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Este documento discute a importância da formação complexa de aprendizagem para a identidade profissional de um futuro professor, utilizando o curso de pedagogia no brasil como exemplo. O texto aborda a história e as perspectivas de formação do pedagogo, além de sua atuação como profissional transformador na sociedade. O documento também discute as diferentes áreas de atuação dos profissionais formados no curso de pedagogia.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Trabalho de Final de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do titulo de Licenciado em Pedagogia, à Comissão Examinadora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, sob a orientação da professora Dra. Kátia Augusta Curado Pinheiro Cordeiro da Silva.
Comissão Examinadora:
Professor Dr. Catarina Almeida Santos (Presidente da banca) Faculdade de Educação da Universidade de Brasília
Professora Dra. Otília Maria Alves da Nóbrega Alberto Dantas (Examinadora) Faculdade de Educação da Universidade de Brasília
Professora Fabiana Margarita Gomes Lagar (Examinadora) Faculdade de Educação da Universidade de Brasília
Brasília, agosto/
Dedico este trabalho primeiramente a Deus por permitir minha chegada a esta fase, a minha família e namorado por todo o amor e dedicação para comigo, por terem sido peças fundamentais no meu desenvolvimento acadêmico, e a todos que de alguma forma contribuíram durante a minha graduação.
AVELINO, Luciana Cristina da Silva. O que é ser pedagogo: uma visão do profissional. 2013, p. Monografia (Graduação em Pedagogia) – Faculdade de Educação – Universidade de Brasília – UnB, Brasília – DF.
RESUMO Esse trabalho tem por objetivo compreender melhor a identidade do pedagogo, algo que se encontra ainda em discussão, mesmo tendo passado diversos anos. Para isso busca-se, através de uma pesquisa, verificar como o pedagogo já no mercado do trabalho se define como ele expõe e conceitua a sua atividade, sua identidade profissional. Caracterizar esse profissional se mostra uma tarefa difícil, e junto com autores como Libâneo e Saviani que tratam sobre o tema, pretende-se entender melhor a atuação e função do pedagogo em nossa sociedade. Para iniciar essa discussão, na primeira parte é feita uma viagem histórica, resgatando a criação do curso de pedagogia e junto com ela a problemática da identidade desse profissional. Logo após, com a ajuda de estudiosos da psicologia é estabelecido à conceituação do que é identidade, e como se constitui, para auxiliar na compreensão de como é formada também a identidade profissional. O estudo permitiu identificar como o sujeito constrói suas características, revelando os atores envolvidos nesse processo. Por último apresento o grupo de estudo GEPFAPe, fazendo a análise da pesquisa abordada nessa produção, expondo as identidades profissionais postas pelos pedagogos já em atuação, fazendo a articulação com as definições desse profissional trazidos pelo estudiosos que se debruçam a estudar a pedagogia. A pesquisa confirma a identidade confusa constituída pelo pedagogo, é necessária a configuração de sete categorias para abarcar as diversas respostas, essas navegam entre vários papéis desempenhados por esse profissional. Revela também que, em sua maioria, o pedagogo está ciente que seu campo de atuação é amplo, mais ainda é confuso qual o eixo do trabalho pedagógico, ficando em dúvida se a base de sua identidade se constitui na docência ou não. Palavras-chaves: Pedagogo, identidade do pedagogo e função do pedagogo.
AVELINO, Luciana Cristina da Silva. O que é ser pedagogo: uma visão do profissional.
ABSTRACT This work aims to better understand the identity of the teacher , which is still under discussion, even though the past several years. For this we seek to , through a survey , see how the teacher already in the labor market is defined as it exposes and conceptualizes their activity, their professional identity. Characterize this professional proves a difficult task , and along with authors such as Libâneo Saviani and dealing on the subject , aims to better understand the role and function of the teacher in our society. To start this discussion , the first part is made a historic trip , rescuing the creation of the pedagogy course and along with it the problem of the identity of this professional. Soon after , with the help of scholars of psychology is the established conceptualization of what identity is and how it is to assist in understanding how is also formed professional identity. The study identified how the subject constructs its features , revealing the actors involved in this process. Finally the group GEPFAPe present study , making the analysis of the research addressed in this production , giving the professional identities put by educators already in operation, making the link with the settings of that brought by professional scholars who focus studying pedagogy. The research confirms the confused identity constituted by the teacher is required to setup the seven categories to encompass the various responses , sailing between these various roles played by these professionals. Also reveals that , in most cases, the teacher is aware that their field is large , it is even more confusing the axis of pedagogical work , leaving in doubt whether the basis of their identity constitutes the lecture or not. Keywords: Pedagogue, pedagogue identity and function of the pedagogue.
Tabela1 – Ser pedagogo (a) é.
Construção. Todo o percurso da vida é uma eterna construção, sempre estamos acrescentando algo novo, que irá servir como acessório ou como sua estrutura. Alguns acontecimentos nem prestamos atenção, mas nos surpreendemos quando num futuro lembramos dele e percebemos como ele foi decisivo na sua tomada de decisão, principalmente os estruturantes.
Muito do que construímos hoje teve início na infância, e isso vejo de forma concreta quando me lembro das brincadeiras de escolinha que fazia em casa com minhas irmãs mais novas, sempre eu era a professora. Provavelmente a grande maioria das pessoas já brincou disso quando eram crianças, mas na minha brincadeira eu fazia igual à professora da escola, tinha até um diário onde anotava o que fazíamos no dia e a chamada dos alunos, porque observava que diariamente no final da aula ela escrevia alguma coisa num caderninho alaranjado, onde na capa era descrito série e turma. A minha mãe sofria, todo final de dia o nosso guarda-roupa estava de cima a baixo escrito de giz. Na escola era fácil pegar giz, os professores deixavam no quadro, tinha de toda a cor, azul, amarelo, rosa e eu adorava.
Já nas séries finais do ensino fundamental a palavra que me faz lembrar essa época, é mudança. Mudei de escola, de casa, de amigos. Estudei em escolas particulares, públicas, morei em casa e apartamento. Conheci pessoas de várias classes sociais, e hoje tenho consciência para refletir sobre as diferenças entre esses espaços. A escola é o espaço em que construímos parte da nossa identidade, é onde temos convívio social e conhecemos as pessoas que influenciarão toda a nossa visão de mundo, que ajudarão a formar nossa personalidade.
Nessa fase da pré-adolescência lembro-me de uma conversa com minha prima Lorena, que em soma não foi relevante na época, mas hoje vejo sua influência em minha escolha profissional. Num dia esperávamos ônibus numa parada do Cruzeiro, estávamos conversando sobre faculdade e o que ela iria fazer quando saísse do ensino médio. Então ela me disse que sua vontade mesmo, era fazer odontologia, mas como era um curso que necessitaria de muito recurso financeiro, ela iria optar por fazer o antigo normal, que era uma área acessível e que também tinha um interesse. Nem sabia o que era curso normal, mas me interessei quando ela disse que depois poderia dar aulas para criança.
Esse momento foi aparentemente esquecido quando entrei no ensino médio, estudava no período matutino e como era longe tinha que acordar muito cedo. No início, tudo era festa, amigos novos, inícios de pequenos namoros, e eu que não era de fazer bagunça em sala, fazia. No primeiro ano na escola, mudei de comportamento em relação às outras escolas em que tinha passado, porém não me descuidei das notas, pois apesar de tudo sempre tive responsabilidade de estudar e manter as notas boas, acho que isso é devido a pressão da família que sempre esperava o melhor de mim.
No segundo ano já tinha conhecido outras pessoas, porque as do ano anterior tinham reprovado ou mudado de escola, mas as amizades eu conservei. Foi um ano de mais estudo e comecei a pensar qual seria a minha escolha nos diversos processos seletivos das faculdades e universidades. Entre tantos cursos que pensei, gostaria de trabalhar com medicina, jornalismo e pedagogia, que me foi uma das opções por estar acompanhando a trajetória de formação da minha prima que se formou há pouco tempo no curso.
Ao final do terceiro ano, junto com o ganho maior de liberdade veio também responsabilidades, comecei a estagiar, então minha vida estava corrida. Toda essa agitação foi positiva. Aprendi muitas coisas com o estágio, em relação ao modo de viver e acho que todo adolescente deveria passar por essa experiência. Como estagiava na área de licitação, mexíamos muito com processos e a burocracia era imensa, com isso decidi que uma coisa eu não gostaria de fazer: passar em um concurso para lidar com tarefas estritamente burocrática. Essa tarefa era vista por mim como entediante e hoje ainda não mudo minha opinião. Desde então comecei a pensar em profissões e carreiras que não me deixariam entediada, lidando somente com papéis e burocracia, queria algo dinâmico e que proporcionasse alguma satisfação e felicidade.
Nesta procura, tomei a decisão que faria jornalismo. Algo que gostava e ainda gosto, mas que no último momento, quando pesquisava as profissões, suas vantagens e desvantagens percebi que em Brasília seria difícil estabelecer carreira na área de comunicação. Quando foi se aproximando o momento da escolha do curso no Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília, vi meu argumento e quais os cursos que provavelmente eu passaria e que gostaria de fazer. Entre eles havia pedagogia, e foi o que eu escolhi.
Admito que o curso em que sonhava em fazer era medicina, porém na época, pedagogia era o que se adequava mais as minhas necessidades e as minhas possibilidades.
trabalho do pedagogo nesta área e outras questões, gostei, mas acho que o espaço poderia ser melhor aproveitado em relação a teoria e a prática que, em minha opinião, deixou a desejar.
Seguindo minha trajetória acadêmica, fiz a terceira fase do projeto três no grupo de pesquisa da professora Kátia Augusto, que é o GEPFAPe - Grupo de Estudo e Pesquisa Sobre Formação e Atuação De Professores e Pedagogos. Nesse estudo foi aplicado um questionário para diversos pedagogos e pedagogas que trabalham no Distrito Federal em instituições escolares e não escolares, a fim de traçar o perfil profissional e de formação dos mesmos.
Dentro do questionário havia somente uma questão discursiva, sobre o que é ser pedagogo e foi ela que escolhi para analisar no meu trabalho final do curso, é interessante verificar se os profissionais que já atuam na área sabem se definir, e como o fazem. Essa pergunta nos responde qual é a identidade do pedagogo, que em sua essência é professor, mas ainda fica a dúvida, nos reconhecemos como tal?
atuação do pedagogo, a disciplina Projeto 2 auxilia o egresso do curso a conhecer esse universo tão amplo que ele faz parte agora. Tendo feito esse breve estudo, tive a chance de presenciar o trabalho que estava sendo desenvolvido pelo GEPFAPe - Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Formação e Atuação de Professores e Pedagogos – minha integração e entrada neste grupo foi fundamental para meu desenvolvimento acadêmico e a possibilidade de participar da elaboração de uma pesquisa. Esta tinha como objetivo investigar mais sobre o perfil, formação e atuação dos pedagogos atuantes no Distrito Federal. Mas com a sua elaboração, mais precisamente com a constituição da última pergunta, pude perceber ali uma oportunidade de resposta as minhas questões não resolvidas. Na atividade desenvolvida pelo grupo surgiam várias interrogações: afinal, qual a identidade delineada pelo pedagogo já em atuação? Qual a identidade posta por eles? Ele se define como professor? A essência e a base profissional do pedagogo, para ele, são vistas como a docência? A fim de tentar responder essas questões, e minha inquietação, este trabalho foi realizado, tendo como objetivo identificar as identidades postas pelos pedagogos já em atuação, verificando e analisando suas definições. Ao refletir sobre a estrutura deste, pude identificar que necessitaria do auxílio de outra ciência, a psicologia, para atender ao que estava me propondo. Isso se deu porque para entender a identidade profissional, o ser que é o pedagogo, precisa entender primeiramente o que é identidade, de uma forma geral, e como ela vai se constituindo durante a vida do indivíduo. Então, temos assim a primeira parte do primeiro capítulo, ele trata essencialmente da identidade, busco fazer uma definição deste termo à luz de autores da psicologia, e ainda trago para reflexão o processo de reflexão desta. A identidade está sempre em desenvolvimento, se renovando e adquirindo novas dimensões. Ele é o que difere e iguala o sujeito na sociedade. A partir dessa primeira parte, foi necessário definir também o que é identidade profissional, e então na segunda parte me debrucei sobre essa questão. A identidade profissional começa a ser delineada na formação escolar/acadêmica do sujeito, proporcionando a ele uma maior identificação ou não com o ofício que ele escolheu. Procuro apresentar como que o conhecimento teórico e prático, a experiência, influenciam para a constituição de características próprias desse profissional. A identidade profissional também é
algo em contínuo movimento, essa identidade nunca está totalmente pronta, ela precisa ser sempre atualizada, para acompanhar a rápida evolução da sociedade. No segundo capítulo, apresentamos a criação do curso de pedagogia e o seu desenvolvimento histórico. Essa retrospectiva se faz necessária e fundamental para entendermos a problemática da identidade profissional do pedagogo. É necessário compreender em que contextos e em quais condições se deu a instalação do curso de pedagogia no Brasil, entendendo o primeiro papel do pedagogo. As mudanças de paradigmas, modificações legais e a discussão feita por estudiosos, e estudantes do curso também é válida durante essa análise histórica. Por último, trago a análise da pergunta que faz parte da pesquisa realizada pelo GEPFAPe, feita no ano de 2010-2011. Apresento neste capítulo o GEPFAPe, explicando como se deu a sua criação, quem são seus participante e como seu deu a confecção e aplicação da pesquisa analisada neste trabalho. É feita uma análise geral do resultado da pesquisa, esclarecendo como foi feita a análise da pergunta que foi o alvo nesta produção. Junto com as identidades postas pelos pedagogos em atuação, busco definir com ajuda de outros autores da pedagogia, o que é ser pedagogo, explorando o seu objeto de trabalho e estudo.