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O Barroco na Itália: A Arte e a Cultura em Movimento, Notas de aula de Arquitetura

Uma visão geral do barroco na itália, uma arte e uma cultura que se desenvolveram no século xvii, marcada pela emoção, monumentalização e dramatização. Com origens no século xvi, incluindo a reforma protestante e sua influência nas políticas e na arte, o barroco italiano é caracterizado por artistas como tintoretto, caravaggio e andrea pozzo, cujas obras refletem a expressividade, o contraste de claroscuro e a preocupação com a emoção e a proximidade a deus.

O que você vai aprender

  • Quais características definem a arte barroca?
  • Quais foram as origens históricas do Barroco na Itália?
  • Quais foram as principais obras e artistas do Barroco na Itália?
  • Quais são as principais diferenças entre a arte barroca e a arte renascentista?
  • Como a Reforma Protestante influenciou a arte barroca?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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O Barroco na Itália
A arte barroca desenvolveu-se no século XVII, num período muito
importante da história da civilização ocidental, pois nele ocorreram
mudanças que deram nova feição à Europa da Idade Moderna. Essa arte
barroca, portanto, seguiu os acontecimentos do momento histórico.
Para compreendermos os acontecimentos desse momento, é preciso
buscar suas origens em fatos do século XVI. O mais importante deles foi
sem dúvida a Reforma Protestante cisma do cristianismo momento de
ruptura da religião cristã.
Embora tenha sido um movimento de caráter religioso, a reforma
teve consequências que ultrapassaram as questões de fé, pois provocaram
alterações em outros setores da cultura europeia. Uma delas foi favorecer o
surgimento dos Estados Nacionais e dos governos absolutos, pois
propunha que cada nação se libertasse da submissão ao papa. Portanto, até
a Reforma Protestante, havia na Europa uma unidade religiosa em torno
do cristianismo católico. Quando ocorre esse cisma, a ruptura não fica
restrita à questão religiosa, mais influencia também as políticas dos
Estados, que não admitiam ser submissos ao papa e sua igreja. Diante
disso, além dos diversos mecanismos para a preservação da sua influencia
sobre a sociedade europeia, como a Santa Inquisição, a evangelização, o
Índex..., Igreja Católica se utilizou também da arte para tal preservação.
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O Barroco na Itália

A arte barroca desenvolveu-se no século XVII, num período muito importante da história da civilização ocidental, pois nele ocorreram mudanças que deram nova feição à Europa da Idade Moderna. Essa arte barroca, portanto, seguiu os acontecimentos do momento histórico. Para compreendermos os acontecimentos desse momento, é preciso buscar suas origens em fatos do século XVI. O mais importante deles foi sem dúvida a Reforma Protestante – cisma do cristianismo – momento de ruptura da religião cristã. Embora tenha sido um movimento de caráter religioso, a reforma teve consequências que ultrapassaram as questões de fé, pois provocaram alterações em outros setores da cultura europeia. Uma delas foi favorecer o surgimento dos Estados Nacionais e dos governos absolutos, pois propunha que cada nação se libertasse da submissão ao papa. Portanto, até a Reforma Protestante, havia na Europa uma unidade religiosa em torno do cristianismo católico. Quando ocorre esse cisma, a ruptura não fica restrita à questão religiosa, mais influencia também as políticas dos Estados, que já não admitiam ser submissos ao papa e sua igreja. Diante disso, além dos diversos mecanismos para a preservação da sua influencia sobre a sociedade europeia, como a Santa Inquisição, a evangelização, o Índex..., Igreja Católica se utilizou também da arte para tal preservação.

Características do Barroco

A arte barroca também era uma resposta à

arte renascentista, na medida em que se

opunha ao racionalismo deste movimento

artístico.

O que caracteriza a arte barroca é a

predominância da emoção, da

monumentalização (grandiosidade e

opulência da arte) e a dramatização.

A arte barroca buscava provocar no

homem a emoção e o sentimento que o

levaria o mais próximo possível de Deus.

Tintoretto (1515-1549)

As obras de Tintoretto tem como características marcantes a expressividade dos corpos, se sobrepondo aos rostos e a intensidade das cores e da luz. Além de ter como princípio a valorização inicial do quadro como um grande conjunto para depois ser percebido nos detalhes.

Reencontro do Corpo de São Marcos

Vênus e Vulcano

Podemos observar nessa obra a deusa do amor

Vênus reclinada no seu leito, enquanto o marido

enganado, que é o deus do fogo Vulcano, procura

vestígios de amores ilícitos. Ao mesmo tempo,

Cupido finge estar dormindo. No canto inferior

direito da tela, um cão prepara-se para ladrar e

assim denunciar a presença do amante de Vênus,

que é o deus da guerra Marte, escondido debaixo

de uma mesa... O escudo de Marte, funcionando

como um espelho, permitiu a este deus ver a

aproximação de Vulcano e esconder-se antes de

ele chegar.

Cristo em Casa de Marta e Maria

Vocação de São Mateus

A ceia em Emaús

"A ceia em Emaús" retrata uma célebre cena bíblica. Após a Ressurreição, Cristo encontrara os dois de seus discípulos que seguiam pelo caminho de Jerusalém para Emaús. Caravaggio mostra o momento em que, durante a ceia daquela noite, Jesus revela-se aos homens quando parte o pão. A maneira pela qual abençoa a ceia mostra-lhes de súbito que o Mestre está vivo. Enquanto o estalajadeiro olha desconcertado e perplexo, representa-se o assombro dos discípulos. A imagem de Jesus é surpreendente: um jovem de rosto carnudo e mordaz, sem barba e sem dramaticidade. Ele é sereno e distante, transcendendo não só os tormentos que conduziram à Crucificação e que a marcaram, mas também as limitações da vida mortal. Entre tons saturados e sombrios e as sombras envolventes, Seu rosto é tomado por uma luz límpida, que vem da esquerda – o foco luminoso habitual de Caravaggio.

A Deposição de Cristo Totalmente executado em diagonais agudas que se entrechocam, esse quadro simboliza o contraste da brutalidade e da pureza, características tão díspares e que faziam parte tanto do universo criativo do pintor, como de sua vida. Em “A Deposição de Cristo”, acentuam-se também os elementos popularescos – um marco em sua obra. Aqui, nota-se o forte realismo nas pernas dos santos atendentes, com as veias saltadas pelo esforço. Quanto ao rosto envelhecido da virgem, Caravaggio declarava que a retratava exatamente “como ele deveria ser’’, em mais um de seus gestos provocativos. Uma curiosidade é a figura da Maria Cléofas, na extrema direita, que abre os braços em um estilo pouco comum ao artista. É tida por especialistas como um adendo posterior e anônimo – suposição confirmada pelo pintor Rubens, outro mestre do barroco, que, ao realizar uma copia do quadro, excluiu a polêmica figura. Executada para a Igreja de Santa Maria della Lebradas.

A Deposição de Cristo

A Glória de Santo Inácio

A Escultura Barroca

A escultura barroca, se contrapondo ao

equilíbrio das esculturas renascentistas,

dava lugar à exaltação dos sentimentos, as

formas procuram expressar o movimento e

recobrem-se de efeitos decorativos.

Predominam as linhas curvas, os drapeados

das vestes e o uso do dourado. Os gestos e

os rostos das personagens revelam emoções

violentas e atingem uma dramaticidade

desconhecida no Renascimento.

O baldaquino da Basílica de São Pedro

Êxtase de Santa Tereza