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O USO DA BIOTECNOLOGIA COMO FERRAMETA DE INCREMENTO NA PECUÁRIA LEITEIRA, Teses (TCC) de Ciências Biologicas

ARTIGO TCC

Tipologia: Teses (TCC)

2012

Compartilhado em 04/11/2012

fabiana-de-almeida-bonela-12
fabiana-de-almeida-bonela-12 🇧🇷

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O USO DA BIOTECNOLOGIA COMO FERRAMENTA

INTRODUÇÃO

A biotecnologia é o conjunto do conhecimento científico agregado á utilização de agentes biológicos, que permite desenvolvimento de tecnologias avançadas direcionadas ao melhoramento na qualidade de alimentos, produtos e serviços. Em definição mais simples, a biotecnologia é a aplicação da tecnologia em sistemas vivos. Antes mesmo que o homem entendesse o que é biologia, ele já lidava com a biotecnologia que teve início nos processos fermentativos de vinhos, pães, produção de vinagre, derivados lácteos. Porém não eram conhecidos os agentes causadores da fermentação, foi a descoberta das células por Robert Hooke no ano de 1665 que desencadeou as inúmeras invenções em biologia. Cerca de 10 anos mais tarde, o pesquisador Antom Van Leeuwenhock, construiu um microscópio com ampliação de 270 vezes através da visualização, descreveu a existência dos microrganismos eram invisíveis a olho nu. Somente 200 anos mais tarde Louis Pasteur, provou que a causa das fermentações era a ação desses microrganismos, descobriu também que cada tipo de fermentação era realizada por um microrganismo específico, e observou que podiam viver na ausência de ar. Posteriormente, Eduard Buchner descobriu que era possível a conversão do açúcar em álcool, utilizando células de levedura. A partir das grandes guerras mundiais, se começou a produzir industrialmente produtos a base de processos fermentativos, como o glicerol para fabricação de explosivos. No entanto, somente na década de 50 que a biotecnologia, com a descoberta da síntese química do DNA e com as técnicas de manipulação genética, passou realmente a existir. Qualquer técnica que utilize em organismo vivo para sintetizar um produto útil ou uma reação química desejável é um exemplo de biotecnologia (PELCZAR, CHAN et. al., 2010). Atualmente as aplicações da biotecnologia na área animal são múltiplas, produtores tem usado técnicas de seleção artificial em várias raças e linhagens de animais para aumentar a frequência de genes economicamente favoráveis, com exemplo, o rebanho leiteiro: característica resistente á patógenos, maior produção, mais precocidade, mais durabilidade, ou seja, maior capacidade de duração lactante, melhor conversão alimentar, melhores úberes. Considera-se inegável a contribuição das biotécnicas reprodutivas ao desenvolvimento técnico-científico e econômico das nações. Dentre as diversas vantagens

atuais e futuras das biotécnicas reprodutivas destacam-se: Multiplicação de animais geneticamente superiores. (GONÇALVES et.al. 2008). Para se obter um animal geneticamente superior, é necessário seguir criteriosamente as formas de melhoramento. Sendo elas: Seleção, Monta Natural e Inseminação Artificial (IA). E para a multiplicação dos resultados as biotécnicas utilizadas são: Transferência de Embriões (TE) e a Fertilização in vitro (FIV). Figueiredo (2008), acentua que em relação a monta natural, a IA em bovinos apresenta uma série de vantagens consideráveis, tanto de ordem sanitária quanto de ordem zootécnica e econômica, com consequente reflexo sobre o melhoramento e a produção animal. Segundo dados do Programa Tecnopec IATF, “a inseminação artificial (IA) é a técnica mais empregada no mundo para o avanço genético dos rebanhos. No Brasil a IA começou a ser utilizada no início da década de 70, com a abertura das primeiras centrais de inseminação.” De acordo com Rocha (2009): O aumento da eficiência produtiva dos rebanhos de leite, no Brasil, passa, necessariamente, pela melhoria dos índices reprodutivos e pelo melhoramento genético dos rebanhos, e, para tal, o uso da inseminação artificial é de suma importância, trazendo inúmeros benefícios: a utilização dos melhores touros leiteiros comprovados do mundo; a possibilidade do uso de “softwares” de acasalamento dirigido; cruzamentos entre diversas raças e, principalmente, a segurança quanto ao real melhoramento genético. Gonçalves, Figueiredo e Freitas (2008), ressaltam: A fecundação in vitro é hoje uma técnica difundida, seja para a reprodução humana assistida, seja para o melhoramento genético de animais de produção. E em ambos os casos, os possíveis efeitos em longo prazo sobre o bem-estar dos indivíduos nascidos após FIV e cultura in vitro até o estágio de blastocisto são ainda praticamente desconhecidos. Entretanto, não se deve esperar que estas tecnologias funcionem para produtores que não dão as condições adequadas para o animal responder ao estímulo(LANNA, SILVA FILHO, 2000). O melhoramento genético assegura maior capacidade de produção, porém deverá haver uma melhora nas condições de manejo, para dar ao animal o suporte que ele necessita para expressar todo o seu potencial genético. A maioria dos sistemas de produção existentes tem como característica os baixos níveis tecnológicos, resultando em baixa produtividade e baixa renda por unidade de produção, este é um dos motivos principais para o aprimoramento das condições de produção

Considerando que o leite é parte integrante da alimentação do homem, fornecendo gorduras, carboidratos, proteínas, minerais e vitaminas, é imprescindível o uso da biotecnologia na produção. Para o melhoramento nas condições de manejo, proporciona melhores qualidades animais, com alta produção, e consequentemente um bom retorno financeiro. O objetivo do trabalho é fazer uma análise comparativa entre os avanços de uma produção leiteira com o uso da biotecnologia e uma produção leiteira sem o uso da biotecnologia.

METODOLOGIA

A pesquisa realizada é composta de processos e etapas para obtenção de coleta de todos os dados possíveis e observação de maneira simples e viável, tendo como base a metodologia científica, que fornece a explicação das fases e do resultado de todo trabalho, tratado assim em contexto teórico. Em seu sentido geral método é ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um certo fim ou um resultado desejado.(CERVO et al., 2007). Bervian (1969) apud Nagel, (2007)“Em suma, método científico é a lógica geral, tácita ou explicitamente empregada para apreciar os méritos de uma pesquisa”. O método científico quer descobrir a realidade dos fatos e esses ao serem descobertos devem, por sua vez, guiar o uso do método. Entretanto, como já foi dito, o método é apenas um meio de acesso; só inteligência e reflexão descobrem o que os fatos e os fenômenos realmente são.(CERVO, BERVIAN, 2002). Uma das técnicas de pesquisa utilizada foi pesquisa bibliográfica, que para Cervo (2002) “procura explicar um problema a partir de referencias teóricas publicadas em documentos”. Outra técnica utilizada, foi a pesquisa exploratória que de acordo com Gil (2010), tem como propósito proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explicito ou a construir hipóteses. O presente trabalho foi desenvolvido no dia 08-05-2012, a partir da análise de dados fornecidos pela IDARON (Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia) referente á produtores das linhas: 632 Km 7; C-18; Linha Nova; 630 Km 23; 630 Km 23; 630 Km 22,5; 610 Km 15; 612 Km 9; 627Km 1,5; e BR 364 Km 18, onde não fazem uso das biotécnicas para melhoramento do rebanho. Já os produtores que utilizam biotecnologia

localizam-se nas linhas: 628 Km 25; 628 Km 30; 619 Km 4,4; 632 Km 10; 612 Km 35; 612 Km 20; 630 Km 1; 614 Km 25; 610 Km 10 e BR 364 Km 455 no município de Jaru-RO. Os dados utilizados foram: número do rebanho, produção de leite e média de produção total. As informações foram extraídas aleatoriamente do sistema interno de cadastramento dos produtores do município de Jaru, com o auxílio dos profissionais que atuam nas áreas Animal e Vegetal na IDARON.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os dados coletados mostram e comprovam o significativo aumento da média de produção através do uso da biotecnologia no melhoramento genético do plantel. Os gráficos a seguir mostram a diferença entre a média de produção convencional e média produção com uso das ferramentas que a biotecnologia oferece.

Figura 1 (fonte: Informações extraídas do Banco de Dados IDARON 2012) A média de produção convencional foi de 3.69/lt/dia/animal. Já a média de produção com o uso da Inseminação Artificial foi de 6.01/lt/dia/animal. Sendo o aumento da produtividade aproximadamente 62%.

Figura 2 (fonte: Informações extraídas do Banco de Dados IDARON 2012)

O melhoramento genético necessita de condições adequadas de manejo como: Alimentação, Sanidade, Conforto, Ambiente e o próprio modo de lidar com os animais dando suporte ao rebanho para que respondam ao estímulo, e expressem seu potencial produtivo. Se tratando da IA (Inseminação Artificial), existe a certeza de bons resultados; Aumento da produtividade; Valor agregado aos animais; Cruzamento entre raças. No entanto existem limitaçôes no uso IA, por exemplo: Necessidade de um manejo prévio, muito trabalhoso que é a observação do cio das vacas. Com relação a TE (Transferência de Embriôes), podemos observar grandes vantagens como: técnica mais barata, apesar de altos gastos com hormônios e material de coleta; Produz número igual de machos e fêmeas (50%); Permite o congelamento com pouca perda de prenhes; Melhor aproveitamento das receptoras por produzir mais prenhezes. Quanto as desvantagens: Não permite usar animais prenhes; O intervalo entre coletas de no mínimo

BOVINOCULTURA LEITEIRA, Boletim Setorial do Agronegócio, 2010. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/setor/leite-e-derivados/Boletim%20Bovinocultura.pdf

Diagnóstico da pecuária leiteira do Estado de Minas Gerais em 2005: relatório de pesquisa. – Belo Horizonte: FAEMG, 2006.

Diagnóstico Socioeconômico das Bacias Leiteiras de Parnaíba-PI e Teresina-PI. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional do Piauí: Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Piauí. Teresina: SEBRAE/PI, 2005.

EMBRAPA GADO DE LEITE – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Apresenta textos sobre a cadeia produtiva do leite. Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br , acesso em: 20-04-2012.

FERREIRA, Marcos Brandão Dias; LOPES, Beatriz Cordenonsi; FERREIRA, José Joaquim. Sustentabilidade Do Sistema De Produção De Leite Com Animais F1: Perspectivas E Pesquisa. Capítulo 24 – Sustentabilidade de produção de leite com animais F¹. Disponível em: http://www.fernandomadalena.com/site_arquivos/900.pdf

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5ª ed. – São Paulo: Atlas, 2010.

GONÇALVES, Paulo Bayard Dias. Biotécnicas Aplicada a Reprodução Animal/ Paulo Bayard Dias Gonçalves; José Ricardo de Figueiredo; Vicente José de Figueiredo Freitas- 2. ed. – São Paulo: Roca,2008.

IBGE – Pesquisa da Pecuária Municipal. Disponível em: www.ibge.gov.br Acesso: 20/03/

IDARON= Instituto de Desenvolvimento Agropecuário de Rondônia.

MATOS, Leovegildo Lopes de. Estratégias Para Redução Do Custo De Produção De Leite E Garantia De Sustentabilidade Da Atividade Leiteira. EMBRAPA, Gado de Leite

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23ª. Ed. Ver. E atualizada – São Paulo: Cortez, 2007.

VERNEQUE et. Al. Melhoramento Genético de Gado de Leite no Brasil. Disponível em: http://sbmaonline.org.br/anais/viii/palestras/pdfs/7.pdf

ZOCCAL, Rosângela; GOMES, Aloísio Teixeira; CARVALHO, Limírio de A. O Agronegócio do Leite: Análise e Perspectiva. Disponível em: http://www.sober.org.br/ palestra/12/04O252.pdf