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Uma análise simbólica dos filmes metrópolis e tempos modernos, que criticam a precarização do trabalho na sociedade industrial. O texto aborda as críticas ao trabalho, a presença do robô, a segregação socioespacial e o sacrifício humano na produção. Além disso, são exploradas as conexões entre esses filmes e as ideias de durkheim, taylorismo, fordismo e positivismo.
O que você vai aprender
Tipologia: Slides
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Raina Costa Santos^2 O filme “Metrópolis” e a crítica da sociedade industrial. As principais críticas contidas no filme Metrópolis, estão na precarização do trabalho, demonstradas pelas cenas de troca de turno, na qual uma massa de operários caminham juntos em marcha e de cabeça baixa como que resignados pelo destino que possuem., as cenas em que o operário exerce horas excessivas de trabalho, para manter os luxos e as regalias da parte superior, que pratica esportes e tem a seu dispor todo um aparato cultural com teatros, bibliotecas, no qual o filme deixa clara a segregação socioespacial das cidades industriais onde a classe trabalhadora no caso do filme, moram no subsolo “cidade baixa” como formigas, com uma estrutura precária, enquanto todo seu esforço e trabalho são para manter a cidade alta em pleno funcionamento. A presença do robô Como meio de desestabilizar os movimentos dos trabalhadores, ou como a presença das máquinas e da tecnologia contribuem para precarizar o trabalho ainda mais. A outra cena marcante em relação a crítica são em relação a tentativa de desqualificar a imagem da Maria como agente mobilizador, como na cena em que ela dança, como uma forma de ópio para distrair os trabalhadores do foco de sua luta. (^1) Trabalho elaborado sob a orientação da professora de Sociologia Eliana Maria dos Santos na disciplina Fundamentos do Trabalho. (^2) Estudante do Curso de Teatro, 3° TT.
O simbólico: o relógio, a máquina que vira um Deus e o robô. A cena do relógio representa o homem preso ao tempo, a medição do tempo, esse aparelho inventado, que crucifixa o trabalhador a um sacrifício de cumprir a sua jornada de trabalho que é como uma contagem regressiva sob pressão, é como se ao cumprir o sacrifício imposto pelo relógio, a pessoa vai até o seu limite. O que leva na Cena da Máquina que vira um Deus, que no caso representa o Deus Moloch, presente na Bíblia, era um Deus da etnia dos Amonitas da região de Canaã com cabeça de Touro em que nos seus rituais de adoração eram jogadas crianças vivas para serem consumidas pelo fogo, num ritual de purificação. E no filme essa alegoria ao sacrifício ao Deus Moloch é colocado o sacrifício dos trabalhadores, que no caso morrem e viram apenas um número na estatistica, apenas mais um sacrifício para que a máquina continue a trabalhar. A imagem do robô aparece pela primeira vez acompanhada de um pentagrama invertido e inicialmente inspirada na imagem de ‘Hel” mulher Rotwang, morta. Essas duas são alusão ao inferno, como se essas máquinas possuíam uma natureza maligna na qual não se tem o controle e que é da sua natureza provocar o caos. “A concepção que os tecnocratas têm do homem como uma simples força de trabalho e o distanciamento entre planejamento e execução que sai tão caro para a subjetividade do trabalhador. Este é coisificado e tem seu desempenho comparado com o da máquina.” Todas as imagens de certa forma correspondem a alegorias bíblicas de Mal x Bem, no qual há a imagem do salvador que irá redimir dos pecados., ou como posto no filme um mediador entre a razão e coração.
A caracterização do taylorismo, fordismo e positivismo em “Tempos Modernos”. O fordismo aparece caracterizado na linha de produção, onde uma esteira carrega o que precisa ser montado, enquanto cada funcionário faz uma função específica. Já o taylorismo está representado no trabalho repetitivo, no qual demonstram as linhas de produção, a padronização e a realização de atividades simples e repetitivas. O taylorismo aperfeiçoou a divisão técnica do trabalho, sendo que o conhecimento do processo produtivo era de responsabilidade única do gerente, que também fiscalizava o tempo destinado a cada etapa da produção. Foi decisiva para o aumento da capacidade produtiva do homem e da expansão da produção capitalista de forma mais eficiente. A principal relação do filme com os conceitos de Durkheim está a Divisão social do trabalho, no qual seus princípios são mais morais que econômicos, e que isso seria um fator agregador dos indivíduos numa rede de solidariedade entre aqueles que desempenham as mesmas funções. E que isso geraria uma harmonia do sistema. A racionalidade técnica e a alienação numa perspectiva marxista. “Primeiramente, o trabalho alienado se apresenta como algo externo ao trabalhador, algo que não faz parte de sua personalidade. Assim, o trabalhador não se realiza em seu trabalho, mas nega-se a si mesmo. Permanece no local de trabalho com uma sensação de sofrimento em vez de bem- estar, com um sentimento de bloqueio de suas energias físicas e mentais que provoca cansaço físico e depressão. (...) Seu trabalho não é voluntário, mas imposto e forçado. (...) Afinal, o trabalho alienado é um trabalho de sacrifício, e mortificação. É um trabalho que não pertence ao trabalhador mas sim à outra pessoa que dirige a produção”.
As duas películas expõem a passividade dos trabalhadores diante dessa dinâmica do trabalho, no qual o trabalho de natureza alienante apoiado na fragmentação distancia o trabalhador do conhecimento da produção. O Trabalho é algo externo, imposto e que não é da natureza do homem, todo o sacrifício e sofrimento em torno de um trabalho que muitas vezes eles não podem usufruir, o que fica bastante evidente em Metropolis no qual todo o trabalho é executado para a manutenção dos privilégios da cidade alta. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CICLO INTEGRADO DE Cinema, DEBATES E COLÓQUIOS NA FEUC. Integração Mundial, Desintegração Nacional: a crise nos mercados de trabalho. 2007 - 2008 Disponível em: <http://www4.fe.uc.pt/ciclo_int/doc_07_08/14_metropolis.pdf > OS SENTIDOS DO TRABALHO PRECARIZADO NA METROPOLIS: fato e ficção! Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/osoc/v16n49/06.pdf >