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ROTEIRO TEATRAL SOBRE A PEÇÃ E O FILME!
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Palhaço – Péricles Chicó - Arthur João Grilo - Cauê Padeiro - Luiz Arthur Mulher do Padeiro - Luciana Padre - Benjamim Freira – Thalita Rosinha - Kamile Vicentão - Pablo
Cangaceiro – Daniel Nossa Senhora - Eloisa Santanás (Ceifador) – Carlos Miguel Jesus - Isaac Maria Bonita – Liz Benedita – Maria Laura Sargento – Emanuel Major Antônio Morais/Pai de Rosinha
- Vitor Argolo
O Auto da Compadecida: Entra o (a) palhaço (a) fala introdutória.
(Som da sanfona , ao fim corneta.)
PALHAÇO (Péricles), grande voz –
Auto da “Cumpadecida”! O julgamento dos cristãos. Pobres miseráveis, pecadores, Que vão lutar pela absolvição. O chupa- cabra “diabrento” Não quer saber de julgar. O mal-amado agorento Quer todos para o inferno levar. Mas o coisa ruim é mesmo um besta Foi tentar enfrentar As forças de Jesus Cristo e Maria Que um dia há de todos salvar. Adaptado pelos cabra do Nuca. O auto mostra ao povo “tudim” Que se a intenção for sincera Nós vence até o coisa ruim! Vamos findar essa prosa O auto vai começar. Peço a atenção de todos O show não pode parar.
(Palhaço sai dançando, ao som da sanfona.)
Entra Chicó e João Grilo em cena.
Chicó (Arthur): Eita vida ingrata, eita vida sem jeito. João Grilo (Cauê): Te acalmas cabra! Chicó (Arthur): Eita vida ingrata, eita vida sem jeito. João Grilo (Cauê): Conte logo o que aconteceu. Chicó (Arthur): Eita vida ingrata, eita... (João Grilo interrompe.) João Grilo (Cauê): finde logo com isso cabra, já num aguento mais essa choradeira, nunca vi isso! Parece disco arranhado!
Chicó (Arthur): Quando o coisa ruim num vem, manda teus secretários! Pois a cachorra da mulher do padeiro fica viva, fica morta, fica viva, fica morta! João Grilo (Cauê): E como é isto cabra?! Chicó (Arthur):(pensativo): Não sei, só sei que tá assim.
(A mulher do padeiro entra aos prantos, e o Padeiro logo atrás)
Mulher do Padeiro (Luciana): ai, ai, aiiii minhaaa cachorrinhaaa morreuuu... (chora mais, e o marido tenta a abraçar) João Grilo (Cauê): Graças a Deus! (Chicó pisa no pé de J.G.) Mulher do Padeiro (Luciana): (Chora mais, e se aproxima de Chicó, desce um pouco o decote, e fala com voz “melosa”)
Chicó (Arthur): O padre?! Mas ele nunca vai aceitar rezar o enterro de um bicho! Mulher do Padeiro (Luciana): Se você conseguir, lhe pago 2 contos de réis! Chicó (Arthur): Mas... (é interrompido.) Padeiro (Luiz Arthur) ( espantado, quase gritando): Dois contos de réis?!
( Mulher do padeiro, olha para ele com um olhar de repreensão)
Padeiro (Luiz Arthur): ( responde gaguejando fingindo convicção, com dedo para cima) Dois conto de réis! João Grilo (Cauê) ( Entra no meio): Dois contos de reis! Pode deixar! Lhe trago o padre, para encomendar a difunta em uma hora, e se eu não conseguir que uma carroça passe por cima do Chicó!
(Mulher do Padeiro faz cara de choro, e saindo da cena gritando)
Mulher do Padeiro (Luciana): Aí, aí, aaaii minhaa cachorrinha morreuuuuu!
(O marido atrás, tentando acalmar) (os dois saem de cena, ficando só João e Chicó) (Chicó com cara de raiva de João, começa a andar, Chicó o puxa pelo ombro de vez)
Chicó (Arthur): Que presepada é essa homi? Da onde é que o padre vai rezar missa praquele saco de pulgas João! João Grilo (Cauê): Te acalma homi. Alguma vez já te meti em furada? (Chicó faz sinal como se fosse falar, mas João continua)
- Claro que não confie em mim!
(Chicó faz cara de confuso, mas segue João. Os dois saem de cena. Entra o padre ajoelha-se e começa a rezar. Depois de um tempo aparece João e Chicó.) (João, imita 3 vezes um tossido, aumentando o som, até que o padre os nota)
Padre (Benjamim): ( ao ver os dois faz cara de desinteresse ):
Chicó (Arthur): Mandaram avisar para o senhor não sair, porque vem uma pessoa aqui trazer uma cachorra que bateu as botas para o senhor benzer. Padre (Benjamim): benzer? Uma cachorra? Que maluquice! Que besteira! Não benzo de jeito nenhum!
Vicentão (Pablo) cara de medo (afina a voz): sim senhor. (os dois saem de cena por um lado, o padre entra por outro e começa a rezar) Padre (Benjamim): Ave Maria mãe de Deus... ( O major, entra interrompendo.) Major (Vitor) : Padre vim aqui lhe pedir para benzer... ( Padre interrompe a frase.) Padre (Benjamim): Sim, sim, eu já sei meu filho! Major (Vitor) : E já sabia? Padre (Benjamim): Já, aqui tudo se espalha num instante. Mas me diga uma coisa já está fedendo tá? Major (Vitor) : Fedendo? Quem? Padre (Benjamim): A bichinha. Major (Vitor) : Não. Que é que o senhor quer dizer? Padre (Benjamim): Nada, desculpe, é um modo de falar. Major (Vitor) : Pois o senhor anda com uns modos de falar muito esquisito. Padre (Benjamim): Peço que desculpe um pobre padre sem muita instrução. Qual é a doença? Rabugem? ( Major cara de raiva, quando vai responder, o padre interrompe.)
Mulher do Padeiro (Luciana): Vamos seu padre que a bixinha, já não pode mais esperar! Padre (Benjamim): Ora, eu num vou benzer cachorra nenhuma! (A freira olha toda a cena, atenta a cada resposta virando a cabeça de um lado para o outro, toda a cena J. Grilo rir.) João Grilo (Cauê): Mas você prometeu! Padre (Benjamim): E você disse que a cachorra era do Major Antônio Morais! Mulher do Padeiro: E porque a cachorra é minha o senhor não vai benzer?! Pois saiba que meu marido vai parar de pagar o dizimo a igreja! João Grilo (Cauê) (fala baixo): Lascou-se miséra! Padeiro (Luiz Arthur) (tentando fingir raiva): Não vou pagar o dizimo da igreja! Mulher do Padeiro (Luciana): Parará de pagar as obras da igreja! Padeiro (Luiz Arthur) Sem obra da igreja! Padre (Benjamim): Pois que pare! Mas cachorra eu não benzo! Mulher do Padeiro (Luciana): E sabe o pão fresquinho todo dia e a vaquinha que dei para o senhor tirar leite toda manhã? Padeiro (Luiz Arthur) é, o pão e a vaquinha toda manhã... Padre (Benjamim): Alto lá! A vaquinha não! Mulher sem coração! Desalmada! Como pode querer tomar a vaquinha de um pobre padre! (sai da cena a mulher do padeiro, chorando novamente) Mulher do Padeiro (Luciana): ai, ai , aiiii minhaaa cachorrinha morrreeeuu... (O padre, conversa com a freira, enquanto o Padeiro cochicha com João.) Padeiro (Luiz Arthur) João faça o que tiver que fazer, mas faça esse padre enterrar essa cachorra! João Grilo (Cauê): Pode gastar o quanto for? Padeiro (Luiz Arthur) (pensa... e escuta a mulher ao fundo gritar novamente): Sim! Gaste o quanto for preciso! (sai da cena) Padre (Benjamim): Agora a conversa é comigo seu amarelo safado! João Grilo (Cauê): Tudo bem padre, você não precisa enterrar a cachorrinha, mas saiba que é uma pena... A bixinha era tão inteligente... deixou até um atestado num sabe, em que deixava 3 contos de réis para a paróquia do Sr... Mas como não vai ser enterrada, também não poderá validar o testamento... Padre (Benjamim): Am? Mas como disse? Não faça assim João! Uma cachorra tão inteligente, claro que merece um linda celebração... Freira (Thalita): Ahhh senhor padre. Vejo que Sr. Bispo precisa urgentemente saber do que esta acontecendo aqui! Chama a mulher do major de cachorra, celebra missa para cachorro, e ainda recebe, senhor padre! João Grilo (Cauê): Ah dona freira, ouvi eu dizer que a pobre da cachorrinha também deixou um dinheirinho para o seu convento! Mas se o bispo souber... Freira (Thalita): Mas o que é isso meu filho?! Fofoca é coisa do Diabo! O bispo não precisa de saber de nada disso! Vamos logo celebrar a missa desta santa cachorrinha! (Todos saem de cena sorrindo, felizes)
(Palhaço (a) entra a cena ao som da sanfona, e quando vai falar som de corneta, trazendo com sigo um cartaz que anuncia uma festa.)
Hoje na tradicional festa de janeiro É dia de comemoração. Por isso convido todos Para arrastar perna no salão! (imita uma dancinha.) Logo mais iremos Começar a dançar! Se preparem meu povo
Cangaceiro (Daniel): Isso por acaso é comigo? Chicó (Arthur): (se vira pra falar): Cla... que não! ( começa falando alto e vai afinando a voz) Cangaceiro (Daniel): Pois se fosse comigo ainda pouparia sua vida pela coragem, mas cabra medroso eu resolvo mesmo é no ferro! (aponta espingarda para Chicó.) (João Grilo, chega disfarçado de cangaceiro, fala gritando.) João Grilo (Cauê): Chegou negada! O destemido Severino da Bahia! (Os cangaceiros se viram para olhar) (João Grilo percebe que está ali e começa a tirar o disfarce) Cangaceiro (Daniel): Só tem lugar no mundo para um Severino! Por isso te mato agora! João Grilo (Cauê): Para que tanta violência, Sr. Severino. Sabe que sou um enviado de Padim Ciço que mandou especialmente vir aqui lhe entregar, está gaita! Cangaceiro (Daniel): Agora que eu te mato mais rápido seu amarelo mentiroso! Mulher do Padeiro (Luciana) : (fala meloso):
Cangaceiro (Daniel): E num é que funciona mesmo! Me dê essa gaita! João Grilo (Cauê): De dá, dá num dou. Mas deixo você ter uma amostra grátis. Chame alguma de suas mulheres para lhe matar, e depois ela toca a gaita, aí o senhor vê padim Ciço e depois ressuscita! Cangaceiro (Daniel): Mariaaaa... Maria (Liz): Patrão. Cangaceiro (Daniel): Pegue aquela gaita. E me dê um tiro. Depois toque ela. Maria (Liz): ( surpresa, fala alto) Você quer que eu mate o senhor? Cangaceiro (Daniel): Sim não discuta. Só não esqueça de tocar a gaita depois. Maria (Liz): Se o Sr. quer assim... (som de tiro, Chicó corre logo, Maria começa a tocar a gaita, João se agacha perto do Severino, pega o dinheiro, e quando vai se levantar para correr, a mulher atira nele) Maria (Liz): Seu safado, matou meu patrão! (ela atira) (Som de carro da polícia, Maria corre, Chicó chora no corpo) Chicó (Arthur): Joãoooo... ( Chicó sai) ( Começa música: ave mariaaa, avee mariaa... ) (Entra, padeiro, mulher do padeiro, padre, freira, Severino. João se levanta) (Canganceiro vê João e o puxa) Cangaceiro (Daniel): Onde é que acho Padim Ciço que rodo, rodo e não encontro. E Maria porque não toca essa gaita logo. João Grilo (Cauê): Mas é mesmo um besta, era tudo mentira! Cangaceiro (Daniel): ( pega a arma e aponta para João) :
Nossa Senhora (Eloisa) a Jesus (Isaac) : Meu filho, dê mais uma chance a ele, deixe-o voltar. (João Grilo para, e olho para o senhor.) Jesus (Isaac): Se pra ele estiver tudo bem, que assim seja. João Grilo (Cauê): ohhh se tá. (João Grilo cai no chão todo mundo sai. Entra somente Chicó com um carro de mão.) (Chicó coloca o corpo de João no carro). Chicó (Arthur): Pobre João, não pode nem ter um enterro descente como os outros... João Grilo (Cauê): Enterro pra que homi! Chicó (Arthur): Valha minha nossa senhora, que já estou escutando alma. João Grilo (Cauê): Alma o que Chicó! Eu tô vivinho aqui! Chicó (Arthur): Não, não, não, to vendo alma, to vendo alma... João Grilo (Cauê): Deixa de ser froxo cabra. Toque em mim para ter certeza ( estende o braço, Chicó toca com medo) Chicó (Arthur): JOÃOOOOO!!! (Se abraçam) João Grilo (Cauê): Depois dessa história toda para ter final feliz, só falta você ficar com Rosinha! Já até pensei como você vai provar sua valentia. ( João cochicha no ouvido de Chicó. Saem de cena. Entra Rosinha e o pai) Major (Vitor): Espero que aqueles dois não tenham feito eu vir perder meu tempo aqui, só entrego sua mão se eles provarem que foi realmente Chicó que matou Severino o Cangaçeiro. Rosinha (Kamile): Te acalma meu pai! Eles já devem está chegando (Entra Chicó, e João Grilo.) Não falei. João Grilo (Cauê): Ta aqui Major a prova do que lhe falei. (entrega uma caixa ) Major (Vitor): ( abre a caixa e puxa uma cirola ) ( Todos tampão o nariz) (Com raiva) Que tipo de brincadeira é essa? Como isso pode provar alguma coisa? Chicó (Arthur): Essa cirola era do falecido Severino! Major (Vitor): E como pode ter certeza que é dele? João Grilo (Cauê): E o senhor não está sentindo essa catinga que ta vindo daí não? E não esta vendo o remendo no fundo dela? O senhor acha, que correndo no meio do mato, dormindo no meio do tempo, brigando com polícia, ele lá ia ter tempo pra tomar banho, e trocar a cueca ?! Ou para comprar uma nova? Major (Vitor): Mas mesmo assim pode ser de qualquer um! Chicó (Arthur): E não senti, também que esta molhada? Isso foi por que ele se mijou todinho na hora que lhe dei o tiro. Major (Vitor): Sei não... João Grilo (Cauê): E tem mais Major, que outro homem usaria uma cirola com estampa de espingarda nela? Major (Vitor): ( Pega o braço de Rosinha, e joga em cima de Chicó)
- Quer saber? Faça bom proveito dela! Cansei! (Sai de cena com raiva.) (Chicó e Rosinha se abraçam. João os separa.) João Grilo (Cauê): Espera um pouco primeiro tem que casar! Rosinha: Mas e tu num sabe que o padre daqui bateu as bota! João Grilo (Cauê): Há dona Rosinha, aqui estou eu para fazer isso. Ajoelhem-se. Em nome de Jesus Cristo. Padim Ciço, Maria e José. Chicó faço agora Rosinha a sua mulher. Para cuidar, respeitar E acima de tudo amar. Chicó amigo vei, Pode sua noiva beijar!
Chicó (Arthur): Valeu João, achei que ia terminar essa peça e não ia acontecer o beijo. (Faz sinal que vai beijar, mas João interrompe novamente .) O que foi dessa vez João! João Grilo (Cauê): Antes a Dona Rosinha tem que jogar o boquet! Rosinha: Já estava até esquecendo! ( Pega o buquê, vira de costa e joga o buquê para o público.) - Começa a tocar a gaita, entra todos os personagens. Começam a dançar no meio da cena.
Palhaço (Péricles): Finda-se aqui o Auto Que deixa uma lição Para aqueles que se arrependem Sempre haverá salvação. Até a próxima pessoal Espero que tenham gostado Foi um prazer está aqui está noite Com essa gente do meu agrado. Viva a Maria, Viva Jesus de Nazaré Viva a S. Sebastião O padroeiro da nossa fé! Depois reverenciam. E saem.
Fim
Cenografia
Garrafa e Copo
Cartaz
Bexiga Vermelha
Três Espingardas
Dinheiro
Gaita
Carro de Mão
Caixa
Calça
Boquet de Flores
Sonoplastia
Pulo da Gaita – Tema do Auto da Compadecida
Som do Trote de um Cavalo
Lampião - Era Besta Não - Luís Gonzaga
Som de Tiro