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Patologia do Câncer Gástrico: Sintomas, Diagnóstico, Tratamento e Fatores de Risco, Resumos de Oncologia

Uma detalhada análise da patologia do câncer gástrico, abordando sintomas, fatores de risco, diagnóstico, estadiamento, tratamento e prognóstico. O texto também discute as diferentes formas de disseminação do câncer, as principais vias de disseminação, as classificações macroscópica e microscópica, as opções terapêuticas e as complicações associadas. Além disso, o documento discute os sarcomas gástricos e os linfomas gástricos.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 19/04/2024

laura-martini-16
laura-martini-16 🇧🇷

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Patologia
85-90% são adenocarcinomas
40% terço proximal
30% distal
20% terço médio
10% difuso
3o tumor que mais mata no mundo e 4o no Brasil - 1) Pulmão; 2) colorretal; 3) mama; 4) gástrico
Câncer gástrico precoce = é um tumor restrito à mucosa e/ou submucosa independentemente do
envolvimento linfonodal (faz mtx para LFN proximais em 10% dos casos); 70% são bem diferenciados e 30%
indiferenciados; taxa de cura com ressecção e linfadenectomia é ~95%, contudo, apenas 10-20% dos
adenocarcinomas ddg no BR estão nessa fase precoce
obs.:
CA esôfago precoce = T1N0
CA gástrico precoce = T1 e qualquer N
formas de disseminação:
hematogênica
extensão direta
linfática
LFN regionais (pequena e grande curvatura, tronco celíaco)
LFN supraclavicular esquerdo (gânglio de Virchow)
LFN axilar esquerdo (Linfonodo de Irish)
implante peritoneal
epíplon e/ou peritônio parietal
ovários (tumor de Krukenberg)
fundo de saco (prateleira de Blumer) - sinal de doença metastática, é diagnosticado quando
no toque retal há tumoração extrínseca nas paredes do reto)
ligamento redondo / veia umbilical obliterada / ligamento umbilical (nódulo de irmã Maria
José) - abaulamento e enrijecimento da cicatriz umbilical - sinal de doença metastática na
parede abdominal
Fatores de risco
principais: baixo nível socioeconômico, anemia perniciosa, HF positiva e TS A
é mais comum em homens, negros, > 50 anos
H.pylori: aumenta a incidência de adenocarcinoma se houver úlcera gástrica pois causa acloridria; o
mesmo não ocorre se a úlcera for duodenal, pois nesse caso há hipersecreção clorídrica
a infecção por H.pylori tem prevalência elevada em países em desenvolvimento (baixo nível socioeconômico)
não há evidência que a erradicação do H.pylori reduz a incidência de CA gástrico
a úlcera por si só não é considerada FR para CA gástrico
nitritos e nitrosaminas: presentes em alimentos defumados, causam gastrite atrófica e acloridria
predispondo a maior colonização bacteriana, a hipocloridria também aumenta a conversão dos nitritos em
nitrosaminas (potente carcinogênico)
tabagismo, deficiência de vitamina A e C
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Patologia

85-90% são adenocarcinomas 40% terço proximal 30% distal 20% terço médio 10% difuso 3 o^ tumor que mais mata no mundo e 4o^ no Brasil - 1) Pulmão; 2) colorretal; 3) mama; 4) gástrico Câncer gástrico precoce = é um tumor restrito à mucosa e/ou submucosa independentemente do envolvimento linfonodal (faz mtx para LFN proximais em 10% dos casos); 70% são bem diferenciados e 30% indiferenciados; taxa de cura com ressecção e linfadenectomia é ~95%, contudo, apenas 10-20% dos adenocarcinomas ddg no BR estão nessa fase precoce obs.: CA esôfago precoce = T1N CA gástrico precoce = T1 e qualquer N formas de disseminação: ➔ hematogênica ➔ extensão direta ➔ linfática ◆ LFN regionais (pequena e grande curvatura, tronco celíaco) ◆ LFN supraclavicular esquerdo ( gânglio de Virchow ) ◆ LFN axilar esquerdo (Linfonodo de Irish) ➔ implante peritoneal ◆ epíplon e/ou peritônio parietal ◆ ovários (tumor de Krukenberg) ◆ fundo de saco ( prateleira de Blumer ) - sinal de doença metastática, é diagnosticado quando no toque retal há tumoração extrínseca nas paredes do reto) ◆ ligamento redondo / veia umbilical obliterada / ligamento umbilical ( nódulo de irmã Maria José) - abaulamento e enrijecimento da cicatriz umbilical - sinal de doença metastática na parede abdominal

Fatores de risco

principais: baixo nível socioeconômico, anemia perniciosa, HF positiva e TS A é mais comum em homens, negros, > 50 anos H.pylori: aumenta a incidência de adenocarcinoma se houver úlcera gástrica pois causa acloridria ; o mesmo não ocorre se a úlcera for duodenal, pois nesse caso há hipersecreção clorídrica ● a infecção por H.pylori tem prevalência elevada em países em desenvolvimento ( baixo nível socioeconômico) ● não há evidência que a erradicação do H.pylori reduz a incidência de CA gástrico ● a úlcera por si só não é considerada FR para CA gástrico nitritos e nitrosaminas: presentes em alimentos defumados, causam gastrite atrófica e acloridria predispondo a maior colonização bacteriana, a hipocloridria também aumenta a conversão dos nitritos em nitrosaminas (potente carcinogênico) tabagismo, deficiência de vitamina A e C

vírus Epstein-Barr genética: deleção do p53, expressão de oncogenes k-sam e c-erbB2 , superexpressão COX-2, mutações APC Adenoma gástricos: entre os pólipos é o único com potencial de malignização, já chance de 50% de desenvolverem-se em pcts com PAF gastrite atrófica crônica: condição precursora mais comum, é comum em pcts com anemia perniciosa; quando têm relação com H.pylori é chamada de gastrite atrófica multifocal; quando é autoimune é chamada de gastrite corporal difusa (porque afeta corpo gástrico) metaplasia intestinal: é um consequência da gastrite atrófica ; caracterizada pela presença de células caliciformes e epitélio absortivo (características do delgado) Doença de Ménétrier (gastrite hipertrófica): hiperplasia de células mucosas, atrofia de células parietais e células principais, hipocloridria e enteropatia perdedora de proteínas Cirugía gástrica previa: principalmente para tratamento de de úlceras pépticas ( antrectomia com Billroth II ), risco significativo após 10-15 anos da cirurgia obs.: sem relação entre uso crônico de IBP e desenvolvimento de câncer, apesar de os IBP causarem gastrite atrófica

Classificação

macroscópica de BORRMANN I) polipóide ou fungiforme II) ulcerada de borda elevada III) ulcerada infiltrativa IV) infiltrativa difusa ( linite plástica ) V) quando não se encaixa em nenhuma categoria microscópica-histológica de LAUREN ● Tipo Intestinal ○ bem ou moderadamente diferenciado ( forma glândulas ) - melhor prognóstico ○ mais comum em homens e idosos ○ apresenta-se geralmente como lesões ulceradas em antro e pequena curvatura ○ relaciona-se com metaplasia, gastrite atrófica e FR ambientais ○ principal via de disseminação é a hematogênica ● Tipo Difuso ○ pouco diferenciado (agressivo) - formado por células em anel de sinete ○ mais comum em mulheres e jovens ○ sem história de gastrite, maior relação com TS A ○ acomete regiões mais proximais ○ principais vias de disseminação são linfática e contiguidade microscópica-histológica de BORDERS = graus de diferenciação, do I (bem diferenciado) ao IV (anaplásico) molecular / genômica (pouca aplicação atualmente);

  1. associado ao EBV
  2. microssatélites instáveis

IIA - T1N2 / T2N1 / T3N

IIB - T1N3 / T2N2 / T3N1 / T4aN IIIA - T2N3a / T3N2 / T4aN1-2 / T4bN IIIB - T1-2N3b / T3N3a / T4aN3a / T4bN1- IIIC - T3N3b / T4aN3b / T4bN3a-b IV M

Tratamento

CARCINOMA GÁSTRICO PRECOCE (T1N0 - estágio IA) ⇒ mucosectomia endoscópica - com objetivo curativo, está indicado nos tumores não ulcerados, tipo intestinal e < 2 cm (tipo I ou IIa) ou < 1 cm (tipo IIb-c) PACIENTES NÃO METASTÁTICOS (estágios Ib-IIIc) T1N0 sem indicação/ acesso à ressecção ⇒ gastrectomia + linfadenectomia ⇒ sem indicação de QT/RT >T2 e/ou N positivo ⇒ gastrectomia + linfadenectomia D1 ou D ⇒ com/sem QT+RT adjuvantes ou QT neoadj. e adj. obs.: a ressecção é o único tratamento curativo , e está indicado na maioria dos pacientes, exceto em pcts de alto risco cirúrgico ou com doença metastática para ser curativa a ressecção deve ter margens de segurança de 4-6 cm se doença avançada ou 2-3 cm se doença precoce e linfadenectomia no mínimo D ➔ tumores proximais = gastrectomia total + reconstrução em Y de Roux ➔ tumores distais = gastrectomia radical subtotal + reconstrução por gastrojejunotomia Billroth II - retira-se 75% do estômago distal (com 2 cm do duodeno), mais omento e todo tecido linfático associado linfonodos são divididos em níveis conforme sua localização nível 1 (perigástrico até 3 cm do tumor) nível 2 (extragástricos, 3-5 cm do tumor) nível 3 (para-aórtico, hilo hepático, mesocólon) ressecção até nível 1 (D1) e até nível 2 (D2) - ideal que sejam ressecados ao mínimo 15 LFN TERAPIA COMPLEMENTAR ⇒ QT + RT adjuvante (usado nos USA) - em pcts submetidos à ressecção curativa com tumores T3-4 ou LFN positivos; pcts sem condições clínicas pode receber apenas quimioterapia isolada ⇒ QT neoadj. e adj. (usada no Br e europa) - QT 3 ciclos antes e 3 ciclos após cirurgia - esquema FLOT (5- FLU, leucovorin, oxaliplatina e docetaxel) - indicado principalmente em tumores avançados DOENÇA METASTÁTICA (estágio IV) medidas paliativas

⇒ gastrectomia parcial com reconstrução Y de Roux ou BII (exceto se doença hepática ou peritoneal volumosa) OU ⇒ gastroenteroanastomose (bypass gástrico / derivação gastrojejunal) ⇒ QT paliativa - indicada para todos os pcts metastáticos obs.: ressecção do tumor primário melhora a resposta à QT paliativa, e reduz sintomas e sangramento pcts sem condições cirúrgicas = tto endoscópico (cauterização, clipagem) e/ou radioterapia podem ajudar no controle da dor e sangramento, jejunostomia (possibilita NPT) obs.: até 30% tem recidiva mesmo após ressecção R0 com objetivo curativo, sendo indicado então QT paliativa ⇒ Imunoterapia = pcts estágio IV com superexpressão HER Herceptin / trastuzumabe- (Ac anti-her2) - aumenta sobrevida quando associado ao 5-FU e cisplatina

Linfoma gástrico

incomum (< 15% das neoplasias gástricas e < 2% dos linfomas) mesmas manifestações clínicas do adenocarcinoma maioria é Linfoma não Hodgkin de células B - ex.: difuso de grandes células ou linfoma MALT H.pylori aumenta o risco de linfomas gástricos (principalmente MALT) ● nesses casos a erradicação do H.pylori reduz o tamanho do linfoma em 75% dos casos ● em pcts refratários, o tratamento é feito com QT, esquema CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona) associado ao rituximab

Sarcoma gástrico

são tumores originados do mesênquima (tecido embrionário) correspondem à 3% dos tumores malignos gástricos os principais sarcomas são os GIST (gastrointestinal stromal tumor)

  • 40-60% ocorre no estômago e 20-40% no delgado
  • são lesões bem delimitadas, sem comprometer serosa ou mucosa
  • origina-se das células intersticiais de Cajal (da muscular própria)
  • possuem marcador CD-117 (proto-oncogene Kit), CD-34, ativador do PDGF maioria é esporádico, porém podem ocorrer em associação a síndromes genéticas: ● tríade de Carney (condromas pulmonares e paraganglionares) ● neurofibromatose tipo I ● doença de von Hippel-Lindau CLÍNICA - sangramento intestinal, dor abdominal e dispepsia DIAGNÓSTICO - costuma ser feito por EDA, contudo a extensão do tumor é vista por TC/USE características de malignidade = ➔ > 5 mitoses/50 campos ➔ > 5 cm ➔ atipia celular ➔ necrose tumoral