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O povo judeu há muito tempo é chamado de “O Povo do Livro”. De fato, uma das características que identificam o Judaísmo é que os judeus de todos os tempos e ...
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Seção I. ParticiPandO da criaçãO dO univErsO
Quando Deus criou o mundo, Ele olhou para a Torá e a usou como o plano da criação do universo. Todo o propósito da Criação é o estudo de Torá. Isto é o que sustenta o mundo. Quando nós estudamos Torá e trabalhamos para nos aperfeiçoarmos, nós nos tornamos parceiros de Deus na Criação. A Torá que nós estudamos infunde no mundo santidade, nos ajuda a tomar decisões morais e éticas de forma cuidadosa e é a nossa fonte essencial de sabedoria.
PArte A. A torá Como o PlAno do UnIverSo
Deus criou este mundo com um plano específico para a elevação espiritual. Este plano está incluído na Torá. Portanto, cada detalhe na Criação corresponde e é análogo a algo na Torá.
“A sabedoria construiu a sua casa” – Deus criou o mundo usando sabedoria.
“A sabedoria construiu a sua casa” – isto é uma referência a Torá, [com] a qual [Ele] criou todo o universo.
Quando Deus criou o universo, Ele olhou para a Torá e o criou [baseado no que estava escrito nela]. Foi através da Torá que o mundo foi criado.
PArte B. o PAPel do eStUdo de torá no ProCeSSo ContínUo de CrIAção
Nós vimos que a Torá é o plano do mundo. Como isto é relevante para nós agora que o mundo já foi criado?
Portanto, a fonte principal de vida, luz e existência de todos os mundos é a dedicação do povo judeu ao estudo de Torá.
E, por este motivo, os Sábios ensinam que quem estuda Torá sem segundas intenções é considerado um “companheiro”. O significado disto é
Certamente, o mundo sem os judeus seria completamente diferente. A humanidade poderia, ao final, se deparar com todas as ideias judaicas. Mas nós não podemos ter certeza. Todas as grandes descobertas conceituais do intelecto humano parecem ser óbvias e inevitáveis uma vez que elas foram reveladas, mas é necessário uma genialidade especial para formulá-las pela primeira vez. Os judeus tinham este talento.
A eles, nós devemos as ideias de:
e muitas outras ideias que constituem os componentes morais básicos da mente humana. Sem os judeus, o mundo poderia ser um lugar muito mais vazio.
Não cometa injustiça no julgamento… Não favoreça um homem rico. Com justiça, julgue o teu companheiro.
Quem derrama sangue de um homem, pelo homem o seu sangue será derramado, pois na Imagem de Deus, [Ele] criou o homem.
Não endureça o teu coração e não feche a tua mão para o teu irmão pobre.
Quão grande é a paz! Toda a Torá foi dada para trazer paz ao mundo.
O impacto do povo judeu na sociedade, baseado na ética da Torá, é conhecido mesmo pelos chefes de estado:
Eu insisto que os Hebreus contribuíram mais para civilizar do que qualquer outra nação… O destino determinou que os judeus seriam o instrumento essencial para civilizar as nações.
Embora John Adams tenha argumentado que a contribuição dos judeus para a civilização se deva ao “destino”, nós sabemos que isto não é uma casualidade. A nossa moralidade e contribuição para o mundo neste aspecto são baseadas na sabedoria Divina.
É aqui que nós chegamos ao triunfo máximo do pensamento judaico. Não no seu monoteísmo propriamente dito, mas no caráter que ele atribuiu ao Deus que ele descobriu ser Único. Os gregos, os romanos, os sírios e a maior parte dos povos mediterrâneos afirmaram duas coisas sobre o caráter dos seus deuses. Em primeiro lugar, os deuses tendem a ser amorais. Em segundo lugar, em relação ao homem, eles são predominantemente indiferentes. Os judeus mudaram o pensamento dos seus contemporâneos em ambos os pontos. Enquanto os deuses do Olimpo incessantemente procuram mulheres bonitas, o Deus do Sinai protege viúvas e órfãos. Enquanto o Anu da Mesopotâmia e o El de Banan estavam distantes, Deus está no Sinai, tirando o seu povo da escravidão, procurando os seus exílios solitários, melancólicos na Babilônia. Deus é um Deus da virtude, Cuja bondade é eterna e Cuja misericórdia está sobre todas as Suas Criações.
PArte e. A torá ContÉm todA A SABedorIA do mUndo
O estudo de Torá não refuta outras áreas de conhecimento. Pelo contrário, muitas outras áreas de sabedoria são encontradas na Torá. Ela contém sabedoria de tudo que existe no universo. Consequentemente, quem domina toda a Torá compreende muitas outras áreas de conhecimento.
Aprofunde-se mais e mais [na Torá], e continue a se aprofundar nela, pois tudo está nela.
Isto precisa de uma explicação: o que significa “pois há tudo nela”. Como ela [a Torá] contém tudo? Esta [ideia] está aludida no Midrash: “Deus olhou para a Torá e criou o mundo” (Bereshit Rabá, cap. 1)… Deus criou o mundo de acordo com a ordem da Torá, de forma que tudo o que acontece no mundo segue a ordem da Torá… Este é o significado [do Midrash] que Deus olhou para a Torá e criou o mundo, pois a ordem do mundo segue a ordem da Torá. Este é o significado [da Mishná]: “Aprofunde-se na Torá, pois há tudo
Seção II. O EstudO dE tOrá cOmO uma
PErPEtuaçãO da rEvElaçãO nO mOntE sinai
No Monte Sinai, Deus Se revelou para todo o povo judeu (aproximadamente 2,5 milhões de pessoas) e deu para eles a Torá. Deus “fala” conosco através da Torá. Cada vez que um judeu aprende Torá, ele está revivendo esta conexão com Deus.
Cuide-se e proteja-se muito para que tu não esqueças o que os teus olhos viram [no Monte Sinai] e que eles não saiam da tua consciência durante todos os dias da tua vida, e ensine-os para os teus filhos e para os filhos dos teus filhos [o que ocorreu no] dia que tu estiveste diante de Deus no Sinai.
Quem se absorve no estudo de Torá é considerado como se estivesse no Monte Sinai a cada dia, recebendo a Torá.
O Rabino Iohoshua ben Levi ensinou: “Quem ensina ao seu filho Torá é considerado como se tivesse recebido a Torá do Monte Sinai. Nós aprendemos isto dos versículos acima, pois está escrito: ‘Ensine-os aos teus filhos e aos filhos dos teus filhos’ e imediatamente em seguida está escrito: ‘O dia que tu estiveste diante de Deus no Sinai.’” [A justaposição dos conceitos de ensinar para o filho e de estar no Monte Sinai nos ensinam que eles estão conectados.]
Toda [a Torá] está [incluída na] palavra de Deus a Moshe no Sinai, [incluindo] a pergunta que um aluno jovem em algum momento perguntará para o seu professor. Quem se ocupa [com o estudo de Torá], cada palavra [que ele diz] é como se Deus pronunciasse isto da Sua boca, por assim dizer, e é considerado como se ele tivesse acabado de recebê-la agora da boca de Deus no Sinai.
Seção III. O EstudO dE tOrá: a BasE da vida Judaica
“… O estudo de Torá para um leigo não o promove na sua carreira ou faz aumentar a sua renda. Mesmo os Rabinos ou os estudantes geniais continuam estudando durante todas as suas vidas. Por que não é suficiente ‘se qualificar’ e depois parar de estudar? Por que a Torá coloca tanta ênfase no mandamento de estudar ininterruptamente?
A explicação mais simples e óbvia é o aspecto prático de estudar Torá para observar adequadamente a lei da Torá. No entanto, é evidente que a obrigação vai muito além de saber a aplicação prática da lei judaica. Nós estudamos as leis que são relevantes, bem como aquelas que não têm aplicação direta hoje em dia, como as leis do Templo. Nós estudamos a origem e as fontes das leis. Nós inclusive estudamos opiniões que não são aceitas como a palavra final da lei. Nós estudamos filosofia, misticismo e o texto da Torá.
De acordo com o ponto de vista judaico, o propósito da existência é para os seres humanos criarem um relacionamento com Deus. Para que um relacionamento seja significativo e próximo, os dois lados devem ser compatíveis. Nós criamos esta compatibilidade com Deus imitando as Suas ações e características. Através da realização dos mandamentos da Torá, nós aprendemos a agir como Deus age. Ao aprimorar as nossas características, nós nos tornamos similares a Deus no âmbito do Seu caráter… No entanto, compatibilidade total somente pode ser alcançada quando o intelecto também é desenvolvido adequadamente, quando nós aprendemos a pensar como Deus” (Rabino Mordechai Becher, Gateway to Judaism (Portão do Judaísmo, p.411-412).
PArte A. SABendo Como vIver Como Um JUdeU
Um judeu tem responsabilidades consigo mesmo, com a sua comunidade e com Deus. Há diferentes mitzvot voltadas para cada uma destas responsabilidades. Aprender Torá e estudar sobre estas mitzvot nos permite colocar em prática estas responsabilidades.
Moshe chamou todo Israel e disse para eles: “Escute, Israel, as leis e decretos que eu estou falando com vocês hoje. Estudem-nos e cuidem do seu cumprimento. ”
Não há uma mitzvá que é como a mitzvá do estudo de Torá. O estudo de Torá é equivalente a todas as mitzvot juntas. A razão para isto é que o estudo leva à prática.
O estudo de Torá é uma necessidade evidente. Sem ele, é impossível servir a Deus, pois se a pessoa não sabe o que ela deve fazer, como ela pode fazê-lo?
para a sua alma. Isto é chamado de fazer mitzvot de forma que “não ter sabedoria não é bom para a alma.” A sua alma não terá prazer em fazer mitzvot, já que ele não conhece a sua lógica e as faz sem entusiasmo.
Sem estudar [Torá], é impossível chegar ao cumprimento das mitzvot sem uma compreensão intrínseca e um reconhecimento autêntico do que a pessoa está fazendo.
PArte C. CrIAndo Um relACIonAmento Com deUS
Estudar Torá nos permite alcançar o objetivo essencial da nossa existência – criar um relacionamento com Deus. Nós aprendemos sobre Deus o quanto é humanamente possível para que nós possamos nos conectar com Ele.
Amarás o Eterno, o teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma e com todos os teus recursos. E estas palavras que Eu estou te ensinando hoje devem estar no teu coração.
[O segundo versículo é uma explicação do primeiro:] O que significa “amar Deus”? “Que estas palavras que eu estou te ensinando hoje estejam no teu coração,” pois, ao fazê-lo [ou seja, estudando Torá] você conhece Deus e segue os Seus caminhos.
A Torá nos pede que nós emulemos a Deus. Parte desta obrigação é modelar a nossa própria mente e intelecto conforme os pensamentos de Deus. Esta é uma razão para a importância de estudar e se aprofundar na Torá – como um esforço para entender a Vontade de Deus e fazer a nossa própria vontade refletir a Dele. Quando alguém realiza isto, mesmo as suas reações naturais refletirão a Vontade de Deus. O que Deus ama, ele ama. O que Deus odeia, ele odeia. O que é repulsivo para Deus, também é repulsivo para ele.
Entre as emanações que Deus emite sobre as Suas criaturas, há uma emanação que está em um nível mais alto do que as outras. Esta emanação é o que há de mais próximo possível da essência do Próprio Deus e da Sua grandeza e esplendor. É através desta emanação que Ele concede a Sua honra sobre as suas criaturas. Deus associou esta emanação com algo que Ele criou claramente para este propósito, e isto é a Torá.
O que significa se tornar mais próximo de Deus?
Entre os meios que Deus nos concedeu para nos aproximarmos Dele, há um que é mais elevado do que todo o resto. Este meio é o estudo de Torá. Ele consiste em duas partes: a primeira é ler e entender a Torá e a segunda é compreender a Torá com mais profundidade. Com a Sua bondade, Deus compôs um texto de acordo com a Sua sabedoria, que Ele nos presenteou. Esta é a Torá (ou seja, os Cinco Livros de Moisés), bem como os livros dos profetas que a seguiram. Estes textos possuem uma característica especial, ou seja, quando a pessoa os lê com santidade e pureza e com a intenção adequada – para cumprir a Vontade de Deus – ela será imbuída com uma grande elevação e um grande nível de perfeição. Da mesma forma, quando a pessoa se empenha para entender o conteúdo destes livros, bem como acompanhar as explicações que Deus nos apresentou, ela alcançará um nível de perfeição após o outro.
Todos estes recursos que Deus nos deu para nos aproximarmos Dele proporcionam não só a quem os utiliza grandeza, mas afetam todo o universo. Todo o mundo é elevado através dos esforços da pessoa. E isto ocorre especialmente em relação ao estudo de Torá.
temAS CentrAIS dA Seção III:
H estudar torá nos permite cumprir mitzvot. Ainda assim, nós também devemos entender a lógica por trás delas. do contrário, inevitavelmente nós só cumpriríamos as mitzvot mecanicamente.
título de “homem”. O “homem” é o maior título que alguém pode receber! Como nos tornamos merecedores deste título? “Este é o livro de história do homem!”
Um ser humano completo é o que abarca todas as mitzvot, todas as qualidades e todos os valores que a Torá ensina.
O Rabino Zev Leff conta que um professor de filosofia uma vez foi trazido diante do comitê de ética da universidade por fazer concessões desonrosas na sua vida pessoal com um dos seus alunos. Quando foi questionado como um professor de filosofia poderia ensinar uma coisa na sua aula e se comportar de forma diferente na sua vida privada, ele respondeu: “O professor de matemática leva o seu triângulo para casa à noite?” Em contraste nítido, o estudo de Torá não é uma atividade “acadêmica”. Não há separação entre o que a pessoa estuda e o que ela se empenha em praticar. O objetivo é estudar para integrar as ideias e ideais da Torá no nosso ser para aprimorar o nosso caráter.
Cada versículo, cada tema na Torá é para ensinar algo. Mesmo algo que não está incluído como um mandamento – “Faça ou não faça tal e tal” – está lá para ensinar algo. A Torá é chamada de “Torat Chaim”, a Torá da vida. Isto significa que não há prazer maior do que quando a pessoa é capaz de estudar uma parte da Torá e ver que ela é relevante, que ela faz sentido… Há tanta perversidade no mundo – roubo, assassinato e todo tipo de comportamento corrupto. A Torá, por outro lado, é a Torá da vida. Ela ensina o homem a viver corretamente.
Como o Rambam escreve em Hilchot Teshuvá 5:2, cada pessoa tem o potencial de se tornar tão íntegra quanto Moshe Rabeinu. Os nossos líderes de Torá são os nossos modelos exemplares na nossa busca pela grandeza.
Uma harmonia maravilhosa entre a sabedoria e a ação, conhecimento e atos caracteriza todos os grandes Sábios do povo judeu até hoje em dia… O sinal eterno que a Presença Divina está no povo judeu é a existência de pessoas grandes [ gdolei Isroel ] em cada geração, pessoas que alcançaram altos níveis de excelência em Torá e atos… Esta combinação maravilhosa de genialidade com integridade é uma marca de distinção dos gdolei Isroel. Paralelamente aos seus legados intelectuais – como a sua abordagem especial ao estudo de Torá e os regulamentos em questões da lei judaica,
nós podemos ver os seus legados éticos. Cada um deles enriqueceram o povo judeu com uma nova abordagem de servir a Deus.
O Rabino Shlomo Zalman Auerbach, que viveu em Jerusalém até a sua morte, em 1995, era visto como a principal autoridade do seu tempo em assuntos relacionados a lei judaica.
Durante o [período de luto] depois da sua morte, uma nova dimensão do [Rabino Auerbach] foi revelada, envolvendo milhares de histórias pessoais de tzdaká e chessed desconhecidas até então. Ele casou inúmeros órfãos e pagou para as comemorações dos seus casamentos. Ele sustentou financeira e moralmente muitas viúvas jovens… Os jornais religiosos estavam cheios de relatos incríveis da sua ajuda a pobres, senhores e doentes… Todos estes atos de bondade eram parte do seu empenho em Torá, um sentimento de obrigação, como um homem que cada pensamento era influenciado pela halachá.
Outro grandioso sábio de Talmud e halachá era o Rabino Moshe Feinstein, que faleceu em 1986. A seguinte história ilustra a sua humildade:
As velas de Shabat são acesas consideravelmente antes do Shabat começar e, embora a mulher que acendeu velas deve começar a observar as leis de Shabat imediatamente, o mesmo não se aplica em relação aos homens. O Rabino Feinstein viajava uma distância de cinco minutos entre a sua casa e a sinagoga de carro um pouco antes do início do Shabat. Isto não agradou a um dos residentes locais, que enviou uma carta “explicando” ao maior perito em halachá da geração que o que ele estava fazendo era inadequado. Ao invés de colocar este homem atrevido no seu lugar, o Rabino Feinstein o agradeceu e decidiu seguir o seu conselho, a despeito do fato que a hal achá o favorecia. Veja abaixo a resposta do Rabino Feinstein.
Eu estou feliz que você aproveitou a oportunidade para cumprir a mitzvá de criticar. Deus me livre que eu estaria chateado com você! Com a ajuda de Deus, eu não viajarei mais de carro após o tempo de acendimento de velas [antes de Shabat], embora não haja nem mesmo um indício de uma proibição envolvida nisto…
O Rabino Moshe Feinstein estava sendo acompanhado em uma determinada ocasião, quando, depois de lhe ajudarem a entrar no carro, ele pediu que o motorista não continuasse. Depois de um longo intervalo, quando a pessoa que o ajudou não estava mais à vista, o Rabino Feinstein abriu a porta do carro e retirou a sua mão que estava presa na porta e os seus dedos foram esmagados. O motorista impressionado perguntou: “Rebe, por que você não gritou?” Ele não exprimiu nenhum som. O Rav Feinstein respondeu: “Eu não quis envergonhar a pessoa que fechou a porta na minha mão.”
PArte B. o eStUdo de torá não É Só PArA InteleCtUAIS
Qualquer pessoa que estuda Torá se torna elevada.
“Qualquer pessoa que estuda Torá se torna elevada”
A voz de Deus [na revelação no Monte Sinai] foi escutada por cada indivíduo de acordo com a sua capacidade. Os idosos de acordo com a sua capacidade, os rapazes jovens de acordo com a sua capacidade, as crianças de acordo com a sua capacidade, os bebês de acordo com a sua capacidade, as mulheres de acordo com a sua capacidade e inclusive Moshe de acordo com a sua capacidade… Todos receberam a transmissão Divina de acordo com a sua capacidade.
PArte C. reComendAçõeS PArA Ser Bem-SUCedIdo no eStUdo de torá
Como cada pessoa pode aumentar ao máximo a sua capacidade de ter êxito no estudo de Torá? Há quarenta e oito atributos que permitem que a pessoa estude Torá de forma efetiva. No geral, como tudo que é significativo na vida, quanto mais nós nos empenhamos para estudar Torá, mais nós nos beneficiamos. Além disto, assim como nós pedimos que Deus nos conceda as nossas necessidades – saúde, prosperidade, paz, etc. – nós também rezamos para que Ele nos permita estudar e entender a Torá.
A Torá é adquirida através de quarenta e oito atributos, que são: estudo, escuta atenta, pronunciar o estudo em voz alta, compreensão intuitiva, discernimento, temor dos professores, temor do Céu, humildade, alegria, pureza, servir
os sábios, estar próximo de alunos, discussão com alunos, tranquilidade, conhecimento do Tanach, conhecimento da Mishná,
moderação em atividades de negócio, moderação em atividades mundanas, moderação em prazeres físicos, moderação no sono, moderação na fala, moderação nas festividades, demora para se encolerizar, ter um bom coração, fé nos Sábios, aceitar os sofrimentos, saber o seu lugar,
estar feliz com o que se tem, fazer uma cerca ao redor das suas palavras, não se gabar, fazer-se ser amado pelos outros, amar a Deus, amar às Suas criaturas, amar a integridade, amar a justiça, amar corrigir os seus erros, distanciar-se da honra, não ser arrogante sobre a sua sabedoria, não gostar de tomar decisões haláchicas,
compartilhar os problemas dos outros, julgar os outros para o bem, colocá-los no caminho da verdade, colocá-los no caminho da paz, ensinar tranquilamente, perguntar e responder, ouvir e acrescentar insights , estudar para ensinar, estudar para cumprir as mitzvot, tornar o seu professor mais sábio, refletir sobre as lições e repetir uma ideia no nome da pessoa que a disse primeiro. Pois nós aprendemos que quem repete uma ideia no nome de quem a originou traz o resgate para o mundo; e está escrito na Meguilá: “E Esther disse ao Rei em nome de Mordechai” (Esther 2:22).
Ao fazer um sium , na reza dita sobre o término um tratado do Talmud, nós recitamos: nós nos empenhamos, e eles (os não judeus) se empenham. nós nos empenhamos e recebemos recompensa, e eles se empenham e não recebem recompensa. O Chofetz Chaim pergunta: O que significa que eles não recebem recompensa? Se um alfaiate costura um termo para um cliente, ele não recebe pagamento pelo seu trabalho? O Chofetz Chaim explica o seguinte: É verdade que um alfaiate é pago pelo terno que ele faz. Mas se ele não cai bem no cliente, ele não é pago. Considerando o estudo de Torá, a recompensa não é pelo produto final , mas pelo esforço. Independente de se um indivíduo entende a Torá que ele estuda ou não, ele é recompensado no Céu pelo esforço.
A recompensa pelo estudo de Torá é proporcional a dificuldade que a pessoa teve.
leItUrAS e FonteS AdICIonAIS reComendAdAS
Seção III. PArte A. o eStUdo de torá: A BASe dA vIdA JUdAICA
Vaikrá 22:31 e Rashi ib.
Rabino Akiva Tatz, Anatomy of a Search (Anatomia de uma Busca), p. 28-39, 100.
Rabino Mordechai Becher, Gateway to Judaism (Portão para o Judaísmo), a partir da página 409.