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Guias e Dicas
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Relação entre Independência Funcional e Disfunção Motora em Pacientes Hemiparéticos, Notas de aula de Fisioterapia

Um estudo publicado em 2006 por torriani e colaboradores, que investigou a correlação entre a independência funcional, tempo de lesão e nível de disfunção motora em pacientes hemiparéticos. O estudo utilizou a medida de independência funcional (mif) para avaliar as variáveis gênero, lado hemiparético e predomínio de acometimento. Os resultados mostraram que as mulheres apresentaram maior cognição social do que os homens e que o predomínio crural foi menos comum do que os outros predomínios. No entanto, não houve diferença significativa entre a independência funcional e hemiparéticos à direita e esquerda.

O que você vai aprender

  • Quais foram os resultados principais do estudo?
  • Qual foi o objetivo principal do estudo de Torriani et al.?
  • Quais variáveis foram avaliadas no estudo?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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32Neurociências
REVISTA NEUROCIÊNCIAS V15 N1 - JAN/MAR, 2007 (33-38)
Artigo Original
Trabalho realizado na UniFMU, São Paulo.
1.Mestranda em Biodinâmica do movimento USP. Docente e supervisora de estágio do setor Neuro Adulto da UniFMU. Docente dos
cursos de pós graduação na UNICID, GAMA FILHO, FMU.
2. Mestranda em Educação UNICID. Docente e supervisora de estágio do setor Neuro Adulto UniFMU.
3. Acadêmicos do 40 ano do curso de Fisioterapia da UniFMU.
Endereço para Correspondência: Camila Torriani, Av. Santo Amaro, 1329, Vila Nova Conceição - CEP 04511-001, São Paulo-SP
Email: camilatorriani@uol.com.br
Trabalho recebido em 02/10/2006.• Revisão: de 01/10/2006 a 29/11/2006 • Aprovado em 30/11/2006 • Conflito de interesses: não
Relação entre independência e o nível de disfunção
motora e funcional em pacientes hemiparéticos
Relation between functional independence and motor impairments in
hemiparetic post-stroke patients
Camila Torriani¹, Eliane Pires de Oliveira Mota², Sônia Hitomi Pedrosa Kazurayama³, Stella Ruhe
Burin³, Tatiana Mengatti³, Juliana Caminho³, Francyelle Bastos³, Graziela Bastos³, Jenifer Chris³.
RESUMO
Objetivo: O objetivo deste estudo foi estabelecer a correlação entre a independência funcional, tempo de
lesão e o nível de disfunção motora em pacientes hemiparéticos. Método: Foram selecionados aleatoriamente
23 pacientes com seqüelas de Acidente Vascular encefálico (AVE). Os critérios de exclusão foram: alteração
cognitiva grave, afasia de compreensão e impossibilidade de participar do estudo. Após assinarem o termo de
consentimento, os sujeitos foram submetidos a aplicação do questionário de Medida de Independência Funcional
(MIF). Para aqueles que apresentavam afasia de expressão, a aplicação do questionário foi feita com o cuidador.
As categorias foram agrupadas em seis dimensões: autocuidado, controle de esfíncteres, transferências, locomo-
ção, comunicação, e cognição social. Avaliou-se a correlação dos itens da MIF com gênero, lado hemiparético
e predomínio braquial, crural ou proporcionada do acometimento. Resultados: A variável gênero se correlacio-
nou com o Controle de Esfincter e Cognição Social. As mulheres apresentaram maior Cognição Social do que
os homens (p=0,01) e os homens apresentaram tendência a maior controle do esfíncter do que as mulheres
(p=0,06). Comparando-se o Predomínio de acometimento corporal, observamos que o Predomínio Crural foi
menor em relação aos demais predomínios Braquial e Proporcionada (p=0,01) para Comunicação. Conclusão:
Houve correlação entre disfunção motora e funcional para o item comunicação da MIF, e o acometimento com
predomínio crural foi menor em relação aos demais predomínios.
Unitermos: Hemiplegia, Acidente Cerebrovascular, Fisioterapia, Avaliação.
Citação: Torriani C, Mota EPO, Kazurayama SHP, Burin SR, Mengatti T, Caminho J, Bastos F, Bastos G, Chris J. Relação entre
independência e o nível de disfunção motora e funcional em pacientes hemiparéticos. Rev Neurocienc 2007;15(1):32-36.
SUMMARY
Objective: The purpose of this study is to verify the correlation between functional independence and motor
impairments in hemiparetic post-stroke patients. Method: Twenty-three stroke patients were randomly selected.
The exclusion criteria were severe cognitive dysfunction, comprehension aphasia and impossibility of participating.
Before the patients signed the Consent Form, they were submitted to the Functional Independence Measure (FIM).
The questionnaire has been applied with the caregivers for those who had expression aphasia. The categories
were divided in 6 domains: take care of yourself, sphincter control, transference, locomotion, communication
and social cognition. We evaluated the correlation of FIM with gender, hemiparetic side, and brachial, crural or
combined impaired predomination. Results: Gender was correlated with sphincter control and social cognition.
The women presented more Social Cognition than men did (p=0.01) and the men presented a tendency in more
sphincter control than women did (p=0.06). Comparing impairment predomination, we observed that there was less
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Artigo Original

Trabalho realizado na UniFMU, São Paulo.

1.Mestranda em Biodinâmica do movimento USP. Docente e supervisora de estágio do setor Neuro Adulto da UniFMU. Docente dos

cursos de pós graduação na UNICID, GAMA FILHO, FMU.

_2. Mestranda em Educação UNICID. Docente e supervisora de estágio do setor Neuro Adulto UniFMU.

  1. Acadêmicos do 40 ano do curso de Fisioterapia da UniFMU._

Endereço para Correspondência: Camila Torriani, Av. Santo Amaro, 1329, Vila Nova Conceição - CEP 04511-001, São Paulo-SP

Email: camilatorriani@uol.com.br

Trabalho recebido em 02/10/2006.• Revisão: de 01/10/2006 a 29/11/2006 • Aprovado em 30/11/2006 • Conflito de interesses: não

Relação entre independência e o nível de disfunção

motora e funcional em pacientes hemiparéticos

Relation between functional independence and motor impairments in

hemiparetic post-stroke patients

Camila Torriani¹, Eliane Pires de Oliveira Mota², Sônia Hitomi Pedrosa Kazurayama³, Stella Ruhe

Burin³, Tatiana Mengatti³, Juliana Caminho³, Francyelle Bastos³, Graziela Bastos³, Jenifer Chris³.

RESUMO

Objetivo: O objetivo deste estudo foi estabelecer a correlação entre a independência funcional, tempo de

lesão e o nível de disfunção motora em pacientes hemiparéticos. Método: Foram selecionados aleatoriamente

23 pacientes com seqüelas de Acidente Vascular encefálico (AVE). Os critérios de exclusão foram: alteração

cognitiva grave, afasia de compreensão e impossibilidade de participar do estudo. Após assinarem o termo de

consentimento, os sujeitos foram submetidos a aplicação do questionário de Medida de Independência Funcional

(MIF). Para aqueles que apresentavam afasia de expressão, a aplicação do questionário foi feita com o cuidador.

As categorias foram agrupadas em seis dimensões: autocuidado, controle de esfíncteres, transferências, locomo-

ção, comunicação, e cognição social. Avaliou-se a correlação dos itens da MIF com gênero, lado hemiparético

e predomínio braquial, crural ou proporcionada do acometimento. Resultados: A variável gênero se correlacio-

nou com o Controle de Esfincter e Cognição Social. As mulheres apresentaram maior Cognição Social do que

os homens (p=0,01) e os homens apresentaram tendência a maior controle do esfíncter do que as mulheres

(p=0,06). Comparando-se o Predomínio de acometimento corporal, observamos que o Predomínio Crural foi

menor em relação aos demais predomínios Braquial e Proporcionada (p=0,01) para Comunicação. Conclusão:

Houve correlação entre disfunção motora e funcional para o item comunicação da MIF, e o acometimento com

predomínio crural foi menor em relação aos demais predomínios.

Unitermos: Hemiplegia, Acidente Cerebrovascular, Fisioterapia, Avaliação.

Citação: Torriani C, Mota EPO, Kazurayama SHP, Burin SR, Mengatti T, Caminho J, Bastos F, Bastos G, Chris J. Relação entre

independência e o nível de disfunção motora e funcional em pacientes hemiparéticos. Rev Neurocienc 2007;15(1):32-36.

SUMMARY

Objective: The purpose of this study is to verify the correlation between functional independence and motor

impairments in hemiparetic post-stroke patients. Method: Twenty-three stroke patients were randomly selected.

The exclusion criteria were severe cognitive dysfunction, comprehension aphasia and impossibility of participating.

Before the patients signed the Consent Form, they were submitted to the Functional Independence Measure (FIM).

The questionnaire has been applied with the caregivers for those who had expression aphasia. The categories

were divided in 6 domains: take care of yourself, sphincter control, transference, locomotion, communication

and social cognition. We evaluated the correlation of FIM with gender, hemiparetic side, and brachial, crural or

combined impaired predomination. Results: Gender was correlated with sphincter control and social cognition.

The women presented more Social Cognition than men did (p=0.01) and the men presented a tendency in more

sphincter control than women did (p=0.06). Comparing impairment predomination, we observed that there was less

crural one that brachial and combined (p=0.01) related to communication. Conclusion: There was a correlation

between motor and functional impairment and the FIM communication item, and there was less crural impairment

than the other predominancies.

Keywords: Hemiplegia, Stroke, Physical Therapy, Evaluation.

Citation: Torriani C, Mota EPO, Kazurayama SHP, Burin SR, Mengatti T, Caminho J, Bastos F, Bastos G, Chris J. Rela-

tion between functional independence and motor impairments in hemiparetic post-stroke patients. Rev Neurocienc

INTRODUÇÃO

O acidente vascular encefálico (AVE) tem como

definição sinais e sintomas neurológicos de ocorrên-

cia súbita, com perda de funções encefálicas focais

ou generalizadas, de origem vascular, com duração

superior a vinte e quatro horas ou levando a óbito.

Aproximadamente 80% dos AVE’s são causados por

um baixo fluxo sanguíneo cerebral (isquemia) e outros

20% por hemorragias tanto intraparenquimatosas

como subaracnóideas¹.

O envelhecimento da população brasileira advém

de alterações fisiológicas que podem estar associadas

a doenças crônicas e degenerativas, conduzindo a

déficits funcionais e declínio da morbidade. As evi-

dências clínicas demonstram que a incidência de AVE

no Brasil é alta, principalmente em indivíduos idosos,

estando associada a uma alta taxa de sobrevivência

que declina levemente com o avanço da idade, de

79% dos 75 aos 84 anos para 67% acima dos 85

anos. Com o envelhecimento populacional brasileiro,

estima-se que a prevalência do AVE aumente nessa

população².

O AVE evolui com manifestações clínicas e comu-

mente alterações motora e sensitiva, prejudicando

a função física. Há também alterações nas funções

cognitiva, perceptiva, visual, emocional e continência

que podem estar associados a severidade do qua-

dro clínico dependerá, que dependerá também da

extensão da lesão. A presença de déficit do controle

motor pode ser caracterizada por fraqueza, alteração

de tônus e movimentos estereotipados, que podem

limitar as habilidades para realizar atividades como

deambular, subir escadas e autocuidar-se².

No déficit neurológico focal do AVE depende do

tamanho, localização da lesão e da quantidade de

fluxo sanguíneo colateral. Os déficits neurológicos

unilaterais são resultados da interrupção do sistema

carotídeo, e os déficits neurológicos bilaterais são

resultantes da interrupção do suprimento vascular

basilar. As artérias que podem estar acometidas são

artérias cerebrais anterior, média e posterior, cujas

alterações mais evidentes são respectivamente tron-

co e membro inferior, membro superior e alteração

visual³.

A partir destes dados e pela incapacidade propor-

cionada pela doença é necessário analisar como estes

pacientes desempenham suas atividades diárias para

que um programa terapêutico específico possa ser

traçado para cada paciente. Desta forma, o Sistema

FIM (Functional Independence Measure) ou Sistema

MIF (Medidas de Independência Funcional) como é

chamado aqui no Brasil, classifica e registra o grau

de independência funcional. O objetivo deste sistema

é dar ênfase à dificuldade e a limitação do paciente,

com o entendimento sobre a capacidade de adapta-

ção que se pode observar na realização de tarefas,

algumas vezes complexas, do cotidiano

4

A especificidade deste sistema deve ter a assis-

tência ao paciente portador de lesão incapacitante

e de doenças crônico-degenerativas. Seu objetivo

primordial é avaliar de forma quantitativa a carga de

cuidados demandada por uma pessoa para a reali-

zação de uma série de tarefas motoras e cognitivas

de vida diária. Entre as atividades avaliadas estão os

autocuidados, transferências, locomoção, controle es-

fincteriano, comunicação e cognição social, que inclui

memória, interação social e resolução de problemas.

Cada uma dessas atividades é avaliada e recebe

uma pontuação que parte de 1 (dependência total) a

7 (independência completa), assim a pontuação total

varia de 18 a 126. Estão descritos dois domínios na

MIF, o motor e o cognitivo.

Por isso, é importante a análise das atividades de

vida diária nos pacientes portadores de AVE correla-

cionando com o tempo de lesão com o hemicorpo

acometido e o predomínio da disfunção (braquial

ou crural), o que possibilitará maior entendimento

desta população e consequentemente reabilitação

adequada.

Estabelecer a correlação entre a independência

funcional, o tempo de lesão e o nível de disfunção

motora em pacientes hemiparéticos à direita e es-

querda.

MÉTODO

Foram selecionados aleatoriamente 23 pacientes

com seqüelas de AVE que se encontram em atendi-

mento no setor de Fisioterapia Neurológica Adulto, no

Centro Universitário UniFMU. Os critérios de exclusão

foram: alterações cognitivas graves, afasia de com-

preensão e impossibilidade de participar do estudo.

Os pacientes que não apresentassem tais caracte-

na independência funcional de ambos

4

Pacientes com hemiplegia/paresia à esquerda

costumam apresentar-se com diminuição no compro-

metimento na comunicação e, por isso, tem melhor

desempenho funcional. Por outro lado, o domínio

cognitivo da MIF apresentou pontuação associada ao

tipo de deficiência decorrente da lesão encefálica. As

lesões no hemisfério direito resultaram classicamente

em hemiparesia à esquerda e comprometimento cog-

nitivo na forma de negligência visual, tátil ou motora

à esquerda, além de dificuldade de percepção das

próprias incapacidades. Porém, de forma geralmente

menos intensa que nas lesões a direita, nas quais as

limitações envolvem a comunicação de forma mais

grave, comprometimento da memória e dificuldade para

acompanhar instruções e treinamentos. Desta forma,

espera-se que os pacientes com lesão no hemisfério

direito tenham perfis de independência funcionais

melhores que os demais, resultado este que em nosso

estudo não pôde ser observado

7

Além destas distinções entre lesão encefálica à

direita e lesão à esquerda, Haaland e Harrington des-

crevem que pacientes com lesão à direita apresentam

alterações que são estritamente no hemicorpo contrala-

teral, enquanto que pacientes com lesão no hemisfério

esquerdo apresentam déficits motores que podem ser

não somente no hemicorpo contralateral à lesão, mas

também ipsilateralmente. Além disso, o hemisfério

cerebral esquerdo apresenta maior atuação no pla-

nejamento motor, fato este que também corrobora ao

fato de pacientes hemiplégicos à direita apresentarem

maiores dificuldades em seqüências funcionais diárias.

Estes fatos nos levam a inferir que pacientes com lesão

encefálica à esquerda têm maior potencial para preju-

ízos funcionais

8-

Um outro fator, não investigado neste estudo, mas

que merece atenção na repercussão funcional nos

pacientes é o fato de o lado corporal acometido ser o

lado dominante. Pois, pacientes com hemiplegia/pa-

resia no hemicorpo cuja mão era dominante antes da

lesão apresentam menores prejuízos funcionais que os

pacientes com lesão no hemicorpo cuja mão não era

dominante. Desta forma, sugerimos para um próximo

estudo a inclusão desta variável na análise funcional

destes pacientes

11

Verificou-se também, que no item cognição social o

gênero feminino apresentou melhor resultado quando

comparado ao masculino, o que sugere que o gênero é

um fator que influenciou neste resultado, talvez porque

as mulheres apresentem mais facilidade para interagir

socialmente, porém não foi encontrado na literatura um

fator determinante para tal resultado.

Outro achado relevante do nosso estudo foi encon-

trar maior comprometimento da cognição social em

pacientes com predomínio crural, sendo talvez possível

justificá-lo pelo fato que pacientes com comprometi-

Tabela 2. Comparação dos valores do Medida de Independência Funcional com a variável sexo (feminino-fem e masculino-masc):

Sexo Média Mediana

Desvio

Padrão

Quartil 1 Quartil 3 Tamanho IC p-valor

Auto Cuidado

Fem 32,7 39 10,9 27 40 9 7, 0, Masc 29,3 33,5 9,9 20 37 14 5,

Controle Esfincter

Fem 10,9 13 3,9 10 13 9 2, 0, Masc 12,5 14 3,2 13,2 14 14 1,

Mobilidade

Fem 14,6 18 7,4 11 20 9 4, 0, Masc 15,1 18,5 6,6 8,2 20 14 3,

Locomoção

Fem 10,9 14 4,4 8 14 9 2, 0, Masc 9,7 12 4,3 7 13 14 2,

Comunicação

Fem 21,4 21 2,9 21 22 9 1, 0, Masc 20,6 21,5 2,6 18,5 22 14 1,

Cognição Social

Fem 19,4 20 2,1 19 21 9 1, 0, Masc 16,3 16 3,4 13,5 19,7 14 1,

Total

Fem 109,9 123 27,1 98 127 9 17, 0, Masc 103,4 115 23,9 81,7 121 14 12,

Tabela 3. Comparacao dos valores da Medida de Independência Funcional com a variavel lado hemiparetico ( direito-dir e

esquerdo-esq ):

Lado Hemi Média Mediana

Desvio

Padrão

Quartil 1 Quartil 3 Tamanho IC p-valor

Auto Cuidado

Dir. 29,1 32 10,4 19,5 38 15 5, 0, Esq. 33,4 38 10,0 32 40 8 6,

Controle Esfincter

Dir. 12,1 14 3,4 12 14 15 1, 0, Esq. 11,5 13,5 3,8 10 14 8 2,

Mobilidade

Dir. 14,5 18 7,3 8,5 21 15 3, 0, Esq. 15,6 19 6,0 12,5 20 8 4,

Locomoção

Dir. 9,6 12 4,4 6 14 15 2, 0, Esq. 11,2 13 4,1 10,7 14 8 2,

Comunicação

Dir. 20,7 21 2,4 19,5 22 15 1, 0, Esq. 21,4 22 3,3 19,5 22 8 2,

Cognição Social

Dir. 17,8 19 3,2 16 20 15 1, 0, Esq. 17,0 17,5 3,6 14,5 20 8 2,

Total

Dir. 103,7 116 24,9 78,5 122 15 12, 0, Esq. 110,1 121 25,7 106,5 126 8 17,

Tabela 4. Comparacao de valores da Medida de Independência Funcional com variável de acometimento (braquial, crural e

proporcionada):

Predomínio Média Mediana

Desvio

Padrão

Quartil 1 Quartil 3 Tamanho IC p-valor

Auto Cuidado

Braquial 33,8 36,5 7,8 30,7 40 12 4,

Crural 24,4 16 12,9 15 37 5 11,3 0,

Proporcionada 29,3 29,5 11,2 20,5 38,5 6 8,

Controle Esfincter

Braquial 12,7 13,5 1,9 12,2 14 12 1,

Crural 8,2 8 5,8 3 14 5 5,1 0,

Proporcionada 13,3 14 1,2 13,2 14 6 0,

Mobilidade

Braquial 16,4 18,5 4,7 13,2 20 12 2,

Crural 10,6 5 9,5 3 21 5 8,3 0,

Proporcionada 15,3 19 7,4 10,5 20,7 6 5,

Locomoção

Braquial 11,2 13 3,7 10,7 14 12 2,

Crural 8,4 8 5,5 3 14 5 4,8 0,

Proporcionada 9,5 9,5 4,5 7 13,5 6 3,

Comunicação

Braquial 21,7 22 2,9 20 22 12 1,

Crural 18,0 17 2,0 17 19 5 1,7 0,

Proporcionada 21,7 22 0,5 21,2 22 6 0,

Cognição Social

Braquial 17,7 20 4,0 14,2 21 12 2,

Crural 17,0 17 2,0 15 19 5 1,7 0,

Proporcionada 17,5 18 2,9 16 20 6 2,

Total

Braquial 113,7 119 18,8 110 126,2 12 10,

Crural 86,6 69 32,6 62 121 5 28,5 0,

Proporcionada 106,7 111 23,7 88,2 124,7 6 19,

Comunicação Braquial Crural

Crural 0,01*

Proporcionada 0,76 0,008*

Tabela 5. Comparação do valor da

Medida de Independência Funcional

no itens comunicacao com variavel

de acometimento (braquial, crural e

proporcionada)

mento crural, tem o convívio social mais difícil, devido à

dependência de cadeira de rodas para locomover-se, ao

passo que pacientes com predomínio braquial apresen-

tam menos dificuldade de locomoção proporcionando

uma interação social mais acessível.

CONCLUSÃO

Não foi estabelecida correlação entre a indepen-

dência funcional e o nível de acometimento motor.

Houve correlação entre predomínio crural da hemi-

plegia e o item comunicação na MIF. O gênero femi-

nino apresentou melhor cognição social e não houve

diferença entre a independência funcional e o lado da

hemiparesia/ plegia.

Sugerem-se novos estudos visando aumentar a

amostra, torná-la mais homogênea e controlar as vari-

áveis intervenientes a fim de estabelecer quais fatores

afetam realmente a independência funcional na hemi-

paresia/ plegia.

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