O ROMANCE DA RAPOSA – AQUILINO RIBEIRO
Sobre o autor:
Aquilino Ribeiro recria o mundo natural conforme as leis da natureza; usa
bastante termos anacrónicos (que já não se usam; ruralidade); humor; centrado na
relação do homem com o mundo e do esforço com o trabalho; primazia da imaginação e
da liberdade; estética literária: influências realistas, naturalistas e simbolistas; início do
neorrealismo português.
Sobre a obra:
A obra “Romance da Raposa” tem este nome porque foi baseado no “Roman de
Renart”, um romance medieval (intertextualidade).
Aquilino Ribeiro é obcecado por anti-heróis e por quem tenta contrariar o
sistema. Tem uma personalidade forte, fiel aos seus ideais e não suporta o autoritarismo
defendendo a liberdade.
Esta obra reflete uma luta entre totalitarismo e liberalismo; conflito entre
monarquia e república, metaforicamente.
O livro não é um conto de fadas, o autor recusa o maravilhoso que considera
sendo tóxico; que não é construído conforme as leis da vida natural.
Ele constrói os animais com as leis da poesia e com as características que tinham
nas fábulas. Estão representadas também as leis da ciência natural – a procura pelo
alimento.
O autor recusa o moralismo, pois este não escreve para mostrar o que deve ser
ou não feito, escreve apenas para divertir os leitores e para mostrar o mundo natural tal
como ele é.
O meio condiciona o comportamento das personagens ao qual o autor pede
desculpa por apresentar um protagonista que nem sempre tem boas atitudes.
Género Literário - romance medieval: aventuras de uma personagem, criatura de
ficção científica; através do mundo inconstante e misterioso e caráter narrativo-
descritivo.
Subgénero Literário – novela: protagonista domina a ação; menos extenso que
um romance e mais extenso que um conto; nível da intriga: concentração de uma ideia:
esperteza da raposa; episódios sucedem-se, um após o outro, linearmente.
