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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SOBRE O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO ACERCA A SAÚDE DO HOMEM
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
Monografia apresentada ao Curso de Enfermagem da Fundação de Ensino Superior de Olinda - FUNESO como requisito para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. Orientadora: Roumayne Medeiros Ferreira Costa Mestranda Co-orientadora: Suzane Brust de Jesus Mestre
Dedicamos esse trabalho a todos os nossos familiares; cada um foi peça fundamental para construção dessa monografia.
Antes de tudo, agradecemos a Deus por nos conceder a vida e nos proporcionar essa grande conquista. Pela saúde, sabedoria e pela conclusão desse trabalho.
A família, pela paciência, por nos compreender nas muitas vezes que estivemos ausentes, por nos apoiar nos momentos difíceis. A ela o nosso muito obrigada. Amamos vocês!
Um agradecimento especial à nossa querida orientadora Roumayne Medeiros, por compartilhar dos seus conhecimentos conosco, por abdicar de momentos de sua vida em prol do nosso aprendizado, pelo cuidado, carinho e dedicação. A você Roumayne o nosso muito obrigada!
A todos enfermeiros das USF do Município de Igarassu, pela colaboração na pesquisa de campo.
Aos amigos que nos incentivaram e sempre estiveram presentes torcendo por nós.
A todos aqueles que contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho.
A Política Nacional de Saúde do Homem, lançada em 27 de agosto de 2009, tem por objetivo facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. Segundo Ministério da Saúde a cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm maior incidência de doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada. Mediante a preocupação dos grandes índices de mortalidade que vem acometendo homens por todo o Brasil, fez-se necessário um trabalho a cerca do conhecimento do enfermeiro em relação à saúde do homem na atenção primária, destacando o papel deste profissional de saúde na comunidade masculina, numa tentativa de minimizar o índice de mortalidade que acomete este gênero da população. O objetivo geral da pesquisa foi Investigar o nível de conhecimento dos enfermeiros que atuam na USFs da Cidade de Igarassu acerca da saúde do homem. Foi um estudo exploratório descritivo, de abordagem qualitativa e quantitativa, onde o universo foi constituído por todos os enfermeiros das USFs do município de Igarassu-PE. A coleta de dados foi realizada mediante um questionário com perguntas objetivas e subjetivas acerca da profissão e do tema. Foram entrevistados 25 profissionais. A maioria dos enfermeiros (32%) apresentou idade entre 31 e 40 anos, 96% do sexo feminino, 32 e 20% têm residência no Centro e em Cruz de Rebouças, respectivamente. 44% tem de 1 a 5 anos de atuação em PSF e 40% afirma ter capacitação em saúde do homem. A maioria dos homens que frequentam a unidade possuem entre 61 e 60 anos, porém a maioria de atendimentos são de mulheres (88%) e idosos (12%). 100% dos profissionais afirmaram conhecer a Política nacional do Homem, porém não responderam corretamente os questionamentos acerca desta política. Observa-se a necessidade de maior capacitação dos enfermeiros das USFs e mais atividades educativas à população masculina.
Palavras-chave: Conhecimento. Enfermeiro. Saúde do homem.
The National Men's Health, released on August 27, 2009, aims to facilitate and expand access of the male population to health services. According to Ministry of Health every three adult deaths, two are men. They live on average seven years less than women and have higher incidence of heart disease, cancer, diabetes, cholesterol and higher blood pressure. Through the concern of the great mortality that is affecting people across Brazil, it was necessary to work around the nurse's knowledge in relation to human health in primary care, highlighting the role of health professionals in the male community, an attempt to minimize the mortality rate that affects this kind of population. The overall objective of the research was to investigate the level of knowledge of nurses working in the City of USFs Igarassu about the health of man. It was an exploratory descriptive qualitative and quantitative approach, where the universe consisted of all nurses in the municipality of USFs Igarassu- PE. Data collection was conducted through a questionnaire with objective and subjective questions about the profession and the theme. We interviewed 25 professionals. Most nurses (32%) had age between 31 and 40 years, 96% female, 32 and 20% are in residence at the Center and Cross Reboucas, respectively. 44% have 1-5 years experience in PSF and 40% claimed to have training in human health. Most men who attend the unit are between 61 and 60 years, but most calls are from women (88%) and elderly (12%). 100% of professionals said they knew the national policy of man, but not correctly answered the questions about this policy. There is a need for greater training of nurses in USFs and more educational activities to the male population.
Keywords: Knowledge. Nurse. Men's Health
A Política Nacional de Saúde do Homem, lançada em 27 de agosto de 2009, tem por objetivo facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. Segundo Ministério da Saúde- MS a cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm maior incidência de doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada (MS, 2008).
O Brasil é o primeiro da América Latina e o segundo do continente americano a implementar uma política nacional de atenção integral à saúde do homem. A política está inserida no contexto do Programa “Mais Saúde: Direito de Todos”, lançado em 2007 pelo Ministério da Saúde para promover um novo padrão de desenvolvimento focado no crescimento, bem-estar e melhoria das condições de vida do cidadão brasileiro. As ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem buscam romper os obstáculos que impedem os homens de frequentar os consultórios médicos. Divulgado em 2008, o levantamento ouviu cerca de 250 especialistas e mostrou que a população masculina não procura o médico por conta de barreiras culturais, entre outras. Grande parte da não adesão às medidas de atenção integral, por parte do homem decorre das variáveis culturais. Os estereótipos de gênero, enraizados há séculos em nossa cultura patriarcal, potencializam práticas baseadas em crenças e valores do que é ser masculino (ms, 2008).
A doença é considerada como um sinal de fragilidade que os homens não reconhecem como inerentes à sua própria condição biológica. O homem julga-se invulnerável, o que acaba por contribuir para que ele cuide menos de si mesmo e se exponha mais às situações de risco. A isto se acresce o fato de que o indivíduo tem medo que o médico descubra que algo vai mal com a sua saúde, o que põe em risco sua crença de invulnerabilidade (CARRARA et al, 2009).
Os homens têm dificuldade em reconhecer suas necessidades, cultivando o pensamento mágico que rejeita a possibilidade de adoecer. Além disso, os serviços e as estratégias de comunicação privilegiam as ações de saúde para a criança, o
primária. Diante disso, qual seria a importância de o enfermeiro de USF conhecer acerca da saúde do homem para um correto atendimento de enfermagem?
2.1 Objetivo Geral
Investigar o nível de conhecimento dos enfermeiros que atuam na USF da Cidade de Igarassu acerca da saúde do homem.
2.2 Objetivos Específicos
Caracterizar o perfil do profissional de Enfermagem que lida com a saúde do homem na sua USF;
Identificar as dúvidas dos enfermeiros acerca da saúde do homem e descrever a estes profissionais o Programa Nacional de Saúde do Homem;
Colher informações acerca do atendimento do homem em USF da Cidade de Igarassu pelo enfermeiro no atendimento à população masculina nas USF;
atenção primária, antes que os agravos requeiram atenção especializada (MS, 2008).
Para que esse documento de base fosse realmente efetivo tornou-se necessário realizar um diagnóstico situacional da temática e assim podem-se observar alguns pontos importantes, tais como: O diagnóstico objetiva o conhecimento da realidade permitindo a tomada gerencial de decisões racionais, bem como antever o resultado das decisões e contribuir para as prováveis modificações futuras. Ele se concentra nos determinantes socioculturais, biológicos e comportamentais, examinando as necessidades de ações de promoção, prevenção, tratamento e recuperação. O diagnóstico também inclui a análise dos grupos da população masculina cujas características e peculiaridades demandam ações específicas de saúde. E, identifica as principais causas de morbimortalidade (MS, 2008).
Os indicadores demográficos descritos no manual da Politica Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, fornecem dados da população brasileira no ano de 2005 onde informa que a população masculina equivale a 49,2% (90.671.019), deste total aproximadamente 40% encontram-se na faixa etária de zero a 19 anos, 50% na faixa etária de 20 a 59 anos e 7,7% com 60 anos e mais, percebemos que do total de homens brasileiros a metade destes se encontram na idade adulta estando mais expostos às situações de morbidade entre as quais o documento do Ministério destaca a violência, alcoolismo e tabagismo, população privada de liberdade, pessoa com deficiência, adolescência, velhice e dos direitos sexuais e reprodutivos (MS, 2008).
Quanto aos indicadores de mortalidade entre homens, Ministério da Saúde (2008) destaca as causas de mortalidade entre homens dos 15 aos 59 anos, observou-se que em 78% dos casos de óbitos estão relacionados a 5 principais grupos de entidades mórbidas. A maior porcentagem deu-se às mortes por causas externas, em segundo as doenças do aparelho circulatório, em terceiro os tumores, em quarto as doenças do aparelho digestivo e em quinto às doenças do aparelho respiratório.
Buscando ênfase na primeira causa de morte masculina configurando-se as mortes por causas externas, estes agravos são traduzidos em acidentes e acidentes
de transporte, lesões auto provocadas e as agressões. É fato que "estas mortes prematuras trazem consequências psicofísicas e socioeconômicas, uma vez que são vidas jovens perdidas em plena fase produtiva" (MS, 2008). A presente politica enfatiza a necessidade de mudanças de paradigma no que concerne à percepção da população masculina em relação ao cuidado a sua saúde e a saúde de sua família. Considera essencial que, além dos aspectos educacionais, entre outras ações, os serviços públicos de saúde sejam organizados de modo a acolher e fazer com que o homem sinta-se integrado.
Como formulações que indicam as linhas de ação a serem seguidas pelo setor saúde, as seguintes diretrizes devem reger a elaboração dos planos, programas, projetos e atividades. Elas foram elaboradas tendo em vista a integralidade, factibilidade, coerência e viabilidade, sendo norteadas pela humanização e a qualidade da assistência, princípios que devem permear todas as ações. (MS, 2008).
A efetivação de ações de atenção à saúde do homem voltadas à prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, manutenção, promoção e proteção da saúde que, pela Portaria nº 648-GM/2006, caracteriza atos da atenção básica, tem representado um desafio para os profissionais da área da saúde (MS, 2008).
3.2 O Homem na Atenção Primária à Saúde
A saúde do homem e as práticas destinadas ao cuidado dessa clientela estão sendo desenvolvidas ao longo dos anos através da busca ativa dos mesmos e a partir de 1989 através do Programa de Saúde do Adolscente (PROSAD) e hoje ainda em fase de implantação o Programa de saúde do homem, todos esses preconizados pelo Ministério da Saúde.
Compreender a dinâmica desses programas pode auxiliar o profissional de enfermagem a desenvolver ações que busquem atender com qualidade a demanda do homem jovem e do adulto, haja vista que os dois programas citados atendem ao homem, mas em momentos diferentes de seu ciclo vital. O PROSAD tem como objetivo moldar os homens jovens na busca por cuidados em saúde preventiva e de
Bursztyn, 2008, propõe um enfoque diferenciado a estes homens jovens, "trata-se de resguardar-se o enfoque de saúde integral, com ênfase na vigilância e do crescimento e desenvolvimento contrapondo-se a intervenção dirigida aos problemas", somente assim esses homens jovens perceberão a importância e a promoção de acesso nos diversos níveis de saúde. Reforça ainda que a busca pela cidadania, inclusão social e a participação dos mesmos nos serviços de saúde dependem somente dessa mudança de enfoque e na necessidade de assegurar as demandas dos mesmos.
Tratando-se mais especificamente do homem adulto e sua busca por cuidados na atenção primária compreende-se que há um contexto sócio histórico que envolve a problemática e transforma-se em material simbólico na vida social deste homem. O homem sempre foi tido como sexo forte, ser que deve exercer sua masculinidade nos diversos aspectos de sua vida e as práticas de saúde fica à mercê da medicalização, segundo Schraiber et al( 2010).
Os mesmos autores ressaltam em seu trabalho percepções diversas sobre os homens no acesso aos cuidados de saúde, assim verificou-se que homens preferem adiar a busca por assistência e somente o fazem quando não conseguem mais resolver os problemas sozinhos, relata também que homens só procuram ajuda em saúde quando consideram o problema muito sério, trás também a questão do machismo por ser homem ele deve aguentar mais que mulheres entre outras razões como as relacionadas ao trabalho, pois julgam que ao procurar os serviços de saúde estes podem apresentar demora no atendimento e consequentemente trazer prejuízos no seu trabalho.
Schraiber et al (2010) retrata as "demandas dos homens estas são bastantes específicas: dores, febres ou contusões e ferimentos.
Os serviços mostram-se semelhantes em seu funcionamento: são centrados nas consultas individuais, valorizando a assistência médica; as consultas são rápidas e os profissionais estão mais preocupados em oferecer uma pronta resposta, reduzindo o mais possível seu raciocínio; tomam decisões voltadas a condutas já conhecidas e centradas na terapêutica de patologias; ocorrem muitos encaminhamentos, muitos pedidos de exames e quase sempre há uma indicação de remédios. Afinal, medicamentos aliados a exames laboratoriais, seriam, na opinião
deles, a conduta esperada também pelos usuários, satisfazendo a todos (SCHRAIBER et al, 2010).
Podemos observar diante do exposto que a maior parte dos profissionais centram suas condutas e pouco valorizam a prevenção e a promoção da saúde. Em especial as consultas aos homens são diretamente relacionadas a queixas e patologias.
Aos olhos da OMS, trabalhar com prevenção é fundamental e mais ainda quando se trata de doenças causadas pelo estilo de vida, que é fator determinante nos casos de morbimortalidade entre homens.
A compreensão de fenômenos de saúde vinculados a esse grupo populacional articula as inúmeras questões que envolvem, entre outros aspectos, os determinantes de saúde-doença, questões envolvendo gênero e a prematuridade das discussões frente às suas demandas de saúde (MS, 2008).
Estudos nesse campo evidenciam, em sua maioria, um pensamento exploratório tangenciado pela teoria e pela política feminista e, conceitualmente, pressupõem que vivenciar a masculinidade tradicional causa déficit de saúde. Segundo o Ministério da Saúde (2008) morrem mais homens que mulheres ao longo do ciclo da vida, muitas dessas mortes poderiam ser evitadas, se não fosse a resistência masculina frente à procura pelos serviços de saúde. A cultura machista ocidental, na qual os homens mascaram uma fragilidade inerente a eles como sinal de virilidade, pode ser evidenciada nas estatísticas norte-americanas, que apontam 85% da violência criminal como produzida por pessoas do sexo masculino.
Estudo realizado por Gomes, Nascimento e Araújo (2007) revela que a associação do cuidar ao feminino, a invulnerabilidade, força e virilidade do masculino, bem como a indisponibilidade de tempo, devido ao trabalho, foram citados como fatores que levaram os participantes da referida pesquisa a não procurarem o serviço de saúde. Nesse estudo sobre a pouca procura dos homens pelos serviços de saúde apontou-se que os homens que têm curso superior têm uma maior capacidade de problematização do tema, tendo ideias corretas, entretanto não colocando em prática este conhecimento.