


















Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Este artigo apresenta uma revisão integrativa da literatura sobre o papel do enfermeiro nas consultas de puericultura na atenção básica. O estudo destaca a importância do vínculo entre o profissional, a criança e a família, a vigilância do desenvolvimento infantil e os desafios enfrentados pelos enfermeiros na realização das consultas. O artigo enfatiza a necessidade de ações de promoção da saúde, prevenção e qualidade da assistência à criança, com foco no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, aleitamento materno, introdução alimentar e vacinação.
Tipologia: Trabalhos
1 / 26
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Graduanda do curso de Enfermagem da Faculdade Dom Alberto.
Orientadora da Pesquisa. Enfermeira e Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Pelotas RS. Docente nos cursos de Graduação em Enfermagem e Fisioterapia da Faculdade Dom Alberto.
is an integrative literature review whose objective is to identify the role of nurses in childcare consultations in primary care. The BVS, BDENF and LILACS databases were used and a sample of thirteen articles was obtained, in which the importance of the nurse during the consultations, the creation of the bond with the child and family, as well as the difficulties faced in carrying out the childcare consultations. Keywords: Nursing; Child Care; Primary Care.
1. INTRODUÇÃO A Atenção Básica (AB) é o primeiro contato da população com o sistema único de saúde, onde a assistência deve ser continuada e centrada no indivíduo e família para atender às suas necessidades de saúde. Neste contexto, a AB engloba programas de saúde prioritários, dentre eles, destaca-se a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) com ações de promoção à saúde, qualidade nos atendimentos, prevenção de agravos e consequentemente morbimortalidade (ANDRADE, 2017). Sendo assim, o enfermeiro da AB destaca-se por seu trabalho comunitário, assistencial e social à população, atuando na gestão da equipe, na assistência de enfermagem, na promoção da saúde e dos cuidados prestados, atentando para as principais necessidades das famílias e crianças. Visto assim é fundamental que a criança/família seja acompanhada tanto pelo enfermeiro quanto pelo médico da unidade para promoção das ações relacionadas à PNAISC (ZANARDO et al., 2017). Conforme preconizado pela Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) tem como objetivo principal o cuidado integral à saúde da criança, promovendo e a protegendo até a sua primeira infância, ou seja, desde o nascimento aos seus seis anos de idade, além de populações de maior vulnerabilidade podendo estimular o direito à vida e a saúde adequada, ter acesso universal à saúde de qualidade, ter prioridade na assistência, possuir um ambiente favorável de cuidado, humanização da atenção e controle social. Além disso, a política institui eixos que estruturam a atenção voltada a saúde da criança, orientando e qualificando as ações
cuidados voltados às crianças, para o desenvolvimento infantil adequado, a implementação de ações de promoção de saúde, prevenção e a qualidade da assistência direcionada à criança, sendo uma ferramenta no acompanhamento e na evolução à saúde (SILVA, SILVA, FIGUEIREDO, 2017). Puericultura é um termo utilizado que engloba conhecimentos como a higiene, nutrição, sociologia, fisiologia, desenvolvimento neuropsicomotor, cultura e o comportamento da criança, tendo um papel fundamental para a redução da morbimortalidade infantil (BRANQUINHO, LANZA, 2018). O acompanhamento da saúde à criança deve acontecer nas unidade de atenção básica, na qual possuem equipe de multiprofissionais composta por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e técnico de enfermagem promovendo um atendimento integral para a população da comunidade, sendo o médico e o enfermeiro responsáveis por sua execução no serviço de saúde (VIEIRA, 2017). O Ministério da saúde recomenda, que no caderno da saúde da criança seja realizado um mínimo de nove consultas de puericultura (1° semana de vida, 1° mês, 2° mês, 4° mês, 6° mês, 9° mês, 12° mês, 18° mês e 24° mês) e após os dois anos de vida ocorre anualmente sempre próximo ao mês de aniversário. Quando a criança possui fatores de risco as consultas devem acontecer em intervalos menores para observar o desenvolvimento, sendo importante o acompanhamento do enfermeiro e do médico, onde a consulta de puericultura é uma das inúmeras atribuições do trabalho realizado pelo enfermeiro na atenção básica (BRASIL, 2019). O enfermeiro tem como atribuição privativa a consulta de enfermagem, a prescrição de medicamentos estabelecidos pelos programas de saúde, a solicitações de exames de rotinas e complementares quando necessário. No que condiz com a Resolução do COFEN n° 544/2017, essa consulta deve ser realizada em todos os níveis de atenção à saúde para elaborar ações voltadas à promoção e a recuperação de saúde, proteção para todas as idades e a prevenção de agravos à comunidade. Sendo assim, é atribuição do profissional enfermeiro realizar as consultas de puericultura, conforme caderno de saúde da criança: crescimento e desenvolvimento número 33 e protocolos locais existentes para realizar a consulta de puericultura
(BRASIL, 2007; BRASIL, 2012; COFEN, 2017). A puericultura tem como perspectiva acompanhar a saúde da criança desde o seu crescimento e o desenvolvimento infantil, tendo foco na prevenção dos agravos a sua saúde, na promoção e na qualidade da assistência, prestando orientações adequadas ao seu contexto socioeconômico em conjunto com a família. A caderneta de saúde da criança é crucial no momento da consulta onde consta requisitos a serem preenchidos, além de informações sobre sua evolução, orientações alimentares, o aleitamento materno correto, calendário vacinal, medidas antropométricas realizadas pelo profissional e seus parâmetros (FREITAS et al., 2019). Nesse sentido é importante que o enfermeiro além das consultas na unidade de saúde, tenha o acompanhamento para a percepção do ambiente familiar em que a criança está inserida, efetuando orientações sobre aleitamento materno, introdução alimentar, prevenção das possíveis doenças que podem ocorrer no primeiro ano de vida da criança (GRAF et al., 2020). Sendo assim, são atribuições do enfermeiro nas consultas de puericultura o acompanhamento adequado do crescimento e do desenvolvimento do bebê, estimular o momento do aleitamento materno exclusivo e incentivar que este seja até os seis meses de vida e orientações da introdução alimentar complementar, realizar exame físico, identificar riscos no desenvolvimento, auxiliar a procurar e agendar para outros profissionais quando perceber outros riscos à saúde, verificação das vacinas, dentre outras (STALIN, ANDRÉ, GOZI, 2019). O profissional que realizará o acompanhamento de puericultura deve ter atenção nas ações que serão desenvolvidas com a criança conforme sua evolução, promovendo educação em saúde com disseminação de conhecimentos com a família e profissionais esclarecendo dúvidas existentes no momento da consulta. Salienta-se é essencial que ocorra a implementação da sistematização da assistência de enfermagem adequada durante as consultas, como o histórico de enfermagem, exame físico completo, diagnóstico de enfermagem, prescrição de enfermagem e a avaliação da consulta, bem como estabelecendo um padrão de qualidade no atendimento (MONTEIRO et al., 2020).
LILACS, a combinação não gerou resultados, sendo então realizada novas estratégias de busca para melhores resultados. A estratégia utilizada foi: Enfermagem AND Puericultura AND Atenção Básica. Fluxograma 1. Busca utilizada na base de dados BVS. Fonte: Elaborado pela autora (2022). Fluxograma 2. Busca utilizada nas bases de dados BDENF e LILACS. Fonte: Elaborado pela autora (2022). Neste estudo foram adotados os seguintes critérios de inclusão: artigos científicos concordantes com o proposto tema, apresentando-se no idioma português, que tenham sido publicados entre os anos de 2012 a 2022, estudos com texto na íntegra e acesso gratuito. Os critérios de exclusão foram estudos de revisões bibliográficas, monografias, teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso (TCC) e artigos duplicados. Mediante o exposto, após realizar a estratégia de busca nas bases de dados BDENF, BVS e LILACS utilizando os filtros conforme os critérios de inclusão, foram encontrados 581 artigos. Após esta etapa, ocorreu a leitura dos títulos e a exclusão de 516 estudos que não se enquadram nos objetivos desta pesquisa. Posteriormente
foram lidos os resumos dos 65 artigos obtidos e foram excluídos 36 estudos por não se enquadrarem no objetivo exposto. Ao final restaram 29 artigos para leitura na íntegra e foram selecionados 13 artigos para discussão deste estudo, conforme exposto no fluxograma 3. Para a classificação do nível de evidência adotou-se a seguinte categorização baseada na Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ): Nível I Metanálise de múltiplos estudos controlados; Nível II - Estudos experimentais individuais; Nível III
eficazes e auxilia na participação dos mesmos no processo de cuidar da criança. Com a existência de espaços inadequados, déficit de IV recursos materiais, e a deficiência de profissionais qualificados acabam dificultando a consulta de puericultura. E E
E, Raquel Dully et al. 2013 DE BRITO, Geovânia Vieira et al. 2018
puericultura como momento de defesa do direito à saúde da criança. Revista Ciência, Cuidado e Saúde. (LILACS) Consulta de puericultura na estratégia saúde da família percepção de enfermeiros
. Revista de APS. (LILACS) Qualitativo Exploratório Qualitativo Exploratório Descritivo O enfermeiro se vê diante de uma criança com uma necessidade identificada e da possibilidade de essa não ser atendida, tornando-se importante a habilidade de comunicação com a família, priorizando alcançar que a mesma exerça seu papel de proteção da criança. O vínculo estabelecido entre a equipe, a mãe da criança e a família começa desde a gestação, durante o acompanhamento pré-natal, o que favorece a adesão às consultas de puericultura. A consulta de enfermagem em puericultura não deve perder de vista a promoção da saúde, por meio de ações educativas, sendo de grande relevância que haja uma orientação eficaz para as mães, incentivando o cuidado com seus filhos. Para atender as altas demandas de atendimentos com qualidade e resolução, tais serviços devem dispor de materiais suficientes, estruturas adequadas, e profissionais qualificados.
S, Luma Guida et al. 2019 A criança e sua família na atenção primária em saúde. Revista de Enfermage m UFPE. (BVS) Qualitativo Descritivo A caderneta de saúde da criança é um documento que contém informações essenciais da criança e deve ser entregue à sua família ainda na maternidade. Com isso, nela possuem informações como a identificação da criança, direitos das crianças e dos pais, a história obstétrica e neonatal, orientações de amamentação e alimentação complementar saudável,
características das faixas etárias do crescimento e desenvolvimento.
Francisco Fagner Sousa et al. 2013 Consulta de puericultura realizada pelo enfermeiro na Estratégia Saúde da Família. Quantitativo Observacio nal Descritivo As consultas têm ênfase no crescimento e desenvolvimento infantil, nas medidas antropométricas, ganho ponderal, estatura, verificação do calendário vacinal da criança. A
Revista Rene. (BVS) alimentação fornece subsídios para a verificação se a amamentação exclusiva está sendo inserida.
Aline de Luna et al.et al. 2016 VIEIRA, Daniele de Souza et al. 2019 Cuidado à criança menor de um ano perspectiva da atuação do enfermeiro na puericultura
. Revista de Enfermage m UFPE. (BVS) Processo de trabalho de enfermeiros na vigilância do desenvolvi me nto infantil. Revista Mineira de Enfermage m. (BVS) Qualitativo Descritivo Qualitativo Descritivo A criação de vínculo envolve ações preventivas desde a gestação, durante o pré-natal até os cinco anos de idade, evitando que a criança adoeça e ao mesmo tempo promova um crescimento e desenvolvimento adequado. O registro na caderneta de saúde da criança é mencionada pelos enfermeiros como ferramenta essencial durante a consulta, para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento. Importância da avaliação psicomotora, perímetro cefálico. A atuação conjunta com o médico como uma ação resolutiva para dar respostas às necessidades de saúde da criança. Os fatores variam de acordo com a demanda e necessidade da criança, bem como o excesso de atribuições e atividades burocráticas. Enfermeiros trabalham em ambientes inadequados com salas adaptadas, pequenas e quentes, interferindo na assistência, não oferecendo condições adequadas para realizar seu trabalho.
Fonte: Elaborado pela autora (2022).
5. DISCUSSÃO Ao analisar os objetivos e os principais resultados dos artigos selecionados para a revisão, foi possível observar de maneira geral, que o enfermeiro tem importância fundamental nas consultas de puericultura. Com isso emergiram três principais categorias temáticas que abordam o papel do enfermeiro nas consultas de puericultura na atenção básica: A criação de vínculo entre enfermeiro, criança e família; O papel do enfermeiro durante a consulta de puericultura na vigilância do desenvolvimento; Dificuldades e desafios do enfermeiro para a realização da consulta de puericultura. A primeira categoria traz a importância do vínculo entre profissional e criança/família para estabelecer confiança no momento da consulta, fazendo com que o cuidador sinta-se confortável, participando ativamente do processo, expondo seus principais questionamentos, ganhando segurança para realizar cuidado e estimular o desenvolvimento da criança. A segunda categoria aborda o papel do enfermeiro durante a consulta de puericultura na vigilância do desenvolvimento, no estímulo ao aleitamento materno e alimentação complementar saudável, nas orientações de cuidados com o bebê e nas imunizações. Na terceira categoria, foi possível identificar déficit de profissionais qualificados e sobrecarga de trabalho do enfermeiro para exercer a consulta de puericultura adequada. Além disso, foi também observado nos estudos a deficiência de estruturas físicas, a indisponibilidade de materiais e equipamentos. 5.1 A criação do vínculo entre enfermeiro, criança e família A criação do vínculo entre profissional, criança e família é fundamental para que se possa estabelecer confiança no momento da consulta de puericultura, podendo haver mais interação da família e de informações necessárias. Os estudos de De Brito,
et al. (2018) e Benício, et al. (2016) abordam que o vínculo inicia-se na gestação, durante o acompanhamento do pré-natal que é realizado na unidade, favorecendo o contato com o profissional incentivando a família quanto a importância da adesão às consultas de puericultura da criança. Diante disso, a estimulação do vínculo com o profissional favorece que a família procure atendimento na unidade de saúde para o acompanhamento da criança. Dessa maneira o estudo de Siega, et al. (2020) ressalta que ter uma escuta qualificada, compreendida a partir do estabelecimento das relações interpessoais, tendo início no acolhimento da criança e família e na construção de laços de confiança com o profissional é essencial para garantir resolução de problemas. Em virtude, o estudo de Ribeiro, et al. (2014) ressalta que as práticas profissionais não devem estar focadas somente em ações técnicas, devendo ser expressas de forma atitudinal e relacional, tendo em vista os elementos essenciais como a escuta ativa e a empatia. Além disso, o vínculo entre profissional, criança e a família faz com que possam ser estabelecidas ações de prevenção mais eficientes, auxiliando na participação ativa de todos no processo de cuidar da criança. O enfermeiro possui papel indispensável em estabelecer vínculo, podendo enfrentar dificuldades devido à resistência familiar, onde a família tem uma forma de pensar sobre a saúde da criança e acaba não aderindo a consulta de puericultura. Andrade, et al. (2013), salienta a importância que a criança realize a consulta de maneira adequada, tornando-se necessário a habilidade de comunicação com a família, buscando alcançar que a mesma faça seu papel de proteção da criança. Dessa forma, ressalta-se a importância de estabelecer orientações à família sobre as ações que são executadas durante a consulta, para que assim possam perceber os benefícios da puericultura para a saúde da criança, salientando a participação ativa na consulta. De Brito et al, (2018) corrobora que a puericultura não pode perder de vista a promoção de saúde, por meio de ações educativas, sendo essencial ter orientação eficaz para a família e incentivá-los ao cuidado com seus filhos. 5.2 O papel do enfermeiro durante a consulta de puericultura na vigilância
comparar seus parâmetros, analisando perímetro cefálico, peso, comprimento/estatura e índice de massa corporal. Corroborando, Baratieri, et al. (2014) salienta que o registro das informações obtidas para identificar possíveis identificações de risco da criança, possibilita a prescrição de cuidados específicos. Ainda em relação ao crescimento e desenvolvimento infantil, Vieira, et al. (2019), Oliveira, et al. (2013), De Lima Vieira, et al. (2012) e Furtado, et al. (2018) relatam a importância de ser realizada com exatidão a avaliação psicomotora, as medidas antropométricas, orientações sobre o calendário vacinal conforme a idade da criança, auxílio sobre amamentação exclusiva até os seis meses de idade e após com alimentação complementar, além dos cuidados com a criança como a higiene correta e na prevenção de acidentes. 5.3 Dificuldades e desafios do enfermeiro para realizar a consulta de puericultura O enfermeiro da atenção básica possui inúmeras atribuições que devem ser exercidas na sua rotina, além das demandas assistenciais e suas responsabilidades na organização, no gerenciamento da equipe e no funcionamento da unidade de saúde. Neste contexto, foi possível identificar nos estudos selecionados que a principal dificuldade dos enfermeiros foi a sobrecarga de atividades na sua rotina, levando à diminuição na assistência adequada à saúde da criança. Vieira, et al. (2019) e Cavalheiro, Da Silva, Veríssimo (2021) corroboram em seus estudos que os profissionais possuem excesso de atribuições e atividades burocráticas, gerando impactos negativos na assistência que oferecem a saúde da criança. Com isso a consulta de puericultura a ser executada pelo profissional acaba sendo ineficiente devido às dificuldades existentes na rotina. Diante disso, além da sobrecarga de trabalho exercida pelo enfermeiro na unidade de saúde, este profissional possui outros fatores que interferem
significativamente na sua rotina, tendo precariedade na consulta de puericultura à criança. Os estudos de De Brito, et al. (2018), Vieira, et al. (2019) e Ribeiro, et al. (2014) abordam os desafios dos profissionais de realizar a consulta de puericultura em ambientes inadequados, com precariedade nas estruturas físicas, déficit de materiais e equipamentos adequados dificultando a avaliação do crescimento e desenvolvimento infantil. O estudo de Vieira, et al. (2019) ressalta que os enfermeiros trabalham em ambientes precários, com salas adaptadas, pequenas, e quando estão disponíveis para a consulta não oferecem condições adequadas, dificultando a efetivação da puericultura. Sabe-se que além da deficiência de estruturas físicas, ocorre a escassez de materiais que são utilizados nas consultas, assim como de equipamentos essenciais para a avaliação da criança. Além destas dificuldades, Siega, et al. (2020) destaca a ocorrência de obstáculos na realização da consulta de puericultura devido a insuficiência de preparo e na qualificação para exercer tal acompanhamento. Alguns enfermeiros em sua prática acabam realizando a consulta de puericultura inadequadamente devido não ter conhecimento voltado a saúde da criança. Em outras unidades de saúde, onde médico pediatra realiza as consultas, o enfermeiro acaba se distanciando da prática assistencial da puericultura, não buscando atualizações. Identificou-se também que dentre as ações desenvolvidas pelos profissionais enfermeiros na unidade de saúde, ocorre muitas vezes o trabalho em conjunto com a equipe da unidade, principalmente com o médico, trazendo benefícios para a assistência à criança. Dessa maneira, Vieira, et al. (2019) e Furtado, et al. (2018) salientam em seu estudo que a atuação em conjunto com o médico na consulta de puericultura promove ações de resolutividade às necessidades de saúde da criança.
6. CONCLUSÃO Conclui-se que, após a análise e a discussão dos dados obtidos, o objetivo e a questão norteadora deste estudo foram atingidos, uma vez que identificou-se o papel