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Este trabalho de conclusão de curso apresenta uma revisão biográfica de carl gustav jung, explorando seus conceitos chave como o self, os arquétipos, as mandalas e os tipos psicológicos. A importância do autoconhecimento e como os conceitos de jung podem auxiliar na compreensão do caráter humano e no processo de individuação.
Tipologia: Exercícios
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Sete Lagoas 2020
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Psicanálise Clínica e Institucional da Sociedade Brasileira de Psicanálise Existencial – SBPE, como requisito para conclusão do Curso de Psicanálise. Prof. Orientador: Ricardo Costa e Silva Sete Lagoas 2020
“Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é à sombra do outro. (Carl Gustav Jung
Resumo Este trabalho vai trazer um pouco da biografia de Carl Gustav Jung, e a sua importante contribuição para a psicanálise, como também seu trabalho, viagens, estudos e pesquisas trouxeram um enriquecimento no âmbito do Setting analítico. O conceito do Self para Jung, que além de ser uma instância na organizadora da psique, também é um arquétipo que autorregula. O conceito das mandalas que ele implantou na clínica psicanalítica e sua relevância como uma ferramenta de trabalho. O conceito dos arquétipos e suas características como autoconhecimento. E por fim, as teorias dos Tipos Psicológicos no qual Jung trouxe o significado da Personalidade Introvertida e extrovertida, salientando como as pessoas se interagem vida global. Palavras chaves. Jung, Self, Mandalas, Arquétipos, Tipos Psicológicos
Adentrar no universo junguiano é uma caminhada de aprendizado sem precedências. No decorrer desse percurso, as descobertas do Self, os arquétipos, tudo que se refere à psique, pode-se assim dizer, que é o caminho para as mudanças que se fazem necessárias para o crescimento e empoderamento do individuo e ele tenha a partir daí, uma melhor qualidade de vida. Carl Gustav Jung revolucionou a psicanálise com suas viagens, pesquisas e estudos principalmente na área das mandalas que trouxeram grande enriquecimento para o setting analítico. Reconhecer os arquétipos que há em cada pessoa é fundamental, pois eles, segundo citado nesse trabalho, formam imagens ou perspectivas que se manifestam nas atitudes conscientes de um indivíduo. Carl Gustav Jung proporcionou esse autoconhecimento através do “Self”, que segundo ele, é um arquétipo central, da ordem e totalidade e que representa o anseio humano de unidade e ainda se expressa por diversos símbolos, sendo o principal deles a mandala. Enfim, é enriquecedor e transformador conhecer e aprofundar nesse universo junguiano. Conhecer a si mesmo, ajuda no processo de crescimento de cada indivíduo e o ajuda a ver a vida por outro ângulo. Caminhos que levam a cura.
A importância desse trabalho é mostrar os benefícios do autoconhecimento. “O si - mesmo”. Se autoconhecendo, a transformação da realidade de cada individuo, trará um novo olhar levando-o a se ressignificar. Carl Gustav Jung contribui para a psicanálise através de suas pesquisas e viagens ao interior do SER. Como ele era apaixonado pelo ser humano e por desvendar o inconsciente (sua essência - o Self), que é percebido como o produto da individuação. Para Jung, estudar este tema, ajuda no comportamento cotidiano, conhecer, identificar e saber como os arquétipos interagem, se expressa em cada individuo e como atua, pois se comunicam com o inconsciente e consciente do ser, por meio de símbolos que são repletos de definições e conceitos, que trazem emoções. Uma vez conhecendo-os será interessante identificar o que eles querem dizer sobre si, ajudando-o a dar um significado ao seu mundo interior e a partir disso, lidar com seus problemas e viver em sociedade. Entender a si mesmo é ter o equilíbrio mental, emocional e físico.
Este trabalho é uma revisão bibliográfica do autor Carl Gustav Jung, com propósito exploratório, que permitirá uma interação entre o autor e o leitor, e ainda desenvolverá seus conceitos sobre Self, arquétipos e os tipos psicológicos, ajudando a entender um pouco do caráter humano. Os dados aqui apresentados são de abordagem qualitativa, onde foi feito um levantamento de dados e livros em PDF sobre o autor e os temas, buscando compreender e interpretar os conceitos, comportamentos, sentimentos, percepções, entre outros aspectos imateriais, apresentados pelo autor. Escolhemos os livros em PDF de Carl Gustav Jung para embasar esta pesquisa:
5.1 Revisão Biográfica Carl Gustav Jung Carl Gustav Jung nasceu em 26 de julho no ano de 1875 Kresswil, Basiléia na Suíça. Filho de Paul Schilles Jung, pastor protestante. Com quatro anos seu pai foi transferido para Klein Huningen ao redor de Basiléia onde estou até se tornar médico. Casou-se com Emma Rauschenbach no ano de 1903 e teve cinco filhos. De 1909 até sua morte em 06 de junho de 1961, fixou residência na Seestrasse, 228, em Kusnacht ás margens do lago Zurique. No processo da sua vida pegou gosto pela tão importante literatura e ainda por Filosofia. As obras que ele mais se interessou foram as de Pitágoras, Heráclito, Platão, Kant e Goethe, Friedrich Nietzsche. No ano de 1900, Jung estudou medicina e se especializou em psiquiatria com 25 anos. O que o influenciou a se tornar um psiquiatra, foi ter lido a obra do então médico psiquiatra Krafff-Ebbing. Nesse mesmo ano, resolveu entrar e ser um interno no Hospital Psiquiátrico Burgholzli, na cidade de Zurique, no qual tinha como diretor, o conceituado Eugen Bleuler, um brilhante psiquiatra naquela época e que se dedicou a área da esquizofrenia. No ano de 1902, foi para Paris estudar com o filósofo e psicoterapeuta Pierre Janet, e em 1904 no Hospital psiquiátrico, assumiu a função de chefia, como também criou um laboratório temporário. Foi nesse laboratório que se consagrou através de pesquisas o conhecimento da mente através da fala “Associação Livre”. Em 1905, foi intitulado o primeiro Oberartz. Um cargo abaixo do doutor Eugen Bleuler, porém como ele se destacava, ainda nesse ano, fora eleito Privat-Dozent, no entanto, renunciou ao título em 1913. Nesse percurso Jung conhece as obras de Sigmund Freud e faz contato com ele. Esse contato foi de ( 1856 - 1939 ). O encontro dos dois ocorreu no ano de 1907 e foi transformador para Jung. Eles ficaram conversando por treze horas sem parar. Foi uma amizade que perdurou por volta de sete anos, mas que teve seu fim devido às divergências de ideias.
consciência, o inconsciente e o ego; o Self é o todo e o centro. Ele define também como um círculo maior o Self e o Ego dentro do todo como independente dentro desse todo. No entendimento do Self para Jung, toda pessoa nasce como senso próprio de sua totalidade “ o Si mesmo ”, porém a partir do seu crescimento, e da sensibilidade própria de semelhança, “há um a consciência do Ego que separada se transforma ”. Na ação continuada da adversidade do ego, propicia a realização, no decorrer da caminhada principal da vida, isso é dito no artigo: “ a primera metade da vida ”. Conforme o artigo citado, os junguianos também consideram que a saúde psíquica depende de um retorno periódico ao sentido do Self. Depois que apontamos as diferenças do ego, o indivíduo se torna firmemente ancorado no mundo externo. Neste momento segundo Jung, uma nova tarefa surge para a segunda metade da vida. Um retorno e uma redescoberta consciente do Eu: Sua individuação. A indiduação é descrita por Jung, como um estágio através do qual o ser humano evolui de um momento infantil de identificação para o momento de maior identificação, o que produz no indivíduo uma ampliação da consciência. Através desse estágio, o ser humano identifica menos com as ações e valores incorajados pelo meio no qual se encontra com as orientações emanadas do Self, a totalidade. Jung entende que a compreensão dessa totalidade é a meta do ampliação da psique. O ser humano busca em si essa individuação, que leva a auto conhecimento e a iluminação. Jung ressaltou que o estágio de individuação não entra em desacordo com a norma coletiva do meio ambiente no qual o sujeito está inserido. Pois, consegue se adaptar e se inserir com sucesso dentro de seu Habitat, tornando-se um membro ativo de seu ambiente. Jung afirmou que poucos sujeitos alcançavam a meta da individuação de forma mais significativa. O estágio de individuação é uma forma de maturidade e da realização da sua personalidade.
Nos estágios reais de individuação o consciente chega a um limite com o seu centro interior (núcleo psíquico) ou o Self, gerando um “ferimento na personalidade”. O ego fica sem saída com dúvidas e precisa pedir ajuda ao centro organizador da personalidade: "Jung chamou esse centro de “Self” e o descreveu como: “a totalidade de toda a psique, para distingui-lo do “ego”, que constitui apenas uma pequena parte da psique". Com a orientação do Self, surge uma sequência de imagens arquetípicas, que vão gradualmente aproximando-se de aspectos fragmentários do próprio Self rumo a sua totalidade. No livro Aion (Estudo sobre os Simbolismo do Si-Mesmo), página 13, Jung descreve o “EU” como fator complexo com o qual todos os conteúdos conscientes se relacionam e que se constitui como que o centro do campo da consciência, dado que este também inclui a personalidade empírica, o eu é o sujeito de todos os atos conscientes da pessoa. Aqui também, ele cita que o “EU” por ser considerado complexo, não é possível explicá-lo na íntegra, e ainda, é composto por duas estruturas supostamente distintas: São elas segundo Jung: Uma somática, partindo da totalidade das sensações de natureza endossomáticas, de natureza psíquica, ligadas ao eu e automaticamente conscientes. E a outra que é a base psíquica: Segundo Jung, ela se assenta, de um lado, sobre o campo da consciência global, e, do outro, sobre a totalidade dos conteúdos inconscientes. Jung, diz ter proposto que a personalidade global, de fato existia, porém ela não é capaz de ser entendida na sua integralidade. Então a denominou de si-mesmo. Abaixo ele explica: Por definicão, o eu está subordinado ao si mesmo e está para ele, assim como qualquer parte está para o todo. O eu possui o livre-arbítrio – como se afirma -, mas dentro dos dois limites do campo da consciencia. Empregando este conceito, não estou me referindo a algo de psicológico, mas sim ao conhecidíssimo fato psicológico da assim chamada decisão livre, ou seja, ao sentimento subjetivo de liberdade. P. 16 Dando continuidade Jung esclarece que:
vivência, durante muitas gerações. Essas vivências são as tendências estruturantes e invisíveis dos símbolos ou arquétipos. Por pertencerem ao passado e serem mais abrangentes que a consciência do ego, os arquétipos criam figuras ou visões que sacodem alguns aspectos da atitude consciente do indivíduo. Funcionam como centros autônomos que buscam produzir, em cada geração, a recorrência e a elaboração dessas mesmas vivências. Eles se encontram misturados na psique, sendo impossível isolá-los, bem como a seus sentidos e sentimentos. Porém, apesar deste entrelaçamento, cada arquétipo constitui uma unidade que pode ser entendida intuitivamente. É importante ressaltar, que os arquétipos não possuem figuras fixas ou pré-determinadas. Segundo Jung: Nenhum arquétipo pode ser reduzido a uma simples fórmula. Trata-se de um recipiente que nunca podemos esvaziar, nem encher. Ele existe em si apenas potencialmente e quando toma forma em alguma matéria, já não é mais o que era antes. Persiste através dos milênios e sempre exige novas interpretações. Os arquétipos são os elementos inabaláveis do inconsciente, mas mudam constantemente de forma. Na primeira parte de seu livro O Homem e seus Símbolos, Jung afirma: “Minhas visões sobre os "remanescentes arcaicos", que chamo de "arquétipos" ou "imagens primordiais", tem sido constantemente criticadas por pessoas que carecem de conhecimento suficiente da psicologia dos sonhos e da mitologia. O termo "arquétipo" é muitas vezes mal interpretado como significando certas imagens ou motivos mitológicos definidos, mas nada mais são do que representações conscientes. Tais representações variáveis não podem ser herdadas. O arquétipo é uma tendência a formar essas representações de um motivo - representações que podem variar bastante em detalhes sem perder seu padrão básico. Embora haja uma diversidade de categorias para os arquétipos, a configuração de Jung é a mais estudada e conhecida e serve como molde para muitos outros seguimentos. Além dessas definições de arquétipos de personalidade segundo Jung, existem conceitos diferentes de arquétipos (e não só os doze selecionados por ele), que apresentam significados diferentes, mas que correspondem aos demonstrados logo abaixo. Esses arquétipos são empregados também em diversas áreas como, por exemplo, a “psicoterapia” na comunicação e nas artes.
Jung acreditava que cada mente humana retém esses conhecimentos inconscientes básicos da condição humana e do entendimento coletivo de nossa espécie na construção do inconsciente coletivo. O núcleo de um complexo é um arquétipo que atrai vivências relacionadas ao seu tema. Ele poderá tornar-se consciente por meio destas experiências associadas. De acordo com Jung os doze principais arquétipos são: