Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Música na Educação Infantil: Concepções Docentes e Práticas em uma Escola Municipal, Provas de Música

Monografia apresentada ao Curso de Pedagogia na. Modalidade a Distância, pela Universidade Federal da Paraíba, como requisito institucional para. Conclusão do ...

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Cunha10
Cunha10 🇧🇷

4.5

(324)

225 documentos

1 / 37

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
PÓLO DE APOIO PRESENCIAL DUAS ESTRADAS
JOSÉ CARLOS SOUSA DA SILVA
O TRABALHO COM A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
JOÃO PESSOA
2013
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Música na Educação Infantil: Concepções Docentes e Práticas em uma Escola Municipal e outras Provas em PDF para Música, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

PÓLO DE APOIO PRESENCIAL – DUAS ESTRADAS

JOSÉ CARLOS SOUSA DA SILVA

O TRABALHO COM A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

JOÃO PESSOA

JOSÉ CARLOS SOUSA DA SILVA

O TRABALHO COM A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Monografia apresentada ao Curso de Pedagogia na modalidade à distância, da Universidade Federal da Paraíba, em cumprimento dos requisitos necessários para obtenção do Grau de Licenciatura Plena em Pedagogia, sob a orientação da Prof.ª. Dra. Rosemary Evaristo Barbosa.

JOÃO PESSOA

O TRABALHO COM A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Monografia apresentada ao Curso de Pedagogia na Modalidade a Distância, pela Universidade Federal da Paraíba, como requisito institucional para Conclusão do Curso de Graduação em Licenciatura em Pedagogia.

Aprovada em: 08 / 08 / 2013

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________

Profa. Dra. Rosemary Evaristo Barbosa Orientadora - UFPB

_____________________________________________________

Juciane Araldi Barbosa Examinador - UFPB

O Trabalho pedagógico-musical deve se realizar em contextos educativos que entendam a música como um processo contínuo de construção, que envolve perceber, sentir, experimentar, imitar e criar e refletir.

(Teca Alencar Brito)

Dedico, em especial, aos meus pais por toda contribuição, carinho, apoio e suporte dado ao longo da minha vida para que tudo que tenho planejado possa ser realizado.

À Professora Dra. Rosemary Evaristo Barbosa, pelos incentivos, atenção, compreensão e empenho para que eu alcançasse os objetivos desejados

Resumo

Neste estudo buscou-se pesquisar sobre O trabalho com a música na educação infantil , com o objetivo de investigar que concepções as docentes possuem sobre o papel da música e que práticas são realizadas na educação infantil. Para desenvolvê-lo, realizamos uma pesquisa de campo do tipo exploratória, na escola municipal Francisco Felipe dos Santos, em Duas Estradas/PB. Através da aplicação de um questionário aberto, coletamos dados que proporcionaram reflexões sobre a prática da educação musical nesta instituição de ensino. Os resultados alcançados mostram que as professoras participantes da pesquisa têm conhecimento sobre a importância da música inserida nas atividades escolares e tentam fazer o trabalho da forma que é possível. No entanto, não se percebeu a existência de uma ação pedagógica que expresse diretamente o trabalho interdisciplinar ou multidisciplinar envolvendo a música. Isto reflete a realidade do ensino e a predominância do trabalho com conteúdos isolados. Assim, por mais que as professoras tenham explicitada a importância do trabalho com a música, deduz-se que ela é ainda pouco utilizada como prática curricular. Conclui-se, portanto, que é necessário estruturar melhor a formação inicial docente, para que haja um melhor preparo com relação ao trabalho com a música na escola, em especial, na educação infantil; como também que sejam viabilizadas políticas públicas que invistam melhor na educação básica, estruturando-a conforme determina a lei. Assim, o profissional em educação, conhecedor de técnicas e metodologias adequadas ao contexto da educação, terá condições de desenvolver melhor seu trabalho com a música na educação infantil.

Palavras-chave: Música. Educação infantil. Prática docente.

SUMARIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 11

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A APRENDIZAGEM ESCOLAR ..............................

2.1 OS NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E A APRENDIZAGEM

ESCOLAR............................................................................................................................

2.2 A INFLUÊNCIA DA MÚSICA NA APRENDIZAGEM ESCOLAR..........................

3. A ESCOLA E A ARTE MUSICAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL........................... 17

3.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DA MÚSICA NA PERSPECTIVA DOS

REFERENCIAIS CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO

INFANTIL............................................................................................................................

3.2 TÉCNICAS E MÉTODOS PARA O TRABALHO COM A ARTE MUSICAL NA

ESCOLA........................................................................................................................

4. PROCEDIMENTO METODOLOGICO.................................................................. 24

4.1 A PESQUISA DE CAMPO......................................................................................

4.2. DESCRIÇÃO DO CAMPO EMPÍRICO..................................................................

4.3 DELIMITAÇÃO DA AMOSTRA E CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS

PARTICIPANTES...............................................................................................................

4.4 METODOLOGIA ADOTADA PARA A COLETA DE DADOS...............................

5. ANÁLISE DOS DADOS......................................................................................... 26

CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 32

REFERÊNCIAS........................................................................................................ 34

ANEXO................................................................................................................................

APÊNDICE ................................................................................................................

1 INTRODUÇÃO

Surpreendentemente através de sapiência humana, o homem em contato com os fenômenos da natureza, começa a distinguir e a reconhecer seu sentido auditivo por intermédio dos sons que se desenvolveram pelos aspectos naturais, como ―o quebrar das ondas do mar, o som trovejante das tempestades e os diversificados sons dos animais‖. (OLIVEIRA, 2011, p.3). A música, então, é demarcada na história por aspectos místicos, que se transforma em sons, influenciados pelos indivíduos apreciadores dos campos sonoros. De acordo com os estudos históricos foram encontradas pinturas importantes em determinados lugares que demonstram a relação do homem com a música, para acontecimentos históricos importantes, como manifestações culturais em que a música servia como preparação para fortalecer o caçado em busca das forças da natureza, na reverência e lembrança dos mortos. A música dentro desses momentos era manifestada através da voz e do corpo, se tomando conhecimento dela na prática aos longos dos anos sobre produções sonoras. Dai por diante a música foi evoluindo, influenciando diretamente os períodos históricos. A música chega à contemporaneidade como algo essencial para a aprendizagem, contribuindo assim para o desenvolvimento humano. De uma forma mais artística e lúdica, a música contribui para que os fatores como a timidez, dicção, linguagem, corporeidade e motricidade sejam desenvolvidos e melhor explorados espontaneamente, através de adaptações musicais em situações de aprendizagem que estejam relacionados ao cotidiano educacional da criança. Com base nesse pressuposto, aqui se buscou pesquisar sobre O trabalho com a música na educação infantil, partindo-se de dois grandes motivos. O primeiro está relacionado à minha formação acadêmica, através do componente curricular Linguagem Artística I e II; e do Estágio Supervisionado, que despertaram meu interesse sobre este tema. O segundo refere-se à lei nº 11.769, declamando que ―a música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular‖ (LDB, 1996, p27). Diante deste decreto surgiu o interesse acadêmico e pessoal de observar como a música está sendo inserida nas salas de aulas da educação infantil e como seus respectivos professores estão trabalhando em sala de aula.

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE A APRENDIZAGEM ESCOLAR

ATRAVÉS DA MÚSICA

2.1 OS NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E A APRENDIZAGEM

ESCOLAR

O ato de conhecer e de aprender não acontece por acontecer. Assim, o aprendizado do ser humano ocorre em etapas, conforme seu desenvolvimento físico e cognitivo. As primeiras etapas do aprendizado ocorrem na infância. É nesta fase em que a criança precisa ser estimulada com qualidade, para adquirir conhecimento e desenvolvimento físico. Sobre estas etapas, os estudos de Piaget nos trazem muitos esclarecimentos. O foco de sua pesquisa trata da gênese do conhecimento humano, a qual estabelece uma ligação direta com desenvolvimento cognitivo que compreende fases de crescimento, acontecendo em estágios distintos ao mesmo tempo em que se adquirirem mudanças e novas habilidades. No desenvolvimento cognitivo a criança passa a refletir sobre ações pensadas. Independentemente da seqüência que faça, suas ações vão sendo adquiridas em disposição e ligação de uma atividade para outra. Através deste processo que vai fixando ainda mais o desenvolvimento cognitivo, acontecem múltiplas produções de conhecimentos, em seguimentos de evoluções biológicas, em que a criança começa a se coordenar através ações repetidas e contínuas. Acontecendo a [...] ―organização de ações no espaço e tempo, que é chamado de lógica das ações‖. (PALANGA 2001, p.21, aupd PIAGET 2001, grifo nosso ). Essa lógica das ações está relacionada tanto com a maturação física quanto cognitiva. Desse modo, as ações e reações, o que se aprende e o que ainda não é possível de compreender, dependem de estágios do desenvolvimento humano, os quais são denominados por Piaget (2001) como: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. O estágio sensório–motor está ligado ao desenvolvimento humano na fase do nascimento aos 2 anos de idade. Neste período a criança não tem pensamento organizado em sua afetividade, que permita fazer identificação de pessoas e objetos sem que estejam

em sua presença. Dentro de um processo construtivo, os sentidos básicos vão se formando e, na medida em que os utiliza, o sistema nervoso vai se amadurecendo através do contanto da criança com meio. Os reflexos comportamentais vão se modificando e com um mês e meio de vida a criança já é capaz de identificar objetos e pessoas, amadurecendo inicialmente suas estruturas cognitivas. As mesmas são formadas através da construção da coordenação ―sensório- motora‖ (PALAGANA, 2001, p.24). O crucial neste período é a evolução da criança na identificação estável de um objeto. Possibilitando também a formulação conjunta de estruturas cognitivas que serviram como suporte para o desenvolvimento perceptivo e intelectual subseqüentes. O segundo estágio de desenvolvimento se trata do pré-operatório, que ocorre de 2 a 7 anos. Sendo um período mais evoluído, neste estágio o indivíduo desenvolve suas possibilidades de diferentes formas: no sentido da atuação lingüística/comunicação oral, no processo de raciocínio e na apresentação de um comportamento substancial: é a fase em que a individualidade melhor se expressa. Neste estágio a criança possui o entendimento próprio diante a representação do meio, fazendo o reconhecimento através de seu entendimento do que é posto em sua presença, diferentemente daquilo que está ausente. ―É nele que se estrutura a função semiótica, habilidades cognitivas fundamentais para que a criança possa trabalhar com operações lógicas, passando assim para estágio seguinte‖. (PALAGANA, 2001, p. 26). O estágio seguinte se trata das operações concretas, ocorrendo entre os 7 e 12 anos. Os processos cognitivos dentro desse estágio não são responsáveis por ações lógicas e independentes da criança. O entendimento depende de situações vividas em sua realidade. Neste período acontece a troca constante de representações mentais, ocasionando a aquisição, modificação e ampliação de informações decorrentes do processo contínuo de aprendizagem. A criança agora procura desenvolver um pensamento que seja transmitido diante uma argumentação compreendida e considerada por todos em seu meio. O último estágio, denominado de período das operações formais, se dá dos 12 anos em diante. Nesta fase a criança passa a ampliar as suas habilidades e capacidades adquiridas na fase anterior e já consegue raciocinar usando hipóteses e idéias abstratas. A criança adquire a capacidade de analisar e avaliar criticamente a realidade social. Segundo Piaget (2001), é o mais alto nível de desenvolvimento cognitivo. Deste modo, tendo-se compreensão dos níveis de desenvolvimento humano, é possível realizar um trabalho educativo voltado para as peculiaridades da criança, de acordo com seu processo cognitivo. Por isso o professor tem que ser um constante

estéticas. Abrindo caminho para imaginação, fazendo com que a identidade do sujeito seja construída. Este aprendizado proporcionado pela música pode ser direcionado às práticas educativas escolares, a começar pelo contexto da educação infantil, uma vez que desperta o interesse e o envolvimento da criança, ajudando-a a expressar-se e a socializar-se melhor. Por isso, cabe ao professor sempre proporcionar apoio às crianças, dentro do ambiente e por meio dos acervos musicais que possam ser trabalhados, despertando as crianças para conhecimento cultural diversificado, de outras cidades ou regiões, como músicas clássicas, músicas folclóricas, regionais, líricas, etc. Vale ressaltar que estas atividades que devem sempre partir do conhecimento prévio da criança, respeitando seu tempo de assimilação e aprendizagem – ou seja: trabalhar a educação musical de acordo com as possibilidades e recursos que estejam dentro das condições que professor possa disponibilizar para crianças, favorecendo, assim, o desenvolvimento cognitivo. Como se percebe, a música contribui para vida do ser humano e traz um bem estar a pessoas. Pensando-se no contexto escolar, o professor pode desenvolver práticas de ensino, ampliando os sentidos das crianças, principalmente o auditivo, na estimulação do ouvir. A música estimula à prática sonora desenvolvendo o aluno a distinção dos efeitos sonoros, como timbre, altura e intensidade, fazendo com que seja distinguido cada som escutado. E aos poucos vai se ampliando o seu desenvolvimento sonoro, apreendendo-se quais gostos sonoros mais aprecia e o que não são de seu agrado, assim podendo fazer reproduções que são agradáveis ao gosto. Música dentro da perspectiva sonora faz com que se despertem sensações afetivas, pensamentos e ações. Portanto, estimular a socialização, interagindo musicalmente, faz a criança aprender a conviver melhor se comunicando afetivamente em harmonia na família, na escola e em meio à sociedade.

3. A ESCOLA E A ARTE MUSICAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

3.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DA MÚSICA NA PERSPECTIVA DOS

REFERENCIAIS CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) é desenvolvido numa abordagem diversificada, para estímulo e organização da aprendizagem e identidade da criança. Dentre desses aspectos são inseridos vários métodos e orientações que apontam caminhos para uma melhor prática docente. No RCNEI (1998) se encontram várias formas de abordagem de ensino direcionado à criança. Numa dessas abordagens está à música como método de aprendizagem a ser utilizado e desenvolvido, para que trabalhem as capacidades afetivas, emocionais e sociais. ―A cultura dentro referencial curricular é entendida de forma a ampliar conteúdos dentro de seus códigos e produções simbólicas‖ (RCNI, 1998, pg 46). Por isso, a música proporciona, ao professor, meios que possibilitem aprendizagens e manifestações culturais das e para as crianças. Para que o professor se utilize adequadamente destes meios, o seu perfil deve ser amplamente diversificado, para que no planejamento de suas atividades proporcione conteúdos diversos a garantir aprendizagens em diferentes abordagens, em especial quando se trabalha com a arte musical, uma vez que ―a implantação e/ou implementação de uma proposta curricular de qualidade depende, principalmente, dos professores que trabalham nas instituições‖. (RCNEI, 1998, p.41) O RCNEI contém três volumes. O terceiro volume é relacionado ao âmbito do conhecimento de mundo, em que se desenvolve na construção de um trabalho com variadas linguagens pelas crianças, objetivando conhecimentos relacionados entre si. Dentre os conteúdos curriculares está a música, como construção de conhecimento significativo a se inserir de forma integral a métodos diversos, na promoção da aprendizagem das crianças. Assim:

O trabalho com a música proposto por este documento se fundamenta em estudos de modo a garantir à criança possibilidades de vivenciar e refletir sobre questões musicais, num exercício sensível e expressivo que também oferece condições para o desenvolvimento de habilidades. ( RCENI, 1998, p.48).

Portanto, o cuidado global da criança deve acontecer na interação de métodos interdisciplinares, através de orientações baseadas nos procedimentos curriculares que estimulem o aluno a se descobrir e desenvolver suas capacidades. Isto pode ser favorecido por meio de estímulos musicais.

3.2 TÉCNICAS E MÉTODOS PARA O TRABALHO COM A ARTE MUSICAL NA

ESCOLA

A aprendizagem deve acontecer de forma que socialize o indivíduo, que ele conquiste a autonomia e se torne crítico e criativo. ―O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético, e não, um favor que podemos ou não conceder uns aos outros‖. (BEZERRA,2010, p.162 apud FREIRE,1996,p.59). O ensino e aprendizagem estão disponíveis da mais variadas formas para crianças, através das tecnologias da informação e comunicação, que inclui a música na aquisição e uso desses novos métodos (utilização de vídeo, áudio, conto, musical, etc), ampliando e facilitando uma aprendizagem com mais eficácia através utilização mídias, que traz para sala de aula informações de formas diversas através cultura contemporânea. Em suas reflexões, Ausebel (apud MOREIRA e MAZINI, 1982), apresenta dois eixos de aprendizagem memorística (mecânica), sendo um deles aprendizagem por descoberta – em que o estudante precisa descobrir o conteúdo antes de assimilá-lo. Por esta razão, o uso do meio mediático, dentro da sala de aula, deve ser adaptado para ser utilizado pelas crianças. A utilização de métodos que instiguem uma aprendizagem sadia e significativa, proporcionando formas novas de aprendizagem, faz com que o aprendizado se apreenda na prática. É através da música que tais possibilidades podem se inseridas no contexto escolar, como, por exemplo, na contemplação da arte cênica, no desenho de melodias, na busca das variações lingüísticas, na valorização da diversidade cultural. A formação da música é o que dá forma ao seu gênero, por isso também pode ser abordada dentro da sala de aula a criação de gêneros e letras curiosas, demonstrando como a forma estrutural da música pode se desenvolvida. A dança faz parte da composição dos gêneros que podem ser abordados dentro da música.

Os gêneros musicais são os mais diversificados possíveis, deixando que o professor possa procurar os ritmos e harmonias que melhor possam se encaixar em algum conteúdo que queira aplicar. A voz é uma forte contribuinte de percepção musical que pode se desenvolvido no ser humano. O professor está em constante uso da voz para desempenho de suas aulas; então precisa fazer exercícios que trabalhem o cuidado e qualidade da sua voz, através do gargarejo, da respiração correta, de exercícios vocais que estimulem a garganta, verificando como está a sonoridade da voz. A visita ao fonoaudiólogo orienta sobre os devidos cuidados com a garganta e a voz. Exercícios como descanso da voz, o hábito de tomar água e falar baixo são atos benéficos para aos professores, para que possa garantir uma qualidade na sua voz, para desempenho de sua profissão. Este cuidado é uma questão para ser abordada dentro da sala de aula, ao trabalhar a música, despertando e conscientizando o aluno sobre a importância do cuidado com a garganta, e com voz, dentro de seus aspectos acústicos, fonéticos e na comunicação. Segundo Lino (1999, p.62), ―o som é uma onda invisível, e através da percepção tornamos esse invisível, visível, respeitando a medida o tempo no tempo da medida e de suas direções‖. A música é construída através de manipulação do som. A sonoridade vai se formando na construção musical, que vai sendo adquirida através dos conhecimentos criados pelas e com crianças. ―A noção de conhecimento em música surge da ação da criança com a música‖ (LINO, 1999, p.64). Através do contato com brinquedos sonoros e brincadeiras desenvolvidas através do ar com músicas que despertem na criança formas desenvolvimento através movimentos corporais, da voz e interação. Os sons da voz e dos instrumentos se integram aos elementos sonoros, sendo descobertos e inovados pelas crianças. Através de objetivos como som da mesa, cadeira, porta, janela, zíper da bolsa, sons que possam desenvolver construções sonoras diferentes, podem ser explorados aguçando a curiosidade da criança, fazendo que ela pesquise sons através exploração sonora desses objetos. Assim, [...] ―atividades de improvisação e composição podem ser utilizadas pelo educador para desenvolver o processo de percepção

  • expressão – comunicação possibilitado pela música‖ (LINO, 1999, p.67). Direcionando o entendimento da prática consciente nos campos musicais, propiciada pela qualidade da compreensão dos elementos sonoros, que desdenhados sobre formas livres expressionais propicia diversidades rítmicas, dentre outras características sonoras que podem se impulsionadas e descoberta.