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partir das obras do artista Vincent van Gogh. A proposta de trabalho foi realizada com os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, em uma escola pública ...
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
Compartilhado em 07/11/2022
4.6
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Sayonara Maria Andrade Nogueira Corrêa
Especialização em Ensino de Artes Visuais
Belo Horizonte Escola de Belas Artes da UFMG 2015
Sayonara Maria Andrade Nogueira Corrêa
Especialização em Ensino de Artes Visuais
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais do Programa de Pós-graduação em Artes da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Ensino de Artes Visuais.
Orientadora: Antônia Dolores Belico Soares de Alvarenga
Belo Horizonte Escola de Belas Artes da UFMG 2015
Monografia intitulada O sensível na Arte de Van Gogh , de autoria de Sayonara Maria Andrade Nogueira Corrêa, aprovada pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores:
Antônia Dolores Belico Soares de Alvarenga - Orientadora
Geraldo Freire Loyola
Prof. Dr. Evandro José Lemos da Cunha Coordenador do CEEAV PPGA – EBA – UFMG
Belo Horizonte, 2015
Av. Antônio Carlos, 6627 – Belo Horizonte, MG – CEP 31270-
Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Belas Artes Programa de Pós-Graduação em Artes Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais
Obrigada meu Deus, pela Proteção Divina. Obrigada minha família, pela compreensão nos momentos em que estive ausente. Obrigada minha filha Marina, por tantas vezes em que esteve ao meu lado contribuindo na realização das tarefas de cada disciplina do curso. Obrigada professora Dolores, pela orientação, suporte ímpar nesse trabalho. Obrigada Zezé, tutora presencial do curso e amiga de longa caminhada, pelos ensinamentos tão precisos e preciosos. Obrigada meus amigos, Márcia e Rubens, pelas revisões de formatação, ortografia e concordância. Obrigada colegas de curso, pela rica troca de conhecimentos. Obrigada meus alunos, peças vivas e fundamentais desse trabalho. É por vocês e com vocês que cheguei até aqui.
Este estudo reflexivo realizado a partir de um plano de prática pedagógica tem como tema a possibilidade de ensino em artes visuais com experimentação estética, a partir das obras do artista Vincent van Gogh. A proposta de trabalho foi realizada com os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, em uma escola pública municipal, localizada na zona rural de Formiga, Minas Gerais; utilizando as técnicas do desenho e da pintura. A metodologia implementada, ancorou-se nos três eixos da Abordagem Triangular de Ana Mae Barbosa, quando os alunos viveram a rica experiência ao tecer um diálogo entre o cenário sociocultural e histórico do artista e a sua realidade rural, significando a contextualização, a apreciação e o fazer artístico. O estudo desenvolveu-se a partir da elaboração e execução de um plano de ação pedagógica e posterior análise e reflexão do processo pertinente à temática proposta. Evidenciou-se que o ensino de artes visuais pode tecer possibilidades e organizar situações que provocam o imaginário, a fruição e o pensamento estético, bem como comprovar sua importância no desenvolvimento dos processos cognitivos, sendo Arte área de conhecimento.
Palavras-chave: Arte, artes visuais, experimentação estética, fruição.
O ensino de Arte na contemporaneidade deve estar potencialmente em diálogo com a escola, de forma reflexiva, indagadora e criativa. E especialmente no tocante ao ensino de artes visuais, organizando situações em que a imaginação é incentivada através da criação e do desenvolvimento do pensamento estético. O tema da proposta e investigação desse trabalho foi o estudo da trajetória artística de Vincent van Gogh, a partir de uma ação pedagógica realizada com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental da rede pública municipal de ensino, na cidade de Formiga, Minas Gerais, cujo caráter foi eminentemente reflexivo e atitudinal. Metodologicamente, o trabalho articulou os três eixos da Abordagem Triangular , da arte-educadora Ana Mae Barbosa, para que os alunos trilhassem o caminho da contextualização histórica, da apreciação artística e do fazer artístico. A contextualização histórica se efetivou através de pesquisas da biografia de Van Gogh, discussões e localização do espaço sociocultural e histórico em que suas obras estão inseridas. A experimentação de materiais utilizando as técnicas de desenho e pintura, possibilitou um fazer artístico significativo, com intencionalidade no desenvolvimento da fruição e pensamento estético a partir de apreciações das obras do artista. Pretendeu-se que essa proposta de trabalho pudesse representar possibilidades no ensino de artes visuais, desenvolvendo a observação, a imaginação e a criatividade. Objetivando o estabelecimento de significados entre o contexto sociocultural e histórico de Van Gogh e a realidade rural dos alunos, as técnicas de desenho e pintura foram trabalhadas como meio e fim para tecer os matizes de se imprimir em suas criações artísticas a sensibilidade e a emoção que o artista tão bem consagrou em suas obras. O trabalho se estruturou em três capítulos. O primeiro relata um breve histórico do ensino de Arte no Brasil, desde os jesuítas até os dias atuais e a responsabilidade do professor contemporâneo em efetivar um planejamento no ensino de artes visuais, para que o aluno possa viver uma experiência estética significativa. Também trata esse capítulo de justificar a escolha do artista Vincent van Gogh e suas obras, como material imagético para compor a inspiração dos alunos.
1.1 Histórico do ensino de Arte no Brasil
Para compreendermos o ensino de Arte na contemporaneidade, é preciso percorrer o caminho ao longo da história; e assim nos conscientizarmos que somos frutos de uma educação arcaica, que já avançamos muito, mas que é preciso refletir sempre acerca de nossa prática, para que nossas ações sejam fundamentadas para ensinar Arte com o objetivo primeiro de formação humana do indivíduo.
A proposta não é rever o passado a partir de ações seguindo uma cronologia temporal e estanque, mas encontrar referências que nos situem como sujeitos históricos e capazes de avançar na nossa experiência cotidiana. (GOUTHIER, 2008, p. 33) O primeiro sistema educacional de ensino formal foi organizado pelos jesuítas, no então período colonial. A intenção primeira era a pregação da fé dentro da doutrina Católica. O ensino formal se destinava à elite, enquanto as oficinas de artesãos ficava a cargo dos demais. Para convencer os indígenas da existência de um Deus e de um Demônio, eram realizadas festas, peças teatrais e ensino de música e dança. Conhecedores de vários saberes manuais, várias técnicas de artesanato utilizando material nativo foram ensinadas aos índios com o objetivo de catequizá-los e como forma de aproximação e ensino de valores. Nasce aqui a identidade brasileira na criação artística. A Coroa Portuguesa se sente incomodada com a resistência dos índios à escravização e expulsam os jesuítas. Chega então ao Brasil a família real e mais tarde a Missão Francesa. Em 1816 Joaquim Lebreton, do Instituto da França, chega ao Rio de Janeiro para organizar o ensino de Belas Artes. Com conteúdos voltados para a formação artística, é criada a Academia Imperial de Belas Artes. Quando Araújo Porto Alegre assume a direção da Academia em 1855, propõe uma reforma, sem sucesso, para que a instituição também ofertasse a formação de artesãos e artistas. Segundo Barbosa (2002 apud GOUTHIER, 2008, p. 34): “a concepção popular de arte de então é substituída por uma concepção burguesa [...] visto que a atividade artística não era incluída nas escolas elementares públicas”. Na tentativa de aproximar a arte da educação popular formando artífices, é criado o Liceu de Artes e Ofícios por Bethencourt da Silva em 1856. No entanto, Barbosa (2002 apud
GOUTHIER, 2008, p. 34) afirma que “o marco decisivo foi a abolição da escravatura, quando iniciou-se o processo de respeitabilidade do trabalho manual”. Antes mesmo da Proclamação da República, nas escolas primárias e secundárias há um movimento que defende o desenho como linguagem técnica e da ciência. No final do século XIX, quando a República é instaurada, o ensino de Arte é visto com bons olhos na escola formal, pois o desenho era disciplina do currículo e segundo Gouthier (2008, p. 35), era presente “o ensino de desenho para a educação popular, que no ideal dos liberais chegou a ser a disciplina mais importante nas escolas primárias e secundárias”. O ensino de desenho como meio de formação técnica é o que prevalece nas escolas no início do século XX. Já em meados da segunda década, prevalece a importância da livre expressão do desenho infantil que servirá como meio para estudos cognitivos. Nesse cenário histórico a educação brasileira passa por várias reformas e o pensamento da Escola Nova priorizando a abordagem técnica nas escolas, seguindo modelos estrangeiros, chega ao Brasil. Nesse contexto surge com grande expressividade e importância para o avanço do ensino de Arte no Brasil, a Semana de Arte Moderna, os artigos de Mário de Andrade que investigam a arte da criança, os cursos de Anita Malfatti que valorizavam a livre expressão da criança, sendo o professor um mero espectador e a reforma da Escola Nacional de Belas Artes realizada por Lúcio Costa. Surgem também no Brasil, nos anos 1930, escolas especializadas em Arte para crianças e adolescentes, como a Escola Brasileira de Arte com aulas de música, desenho e pintura, coordenada por Theodoro Braga e o curso da Biblioteca Infantil Municipal de São Paulo, ministrado por Anita Malfatti, que diferentemente valorizava a livre expressão. Esse momento mostra visivelmente duas vertentes para o ensino de Arte no Brasil, que como nos mostra Barbosa (2005 apud GOUTHIER, 2008, p. 37), aparece como “[...] o desdobramento dialético das tensões entre Desenho como Arte e Desenho como Técnica, entre a expressão do eu e a expressão dos materiais”. Com a ditadura do governo de Getúlio Vargas o ensino de Arte no país perde expressão. Mas nesse período Lúcio Costa propõe a reformulação do ensino de Desenho no curso secundário que abordasse o desenho técnico, o de observação e como meio de expressão.
Triangular (1987) que sintetiza o conhecimento em arte a partir de três eixos: a contextualização histórica, o fazer artístico e a apreciação artística. Os avanços continuam e em 1998 com a criação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), baseados na Abordagem Triangular, Arte é reconhecida como componente curricular obrigatório e é considerada área de conhecimento de grande importância na formação e desenvolvimento do educando. O ensino de artes visuais no espaço escolar contemporâneo exige um olhar reflexivo e voltado para repensar o processo de ensino e aprendizagem, visto que vivemos um momento histórico, em que Arte reconhecida como área de conhecimento e ter se tornado “componente curricular obrigatório” (BRASIL, 1996), representa um referencial importante na formação plena de nosso aluno. A presença da disciplina Arte no currículo escolar sedimenta sua especificidade pedagógica como elo essencial no processo educativo. Sendo um significativo campo do saber, estabelece relações com a vida, a história e a cultura. Amparada pela obrigatoriedade legal, os PCNs especificam:
O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma compreensão do mundo na qual a dimensão poética esteja presente: a arte ensina que é possível transformar continuamente a existência, que é preciso mudar referências a cada momento, ser flexível. Isso quer dizer que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é condição fundamental para aprender. (BRASIL, 1997, p.19)
Dentro desse contexto o professor de Arte nos dias de hoje, deve ser um eterno pesquisador e um facilitador intencional na efetivação de um ensino de Arte consciente e transformador. Nesse sentido Ana Mae Barbosa, nos adverte ao afirmar que:
Os professores de arte conseguem os seus diplomas mas eles são incapazes de prover uma educação artística e estética que forneça informação histórica, compreensão de uma gramática visual e compreensão do fazer artístico como autoexpressão. Muito aprendizado seria necessário além do que a universidade vem dando até agora (BARBOSA, 1989, p. 181).
1.2 O professor e o ensino de Arte na escola contemporânea
A necessidade de se planejar um ensino de Arte com rigor e cuidado, torna-se urgente. Planejamento esse que possa proporcionar aos alunos os caminhos
oportunos que viabilizem o apropriar-se de seus conceitos contribuindo assim para o desenvolvimento de sua capacidade criadora. Nesse contexto, faz-se necessário que o ensino de artes visuais articule situações e propostas que provoquem a imaginação, a criação, a apreciação, a reflexão crítica, a fruição, a curiosidade, a experimentação, o despertar do pensamento estético. A abordagem metodológica para que o ensino de Arte seja significativo, contextualizado e indissociável do saber cultural deve representar o diferencial nas diversas possibilidades de aprendizagem. Segundo Barbosa (2008), o ensino de Arte deve ser pensado a partir de três ações básicas, que são o fazer artístico, a contextualização e a apreciação. É nessa abordagem metodológica que o presente trabalho se ancora, para que a ação pedagógica proposta seja significativa e enriquecedora no ensino em artes visuais. Nesse sentido Pimentel (2008, p.16), assegura: “Uma arte/educação pós-moderna enfatiza a habilidade de se significar obras de arte sob o aspecto do seu contexto social e cultural, como principal resultado da instrução”. A necessidade de se pensar um ensino de Arte, focado nas artes visuais, em um mundo repleto de imagens e símbolos, deve ser prioridade no planejamento de um arte-educador, com intencionalidade no desenvolvimento da capacidade criadora do aluno e que possa demarcar um diálogo consciente e reflexivo com seu contexto espaço-temporal e cultural.
Conhecer as artes visuais é saber produzir e refletir estética e artisticamente sobre as imagens visuais, o que implica um envolvimento cognitivo, perceptível e sensível com as formas dessas imagens. Por forma, em Arte, estamos entendendo a sua totalidade, a sua “inteireza”, que a torna diferenciada e única perante as demais. Todavia não existe nenhuma dimensão de visualidade que não tenha suas raízes no mundo cultural. Desde os primeiros registros visuais do homem pré-histórico, até os últimos avanços tecnológicos a expressão visual vem se ampliando no domínio das linguagens artísticas e através do próprio imaginário cultural. (FERRAZ; FUSARI, 2010, p.79-80)
E paralelamente:
Por meio da Arte é possível desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao indivíduo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada. (BARBOSA, 2002, p.18)
Por um lado, a obra de arte emerge da história: ela nasce numa determinada situação histórica e com um preciso condicionamento temporal, mas não é produzida pela história que a precede, porque, de preferência, dela extrai sustento e nutrição, e, dela nascendo, detém o fluxo horizontal do tempo para dele sair verticalmente, e, para fixar-se num valor doravante intemporal: universal, isto é, irreconhecível, eviterno, isto, é, perene. [...] Por um lado, a história se derrama na obra precisamente no ato com que a obra emerge da história, e, por outro, a obra age na história precisamente no ato em que a história age sobre a obra: estes são os aspectos da história da obra, que, nascendo como intemporal no tempo, vive temporalmente além do tempo. [...] (PAREYSON apud FERRAZ; FUSARI, 2010, p. 107-108) Trabalhar o ensino de artes visuais dentro da escola, de forma intencional, qualificada e planejada, com respaldo metodológico, possibilitou ao aluno viver uma experiência significativa em Arte e percebê-la como um processo ativo, dinâmico e reflexivo que dialoga com o passado ao mesmo tempo que o faz com a atualidade; com o aporte da contextualização, fruição e criação em arte.
1.3 Um olhar para ver Van Gogh
Por que dentre tantos temas e tantos artistas, o escolhido foi Vincent van Gogh? Em um mundo extremamente materialista e imerso na cultura do descartável é preciso criar espaços, especialmente nas aulas do ensino de Arte para a poesia e a sensibilidade de se perceber o estado de espírito de um gênio criador, que conseguia apenas com pincel e tinta criar o vento, o brilho das estrelas, o farfalhar dos campos floridos e os sentimentos mais complexos da alma humana em uma abundância exuberante de cores. Em Cartas a Théo, tradução de Ruprecht (1997) e segundo Venezia, (1997), Vincent Willem Van Gogh foi um pintor holandês que viveu no século XIX (1853-
como um dos maiores artistas, um verdadeiro gênio que eternizou a vida e as imagens através de sua arte. Van Gogh é universal e seu tempo é somente dele, embora suas obras estejam inseridas nos movimentos Impressionista, Pós-impressionista, Expressionista, Neorealismo. As técnicas de suas obras são extremamente vanguardistas, entretanto os temas e as cenas por ele retratados são repletos de simplicidade. Os desenhos e as pinturas de Van Gogh são puramente a representação de seu mundo visível, com fidelidade de detalhes ao se expressar com sentimento e emoção. Ele mostra e relata o que está à frente de seus olhos, sem adorno, sem retoques. O sentimento é tão puro que ele consegue nos alcançar em nossa cultura, sendo atemporal. Van Gogh é tão fidedigno com ele mesmo que não consegue mentir em suas obras: O Quarto em Arles (Fig.1) nada mais é do que se tem e se precisa em um quarto, A Noite Estrelada (Fig.2) é simplesmente uma noite com estrelas e lua, os autorretratos (Fig.3) são exatamente quem ele era no momento da pintura.
Fig.1 - Quarto em Arles (3a^ versão, final de Setembro de 1889),Musée d’Orsay Paris Fonte: Aula de Arte. História da Arte. Disponível em: http://www.auladearte.com.br/historia_da_arte/van_gogh2.htm#axzz3bxcLKdgo Acesso em: 01 jun. 2015.