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Tumores hepáticos: características, diagnóstico e tratamento, Resumos de Oncologia

Uma análise detalhada dos tumores benignos e malignos primários e metástaticos no fígado, incluindo suas características, diagnóstico, tratamento e fatores de risco. O documento aborda tumores benignos como hengangioma cavernoso, hipérplasia nodular focal e adenoma hepático, bem como tumores malignos primários como hepatocarcinoma (chc), carcinoma fibrolamelar e outros. O documento também discute critérios diagnósticos, estadiamento e tratamento de cada tipo de tumor, incluindo cirurgia, transplante hepático, terapia local e terapia regional.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 19/04/2024

laura-martini-16
laura-martini-16 🇧🇷

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É mais comum há ocorrência de metástases no fígado do que tumores malignos primários
ordem de incidência: 1) benigno primário; 2) maligno metastático; 3) maligno primário
Principais sítios primários que dão mtx pro fígado: colorretal, pâncreas e mama
Mtx costumam ser lesões múltiplas, de tamanhos semelhantes, bilobares e com captação periférica de
contraste
TUMORES BENIGNOS
quadro comum ⇒ mulher, de meia idade, assintomática
HEMANGIOMA CAVERNOSO
é o mais comum entre os benignos (7%), forma-se a partir de um enovelado de vasos sanguíneos, por
isso há risco de trombose (geralmente quando > 5cm) causando abdome agudo
o tratamento é conservador (de seguimento), sendo a cirurgia indicada apenas se crescimento, sintomático
ou dúvida no diagnóstico
obs.: em crianças pode causar complicações mais graves, como:
IC secundária a shunt AV no seu interior
Síndrome de Kasabach-Merritt (coagulação localizada que evolui para CIVD)
HIPERPLASIA NODULAR FOCAL
segunda tumoração mais comum (2%), decorre de uma reação do tecido à uma má formação vascular
causando cicatriz fibrosa central com septos irradiados (forma estrelar) com artéria central com
ramificações (aspecto em ‘’roda de carruagem’’)
o tratamento é conservador, exceto se massa muito grande causando sintomas; raramente causa
complicações
ADENOMA HEPÁTICO
maioria das pcts são sintomáticas ao ddg (75%)
há clara associação com ACO, androgênios, síndrome MODY e doenças do armazenamento de glicogênio
é chamada de adenomatose quando há >10 adenomas presentes
há risco de ruptura e transformação maligna
para tratamento:
é indicado ressecção quando nódulo > 5cm, ocorrer em homens ou associado a mutação CTNNB1
nos demais apenas o acompanhamento anual é necessário
deve-se interromper o uso de ACO, perder peso e evitar gravidez (aumento do estrogênio aumenta o
tumor)
obs.: em casos de ruptura/hemorragia é indicado a embolização da artéria hepática seguida de
laparotomia
CISTOS HEPÁTICOS
podem ocorrer em associação a doença renal policística
se a imagem ao exame for característica é desnecessário a biópsia e o tratamento é conservador
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É mais comum há ocorrência de metástases no fígado do que tumores malignos primários ordem de incidência: 1) benigno primário; 2) maligno metastático; 3) maligno primário Principais sítios primários que dão mtx pro fígado: colorretal, pâncreas e mama Mtx costumam ser lesões múltiplas, de tamanhos semelhantes, bilobares e com captação periférica de contraste

TUMORES BENIGNOS

quadro comum ⇒ mulher, de meia idade, assintomática HEMANGIOMA CAVERNOSO é o mais comum entre os benignos (7%), forma-se a partir de um enovelado de vasos sanguíneos , por isso há risco de trombose (geralmente quando > 5cm) causando abdome agudo o tratamento é conservador (de seguimento), sendo a cirurgia indicada apenas se crescimento, sintomático ou dúvida no diagnóstico obs.: em crianças pode causar complicações mais graves, como: ● IC secundária a shunt AV no seu interior ● Síndrome de Kasabach-Merritt (coagulação localizada que evolui para CIVD) HIPERPLASIA NODULAR FOCAL segunda tumoração mais comum (2%), decorre de uma reação do tecido à uma má formação vascular causando cicatriz fibrosa central com septos irradiados (forma estrelar) com artéria central com ramificações ( aspecto em ‘’roda de carruagem’’) o tratamento é conservador, exceto se massa muito grande causando sintomas; raramente causa complicações ADENOMA HEPÁTICO maioria das pcts são sintomáticas ao ddg (75%) há clara associação com ACO , androgênios, síndrome MODY e doenças do armazenamento de glicogênio é chamada de adenomatose quando há >10 adenomas presentes há risco de ruptura e transformação maligna para tratamento: é indicado ressecção quando nódulo > 5cm, ocorrer em homens ou associado a mutação CTNNB nos demais apenas o acompanhamento anual é necessário deve-se interromper o uso de ACO , perder peso e evitar gravidez (aumento do estrogênio aumenta o tumor) obs.: em casos de ruptura/hemorragia é indicado a embolização da artéria hepática seguida de laparotomia

CISTOS HEPÁTICOS

podem ocorrer em associação a doença renal policística se a imagem ao exame for característica é desnecessário a biópsia e o tratamento é conservador

a investigação deve ser feita inicialmente através de USG e/ou TC , em casos duvidosos ou com contraindicação ao uso de contraste é solicitado RM; a cintilografia com hemácias marcadas é específico na suspeita de hemangioma TC contrastada dinâmica (observa 3 fases):

  1. fase sem contraste = lesões hipodensas
  2. fase arterial = sangue está sendo distribuído aos órgãos
  3. fase portal = lesões malignas são hipoatenuantes e lesões benignas hiper/isoatenuantes Hemangioma → captação periférica de contraste que se dirige ao centro ( preenchimento centrípeto) HNF → lesão homogênea com rápida captação de contraste, com cicatriz hipodensa central Adenoma → lesão heterogênea e bem delimitada, com rápida captação de contraste adenoma HNF mtx hemangioma

TUMORES MALIGNOS PRIMÁRIOS

HEPATOCARCINOMA (CHC)

mais comum entre os malignos primários - 65% se apresentam como tumores múltiplos (>3) e em 75% dos casos tem acometimento bilobar Fatores de risco ● principal é a cirrose e suas causas (apenas 20% não têm cirrose) ● hepatite B (50%) ● hepatite C (30%, mas requer ocorrência de cirrose ou fibrose avançada) ● hepatite autoimune ● cirrose alcoólica ou biliar primária ● deficiência de alfa-1-antitripsina ● hemocromatose hereditária

RESSECÇÃO CIRÚRGICA para a cirurgia ser indicada é preciso que: paciente suporte uma hepatectomia parcial a) indicação: pcts Child A, sem hipertensão portal e com lesão única (sem tamanho especificado) b) precisa ficar com > 30% do parênquima viável após cirurgia (risco de insuf.hepática fulminante) c) MELD > 15 é um contraindicação à cirurgia obs.: a cirurgia pode ser por laparotomia ou laparoscopia, tem mortalidade ~5% obs.: pode ser feita a embolização pré-OP da veia porta, o que causa atrofia do lobo com tumor e aumento compensatório dos demais TRANSPLANTE HEPÁTICO objetiva eliminar o tumor e a doença de base (cirrose) - pode ser feito em pcts Child C é avaliado o risco de recidiva após transplante pelos Critérios de Milão ⇒ lesão única < 5cm ou até 3 lesões < 3 cm e ausência de mtx ou invasão vascular (estágios 0 e A) obs.: pcts não candidatos a hepatectomia parcial podem recorrer ao transplante TERAPIA LOCAL (ABLAÇÃO) feita em lesão única < 5 cm e Child A-B, em pcts não candidatos a hepatectomia ou transplante pode ser feita através de:

  • injeção percutânea de etanol ou ácido acético (causa desidratação, necrose de coagulação e trombose)
  • crioterapia ou radiofrequência (tumores até 7 cm) Doença multifocal irressecável TERAPIA REGIONAL feita por embolização, quimioembolização e/ou radioembolização (com yttrium-90) da artéria hepática, principal fonte de suprimento do CHC indicação: lesão > 5cm , multifocais, com função hepática preservada (Harrison considera Child C como indicação) Doença avançada (invasão vascular, linfonodal ou metastática) prefere-se a imunoterapia e terapia alvo - opções incluem atezolizumabe (anti PD-L1), bevacizumabe ou lenvatinibe (anti-VEGF), inibidores da tirosina-quinase (sorafenibe e regorafenib) obs.: RT não é indicada porque lesa o restante do parênquima, e a QT tem papel limitado Prognóstico transplante = sobrevida em 5a de 70-80%, recorrência < 10% ressecção ou tto local = sobrevida 5a de 50-70%, recorrência 50% terapia regional = sobrevida 5a de 25-60% doença avançada = sobrevida 6-8 meses

Carcinoma Fibrolamelar

variante do CHC, porém sem relação com cirrose ou suas causas, 80% relacionado a fator genético mais comum em mulheres jovens (~20 anos) forma grande massa abdominal , com perda de peso e febre há AFP baixa e elevação de transaminases (mantém função hepática normal) e neurotensina TC demonstra - massa hepática lobulada de margens bem definidas, com contraste heterogêneo, cicatriz fibrosa central, com/sem calcificações

é comum metastizar para pulmão e linfonodos, mas não invade sistema porta tratamento é com ressecção do tumor e das metástases, porém a recorrência é ~80%