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Este documento discute a importância da inclusão de usuários de serviços de saúde mental na produção da vida material através do trabalho. O texto aborda a necessidade de reformas na legislação psiquiátrica, instituição de modelos plurais de atenção e construção de projetos de reabilitação psicossocial. Além disso, o documento apresenta perguntas expressas por usuários sobre a possibilidade de retornar ao trabalho após tratamento.
Tipologia: Exercícios
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Dissertação apresentada ao Curso de Pós-graduação em Enfermagem, Área de Concentração Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre
Orientadora: Rosa Maria Godoy Serpa da Fonseca
São Paulo
- 1997 -
Silva, Ana Luisa Aranha e O Projeto Copiadora do CAPS: do trabalho de reproduzir coisas à produção de vida/Ana Luisa Aranha e Silva. São Paulo, 1997. 161p.; 30cm. Dissertação (Mestrado) Escola de Enfermagem - Universidade de São Paulo.
1. Saúde Mental 2. Reabilitação Psicossocial 3. Equipe interdisciplinar 4. Reforma psiquiátrica I título.
Aos trabalhadores Sandra Fischetti, Jairo Goldberg, Arnaldo Motta,
Cristina Lopérgolo, Regina Bichaff, Jonas Melman, Sérgio Urquiza,
Maria Luiza Almeida, Rino, Edson, Tiana, D. Vanda, Eli, Nice, Fátima,
Genilda, Emiron, Cleuza, Irene, Nerse, D. Zila, Sílvia Pereira, Ivanilda,
Cida, Edu, Vlad, Sandra Geórgia; aos estagiários pela dúvida
permanente que amplia; aos usuários e familiares de usuários do Centro
de Atenção Psicossocial Prof. Luiz da Rocha Cerqueira e da Associação
Franco Basaglia, especialmente ao Edivaldo, Marcelo, Libni e Júnior, por
nossa história comum.
Ao Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da EEUSP por
acolher minhas dúvidas, especialmente à Prof. Rosa Maria Godoy Serpa
da Fonseca cuja orientação me possibilitou essa síntese provisória e rica;
à Prof. Emiko Yoshikawa Egry que apontou muitos rumos no Exame de
Qualificação; à Prof. Vilma Machado de Queiróz pela palavra certa na
hora certa; à Lúcia Yasuko Izumi Nichiata e à Maria Amélia de Campos
Oliveira, por ajudarem a fazer minha redação mais clara.
Às Profs. do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da EEUSP
Rúbia Aparecida Lacerda e Márcia Regina Car e do Departamento de
Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica, Sônia Barros pela re-
aproximação no campo do saber e afetivo e Marli Rolim pela delicadeza
no Exame de Qualificação.
À Biblioteca da Escola de Enfermagem, na figura da Sônia, pela revisão e
correção das referências bibliográficas.
Aos meus alunos de Faculdade de Enfermagem de Mogi das Cruzes,
estímulo e espelho para seguir nessa construção teórica.
À Célia Maria Sivalli Campos pela proximidade nos caminhos pessoais e
profissionais; Marina Peduzzi, pela ajuda na tradução do texto do
Benedetto e dos outros textos da vida; Maristella Beletti Mutt Urasaki
pela solidariedade e à Solange Miriam Karaoglan Teixeira Coelho pelo
reforço das energias criativas.
Pessoas amigas como o Videira (que se foi); Sylvia Fernandes, Beth
Araújo, Silvio Yasui, Denise Corazza, Anette. Débora, Mariza, Silvana,
Paulo e Dirce (da Posse). Gisa e tantos outros.
À Prof. Lourdes Coelho, a primeira e uma referência no jeito de ensinar.
À Márcia Arantes pelo lugar e pela competência.
Às famílias Aranha e Silva, Menuzzo, Grimaldi, Lucon, Semeghini e
Marun, pela referência afetiva e ética.
Ao Dr. Benedito Aparecido Pereira da Silva, meu tio, pela infra, afinal.
À Idaleste, trabalhadora que me guiou por um lugar que não revia há 17
anos, desde o tempo de estágio na disciplina de Enfermagem Psiquiátrica;
à Ângela, monitora e à Cleusa, coordenadora do Núcleo de Oficina e
Trabalho, NOT, da Associação Cornélia Vlieg do Serviço de Saúde
Cândido Ferreira, de Campinas.
E especialmente à Bete Meola, por tudo, pela parceria e particularmente,
neste estudo, pela assessoria imprescindível na interlocução com a
Terapia Ocupacional.
3 Resultados e discussão..................................................................................... 72
3.1 Quem são os sujeitos do estudo ................................................................... 72
3.2 Como vivem a vida, as relações familiares e sociais.................................. 75
3.3 Como percebem o processo saúde-doença mental..................................... 78
3.4 A atenção à saúde mental............................................................................. 81
3.5 Os modelos de atenção em saúde mental.................................................... 86
3.6 A compreensão do trabalho na Copiadora ................................................ 94
4 Síntese: a dialética do trabalho na Copiadora e a
Reabilitação Psicossocial ............................................................................. 110
5 Post Scriptum - Mulher, enfermeira, aos trabalhadores de
saúde mental ................................................................................................. 119
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................
ANEXOS
ANEXO 1: Roteiro das Entrevistas Coletivas
ANEXO 2: Roteiro das Entrevistas Individuais
ANEXO 3: Resultados das Entrevistas Individuais
ANEXO 4: Transcrição das Entrevistas Grupais
ANEXO 5: Frases Temáticas Depreendidas dos Discursos dos Usuários
Originalmente:
Reprodução do texto:
A COPIADORA CAPS ITAPEVA/ASSOCIAÇÃO FRANCO BASAGLIA Rua Itapeva, 700 Bela Vista - São Paulo - S.P. CEP. 01.332 - 000 - telefax: (011) 284.4474 - email - melman@usp.br
Encadernação:
NOT - NÚCLEO DE OFICINAS E TRABALHO SERVIÇO DE SAÚDE CÂNDIDO FERREIRA/ASSOCIAÇÃO CORNÉLIA VLIEG Av. Conselheiro Antônio Prado, 430 Sousas - Campinas - S.P. CEP. 13.139 - 010 - fone: (019) 258.1707 - Ramal. 210
Texto da capa:
JÚLIO SERVIÇO DE SAÚDE CÂNDIDO FERREIRA/ASSOCIAÇÃO CORNÉLIA VLIEG Av. Conselheiro Antônio Prado, 430 Sousas - Campinas - S.P. CEP. 13.139 - 010 - fone: (019) 258.1707 - Ramal. 210
ii
This study was born out of the preoccupation with the necessity manifested by a portion of the population which uses the mental health service linked to the process of production of materialistic life through work. The site was the Prof. Luiz da Rocha Cerqueira Center for Psycho-Social Care (CAPS), which operates a therapeutic project assembled in a collective format, based on the needs of the users (individuals and families), strutured to offer mental healt care in lieu of a hospital centered setting. The intention was to comprehend the significance of work and the pratice of work using historical and dialectic materialism as a reference, based upon the concepts of psyco- social reabilitation and was performed through the analysis of discourses of the users. The goal was to aspire to comprehend the significance of the productive activity of the user-worker linked to one of Special Projects developed by CAPS - The Photocopier - as na intervention instrument within the framework of the social contract, here understood as an amplification of ones capacity for autonomy and emancipation. The final objective was to be an additional piece in the construction of the arsenal of this models of mental health assistance, particulary that which concerns the reconstruction of the practice of nursing as a transforming perspective in relation to the tradition form of maintaining institutional order. The results indicated that users possessed contradictory representations with regards to some empirical categories but nevertheless, in a general manner, there was evidence of comprehension of work as an instrument which enabled access to the field of social rights. This other condition could be observed by the internal and external changes experimented, and besides, indicated a movement of overcoming the previous condition of user/worker (patient who work) to the worker/user (patient who can work).
Anexos
O ato humano deverá ser exatamente o contrário da ira ou do julgamento para que estes não sejam inspiradores dos que não desejam ver no insano alguém capaz e que somente enxergam sua mácula, a qual jamais deverá ser fonte de rejeição. Sem rejeição não haverá restos de insensibilidade, porque o insano não é um esqueleto, mas o homem vivo, passível também de decidir. Ele tem introjetado, instintivamente, no abissal da sua mente um sonho que se lhe fosse dado, realizaria. Aquele que mais pode senta-se à mesa e impõe as regras; aquele que pode menos assenta suas mãos na criação do que for capaz. Há para este, o direito de um lugar nessa usina cheia de preconceitos e pobre de solidariedade. A normalidade não é monopólio do sensato e sua lucidez deve entender que o semelhante, imerso no obscuro da sua insanidade haverá de um dia ser capaz, se lhe for aberta a lucarna do entendimento e capacidade que a ciência pode oferecer.
Sebastião Aranha da Silva
Silva, Ana Luisa Aranha e O Projeto Copiadora do CAPS: do trabalho de reproduzir coisas à produção de vida/Ana Luisa Aranha e Silva. São Paulo, 1997. 161p.; 30cm. Dissertação (Mestrado) Escola de Enfermagem - Universidade de São Paulo.
1. Saúde Mental 2. Reabilitação Psicossocial 3. Equipe interdisciplinar 4. Reforma psiquiátrica I título.
Dedico essa produção teórico-afetiva ao Tião e à Neta
e aos que vivem e oferecem Aconchego: Beto, Cida, Fernanda e Marília e à tia Alice
pela solidariedade e à Solange Miriam Karaoglan Teixeira Coelho pelo
reforço das energias criativas.
Pessoas amigas como o Videira (que se foi); Sylvia Fernandes, Beth
Araújo, Silvio Yasui, Denise Corazza, Anette. Débora, Mariza, Silvana,
Paulo e Dirce (da Posse). Gisa e tantos outros.
À Prof. Lourdes Coelho, a primeira e uma referência no jeito de ensinar.
À Márcia Arantes pelo lugar e pela competência.
Às famílias Aranha e Silva, Menuzzo, Grimaldi, Lucon, Semeghini e
Marun, pela referência afetiva e ética.
Ao Dr. Benedito Aparecido Pereira da Silva, meu tio, pela infra, afinal.
À Idaleste, trabalhadora que me guiou por um lugar que não revia há 17
anos, desde o tempo de estágio na disciplina de Enfermagem Psiquiátrica;
à Ângela, monitora e à Cleusa, coordenadora do Núcleo de Oficina e
Trabalho, NOT, da Associação Cornélia Vlieg do Serviço de Saúde
Cândido Ferreira, de Campinas.
E especialmente à Bete Meola, por tudo, pela parceria e particularmente,
neste estudo, pela assessoria imprescindível na interlocução com a
Terapia Ocupacional.
1 Introdução:
Da prática reiterativa à práxis transformadora em saúde mental - o objeto de estudo, finalidade e objetivos ....................................... 1
2 O método e o percurso metodológico............................................................. 15
2.1 A fundamentação teórico-metodológica ..................................................... 15
2.1.1 O materialismo histórico e dialético ........................................................ 17
2.1.2 O processo de trabalho no modo de produção
capitalista e seus desdobramentos.......................................................... 25
2.1.3 O processo de trabalho em saúde e modelos de atenção
em saúde mental....................................................................................... 33
2.1.4 Da tradição psiquiátrica - trabalho: punição/adaptação
social - a uma superação viável - trabalho: cooperação
para o trabalho/reabilitação psicossocial .............................................. 41
2.2 O percurso exploratório............................................................................... 47
2.2.1 O cenário de estudo .................................................................................. 47
2.2.2 A fonte dos dados empíricos .................................................................... 67
2.2.3 Os instrumentos, o método de coleta e a análise dos
dados empíricos........................................................................................ 68
Originalmente:
Reprodução do texto:
A COPIADORA CAPS ITAPEVA/ASSOCIAÇÃO FRANCO BASAGLIA Rua Itapeva, 700 Bela Vista - São Paulo - S.P. CEP. 01.332 - 000 - telefax: (011) 284.4474 - email - melman@usp.br
Encadernação:
NOT - NÚCLEO DE OFICINAS E TRABALHO SERVIÇO DE SAÚDE CÂNDIDO FERREIRA/ASSOCIAÇÃO CORNÉLIA VLIEG Av. Conselheiro Antônio Prado, 430 Sousas - Campinas - S.P. CEP. 13.139 - 010 - fone: (019) 258.1707 - Ramal. 210
Texto da capa:
JÚLIO SERVIÇO DE SAÚDE CÂNDIDO FERREIRA/ASSOCIAÇÃO CORNÉLIA VLIEG Av. Conselheiro Antônio Prado, 430 Sousas - Campinas - S.P. CEP. 13.139 - 010 - fone: (019) 258.1707 - Ramal. 210
i
A preocupação com a necessidade manifesta de inclusão no processo de produção da vida material através do trabalho, de uma parcela da população usuária de serviço de saúde mental, deu origem a este estudo. O cenário é o Centro de Atenção Psicossocial Prof. Luiz da Rocha Cerqueira (CAPS), estrutura de atenção à saúde mental substitutiva ao modelo hospitalocêntrico, que opera um projeto terapêutico construído de forma coletiva, a partir das necessidades dos usuários (indivíduos e famílias). Para a apreensão do significado do trabalho e do exercício de trabalhar utilizou o referencial do materialismo histórico e dialético, fundamentado no conceito de reabilitação psicossocial e o fez através da análise dos discursos dos usuários. Pretendeu compreender o significado da atividade produtiva do usuário-trabalhador vinculado a um dos Projetos Especiais desenvolvidos no CAPS - A Copiadora - como instrumento de intervenção no seu poder de contratualidade social, aqui entendido como uma ampliação da sua capacidade de autonomia e emancipação. A finalidade é ser mais uma peça na construção do arsenal desse modelo de assistência à saúde mental, particularmente no que concerne à reconstrução da prática de enfermagem numa perspectiva transformadora em relação à forma tradicional de mantenedora da ordem institucional. Os resultados indicam que os usuários possuem representações contraditórias acerca de algumas categorias empíricas, porém, de um modo geral, evidenciam a compreensão do trabalho como um instrumento que lhes possibilita acessar o campo dos direitos sociais. Essa outra condição dos sujeitos pode ser observada pelas mudanças internas e externas que experimentam, além de indicar um movimento de superação da condição anterior de usuário-trabalhador (doente que trabalha) para a de trabalhador-usuário (sujeito doente que pode trabalhar).