! sáe do sacrario obscuro E ergue um canto ousado á Musa da mulher!
Acenda-se no peito este fogão sagrado; Musa, sopra-me ao lume, ó candida vestal! E nunca o negro mundo, atroz, impio, malvado, Te infame, te macule a cara virginal.